Love Chronicle escrita por Tia Cupcake


Capítulo 18
Tem mesmo de ser bolhas tóxicas? Não pode ser sakê?


Notas iniciais do capítulo

Hey minna! Cara, que raiva, esse site aqui ta com vírus! Tipo, toda vez que eu to nele fica abrindo outras abas com aqueles joguinhos idiotas! E aí do nada eu estava postando esse cap aqui e aí travou tudo e eu perdi as notas e tudo o que eu já tinha corrigido no capítulo! Desgraça! Bem, wathever. Neko-chan, você quer mesmo me fazer chorar né? Aquela sua recomendação é linda! *^* E... Nossa! Aira, trate de comentar sua preguiçosa! Extra, extra: temos dois leitores fantasmas! Vocês também devem comentar! Eu nem irei morder vocês porque nós estamos online! Aproveitei o cap de mais de 4.000 palavras ;)



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Fui pra casa secando as lágrimas. Quer dizer, por quê? Porque eu estou com o braço quase sem circulação sanguínea e caindo? Porque eu não fiz nada que preste nesse mundo ainda? Porque o Syaoran não quis que eu fosse junto? Foi porque até agora ele sempre teria conseguido fazer as coisas sem mim? Porque eu sou muito falante? Porque eu só atrapalhei? Ou... ou porque ele quer ter pelo menos alguns minutos sozinho com a Sakura? Ok, ela não lembra mais dele, mas na história ele sempre a amou e... Sempre vai amar... Quer dizer, onde eu estava com a cabeça em vir nessa coisa toda ajudar? Eu sempre fui uma inútil, isso não vai mudar agora! E a ajuda que eu dei no último mundo... Bem, ele teria conseguido sem mim. Eu realmente gostaria de fazer algo que mudasse a história! Que os mudasse! Mas eu nunca conseguiria, e por quê? Porque você é uma inútil Yana, uma desgraçada de uma inútil! Você veio pra esse mundo porque você ama o Syaoran e queria ficar perto dele! Mas você nunca parou pra pensar que talvez ele preferisse que não tivesse outra garota junto, não é? Mas... Mas o Syaoran não é assim! Então por quê? E principalmente, porque o Kurogane também não quis?! Quer dizer, ele é o meu inimigo e o meu melhor amigo ao mesmo tempo... Nós brigamos pra caraca, mas, ele é meu amigo, não é? Ele se importou comigo quando eu desmaiei por falta de sangue. Então por quê? Porque ele não tentou me impedir quando eu fui embora? Porque ele também quis que eu fosse, sem ao menos tentar me seguir? Falando em seguir, a Aira, a Sakura e a Yang-chan estão me seguindo de perto, com as cabeças baixas. Olhei com raiva pra elas, que desviaram seus olhares pro chão, com jeito de arrependidas. Mas se estão se sentindo chateadas, porque não os convenceram a me deixar ir? Porque elas aceitaram? Porque nada está fazendo sentido?! Provavelmente, se eu fosse a leitora e essa situação estivesse acontecendo com uma personagem no mangá, eu iria perceber logo de cara o que estava acontecendo e a chamar de idiota até acabar a voz. Pois bem!

Yana: Idiota! Idiota! Idiota! Idiota! Idiota! Idiota! Idi... - comecei a chorar de novo, dessa vez dando direito a fazer barulho, soluçar, gritar, deixar cair ranho, as deixar secar no rosto e o deixarem melado. Em algum momento, já perto da casa da Yang, as meninas começaram a andar ao meu lado. A Yang também parecia com raiva. Pelo que me lembro do anime, eles também não a deixam ir junto. Será que o Mokona já contatou a Yuuko para ela contar como entrar no palácio? Provavelmente sim. E de novo, eu seria inútil, de qualquer forma. A Aira só andava ao meu lado, e a Sakura me envolveu com seus braços. O que eu tinha na cabeça há alguns pensamentos atrás? Porque eu fiquei culpando a Sakura pelo que o Syaoran me falou? Sim, eu tenho ciúmes dela. E sim, eu tenho uma inveja gigante dela. Mas eu continuo gostando dela. Isso não muda. Ela é uma é uma boa pessoa, e é exatamente por isso que o Syaoran... Bom... Ele a adora. Quando chegamos a casa da Yang, ela abriu a porta e depois a trancou, e a Sakura me levou até um tipo de pufe das épocas antigas. Sentei ali e continuei a chorar, eu simplesmente não conseguia parar. E o mais chato é que sempre foi assim, eu sempre odiei chorar, mas nunca conseguia me controlar, assim como com as palavras que saem da minha boca sem eu ter tempo de mandá-las ficarem quietinhas no fundo da minha garganta. A Aira se aproximou e começou a falar comigo.

