A Caçadora E O Vampiro escrita por Dory


Capítulo 14
Alucinações


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores lindos!!! Desculpem a demora, minha vida está suuuper agitada e a faculdade está consumindo muito o meu tempo também, por isso está ficando mais difícil de escrever e postar com mais frequência...
Esse capítulo me pareceu meio chato, mas faz parte da história mesmo assim...
Espero que gostem!!!



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“O que você está fazendo aqui Dean?” minha voz ríspida não conseguiu mudar sua expressão brincalhona.

“Isso é jeito de tratar uma visita?” ele se sentou ao meu lado no sofá ainda sorrindo “Meu nome é Dean” falou a Mark “você deve ser o Mark, ouvi falar muito de você” ele sorriu amigavelmente.

“Mentiroso, eu nunca te contei nada sobre o Mark” interrompi, queria mostrar a língua para ele como uma criança de cinco anos, mas sabia que isso não ajudaria em nada, então me contive.

“Quem disse que estava me referindo a você?” falou rudemente, seus olhos me fitavam contrariados “Você não é a única caçadora que tenho na cidade... ou será que já se esqueceu de tudo?”

O ignorei. Senti o corpo de Mark enrijecer ao perceber quem Dean era. Seus braços apertaram o abraço, me puxando para mais perto de seu corpo, tentando me proteger. Seria inútil, não era eu quem corria perigo, era ele, apesar de ele não perceber isso. Era eu quem deveria estar tentando protegê-lo. Dean percebeu os movimentos de Mark e deu uma risada baixa.

“Não vai me oferecer nada para comer ou para beber? Foi uma longa viagem até aqui” Dean me olhava ainda brincalhão e isso estava começando a me assustar, ele parecia um pouco paranoico sorrindo daquele jeito.

“O que você veio fazer aqui?” não conseguia me impedir de ser rude e mal educada ao falar com ele.

“Negócios, está na hora de sentarmos para conversar, não acha?”

“Não tenho o que discutir com você” falei, minha voz azeda tentando fazer com que ele se sentisse incomodado e saísse da minha casa, coisa que ele não fez.

“No entanto eu tenho, então você não tem escolha, assinou um contrato, está lembrada?” ele parecia estar começando a se alterar com minhas atitudes e isso me deixava satisfeita e insegura, Dean não gostava de ser contrariado ou desafiado e eu estava fazendo exatamente isso. Estava brincando em campo minado.

“Mark, é melhor você ir embora, te ligo mais tarde” falei, ainda sem tirar os olhos do homem ao meu lado.

“Tem certeza, Millie?” ele encarava Dean desconfiado.

“Sim, está tudo bem. A gente se fala mais tarde”

“Qualquer coisa me chama, tá?”

Assenti. Ele se levantou, me colocando no sofá gentilmente e saiu, deixando Dean e eu a sós. Tenho que admitir que ficar sozinha com ele me perturbava, mas era melhor do que ter Mark perto daquele maníaco psicopata.

“Bem, parece que você não vai fazer um café para mim, então vou tomar a iniciativa e fazer eu mesmo” Dean deu de ombros e foi para a cozinha “Quer um pouco?” sua atitude relaxada e brincalhona estava de volta.

“Não quero nada que venha de você”

“Por que você está brava comigo? Foi você que quebrou o contrato, sou eu quem deveria estar assim, mas eu estou sendo muito compreensivo, não consigo agir do modo habitual com você. Já era para ter feito coisas muito ruins. Não acha que merecia ser tratado de um modo um pouco melhor por causa disso?” ele abriu o armário em baixo da pia e tirou a cafeteira de lá.

“Compreensivo? Mandar um lobisomem matar meu irmão é ser compreensivo para você?” me levantei e fui para a cozinha, me sentando em uma das banquetas perto do balcão encarando suas costas. Não queria deixá-lo sair de meu campo de visão, não queria ser surpreendida por uma armadilha ou coisas do tipo.

“Eu nunca mandei matarem seu irmão, só queria que ele se machucasse um pouco para fazer você ver que não podia quebrar o contrato e voltasse a se concentrar na missão” explicou calmamente.

“Machucar um pouco? Você tá de brincadeira!” bufei, revirando os olhos.

“Ele não sofreu nenhum dado permanente, certo? Então sim, machucar só um pouco” ele colocou o café e água quente na cafeteira e a ligou, virando-se para me olhar.

