Noiva Em Fuga escrita por Kori Hime


Capítulo 2
Capítulo 2 de 2 (Final)


Notas iniciais do capítulo

Final, eu dividi em duas partes para ficar mais fácil da Kisa ler =X
aham, ela vai entender o porque hehe



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Carue corria o mais rápido possível, a única coisa que conseguia pensar era no pedido de Vivi, para levá-la o mais longe possível de onde estavam, e por isso, o bicho foi tão rápido, correndo contra o vento, que não dava mais para ver os guardas reais que os perseguiam.

Após uma longa jornada, Carue cansou e Vivi, sabendo que o amigo estava sobrecarregado, desceu ao chão. Ela o acariciou, e agradeceu pela ajuda.

Olhou ao redor, e estavam em pleno deserto. O sol estava muito quente, por isso decidiu caminhar até encontrarem algum lugar para se protegerem. Depois de uma hora caminhando, encontraram um Oásis. Vivi achou que estava tendo uma miragem, mas logo notou que era real. Os dois correram em direção a piscina natural que se formava ao redor de um coqueiro.

Carue brincava na água, enquanto Vivi sentou embaixo da sombra de uma palmeira enorme. Ela não se recordava daquele lugar. Claro que não conhecia cada centímetro do deserto, mas os oásis eram marcados no mapa, para que os viajantes pudessem se refrescar.

Vivi sentia um aperto no coração, ela chorou e Carue parou de pular na água, para sentar ao seu lado. A princesa passou a mão sobre a cabeça do amigo, e agradeceu pelo esforço que ele teve em ajudá-la.

— Kohza deve estar magoado pelo o que eu fiz, Carue. – O bichinho deitou a cabeça no colo da princesa. – Eu não consegui... não fui forte. Fui na verdade uma covarde. Acho que Luffy me chamaria de covarde em uma hora dessa?
Carue fez um barulho de desanimo.

— É, acho que você tem razão, piratas não são covardes, e esta mais do que provado que eu não mereceria a confiança dele para ser sua companheira. Só que... não tive muitas escolhas. Ninguém me deixou escolher o que eu queria fazer e como deveria ser. Kohza só sabia obedecer as ordens do meu pai, e me deixou em segundo plano, como se satisfazer as vontade dele e do conselho fossem mais importantes.

Já era fim de tarde, Vivi e Carue dormiam encostados na palmeira, ela sentiu uma mudança de clima, o vento sobrou, arrepiando-a completamente. Acordou assustada. Algo vinha na direção do oásis. Vivi não conseguiu ver quem era, ou o que era, estavam ainda muito distante.

Carue se levantou e rosnou tal como um cachorro, que não era.

A certa altura, já era possível ver o imenso caranguejo aproximando-se. Vivi não se moveu do lugar, Carue até tentou empurrá-la, mas não conseguiu. Vivi decidiu que não iria sair dali fugida. Ela não era mais uma garota assustada, ela deveria manter sua palavra.

— Kohza? – Vivi estreitou os olhos e forçou a visão. – É ele Carue, ele veio atrás de nós dois.

O caranguejo aproximou-se mais e mais.

— Vivi?! – Kohza gritou, logo em seguida pulou do caranguejo que viajou esquadrinhando o deserto em busca da princesa fugitiva. – Eu pensei que... pensei que...

Ele não terminou de falar, saltou em direção a sua noiva e a abraçou.

— O que você faz aqui? – ela perguntou, sentindo as maçãs do rosto corarem. – Porque veio atrás de mim, mesmo depois de eu ter fugido.

— Porque? – ele a soltou. – Porque eu amo você. Nem que eu tivesse que remar até o Novo Mundo, eu iria atrás de você. Não vou admitir que minha noiva torne-se uma pirata. Nada contra aquele bando, amigo seu, mas o seu lugar é aqui, em Alabasta. Seu reino, onde estão as pessoas que mais te amam. Onde esta o meu amor.

— Mas eu não...

— Posso até entender que você não me ame mais, me abandonar no dia do nosso casamento. Mas seu pai, seus amigos... eles precisam de você.

— Mas Kohza...

— Eu ainda desejo o seu bem, e se seu desejo é não se casar comigo, eu irei aceitar. Tudo, menos você nos abandonar. Vivi...

— Sim...

— O que você ia dizer? – Ele parou de tagarelar e segurou as mãos da princesa.

— Que eu também te amo. – ela disse por fim. – Não estava indo me encontrar com piratas no novo mundo. Eu só queria um tempo para por tudo no lugar. Nos últimos dias não temos sido nós dois, e isso me apavorou.

— Não pense que só você ficou apavorada. Eu também fiquei. – Kohza afastou-se e respirou fundo, parecendo cansado. – Você será coroada rainha, e eu, bem eu serei Kohza, o deslocado. Não nasci para a realeza. E por isso venho tentando me adaptar a esse mundo. Só que de tanto tentar agradar, acabei desagradando a única pessoa que realmente valia a pena.

— Você não precisa agradar a ninguém! Basta ser quem é. Eu me apaixonei pelo o que é, e sempre foi. Não quero que mude.

— Ótimo. – Kohza deu um sorriso. Ajeitando os óculos. – Poderia ter me dito isso antes de seu pai jogar um monte de tarefas em meus ombros.

— Eu tentei dizer, mas até me por para fora do seu quarto, você fez.

Ele encolheu os ombros, e depois abraçou Vivi pela cintura. – Ah! É, isso. Bem, tenho que que me desculpar da forma correta.

— Não aqui, Kohza. – eles olharam para o caranguejo e Carue, que brincavam na água.

— Você tem certeza que quer voltar agora?

— Todos devem estar decepcionados comigo... – Vivi abaixou a cabeça, mas Kohza a ergueu com a ponta dos dedos em seu queixo.

— Então que tal ficarmos aqui mais um pouco? Acho que podemos fazer uma barraca com esse seu vestido. Tem tecido sobrando.

— Kohza! – ela lhe desferiu um tapa, de leve, no ombro dele. – Eu preciso enfrentar a todos, mas acho que não precisa ser hoje.

— Não, não mesmo. – Ele a acariciou no rosto. – Se quiser, podemos até esticar mais um pouco essa fuga.

— Como assim? – Vivi piscou os olhos lentamente, o sol estava se ponto e os tons do céu cada vez mais escuros.

— Podemos antecipar a nossa lua de mel. – ele sorriu, maliciosamente, deixando a princesa sem palavras, porque Carue estava bem ao lado deles. – Claro que podemos mandar o Carue de volta, e não preocupar seu pai.

— Mas... – ela olhou o amigo. – Eu achei que ele pudesse ir junto.

— Na lua de mel?

— Sim. Pode nos levar.

— Tudo bem. – Kohza ajeitou os óculos. – Tudo bem, eu sei que ele vem no pacote.

Os dois sorriram para Carue, que não entendeu a piada.

Kohza ajudou Vivi a subir em Carue, ele sabia que ela não precisava de ajuda, mas afinal, para ele, essa era a responsabilidade do marido. E dali em diante não iria esquecer, de forma alguma, a sua prioridade.


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Notas finais do capítulo