Aira: Yana-chan, é que... - e aí ela encostou a mão dela no meu ombro, e foi aí que eu senti uma dor incrível dentro da minha cabeça, comecei a ofegar, e minha barriga começou a esquentar como se quisesse virar algum tipo de comida para inverno. Eu me sentia mole, algo querendo algo querendo abrir a minha cabeça com pancadas do martelo do Thor. Começaram a vir imagens na minha mente. O Syaoran me matava, ele entrava nas casas das minhas amigas e as matava assim que elas abriam a porta, assim como suas famílias. Eu vi o Fay caído e com a face pálida e a Aira gritando e o abraçando. O Kurogane estava deitado na neve com tudo envermelhado á sua volta, e quando cheguei perto, seus olhos pareciam de vidro e da sua boca escorria sangue. Eu estava naquelas cenas, eu estava em corpo e alma. Eu podia sentir levemente o que estava acontecendo comigo, eu tinha caído do pufe e me contorcia no chão, batendo meu braço machucado. Dentro das imagens eu estava sem a proteção no braço, e eu podia vê-lo ficar cada vez mais roxo. Me joguei no chão ao lado do Kurogane, em meio a poça de sangue e comecei a gritar. Despertei logo em seguida, jogada no chão da casa da Yang com todas chorando ao meu redor. Sentei-me bruscamente, caindo logo em seguida por causa da dor no braço. Minha cabeça tinha parado de explodir e o meu estômago também. A Aira estava com um olhar assustado.

Yana: O que aconteceu aqui? O que foram todas aquelas visões? Eu... Eu... - percebi que algumas lágrimas continuavam a escorrer e que os meus olhos estavam muito dilatados. Olhei pra Aira. - Começou quando você me tocou! - Todas transferiram sua atenção para a Aira.

Aira: Bem... A verdade é que eu tenho um pouco do dom da visão do futuro. Mas porque quando eu te toquei você também teve eu não sei. Isso nunca aconteceu antes. - Ela olhou preocupada pro meu rosto - Talvez... Talvez fosse um aviso. Dizendo que, se as coisas continuaram a ir no ritmo em que estão, certas coisas podem acontecer. O que você viu Yana? - fechei meus olhos e balancei a cabeça, fazendo mechas de cabelo grudar no meu rosto.

Yana: Foram coisas horríveis. Eu queria nunca mais me lembrar delas, mas... Eu acho que é importante eu lembrar, porque apesar de serem tão tristes que eu quase não suportei, elas servem para saber o que fazer. - Me apoiei no meu braço bom, me levantei e fui procurar nas gavetas mais gaze, já que o gesso tinha rachado. Nenhuma delas tentou me impedir, na verdade ficaram me olhando com cara de abobadas, só a Sakura que tinha um olhar (cansado, mas) preocupado. Quando achei um pouco, peguei o necessário para cobrir meu braço, enrolei e rasguei com os dentes. Fui atrás da minha tala que tinha caído quando eu tinha ficado me debatendo no chão e coloquei. Olhei-me no espelho, baguncei o cabelo e assenti com a cabeça. O braço ainda doía, mas não seria uma coisa dessas que me impediria. Olhei pra janela consertada e vi que estava escurecendo. Comecei a me dirigir pra saída, e foi aí que elas finalmente saíram do seu transe. A Yang segurou pela mão e eu virei na direção dela.

Yang: O que você pretende fazer?

Yana: Eu vou ajudá-los mesmo sem eles saberem. Vou me fantasiar de cidadão da cidade, porque eu sei o que eles vão fazer agora mesmo sem vocês terem me contado. Comigo, um HOMEM, querendo ir, eles não vão negar. - Os olhos dela brilharam, e eu soube que ela iria querer ir junto. - Mas você Yang, você vai ter outro papel. Você vai ser a salvadora final, porque muita coisa pode dar errado no meu plano, e você vai nos ajudar. - Vi a decepção em seus olhos ao entender que ela não poderia ir junto, mas logo depois sorriu.

Yang: Okay! Mas antes de você ir, nós teremos de contar todo o plano deles, porque mesmo que você saiba mais-ou-menos o que eles vão fazer, você não sabe o todo, e nós - ela olhou pra Aira e pra Sakura - iremos te contar.