“Você é louco” afirmei, isso o fez sorrir ainda mais.

“Sou muito pior que isso” murmurou, mas logo mudou de assunto “Se soubesse o motivo de estar nessa missão com certeza estaria contribuindo de bom grado, sabia?” ele não me olhava mais, estava concentrado assistindo a cafeteira preparar o café, mas ele ainda assim estava conseguindo me deixar com mais raiva a cada minuto.

“Então por que não me conta? Qual é o motivo por trás de tanto sofrimento e de tanto ódio?” cruzei os braços e esperei por sua resposta. Ele ficou um tempo em silêncio pensando no que falar.

“Você nunca pareceu se importar com o sofrimento das suas vítimas” seus olhos voltaram a encontrar os meus, ele estudava minha reação atentamente.

“Era diferente, eles não tinham coração, mereciam morrer, mas essas pessoas são boas, por mais que sejam vampiros e bruxas... Não é certo matar gente do bem, Dean” tentei inutilmente colocar algum bom senso dentro daquela cabeça maluca.

“Não me importa se são pessoas boas ou não, são aberrações. Aberrações merecem morrer.” ele declarou isso como se estivesse alegando que o dia estava bonito ou que iria chover.

“Então você também merece morrer, é uma aberração só pelo fato de querer matar gente inocente.”

“Inocente?” seu tom de voz estava um pouco alterado “Já conversou com seu namorado? Já perguntou quantas pessoas ele matou? Já perguntou sobre o passado dele? Ele nem sempre foi o cara bonzinho que você acha que ele é. Deveria se informar mais sobre as coisas, Millie. Não se pode sair por ai julgando um livro pela capa ou pela sinopse, precisa-se conhecer bem a história antes” eu tinha finalmente mudado sua expressão relaxada, seu rosto estava começando a ficar vermelho conforme ficava cada vez mais furioso comigo.

“Você está blefando” minha voz tremeu ao falar, as perguntas de Dean estavam fazendo meu cérebro ponderar sobre o assunto. Sabia que Mark matara pessoas antes, foi necessário na época para que pudesse sobreviver, mas me perguntava se havia mais coisas por trás de seu passado que não havia me contado. E se o D estiver falando a verdade? E se existir uma parte do passado do Mark sobre a qual não sei nada, uma parte que seja obscura e malvada?, me perguntava.

“Pergunte ao seu namorado se acha que estou mentindo” ele deu de ombros, sua expressão triunfante ao perceber que me fizera questionar tudo o que conhecia sobre meu namorado.

Ele pegou duas canecas e as encheu com café, entregando uma a mim e vindo se sentar de frente para mim apoiando os braços no balcão.

“Tem alguma coisa para comer nessa casa?” perguntou, olhando ao seu redor.

“Por que você está aqui, Dean? Não pode simplesmente esquecer tudo isso e me deixar viver minha vida?” perguntei, ignorando sua pergunta.

“Poder até posso, mas só quando esta missão for concluída, até lá eu vou ficar por perto para que mais nada saia errado” estremeci ao pensar em ser vigiada de perto por ele vinte e quatro horas por dia, definitivamente não seria algo bom, não tinha duvidas quanto a isso.

“Você ainda não falou por que está aqui” lembrei-o.

“Bem, vocês cumpriram a primeira parte da missão, mesmo que tenha sido de um modo conturbado e totalmente fora do planejado. Está na hora de seguir em frente” ele deu de ombros dando um gole no café.

“Eu não vou te ajudar com isso, D” falei tentando parecer calma e controlada.

“Você não tem escolha, assinou um contrato, tem que seguir minha ordens, querida” falou, seu tom de voz sarcástico ao me chamar de querida. Tinha vontade de colocar ele para fora de casa aos pontapés, mas me controlei, não seria bom fazer isso.

Me levantei e saí de lá apressada e contrariada, minha caneca de café intocada, fui para meu quarto e tranquei a porta logo em seguida, não queria visitas indesejadas, meu quarto ainda era um lugar só meu – pelo menos era no que acreditava. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Mike, avisando que D estava na cidade e nesse exato momento no andar de baixo tomando café como se fosse uma pessoa sem sérios problemas mentais.

