Nico

Nico estava se sentindo péssimo. Após ficar preso em um jarro sobrevivendo somente de sementes e conhecer o Tártaro, sua sanidade estava em frangalhos. Sua irmã Hazel colocava pequenas framboesas em sua boca e o fazia bebericar um pouco de néctar. Após alguns minutos, ela o levou para seu quarto improvisado que ficava em frente ao do Treinador Hedge.

Ele dormiu pelo que pareceram algumas horas e despertou quando alguém bateu em sua porta.

– Quem é?

– É a Piper.

– Entre. – ele falou com uma voz baixa.

Piper entrou na cabine. Ela usava a blusa laranja do acampamento, calça jeans e sapatilhas. Sua adaga estava presa em um cinto.

– Olá Nico, está melhor?

– Estou, mas não muito.

Ela pousou as costas da mão delicadamente na testa do garoto e mediu a temperatura.

– Pelo menos não está com febre. Venha, vamos lá fora.

Piper o abraçou e o conduziu para fora da cabine, atravessando o convés principal e pararam na proa.

– Por que você está fazendo isso por mim? – Nico perguntou.

– A própria Hazel queria fazer isso, mas ela estava exausta. O Treinador Hedge disse que seria bom pra você observar o pôr-do-sol, segundo ele tem propriedades medicinais.

Nico e Piper riram. Ele observou que ela lembrava Bianca, sua irmã falecida. Ambas tinham um sorriso doce e um bom humor.

– Obrigado por me ajudar. – ele agradeceu

Os dois se sentaram em uma plataforma elevada e observaram o céu ficar tem tom rosado. Treinador Hedge estava no controle olhando para o horizonte e assobiando uma melodia qualquer.

De repente, oito criaturas surgem do nada. O alarme de invasão disparou, fazendo os outros virem para o convés principal. Leo correu e assumiu os controles, enquanto o treinador Hedge dava um salto, uma cambalhota no ar e aterrissa do lado de uma balista.

– Morraaaaam! – ele gritou e disparou contra uma criatura que virou pó ao toque do Bronze Celestial.

– São Grifos! – berrou Hazel.

Quatro deles desceram e se choraram contra o casco. A proa afundou, fazendo Piper e Nico rolarem e pararem um por cima do outro.

Frank sacou o arco e disparou duas flechas em dois Grifos que explodiram em uma nuvem de poeira.

Jason voou para o casco, sacou seu gládio e destruiu dois. O terceiro voltou para o céu, entrando na mira do sátiro que disparou outro dardo contra os invasores. O quarto pousou na popa, mas Hazel o acertou na cabeça.

O oitavo Grifo era maior que os outros. Frank se transformou em um dragão pequeno, levantou voo e avançou contra o monstro. A criatura desviou e o derrubou do céu, jogando-o no navio. Jason avançou, mas foi desarmado e recebeu uma patada na cabeça.

Frank se recuperou rapidamente, se transformou em águia e evitou a queda do filho de Zeus, depositando-o no convés.

– Morra! – gritou o Treinador Hedge e atingiu o grifo com um golpe de bode-fu, fazendo a criatura despencar para o vazio.

Leo consegue estabilizar o navio e o congela no céu, correndo para ajudar os amigos. Frank correu e apoiou Piper e Nico, trazendo eles para perto dos outros.

– Belo golpe, homem bode. – disse Leo.

– Preciso de ajuda com Jason. – Hazel chamou.

Frank carregou Piper e Nico para perto dos outros. Leo trouxe uma caixa de ambrósia e dividiu entre os feridos. Piper se curou rapidamente, Nico ficou um pouco mais corado e melhor. Porém Jason era a maior preocupação. Seus olhos estavam fechados e a respiração era fraca. Sua testa estava empapada de sangue.

– Não temos outra escolha. Terei que usar um método especial, mas pode mata-lo. – disse o Treinador Hedge.

Então o homem bode deu uma patada com força na testa de Jason.