A Aira respirou fundo e começou a falar.

Aira: Número um, mais importante: Eles ganharam algo que quebra feitiços da Yuuko em troca do cajado muito loco do Fay. Número dois, importante pra Yana: Descobrimos que o Kurogane não é bom com crianças porque fica encabulado facilmente. - Começamos a rir - Número três: O Syaoran não deixou a Yang ir se vingar, com o mesmo olhar com que te disse para não ir. E obviamente a Sakura também não vai. - A Sakura olhou pro chão - Nã-não que você seja inútil Sakura, é só que você ainda está fraca e, e... é que... Ah, deixa, você sabe que eu te amo. Continuando: eles vão direto pro castelo. E uma última coisa Yana, que eu queria que você investigasse (isso se você já não sabe): O Fay deu uma tatuagem (que aparentemente guardava os poderes dele), só que a Yuuko disse que não era dali que vinham os seus poderes, e com um jeito sinistro ele disse que ele tinha regras para não usar de novo os poderes. - Olhei pro chão. De qualquer forma eu não poderia contar a verdade á ela - Bem, eu gostaria de reunir algumas pessoas para ajudar, por isso dei a ideia á eles, que aceitaram, por isso provavelmente eles estão na praça agora. Acho melhor você correr.

Yana: Pera... Você não vai? - ela me deu um sorriso.

Aira: Eu vou depois com a Yang, para ajudá-la. Por enquanto eu tenho de programar como nós vamos fazer as coisas. - eu assenti, prendi meu cabelo em um coque, e procurei uma capa preta ou verde escura entre as coisas da Yang. Achei uma verde e a coloquei, cobrindo meu rosto. Antes de sair eu avisei a Yang.

Yana: Ah, e Yang-chan... - ela olhou pra mim com olhos ansiosos - Se você por acaso... Tiver algum espelho mágico... Você vai precisar dele. - Antes de ela perguntar alguma coisa eu saí correndo em direção á praça. A minha vantagem era saber o futuro, e era assim que eu conseguiria evitar acontecimentos que piorariam as coisas. Corri mais rápido e, quando cheguei, estaquei de repente ao ver um monte de homens vaiando eles. Eles falavam sobre o plano, só que ninguém tinha coragem de ir por causa das pessoas que morreram ou desapareceram ao tentar entrar, e mesmo eles contando que tinham algo que acabaria com a magia da entrada, ninguém lhes dava ouvidos, e a multidão foi se esvaindo. Eu abaixei a capa sobre meus olhos e cheguei perto deles, sentindo meu coração palpitar.

Yana: Eu... Caham – deixei a minha voz um pouco mais grossa (provavelmente estou parecendo um retardado mental, mas tudo bem porque todos eles também são) – Eu gostaria de ajuda-los. Eu... eu sou um bom mago. – nossa, mas que grande mentira, quem é mago aqui é a Aira – Eu posso ser bem útil! E eu acredito em vocês. Por favor... me levem! – eu olhava pro chão para eles não conseguirem ver meu rosto, porque aí tudo estaria perdido. Como se tivesse lido meus pensamentos o Kurogane se pronunciou.

Kurogane: Porque está escondendo o seu rosto?! – ele tentou levantar o capuz mas eu fui pra trás – Aposto que você é algum dos servos do Ri-sei-lá-o-que! – O Fay me olhou um pouco, ainda que estivesse com um sorriso o olhar dele me deu medo e fui um pouco pra trás. – Vamos, mostre seu rosto!

Yana: Eu... Eu... É que eu tenho uma promessa de nunca mostrar o meu rosto pra alguém... Eu jurei pelo Rio Estige então... Eu não posso mostrá-lo... É muito horrível, é sério! – isso até que tinha uma parte de verdade... Ou não, porque eu sou diva.

Kurogane: Mas como saberemos que você é confiável? Você pode estar nos traindo e, quando chegarmos lá vai ter uma emboscada!

Yana: Eu... – Olhei por baixo da capa para o Syaoran e segurei a mão dele, que arregalou os olhos – Você sabe dizer ao tocar alguém se ela é boa, né? – apertei com as duas mãos a dele – eu pareço alguém mal? – ele ficou um pouco vermelho e o Fay começou a rir, mas ele passou o polegar pela parte de cima da minha mão e balançou a cabeça pros lados.

