Guerra De Corais escrita por Aurora, Aurora Fanfics


Capítulo 10
Turma de Vandalos


Notas iniciais do capítulo

Hey. Saiu rapidin esse né? Como promotido, dez comentários, um capítulo em dois dias :)
Ok, então, esse capítulo eu pessoalmente acho que amadureci pacas a escrita. Comparado com o primeiro, pelo menos. É nele que começa REALMENTE a história, já que começa a mostrar mais da personalidade de cada pessoa, e está se fundindo os laços amorosos e de amizade.
Blá Blá Blá. O título do capítulo, EU JURO PARA VOCÊS, que eu achava que era "Garotas Condimento", que era inclusive o nome salvo no word. But, a designer do banner colocou esse, e eu pensei bem, e acho que enviei esse nome para ela rsrs. Ops.
Chega de enrolar, bora para o capítulo:
Boa leitura :3



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Bianca POV

– O quê que você vai cantar, problemática? – disse Clarisse para Thalia enquanto colocava o pijama.

– É muita conhecida. – ela respondeu – É a “Não te interessa”, da famosa cantora “Sua escrota”.

A pergunta básica que eu ficava me fazendo a cada cinco segundos dentro daquelas quatro paredes era: Como eu vou sobreviver a isso o ano inteiro?

Honestamente, não me importo com nenhuma das duas não falarem comigo. Mas convenhamos que ficar gritando uma com a outra, em quanto um ser inocente (eu), tende ouvir todas reclamações.

– Qual o seu problema? – elas falaram (gritando) ao mesmo tempo.

Logo, ambas gritavam uma com as outras em um tom de voz que não se conseguia mais entender as palavras que saiam de suas bocas.

– Calem a boca! – berrei o mais alto que pude.

Elas se viraram para mim boquiabertas. Coragem Bianca, você começou isso, agora vai ter que finalizar.

– Desculpem, mas não aguento mais. – disse tentando não corar tanto, mas minha voz tremia – Para aliviar a tensão do quarto, que tal se todas nós nos juntássemos para fazermos essa tarefa?

Conseguia sentir a plateia delirando na minha própria mente. Eu fui corajosa o suficiente para enfrentar as duas garotas ao mesmo tempo. Afinal, o quê iria acontecer de pior? Ela poderiam me xingar, bater, se revoltar contra mim, me excluírem mais do que já sou excluída...

Ok, eu estava arrependida.

– Não, sua perdedora – Clarisse disse se deitando e cobrindo a cabeça com os lençóis.

Meu coração acelerou. Eu merecia isso.

– Eu topo – Thalia disse com sua cara séria.

Talvez não esteja tão arrependida assim... Só acho que extrapolei mandando elas calarem a boca. Moral é uma coisa que eu perdi quando deixei de abrir a boca por medo.

Hoje, eu descobri que nenhum bicho iria entrar na minha boca se eu decidisse falar.

***

Acordei na lerdeza de sempre. Levantei da cama como uma pamonha mole, e me arrumei no mesmo ritmo. Fiz uma lista em minha mente de frases que esperava ouvir nas aulas:

Que horas são? Que horas acaba essa aula? ‘Tô com fome. Hoje é que dia? É para copiar?

A lista poderia ser bem maior se Clarisse parasse de me lançar um olhar mortal. Ela continuava a me encarar como se fosse me matar desde ontem de noite (nem passou tanto tempo, mas eu não sou do tipo de pessoa que espera sentada o assassino vir até mim).

Tentei desviar do olhar, mas parecia um lazer que atingia a minha alma. Conseguia sentir as faíscas vermelhas saindo dos olhos dela. Ela parecia ser um X-Men cruel, que quer destruir o mundo com seus superpoderes de vilã.

– Vamos, ou você vai ficar aí parada? – Thalia me perguntou com a maior delicadeza que pode.

Levantei-me em um pulo e a segui pelos corredores até a sala de aula. Já que tínhamos quase tempos de aula juntas. Apenas me sentia a maior “bad girl” andando no meio da “galera”, e todos se viravam para mim.

Exagerei um pouco, algumas pelos se viravam. Eu acho. Eu espero. Eu desejo mais do que tudo ser notada.

Talvez eu tenha alguns problemas com o meu meio social até agora. As marcas deixadas do passado (ontem), quando eu não tinha falado com ninguém e não continha nenhum amigo (se bem que eu só tenho a Thalia), ainda eram muito presentes.

Entramos na sala, para aula de física. Como somos muito vândalas, e rebeldes, sentamos no fundo da sala. Meu coração estava a mil, eu me sentia uma verdadeira delinquente juvenil.

– Qual foi o desse sorriso na cara? – Thalia me perguntou, só que desta vez ela foi realmente simpática.

– Eu sou da turma do fundão agora! Tenho tempero, nós temos condimento –falei em um tom de voz animado- Quer dizer... logo eu estarei indo para coordenação por falar demais, e alguns dias estaria na cadeia por ser uma menina muito má.

– Depois direto para o hospício, por ser pancada das ideias. – ela riu.

As carteiras foram sendo preenchidas e eu tremia na minha própria cadeira. Fixava minha visão no cabelo de Thalia (já que ela estava sentada logo na minha frente), tentando não desmaiar de nervosismo.

