Julieta E Seu Rom...ops Felipe escrita por Mia R


Capítulo 7
Você chama de ressaca, eu chamo de ciúme


Notas iniciais do capítulo

esse cap tá :c mas o próximo vai surpreender vocês, fiquem tranquilos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322478/chapter/7

Acordei com a pior dor de cabeça de todos os tempos, olhei para o lado e Felipe estava deitado do meu lado, só de cueca, olhei para o meu corpo e eu estava só de calcinha e sutiã. Gritei.

– Tá gritando por quê? Porra, não grita, se eu tô com dor de cabeça imagina você. – ele falou, ainda de olhos fechados.

– Não grita? O que você fez comigo? Você me drogou?

– Senti um deja vu agora, vai reagir assim sempre que acordarmos juntos? Na verdade dessa vez eu te embebedei, – ele riu – foi um ótimo dia.

– Por que eu estou na sua cama com você só de cueca, hein campeão?

– Porque como sempre você dormiu no carro, te carreguei até aqui igual um bebê, fui te colocar na sua cama e você ficou resmungando, te coloquei na minha e você ficou bem. E eu estou só de cueca, porque caso você não se lembre, eu durmo só de cueca.

– Hm, ok, entendi, mas agora me explica a parte que eu estou só com roupa intima por favor?

– A roupa que você estava usando estava cheia de grama e toda suja, não podia deixar você dormir daquele jeito, e não achei seus pijamas. Calma, eu não te estuprei, que medo é esse?

– Não é nada.

Me levantei da cama e ele também, fomos até a cozinha, e começamos a preparar o café da manhã/lanche da tarde. Sentei, massageei minhas têmporas e falei:

– Cara, tive um sonho muito estranho.

– Sonhou o quê?

– Que tinha te beijado e gostado. – ele olhou pra mim e sorriu.

– Não foi um sonho, você realmente me beijou e a parte do gostar você acabou de confessar.

– Impossível. – disse perplexa.

– Tão possível quanto você sentir falta de sexo.

– Arghhhhh. – ele riu da minha reação. Levantei e fui até a sala assistir televisão, sentei no sofá. – Ainda não acredito.

Ele veio e sentou ao meu lado, me afastei um pouco e então percebi que ainda estávamos só de roupa intima, nós dois.

– Você quer que eu prove que você gostou? – ele perguntou e depois piscou.

E então a porta da sala abriu e um cara, com mais ou menos a idade do Felipe, entrou. Eu gritei de novo.

– E ae Lipe? Ah meu deus! Desculpa! Desculpa, atrapalhei algo? – o cara perguntou.

– Não, não é isso que você está pensando! – disse cobrindo meu corpo.

– Na verdade, é bem isso que você está pensando, Pedro. – Felipe falou todo sorridente.

– Felipe!

– Ah, desculpa esqueci de apresentar. Juju, esse é o Pedro. Pedro essa é a Julieta. Ele morava comigo uns tempos atrás, por isso tem a chave daqui.

– Felipe! Explica pra ele o que nós somos! – gritei.

– Estou vendo que meu amigo está sendo pressionado pra assumir o namoro. – Pedro riu, sentou do meu lado no sofá e ficou olhando minhas pernas.

– Na verdade, Julieta é minha melhor amiga. – Felipe falou desanimado.

– Queria uma amizade assim também, viu. – ele olhou pra mim e piscou. Eu levantei e sai andando para meu quarto.

– Pedro, o que você fez? É minha mina, não lembra da regra dos melhores amigos? – ouvi do meu quarto, enquanto colocava um vestido.

– Você acabou de dizer que é sua melhor amiga, se fosse ficante, namorada dai sim teria a regra dos melhores amigos. – Pedro respondeu.

Sai do quarto e os dois pararam de falar. Felipe estava sorrindo e Pedro boquiaberto.

– Cara, onde você acha meninas tão gatas? – Felipe olhou com raiva para o Pedro. – Tá cara, saquei, saquei.

– Vamos sair? Alguém conhece algum barzinho legal? – perguntei.

– Já quer ficar bêbada? – Pedro perguntou e Felipe riu – Mas eu conheço vários, vamos.

Pedro foi primeiro, Felipe foi atrás dele e eu fui seguindo os dois. Fomos no carro do Fe, os dois na frente e eu deitada atrás. Chegamos em um bar que estava lotado, mesmo ainda sendo cedo, Pedro conhecia todos os garçons. Sentamos em uma mesa rodeada de mesa de mulheres, Pedro sentou ao meu lado e Felipe na minha frente.

Eles pediram cerveja e eu Coca-Cola. Pedro olhou pra mim, estranhando.

– Ressaca. – expliquei.

– Ei gata, que tal eu te pagar uma bebida? – Felipe falou. Já ia responder quando percebi que na verdade ele estava falando com a menina da mesa do lado.

– Quantas você quiser. – ela respondeu e sorriu.

Tomei minha Coca e fingi que não estava sentindo alguma coisa apertando meu coração, devo ter feito alguma cara estranha, pois Pedro percebeu.

– Tá tudo bem? – ele perguntou baixinho no meu ouvido.

– Deve ser a ressaca. – respondi.

– Você chama de ressaca, eu chamo de ciúme.

Não respondi, só tomei minha Coca. Lá estava eu tomando minha Coca enquanto todo mundo bebia, segurando vela e vendo Felipe rodeado de meninas fúteis. Será que nada mudou?

Só ouvia Felipe jogando cantada atrás de cantada pra aquela menina até que ela perguntou:

– E essa menininha aí quem é?

– É namorada do meu amigo Pedro, não é? – Felipe respondeu, olhando para Pedro com o olhar “me ajuda aqui”, mas então eu o ajudei pelo Pedro.

– Claro que sou, não é amor? – olhei para o Pedro e o beijei. – Alias, vamos lá pra fora um pouco?

Pedro pareceu surpreso (de um jeito bom) e Felipe também (de um jeito muito, muito ruim).

– Claro amor, claro. – Pedro veio correndo atrás de mim.

Quando chegamos lá fora eu o abracei e pedi “por favor me ajuda, você estava certo, me ajuda”

– Você está pedindo pra me usar? – ele perguntou.

– Er...hm...é. – respondi meio sem jeito.

– Eu topo!

Ele chegou mais perto e me beijou, eu estava me sentindo tão mal por fazer isso, não conseguia usar um cara assim. Parei o beijo, o abracei. Consegui ver Felipe nos observando com uma cara de ciúme e raiva, pelo menos consegui o que tecnicamente eu queria.

– Me desculpa. – eu disse.

– Relaxa, tô aqui caso você queira me usar sempre. – ele piscou e eu ri.

– Me leva pra casa?

– Posso pedir um táxi e te levar pra casa do Lipe. – ele propôs.

– Não, eu quero ir pra minha casa. – respondi.

– Tudo bem, vamos.

Ele chamou um táxi, e foi comigo até minha casa, quando chegamos lá ele me deu um abraço e falou pra eu me cuidar, então voltou de táxi para o bar.

Minha casa estava como eu tinha deixado, porém com metade das paredes pintadas de azul e não tinha mais nenhum cheiro de tinta, deitei na minha cama com a roupa que eu estava e comecei a pensar em como ia pegar minhas coisas na casa do Felipe depois. Mas então veio a minha cabeça por que eu estaria tão brava com ele? Não somos namorados, somos? Não. Então ele pode dar em cima de quem ele quiser, não pode? Pode. E além disso eu nem gosto dele e ele também não gosta de mim, certo? Errado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Julieta E Seu Rom...ops Felipe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.