Syaoran: Não... Você parece uma pessoa boa. – ele se virou para os garotos – Nós podemos confiar nel... nele. – Fiz um ponto de interrogação surgir em cima da minha cabeça (eu estou começando a manjar dos paranauê), mas o Syaoran só deu um sorriso. Ele por acaso ta achando que todo mundo entende a linguagem dos sorrisos?! Desculpe querido, mas eu não vim da Terra dos Rostos Felizes. Chegamos ao palácio e conseguimos entrar, tipo, fácil assim, entrando. Fiquei confusa e o Syaoran explicou que eles já tinham vindo ali e acabado com a magia, já que era um processo fácil (ou seja, chutar a bolinha mágica, você ta achando que eu não sei das coisas da máfia da magia?!). Já estávamos andando há bastante tempo em um corredor que parecia nunca ter fim. E aí eu me lembrei. Epa, alerta de buguice no cérebro.

Yana: Caham... Ahn... Pessoal... Eu acho, só acho, que esse corredor tem algum tipo de magia esquisita e por isso nós ficamos andando em círculos.

Syaoran: Ele está certo. – Ele se abaixou e pegou algo do chão – Eu tinha deixado essa pedra aqui só por precaução, e nós voltamos para o mesmo lugar.

Yana: Uhuu, O Pequeno Polegar! – eu gritei com a minha voz aguda de garota. Todos me olharam desconfiados. Merda! – Eu... Bem... Quer dizer... Tenho problema na garganta, cof, cof... – Eles deram de ombros e eu me lembrei de algo, indo até a parede e pensando ter visto o Syaoran dar uma risadinha. Oxi fio, ta ficando igual a mim é, rindo das próprias piadas idiotas dentro da própria mente? – Bem... Eu acho que tem alguma entrada mágica escondida por aqui, já que o Syaoran tem uma intuição ótima, mesmo sem saber, ele colocou a pedra aqui e por isso a porta deve estar por aqui... – fiquei encostada na parede e tocando em várias partes.

Kurogane: Pera aí... Como você pode saber se o Syaoran tem uma boa intuição ou não? – congelei – E eu percebi que você não mexe muito bem o seu braço, o que aconteceu?

Yana: Eu... eu... – mas aí alguém puxou o meu capuz e quando eu me virei vi que era o Syaoran. Ele riu e passou as mãos no cabelo, depois me olhou nos olhos e me deu um pequeno sorriso.

Syaoran: Eu sabia que algo assim ia acabar acontecendo, a Shizuka-chan é assim mesmo. – Ele deu uma risada. E que risada linda... – E Yana Shizuka, sinceramente pelo menos pra mim você não conseguiu fingir nada. Eu soube no momento em que você apertou a minha mão. A única pessoa que tem a mão com a parte de baixo tão macia além da Sakura é você.

Yana: Vo-você me reconheceu só por pegar na minha mão? Eu... eu... Syaoran eu... – olhei pra baixo com as mãos na boca, sem saber o que fazer ou o que dizer. Eu só sabia que eu sentia meu rosto ficando vermelho e meu coração batendo indo rápido de mais para uma pessoa em repouso. Quer dizer, okay, eu amo o Syaoran e surto com qualquer coisa que ele fala (mesmo se ele baba na minha camisa eu nem ligo) ou faz, mas isso nunca tinha acontecido até agora... Eu... Ér... Não... O Bug no meu cérebro foi interrompido pelo Kurogane.

Kurogane: Qual é o seu problema?! Seu braço está em uma situação muito ruim, você não poderia ter vindo! Sua pedaço de carne entre os dentes! - toda a minha vermelhidão se foi e eu olhei indignada pra ele.

Yana: Seu raiz quadrada!

Kurogane: Sua espada quebrada!

Fay: Okay, okay, vamos parar com os insultos porque eu achei uma passagem com a minha intuição mais dahora que todos vocês juntos. Bem, mas isso é uma coisa óbvia né... – dei um tapinha no ombro dele em gesto de pena, ele nem sabe o quanto eu sou muito mais maneira que ele.

Kurogane: Você não estava impossibilitado de usar magia?

Fay: Mas não é magia, é intuição! – os dois olharam pro Fay com cara de desconfiados e eu só olhei pro chão, triste por saber o que o Fay realmente era. Ás vezes eu até esquecia disso de tão legal que ele é. E de repente o Kurogane simplesmente deu um soco máster na parede que se estilhaçou em vários pedaços. Pedaços grandes. E tão corajosa eu sou que me escondi atrás do Syaoran.

Yana: Ai meu Deus querido, avisa quando for quebrar uma parede ou virar o Hulk! Caramba! Ah, é mesmo! Vai ter uma mulher ali dentro, deixem que eu o Kurogane falemos com ela, obrigada. – o Syaoran olhou pra mim e depois pra sala que o buraco na parede tinha dado passagem.

