A Casa De Hades escrita por Renato
Notas iniciais do capítulo
Oi, desculpa pela demora, ontem faltou luz aqui.
Piper
Piper estava ansiosa pra sair do navio. Eles tinham ancorado o Argo II nas proximidades da fronteira entre a Albânia e a Grécia.
- Vamos Leo? – ela perguntou.
Piper começou a sentir sua mente embaralhada desde a queda de Percy e Annabeth no Tártaro. Jason quase não falava com ela e se culpava por tudo de ruim. Sua única companhia era Katoptris, a adaga que mostrava somente os desastres que estavam pra acontecer.
- Sim, vamos logo. – ele respondeu.
Os dois pegaram suas coisas e desceram do navio. Andaram alguns quilômetros por terra, até que um Cadillac parou no acostamento do lado deles. Um homem de terno branco estava no volante e falou:
- Senhor Leo Valdez? – a voz do homem era alta e clara.
- Sim, sou eu. – respondeu Leo.
- Tenho ordens de levar o senhor e a senhorita Piper Mclean para Korçe e em segurança. Por favor, entrem.
A porta de trás se abriu e eles entraram. O banco era de couro preto e tinha uma mini geladeira no chão. Piper abriu e pegou uma coca, aliviando a sede.
Ela ficou olhando a paisagem que era basicamente árvores e colinas. Quando chegaram à entrada da cidade, o carro parou.
- Senhor Valdez, sua carona termina aqui. – disse o homem.
- Obrigado, fico te devendo essa Mark. – disse Leo.
O carro partiu e Piper olhou para Leo com um olhar que pedia explicação, fazendo o garoto rir.
- Rainha da Beleza, o Mark é um autômato criado por meu pai. Como ele sabia que eu estaria por aqui, mandou ele pra me ajudar.
Piper o fulminou com o olhar.
- Você poderia ter me contado.
Ele riu mais alto ainda. Piper decidiu não prosseguir com isso. Ela olhou para o céu e viu que estavam próximos ao meio-dia.
- Ainda temos trabalho a fazer. Vamos.
Os dois entraram na cidade. O clima não era tão ruim, fazia Piper lembrar os tempos que passou na reserva com o avô.
Os dois seguiram por algumas ruas até chegarem a uma grande loja no final. Era feita de tijolos, pintada de marrom, com uma placa no topo escrita em albanês, língua que Piper não conseguia ler. Os dois entraram e falaram com o senhor que estava no balcão, um homem de olhos azuis, cabelos castanhos grisalhos, com aproximadamente trinta e cinco anos, usava um macacão marrom e uma camisa verde por baixo.
- Olá semideuses, o que desejam? – o homem perguntou.
Piper quase ia responder quando percebeu que o homem os chamou de semideuses, sendo que eles não tinham se apresentado.
- Quem é você? – ela perguntou, usando charme na voz.
O homem parecia lutar dentro de si, mas respondeu normalmente.
- Eu sou Perseu.
- Mas Perseu morreu há milhares de anos atrás. – Leo argumentou.
- Sim, e escapei pelas Portas da Morte. Assim como vários outros. Depois que elas foram arrombadas, praticamente qualquer um pode entrar e sair livremente por ambos os mundos.
Piper olhou pra Leo e ele parecia está pensando a mesma coisa. Ela começou, usando todo o charme que podia.
- O senhor poderia nos ajudar a deter os Gigantes.
O homem hesitou por um momento.
- E porque eu faria isso?
- Porque você é um semideus, já tem experiência em derrotar criaturas grandes e poderosas. Sua ajuda seria extremamente útil. – apoiou Leo.
Perseu pareceu ponderar a possibilidade, mas depois soltou uma gargalhada.
- Vocês não tem um deus na manga, pelo que eu sei, então minha ajuda não tem importância.
O homem conseguiu prender Piper nos seus medos. Nenhum dos deuses estava disponível pra ajuda-los, eles estavam por conta própria. Piper tinha uma ponta de esperança de que a Athena Parthenos ajudasse em alguma coisa. Depois desse pensamento, sabia o que falar.
- Nós temos uma estátua.
- E o que ela pode fazer? – Perseu perguntou.
Leo se pronunciou primeiro.
- Ainda não sabemos...
Perseu riu mais ainda.
- ... Mas ela é a Atena Parthenos. – Piper completou.
O sorriso do homem desapareceu. Ele ficou sério.
- O que vocês estão fazendo com ela? Como vocês vieram pra cá?
Piper contou toda a história, com Leo completando os detalhes.
- Negócio fechado. Eu topo ajudar vocês, mas com uma condição.
- O que você quer? – Leo perguntou.
- Gostaria de visitar seu navio e ajudar vocês.
Leo e Piper sorriram.
- Negócio fechado! – disseram em uníssono.
- Mas vamos precisar de algumas coisas daqui. – lembrou Leo.
- Fiquem a vontade e peguem o que precisarem.
Eles pegaram vários metais, calcário, ferro, cimento e outros materiais que Piper não sabia o nome. Colocaram tudo na mochila mágica e encontraram Perseu na entrada da loja.
- Vou pegar o carro, me esperem aqui.
Os dois ficaram em frente à loja, aguardando Perseu voltar, quando a confusão começou. Um pequeno exército se aproximava pela rua. A metade da direita era feita de guerreiros de metal, armados com escudos e espadas de aço comum. A metade da esquerda era mais intrigante. A metade de baixo era um corpo de javali e a parte de cima, esqueletos armados com espadas e fuzis. O exército avançava com velocidade, cerca de 60 monstros armados.
- Os capachos dos Gigantes! – gritou Leo.
Piper sacou sua faca, o que não era muita coisa contra todas aquelas espadas. Leo pegou um frasco e deixou entre as mãos, impedindo Piper de saber o que era.
- Rendam-se e pouparemos suas vidas. Mostrem lealdade aos mestres. – disse um deles.
O monstro que falou era o mais esquisito de todos. Ele tinha a parte de baixo em forma de um javali gigante e a parte de cima era um esqueleto de bronze armado com espadas e fuzis.
- Render-se ou mostrar lealdade? – questionou Leo, com um tom irônico na voz.
O exército avançou e Leo arremessou o frasco como se fosse uma bola de baseball. Quando Piper descobriu o que era, soltou um arquejo.
O frasco caiu no chão, espalhando Fogo Grego por todos os lados. Toda a linha de frente foi carbonizada, deixando montes de pó onde se desintegraram. Mas ainda restava cerca de vinte e cinco monstros de pé. Leo levantou as mãos, que brilharam com as chamas.
- Pelo Olimpo! – gritou alguém atrás deles.
Perseu saiu dos confins do mundo, em pé num jipe marrom, com uma metralhadora nas mãos. O semideus disparou contra os monstros, que se dispersaram pra todos os lados. Piper percebeu que as balas eram feitas de Bronze Celestial, porque conseguia transformar os monstros em pó.
- Isso é que eu chamo de batalha! – ele gritou.
Piper achou que ele tinha algum parentesco com o Treinador Hedge, porque ambos tinham aquele sorriso maluco no rosto depois de uma batalha.
- Vamos embora daqui. – ela berrou.
- Entrem, vamos logo. – disse Perseu.
Piper e Leo entraram no jipe, disparando pra fora da cidade, voltando para o Argo II.
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