Me deitei, afundando meu rosto no travesseiro. Me sentia confusa e, por mais que não gostasse de admitir, estava com medo. Com Dean por perto, Alice, Sophie, Laureen e Mark corriam perigo. Não podia deixar que aquele cara – que me parecera tão amigável quando comecei a trabalhar com ele e que agora se mostrara ser um maníaco controlador – machucasse as pessoas que amava, não podia deixá-lo machucar minha nova família...

Ouvi passos na escada se aproximando da porta do meu quarto, seguido de uma batida suave na porta.

“Vai embora” gritei, minha voz levemente abafada pelo travesseiro.

“Que horas seu irmão vai chegar hoje? Eu tenho que conversar com ele também antes de reunir todos você para explicar a fase dois da missão” falou Dean do outro lado da porta. Fiquei em silêncio, não queria mais falar com ele. Ele esperou por um tempo, mas começou a ficar impaciente. Podia ouvir ele batendo o pé no piso de madeira e suspirar “Bem, se você não quer dizer, vou descobrir sozinho”

Ouvi seus passos na escada e não muito depois pude ouvir a porta da frente fechar com um estrondo. Suspirei. Não sabia o que fazer, tinha que impedir Dean de prosseguir com essa missão maluca. No fundo estava curiosa para saber o real motivo por trás de tudo isso, mas sabia que D não contaria até que tudo estivesse concluído.

Deixei minha mente vagar, tinha que esquecer Dean por algum tempo. Já sabia onde minha mente iria me levar, como sempre. Parecia que tudo dentro da minha cabeça girava em torno de Mark desde que o conhecera. Não era algo que me incomodava, mas com certeza não era algo saudável. Me lembrava de cada beijo, de cada carícia, de cada toque, de cada palavra dita... era como se pudesse sentir seus lábios nos meus ao relembrar, nossos corpos sincronizados que pareciam se encaixar perfeitamente, como se fossemos feitos um para o outro. Queria que ele estivesse ali comigo, que tudo voltasse a ser como era antes de Dean aparecer na cidade, sabia que, com ele por perto, nada seria o mesmo e isso me deixava aflita.

Meu celular tocou. Era Alice. Meu coração deu um salto em meu peito antes de atender. Será que a situação da Sophie piorou?, me perguntei enquanto dizia alô.

“Millie, você já tinha acordado? A gente não queria te acordar...” sua voz parecia alarmada. Pude ouvir ao fundo o som de algo se quebrando em milhares de pedaços. Isso me deixou com medo, o que estava acontecendo?

“O que está acontecendo ai, Alice?” perguntei alarmada e preocupada, tinha me esquecido completamente de me preocupar com Sophie, estava consumida pelo ódio que sentia pelo homem que invadira minha casa, o que fez minha mente se esvaziar facilmente.

“A Sophie acordou faz um tempo, nós demos comida pra ela e tentamos fazer ela tomar banho, mas ela parecia muito estranha. Ela está alucinando, não sabe quem nós somos, está dizendo que nós temos que sair da casa dela ou ela vai chamar a polícia. Ela acabou de jogar um vaso de cristal na Laureen, mas não acertou ela... pelo menos eu acho que não a acertou gravemente. Não sei mais o que fazer, tem como você vir aqui? Você parece lidar com isso melhor do que nós”

“Estou indo, não deixem ela fazer nenhuma besteira” respondi, desligando.

Pulei da cama, minha mente abarrotada de preocupação e culpa – não podia me convencer facilmente de que aquilo não era minha culpa. Tirei o pijama, coloquei o primeiro moletom que vi na minha frente, sem me importar com minha aparência e saí de casa correndo. Como Mike ainda não havia chego, tive que ir correndo até a casa de Alice, chegando lá arfante. Entrei na casa sem me importar de tocar a campainha ou bater na porta, estava focada nos meus pés para que não caísse e batesse a cabeça no chão, não tínhamos tempo para mais um problema. Subi as escada de dois em dois degraus e entrei no quarto de Alice.

A cena que vi, se não estivesse tão preocupada, com certeza me pareceria cômica. Alice estava tentando fazer Sophie se sentar na cama, empurrando-a pelos ombros. Sophie se debatia e gritava que ia chamar a policia. Laureen estava as observando tirando alguns cacos de vidro do braço, os pequenos cortes sangravam, mas nada com o qual precisávamos nos preocupar – afinal ela era uma vampira, estaria curado em alguns segundos. No chão perto da porta estavam os restos do vaso de cristal transparente que Sophie jogara em Laureen e Alice. Sophie conseguiu se soltar do aperto de Alice e veio correndo em minha direção, passando seus braços pela minha cintura, puxando-me para um abraço. Ela apoiou a cabeça no meu ombro e chorou.