Syaoran: Quem está aí? – uma mulher pálida como leite apareceu dentre a névoa. Ela usava um penteado esquisito com o cabelo negro todo pra cima, com pérolas e uma faixa de ouro com uma ametista incrivelmente bela e grande no meio. Ela usava um vestido longo e preto, e o final da saia era espetado como estalactites. Seus olhos eram roxos igual a ametista na sua testa, e mais puxados do que o de um japonês. Ela tinha duas marcas em formas de uma gota em cima das sobrancelhas, só que parecia mais gelo do que água. Só que, apesar de tudo ela era incrivelmente bonita. Ela provavelmente é um Alien, mas né.

Alien-Fêmea: Faz muito tempo que eu não recebo visitas, por isso vou deixar passar essa vez. – ela disse passando seus dedos super longos e suas unhas incrivelmente grandes (maiores que as minhas!) pela boca vermelha. O Syaoran se adiantou para falar com ela, mas eu coloquei o meu braço bom na sua frente. Dei um passo na direção dela.

Yana: Eu sei quem você é e porque está aqui. O seu nome eu não lembro, e nem sei se você ao menos tem um. Você é prisioneira do Riyanban por culpa de seus incríveis poderes mágicos. Sim, nós viemos até aqui para derrotá-lo, e eu sei que nós teríamos de acabar com você primeiro. Não há problema. Nós iremos passar pelo seu teste, libertar a você e ao resto da cidade. – Ela me olhou por uns 10 segundos e começou a andar na minha direção.

Kurogane: Hey, o que você está... – ele estava indo até ela com os punhos erguidos, mas eu só balancei a cabeça com os lados e ele parou. Viu? Ele é o meu cachorrinho. E cachorros obedecem a seus donos. Quer dizer, geralmente eles não a chamam de pedaço de carne entre os dentes. Pelo que eu sei né, porque eu não falo cachorrês. Enfim, a Aliena (esse é o apelido dela agora) deu uma giradinha á minha volta e fez uma cara triste.

Aliena: Oh, minha querida pequena verme. – Okay, acho que talvez eu deva levar isso como um elogio. – Você perdeu uma coisa e por isso você já não é mais a mesma. – Será que ela está falando das minhas amigas? É claro, essa é a única coisa que eu já perdi. Mas eu estou tão mudada assim? – E tem alguém no seu coração... Mas ele é tão fofo que não serviria pra você, querida. A sua gentileza é bruta, nem você a percebe por isso são poucos os que a veem. A gentileza deve é visível e por isso todos o amam. Vocês não estão destinados a ficar juntos. Espere, tem uma coisa que pode mudar isso. – Eu já estava ficando constrangida e ansiosa, por isso eu ia perguntar o que poderia mudar o futuro, mas ela colocou suas grandes unhas nos meus lábios e disse em uma voz calma: Não. – e nos mandou para dentro de um mundo de bolhas flutuantes que eu sabia serem tóxicas.

Estávamos em cima de umas pilastras de madeira separados um dos outros por alguns metros de queda direta para um lago lilás bem bonitinho, mas que era feito da mesma substância tóxica das bolhas.

Kurogane: Uma ilusão?

Aliena: Não! É uma arte secreta. – Ela parecia se orgulhar disso. – Uma ilusão é feita apenas para intrigar meus oponentes. E minha arte secreta... – ela parecia se preparar para fazer um movimento e eu entendi bem na hora.

Yana: Syaoran-kun se abaixe!

Aliena: ... Não é só atraente! – e bolhas foram na direção do Syaoran que se abaixou. Elas passaram rente ao seu cabelo, mas se espatifaram em outro pilar. Aliena não satisfeita lançou outras em minha direção. E como eu sou meio lenta e não sou como o Syaoran, não consegui fazer outra coisa senão colocar meu braço bom na frente. Aconteceu exatamente o que eu esperava: ela queimou minha manga, chegando perto da minha pela que ficou ardida. Todos engoliram em seco. A Aliena levantou seus dois braços e várias bolhas se ajuntaram em um só lugar. Eu percebi que na roupa dela havia duas asas de morcego gigantes.