– BIANCA! SEJA FORTE! Para de ser a molenga que você sempre foi. – falei para mim mesma em um cochicho tão baixo que não era possível que algum ser humano tenha ouvido.

– Maninha, quanto tempo! – Nico disse sentado do meu lado – Quem é a sua amiga?

Obvio que não era por minha causa que ele veio falar comigo. É, a frase soou estranha, mas se pararmos para raciocinar, qual seria o motivo para ele falar comigo naquele exato segundo? Minha nova colega.

– Não seja mal educada, me apresente a ela? – Nico insistiu.

– Thalia, esse é o imbecil do meu irmão – disse coma voz mais sem emoção que já pude fazer – Imbecil, essa é a Thalia.

Os amigos do meu irmão riram, assim como Thalia. A única diferença é que os amigos dele pareciam animais histéricos.

– Por que nunca conheci a sua irmã mesmo? – Luke disse ainda rindo – Sou o Luke, prazer meninas.

– Eu sou o Lee Fletcher – disse o menino loiro, de olhos verdes – Me chame de Fletcher.

Meu coração não sabia se parava ou acelerava a mil até eu ter uma parada cardíaca. Lee Fletcher era simplesmente o capitão do time de futebol americano (mas praticava vários outros), gerenciava todos eventos escolares, vai ser o provável rei da formatura, é o cara mais simpático de todo colégio, e um dos mais desejados pelas garotas. Eu sou casada com esse homem.

Nunca havia dito uma palavra a ele. O pobre garoto não sabia da notícia do nosso casamento, mas isso era apenas um detalhe. Já conseguia imaginar como seria a nossa casa, o nosso filho, a nossa filha, o nosso cachorro... e por aí vai.

– Oi. – disse num suspiro, tentando não me embolar nas palavras.

Eles sorriram e se sentaram em volta de nós. Surpreendentemente, ou não, Fletcher sentou atrás de mim. O nosso romance iria começar, eu precisava apenas dizer algo.

– LSKDNFJSKDLSK –eu falei em um impulso para ele.

– O quê? – ele perguntou confuso.

– Lindo. – disse, mas logo balancei a cabeça – Quer dizer, empresta uma caneta?

Thalia POV’s

O professor entrou em sala. O tédio já estava começando a me atingir brutalmente. Estávamos muito longe de sexta-feira ainda. Segunda-feira era sempre um cu.

– Ele parece um pinto. – disse Luke fazendo os colegas rirem.

Contava os segundos para ir embora, já que a cada minuto Nico me chamava para me lançar uma cantada. Minha cabeça estava oca. Eu não conseguia pensar em nada no momento.

– Ele está te incomodando? – Luke perguntou.

– A vida está me incomodando. – respondi grosseiramente.

Ele levantou as sobrancelhas. Parecia estar surpreso com a minha resposta, apenas não entendia o motivo. Era algo tão comum as pessoas reclamarem da vida de uma forma grossa.

– O quê é? – falei ainda grossa, não iria ser simpática, não com ele.

– Suas desculpas foram aceitas, senhora. –disse ele sorrindo.

Ele deve sofrer de algum distúrbio cerebral, só pode.

Em um piscar de olhos, eu não ouvi mais nada. Apenas avistei Rachel, que estava duas carteiras a minha frente. Consegui captar o movimento exato de sua boca.

A letra. O grupo. A música. O trabalho. A gelatina que eu ia comer. Tudo se encaixava. Uma ideia surgiu em minha mente.

Corri para a mesa da Rachel. Foda-se a aula. Eu tinha um recado a dar, ele era muito importante. Algo que era de restrita ordem judicial. Lance de vida ou morte.

– Vamos cantar juntas as Spice Girls? – perguntei animada.

Ela abriu um sorriso no rosto. Não consegui saber se era um de vergonha, ou apenas um de felicidade.

Parei alguns segundos. Aquela pessoa não era eu. Estava muito animada para ser a Grace que eu sempre fui, e sempre irei ser. Tentei me recompor. Fiquei em posição ereta, e fiz a minha cara de “Fala logo, porra”, que eu sempre faço.

- Claro! Estava combinando com a Silena e a Juniper. – ela disse olhando para as duas garotas que a cercavam (uma na frente e uma atrás).

- Bianca vai também? – perguntei, meio que me auto confirmando.

Ela balançou a cabeça positivamente.

- Thalia Grace, a senhorita poderia se acomodar no seu lugar? – o professor-cara-de-pinto perguntou.


Fui em direção ao meu lugar. Pude ver Bianca sorrindo para mim. Quase havia esquecido de que ela achava muito legal o lance de ser chamada a atenção... Novatos.


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Notas finais do capítulo

UHUL. FIM DO CAPÍTULO DE HOJE. Grandinho comparado aos outros né? O que acharam? Vão ser assim daqui para frente (grandinhos e com dois POV's a cada capítulo).

Bom, eu tenho algumas perguntas a vocês... http://www.tfaforms.com/285230. Um quiz, que pode mudar tudo.

Bom², comentem :3 O próximo capítulo já está na metade, vai ser POV Grover e Fletcher. Primeira vez que eu faço deles, justamente porque mal sabemos sobre esses dois (nessa fic).