A Rainha De Roma escrita por Messer, elleinthesky


Capítulo 13
Gomenasai


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é a Gabs. Super desculpas pelo atraso na postagem mas é que eu fiquei sem internet esse fim de semana... Na verdade o título do capítulo até tem a ver; pra quem não sabe, "gomenasai" é "me desculpe" em japonês. Antes que perguntem: não, eu não sei falar japonês mas bem que eu queria.
Boa leitura (:



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– Cara, você não cansa de ser inconveniente, né? – Perguntou Butch, ainda irritado pela saída repentina de Cath.

– Inconveniente, eu? E por que seria? Eu só estou fazendo valer as regras do Acampamento Júpiter. – Retrucou Octavian, com certo cinismo na voz.

– Se enxerga, Octavian. Você não tem nada que se meter na vida dos outros, vê se me deixa em paz. Desde que eu cheguei aqui você faz tudo pra acabar com o que eu tenho, me erra.

– E por que raios eu perderia meu precioso tempo fazendo qualquer coisa que diga respeito a você? Ainda mais sendo da Terceira Coorte. – Octavian se aproximava mais de Butch com um olhar ameaçador e amedrontador.

– Você não me engana, garoto das pelúcias. Eu não tenho um pingo de medo de você e tenho certeza que a Cath também não, otário. Você viu com seus próprios olhos a capacidade dela em batalha, você sabe que ela nasceu pra ser uma líder. Eu te dou a minha palavra que nada nem ninguém vai conseguir ofuscá-la, muito menos você.

– Olha ele tentando ser ameaçador. Vocês, filhos de Mercúrio, parecem no máximo hilários tentando se impor.

– O recado está dado, Octavian. Saia do caminho da Catherine.

* * *

Butch só se deu conta de onde estava indo quando chegou ao seu destino: o quarto de Catherine. Lá estava ela, deitada na cama superior do beliche, toda encolhida com os olhos ainda úmidos do choro de momentos atrás. Ele não suportou vê-la daquela forma, tão desprotegida e vulnerável; logo ela, quem sempre emanava poder de decisão e firmeza.

“Por que tão linda, meus deuses? Catherine, que coisa é essa que você tem que tanto me fascina? Logo a mim, quem nunca se apaixona por garota nenhuma”, pensou Butch enquanto se recostava na madeira lateral do beliche de Cath. Ele percebeu que a pele da garota estava muito gelada e, por ela estar encolhida, presumiu que talvez ela estivesse com frio.

Quando o filho de Mercúrio terminou de colocar o cobertor que antes estava próximo aos pés da filha de Belona por todo seu corpo, a garota estremeceu e sorriu fracamente. “Talvez esteja sonhando com algo bom, ela merece um pouco de descanso”, pensou Butch. Uma última lágrima teimou em sair dos olhos de Catherine, mas o garoto prontamente pôs-se a secá-la.

No exato momento que Butch se retirava do quarto, ele ouviu Cath se debater intensamente na cama e voltou correndo para acudi-la. A garota parecia lutar com um monstro invisível, algo que provavelmente estava em seu pesadelo. O que mais o assustou foi o fato de que, logo após ele tocar a garota, ela se acalmou e começou a pedir para que ele não a deixasse.

- Butch, não. Por favor, não vá embora. Preciso de você, fica! Eu te imploro, não me abandone. – Gemia Cath enquanto dormia.

- Cath, Cath. Acorda! – Disse Butch delicadamente, enquanto a sacolejava suavemente tentando despertá-la.

- Hã? O que houve? – Respondeu ela, ainda não completamente desperta.

- Eu nunca vou te abandonar, nunca. Você pode contar comigo pro que precisar, sempre estarei aqui por você. – Disse ele, ignorando a pergunta da garota.

- Como você... Você estava aqui?

- O tempo todo.

- Por quê?

- Você saiu visivelmente alterada lá da varanda, eu precisava saber como você estava. Seria errado notar que você não estava bem e não tentar fazer nada pra melhorar ou ajudar a melhorar a situação, fosse ela qual fosse.

- Eu já disse que você é o cara mais incrível que conheço? – Perguntou Cath, descendo do beliche.

- Já, mas é sempre bom ouvir de novo. – Retrucou ele, brincalhão enquanto apoiava ambos os cotovelos na cama da garota.

- Convencido. – Bufou ela, ficando de costas pra ele e cruzando os braços num fingido sinal de aborrecimento.

- Vai dizer que não gosta? – Butch abraçou Catherine por trás dando leves beijinhos pela nuca dela.

- Tá, admito. Mas tem uma coisa que não me sai da cabeça: o que o Octavian queria?

- Sério isso? Você quer falar naquele babaca num momento todo “love”? Você é inacreditável, sabia? – disse ele, visivelmente indignado e soltando a fina cintura de Catherine.

- Ei, não precisava soltar. Só queria saber mesmo.

- Já que quer tanto saber, eu falo. O Octavian estava sendo bem... ele mesmo. Sabe como é: debochando da cara de todo mundo, se achando o superior e enchendo a porcaria do meu saco. Sinceramente, acho que me aporrinhar é tipo um hobby pra ele, não é possível! Enfim, ele falou meia dúzia de baboseiras e falei pra ele não se meter com você, senão ele ia se ver comigo.

- E quem falou que eu preciso de ajuda?

- De nada pra você também. Já falei o que você queria saber, tô saindo. – Falou Butch, claramente chateado com a reação de Cath acerca do que ele tinha falado.

- Butch, espera. – Cath segurou o braço dele enquanto ele ia em direção à porta. – Desculpa, não era isso que eu queria dizer.

- Mas foi exatamente o que pareceu pra mim. Eu fui lá enfrentar um dos caras mais poderosos do acampamento pra livrar a tua barra e é desse jeito que você me agradece? Tudo bem, eu me contento com o desprezo.

- Butch, me deixa explicar. Por favor!

- Tá, fala, mas me dá uma boa explicação que é pra eu escutar até o final e não te deixar falando sozinha.

- Tudo bem, eu me expressei super mal. Acontece que eu não tô acostumada a ter ninguém me defendendo de nada. Eu nasci pra ser uma ferrata; nasci pra defender, não pra ser defendida. Olha, não pense que eu não gostei de você ter se colocado na frente do Octavian por mim, porque eu gostei. Foi até bem fofo. Eu só não estou acostumada a isso. É incrível tudo isso que você tem feito por mim desde que eu cheguei aqui da Décima Segunda Legião, uma ferrata fugida geralmente não é tão bem recebida em lugar nenhum. Ainda mais uma como eu, amaldiçoada.

Tendo dito isso, Cath não aguentou e abraçou Butch com toda a força que restava dentro de si. Ainda um tanto assustado, o garoto correspondeu o abraço à medida que a garota ia afrouxando os braços ao redor da cintura dele. Os olhos de Cath estavam novamente marejados quando ela olhou para ele.

Tudo o que Butch conseguiu fazer foi beijá-la. Um beijo que a confortasse, a animasse e que, acima de tudo, a protegesse.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram do capítulo? Até que ficou num tamanho considerável, né?
Deixe sua opinião nos comentários aqui em baixo (:
Beijinhos!



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