Fiquei sem reação. A abracei desajeitadamente e pude sentir suas lágrimas ensopando minha camiseta rapidamente. Alice e Laureen nos olhavam sem entender a situação. Sophie me soltou, pegou minha mão e me levou para a cama, fazendo-me sentar. Ela deitou e apoiou a cabeça em meu colo ainda chorando. Afaguei seu cabelo sem saber o que fazer ou dizer a ela.

“Eu senti tanto a sua falta, Chloe” susurrou Sophie em meio ás lágrimas.

“Eu também senti” tentei parecer natural, mas não fazia ideia de quem era Chloe, Sophie estava delirando.

“Por que você não voltou mais? Por onde você andou? Você prometeu que não ia me esquecer Chloe, mas você nunca mais voltou” ela me fitava com os olhos molhados procurando por uma resposta em meus olhos.

“Desculpa, Sophie, eu... tive que resolver alguns problemas, não deu pra vir antes” olhei para Alice e Laureen em busca de ajuda, mas as duas deram de ombros, também não sabiam do que Sophie estava falando.

“Você esta aqui agora, não importa mais. Você não vai sumir mais, vai?” ela falava como uma criança e isso me assustava.

“Não, não vou sumir” respondi, o corpo dela relaxou consideravelmente com minha resposta.

Não entendia o que Sophie estava vendo ou sobre o que estava falando, não sabia quem era Chloe ou o que acontecera com ela. Não sabia como reagir, como responder as perguntas ou como reconfortá-la, mas ela precisava de mim e estaria ali para ela, fosse como Camillie, Chloe ou quem quer que ela achasse que eu era, não me importava, tudo que queria era diminuir a dor que a garota sentia.

“Quem são elas, Chloe?” perguntou, apontando para onde Alice e Laureen estavam, ela parecia com medo.

“Elas são... minhas amigas, elas vieram para cá comigo” pensei rápido, era difícil ser alguém que você não conhecia sem ter um roteiro para seguir.

Depois de um tempo em silêncio, quebrado apenas pelos soluços de Sophie que ainda chorava em meu colo, meu celular vibrou. Era uma mensagem de Mike.

Millie, onde você tá?

O D veio falar comigo, ele quer se reunir com

a gente daqui dez minutos na lanchonete, falou que

tem que resolver algumas coisas sobre a missão...

Não faça nenhuma besteira, vamos dar um jeito nisso tudo.

Não se atrase.

Mike.

Não podia ir, Sophie precisava de mim, não tinha como deixá-la em uma hora como essas. Não sei o que meu rosto demonstrava, mas foi o suficiente para fazer Sophie se preocupar comigo.

“O que foi? Está tudo bem?” perguntou me fitando com seus olhos amendoados tristes e preocupados. Mais lágrimas se formavam neles.

“Está tudo certo, não precisa se preocupar, eu estou aqui” sorri, tentando parecer convincente. Partia-me o coração vê-la assim. Achei que depois da noite passada eu poderia enfrentar qualquer coisa, mas vê-la assim só me mostrava que tudo poderia piorar, que não era forte o bastante. Senti meus olhos marejarem, mas reprimi as lágrimas, tinha que ser forte por ela.

Suspirei. Eu teria que sair dali e encontrar Mike e Dean na lanchonete. Sinceramente não queria ir, preferia ficar ali fingindo ser a Chloe. Tentei me levantar, mas Sophie me abraçou forte, me fazendo sentar novamente.

“Não vai” pediu, olhando-me com olhos suplicantes.

“Eu volto, prometo” pude ver seus olhos se enchendo de água mais uma vez, não podia deixá-la assim.

“Por favor, não vai” sua voz tremia por causa das lágrimas.

“Tudo bem, eu vou ficar” suspirei, ela sorriu e voltou a deitar a cabeça em meu colo.

Peguei o celular e liguei para Mike. Demorou um pouco para ele atender. Sua voz indicava que o encontro com D não foi muito interessante.