Aliena: Porque o dano da minha arte é real! – e as bolhas vieram rápidas em nossa direção. – Por isso se elas pegarem muito em vocês... Aí os vermezinhos morrem! - Todos eles pularam para outra pilastra, mas acontece que eu tenho medo de altura e só de olhar ao redor eu já sentia vertigem, por isso o máximo que eu conseguia fazer era me desviar delas ou pular de um pé para o outro. Eu fui atingida várias vezes, mas a minha roupa me protegia. Sim, foi uma boa ideia ter vindo de meias; se bem que, daqui a pouco eu vou estar pelada, porque né. Em uma das manobras do Syaoran (sim, eu estava prestando atenção nele mesmo eu estando correndo perigo de vida) uma bolha especialmente grande acertou seu sapato, queimou parte de sua calça e se infiltrou pela pele dele, ficando um cheiro de queimado. Ele deu um pulo com o outro pé e começou a se inclinar perigosamente para o lago lá em baixo.

Yana: Syaoran a água lá embaixo também é tóxica! Cuidado! – Ele voltou a se estabilizar. O Fay deu um pulo, arrancou um lampião do chão (olha o Fay sendo fortão) e se jogou na direção do Kurogane.

Fay: Kuro-min quebre isso aqui pra mim!

Kurogane: Por quê?

Fay: Quanto tempo você aguenta desarmado?

Kurogane: Faça você mesmo! – ele disse, mas mesmo assim quebrou o pedaço de pau em dois, e cada um pegou um pedaço. Isso enquanto eu continuava a ficar pulando e gritando de medo.

Fay: Agora você só tem de rebatê-las pra longe. – Sorrisinho. O Kurogane heroicamente mandou uma bolha para longe (é, pra longe, mas pra minha direção! Babaca! Você é uma célula de memória em alguém com alzheimer!).

Fay: Hyuuu, você conseguiu Kuro-sama, você é tão legal!

Kurogane: Pare de fazer esses barulhos estranhos com a boca! – ele olhou na minha direção – e você pare de gritar que nem uma bicha! – a única coisa que consegui foi dar a língua, com o medo que eu estou.

Fay: Bem, não há porque continuar brincando com a água pra sempre. Syaoran, você o Mokona e a Yana vão primeiro.

Syaoran: Mas você e o Kurogane não irão aguentar!

Fay: Sim, mas nada vai mudar se ficarmos todos presos aqui. Por isso você deveria mexer aquele pé – ele acenou com a cabeça (enquanto fugia das bolhas. O quão maneiro ele é? Desculpe, retiro o que pensei, você é mais “cool” do que eu) para o pé machucado dele – e ir na nossa frente! Porque você tem coisas mais importantes que deve fazer. Syaoran-kun. – Pausa dramática enquanto eu quase morro – Está tudo bem, o Kuro-pii vai cuidar de tudo aqui!

Kurogane: Tudo eu! – Sim, você é o cachorro.

Syaoran: Obrigada pessoal!

Fay: A magia é mais fraca lá em cima! Syaoran você deve ser capaz de chutar seu caminho para fora. – O Mokona surgiu dentre as roupas do Syaoran.

Mokona: É tão alto... Syaoran, você consegue chegar lá em cima? – Eu fui tentar olhar pra cima pra ver o quão alto era, uma bolha acertou meu pé, eu escorreguei com o impacto e comecei a cair.

Syaoran: Shizuka-chan!!!!

Yana: Syaoran-kun! – estiquei meus braços pra cima. Ele deu um pulo, parou em uma pilastra mais baixa e me pegou. Eu o olhei com lágrimas criadas pelo medo e o abracei, quase chorando. – Obrigada...

Syaoran: Eu estou pronto! –e aí ele pulou na direção do pedaço de pau que o Kurogane estava segurando. Quer dizer, provavelmente, porque eu não estava vendo nada, com o rosto no peito do Syaoran. E aí ele nos jogou para cima e ele continuou me segurando. Olhei um pouquinho pra ele, que estava centrado olhando pra cima, mas que percebeu meu olhar e deu um sorriso. Senti como se formigas tivessem decido passear no meu estômago e enfiei de novo minha cabeça no peito dele. Não pera. Ele está me abraçando. Ai meu Deus. Ai meu Deus!!!! Comecei a ficar vermelha, que bom que estou com a cabeça no peito dele. Não. Pera! Eu estou com a cabeça no peito dele! Ai. Meu. Deus.

Syaoran: Você está bem Shizuka-chan? – eu dei uma pequena risada.

Yana: Estou ótima.


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Notas finais do capítulo

Coração aguente firme, sim, essa última parte faz com que cresçam formigas no seu estômago, mas idai? Sempre tem formiga no mel mesmo.



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