“Mike eu não posso ir a essa reunião agora”

“Como assim não pode, Millie? É o D, não tem como não ir. Não estou a fim de ser comido por um lobisomem de novo, é noite de lua cheia ainda” podia jurar que ele revirava os olhos, o que me fez rir sem humor.

“Não posso deixar a Sophie nesse estado, Mike. Não agora. Ela tá delirando, não vai me deixar ir embora tão cedo”

“Millie, o que você quer que eu faça? Não tem o que fazer, o D vai ficar furioso com você e isso não é algo bom.”

“Eu sei, enrola ele por um tempo, eu vou tentar ir o quanto antes, mas agora não tem como mesmo”

“Enrolar ele? Isso é impossível”

“Por favor Mike” supliquei. Pude ouvi-lo suspirar do outro lado da linha.

“O que eu não faço por você, né? Vou ver o que posso fazer, mas não prometo nada. Não demora, tá?”

“Te vejo daqui a pouco” falei para passar confiança.

Agora só preciso arranjar um jeito de sair daqui sem que a Sophie sofra, pensei enquanto desligava o celular e o jogava na cama ao meu lado.

“Lembra de quando nós íamos brincar no jardim da vovó, lá na árvore alta?” perguntou Sophie, de olhos fechados.

“Lembro” minha fala saiu mas como uma pergunta do que como uma resposta, mas ela não parecia ter percebido.

“Era tão bom naquela época, você não tinha preocupações ou problemas... passava o dia todo comigo”

“É, era bom”

Ela bocejou e se aninhou mais no meu colo.

“Promete que não vai sumir?” murmurou sonolenta.

“Prometo.”

A campainha tocou, nos sobressaltando. Sophie abriu os olhos e começou a se levantar para abrir a porta.

“Pode deixar, eu atendo para você” falou Alice, sumindo de vista rapidamente, sabia como era difícil para ela ver Sophie naquele estado, Alice era muito sensível.

Sophie voltou a relaxar e fechar os olhos. Laureen nos olhava de um modo estranho que não compreendia. Ela percebeu que a olhava intrigada e desviou o olhar antes de falar alguma coisa.

“Como será que tudo vai acabar? Quer dizer, eu sou uma vampira, ela é uma lobisomem... inimigos naturais” se explicou olhando a paisagem através da janela a sua frente.

“Nós vamos dar um jeito nisso, não se preocupe. É como o Mark disse, a gente aprende a conviver com essa nova realidade, nada precisa mudar mais do que já está mudando” respondi, tentando reconfortá-la.

“Espero que vocês estejam certos” suspirou.

A porta do quarto abriu rangendo, mas, ao invés de Alice aparecer, Dean entrava no quarto, seguido de perto por ela, que tentava fazê-lo sair da casa puxando-o pelas roupas. Ele não parecia perceber ou então não se importava. Seus olhos queimavam de fúria. Meu coração perdeu o compasso ao vê-lo parado ali perto de minhas amigas sobrenaturais.

“O que você está fazendo aqui?” perguntei assustada.

“O Mike falou que você ia se atrasar um pouco, não gosto de atrasos, você sabe disso. Você vai vir comigo agora, querendo o não.” ele se aproximou de mim e prendeu meu pulso com a mão, apertando-o.

“Você tá me machucando” falei entre dentes enquanto ele me puxava.

Sophie se levantou e ficou nos olhando amedrontada.

“Solta a Chloe!” gritou, as láfrimas voltando a rolar por seu rosto. Dean parecia ter ficado confuso, mas logo voltou ao estado maníaco no qual se encontrava.

“Eu já volto, prometo” respondi enquanto Dean me puxava para a porta. “A Alice e a Laureen vão cuidar de você, não se preocupe”

“Você prometeu que não ia” me lembrou com a voz embragada.

“Eu tenho que ir, mas prometo que volto para te ver ainda hoje” sorri para reconfortá-la, mas foi inútil.

Pude ver mais lágrimas se formando em seus olhos antes de Dean me puxar mais forte, Laureen foi até ela e a abraçou, deixando-a chorar em seu ombro. D me puxava cada vez mais forte, me levando para fora da casa, onde seu carro estava estacionado. Ele me empurrou para dentro do carro, entrou no lado do motorista e começou a dirigir furioso pisando no acelerador forte de mais, fazendo o carro entrar em disparada rumo à lanchonete.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Mereço reviews???

Beijinhos e até o próximo capítulo!!!



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