Enfim as férias estavam quase no fim. Voltei a morar na minha antiga casa e convidei o Gerard pra morar comigo também e ele aceitou. No mesmo dia ele arrumou suas malas e veio morar comigo. Não sabia que vida de casal era tão boa, morava ao lado de Gerard e fazíamos tudo junto, fazíamos compra, íamos ao shopping, comprava móveis pra casa, etc. Estava tudo indo muito bem, muito bem mesmo. Gerard agora estava trabalhando na mesma gravadora que eu a G-major. meu empresário gostou da banda do Gerard e eles vão gravar um CD e tenho toda certeza de que logo eles serão um sucesso!!!

Nós estávamos no maior amor, vivíamos dando carinho um pro outro. Ele me trazia o café da manhã na cama, cozinhava pra mim * amo tanto homem que cozinha * Íamos ao cinema juntos, ao parque, fazíamos de tudo juntos como um casal super feliz. Era realmente o melhor momento da minha vida. Mas como nem tudo são flores...nossa relação depois de dois meses começou a ir pro brejo...

Estávamos acordando depois de uma noite de sono quando a campainha tocou. Gerard me olhou desconfiado já que ninguém nunca bateu na nossa porta pelo menos não o mês inteiro vivendo ali. Me levantei da cama pra atender.

G: não acredito que vai atender de camisola. – disse me olhando ainda deitado.

L: qualquer coisa eu grito por você. – calcei meu chinelo e desci a escada correndo, na sala me olhei no espelho e ajeitei meu cabelo. Depois fui até a porta ver quem era o tal insistente que tinha prendido o dedo na campainha.

Quando abri a porta: Ops! Meus pais. Meu pai tocava a campainha quando abri a porta. ele abriu um enorme sorriso e junto com minha mãe disse “Surpresa!” Não é mesmo uma surpresa? Tentei me esconder atrás da camisola curtíssima e fiquei puxando como se ela fosse aumentar de tamanho. Pedi que eles entrassem e se sentassem. Pra que? Meu pai encontrou uma coisa no sofá e não gostou muito.

Ops! Segunda cilada: não é que eu esqueci de dizer que não estava morando ali sozinha? É, eu esqueci de dizer que agora morava na companhia de Gerard. Ta, eu não esqueci, eu omiti, morria de medo de contar pra eles, mas agora era tarde.

B: mas o que é isso aqui? – perguntou pegando uma cueca em cima do sofá. Nossa! Não acredito que esqueci de recolher isso daí. Tomara que o Gerard não desça agora...pensei.

L: bom é que... – tentei explicar quando fui cortada por uma voz que vinha lá de cima.

G: amor quem é? – justo nesse momento ele tinha que descer? – ah...er...oi sogros. – Gerard parou no meio da escada quando viu meus pais no sofá e todos olhavam espantados pra Gerard só de cueca e eu tapei meu rosto de tanta vergonha.

Momentos depois, Gerard e eu estávamos fazendo nossa caminhada de rotina pela rua como todas as manhãs. Isso quando era possível, pois na maioria das vezes estávamos ocupados tratando de trabalho.

G: não acredito que você não contou nada. – disse se referindo ao meu pai que tinha ido embora depois de conversar com Gerard e isso fazia apenas alguns minutos.

L: foi mal Gerard. Eu contei sobre a gente, mas não consegui dizer que um homem morava na minha casa. Você acha que meu pai aceitaria? Claro que não. Estava esperando uma ocasião pra contar.

G: poxa, só eu sei o que tive que aturar na cozinha...

B: cala a boca seu trouxa.

G: eu não consegui dizer um ai, ele falava sem parar e quando eu ia responder ele me cortava e lá ia ele falando de novo, me insultando...

L: foi mal.

G: foi péssimo Lola. E ele ainda acha que você é inocente.

L: e eu sou.

G: inocente só aos olhos dos seus pais né?

L: o que quer dizer com isso?

G: esqueceu que já...?

L: eu sei ta. Meu Deus meu pai vai me matar. Ele disse que quer conversar com nós dois qualquer dia desses.

G: eu não vou.

L: Gerard pelo amor de Deus dá pra colaborar um pouquinho? Obrigada viu?

G: seu pai é louco. – e saiu correndo.

L: acho bom correr mesmo viu? – disse pra ele e continuei andando, não estava com pique pra corrida.

Mais tarde estávamos almoçando quando alguém ligou e eu fui atender. Gerard recusava atender os telefonemas e a porta já que ficou com medo do meu pai.

L: alô.

S: papai está uma fera. Disse que pegou você com Gerard com roupas minúsculas. Me conta tudo.

L: peraí. Calma. É que Gerard e eu estamos morando juntos.

S: por que não contou antes?

L: e achou que o papai aceitaria? Ele ia me trancar aí em casa e eu não sairia mais.

S: agora ele ta falando em casamento.

L: o que?

S: é, disse que vai obrigar que ele se case com você.

L: não acredito.

S: vou desligar, acho que é ele que ta chegando.
Tchau. – e desligou o telefone.

Coloquei o telefone de volta no gancho e fui pra cozinha com cara de preocupação.

G: o que foi? Quem era? – perguntou Gerard parando de comer.

L: era a Sarah.

G: e o que ela te disse pra ficar assim?

L: meu pai quer que você case comigo.

G: o que?

L: ah Gerard, até não é uma má coisa. Já estamos morando juntos mesmo.

G: nem pensar Lola. Não pretendo casar tão cedo.

L: e qual é a diferença? Estamos morando na mesma casa, dá no mesmo.

G: a diferença é que brigou: eu saio e pronto, casados tem papeladas demais e isso não é nada bom.

L: está me magoando desse jeito, parece até que não gosta de mim.

G: mas eu gosto, só que não quero me casar.

L: ok. Eu também não. – menti. – eu vou falar com ele e ver se ele esquece essa idéia biruta e voltei a comer.

G: ótimo. – ele ficou me olhando por uns segundos, talvez arrependido do que disse, mas depois voltou a comer.

Mais tarde fui me encontrar com a Michelle. Michelle era a nova namorada do Mikey, ela tinha o cabelo cheio de mexas lilás, mas apesar da aparência de durona, ela era uma ótima pessoa. Ela e eu nos tornamos amigas fazia um mês.

L: oi. – disse chegando na porta do shopping onde ela me esperava.

M: pensei que não viria mais. – disse colocando as mãos na cintura.

L: foi mal. Ocorreu um imprevisto.

M: o que aconteceu?

L: meus pais foram me visitar e encontrou o Gerard de cueca na casa.

M: nossa. – disse caindo na gargalhada.

L: isso resume tudo?

M: sim. – e se conteve.

L: agora meu pai quer conversar com nós dois. Mas minha irmã já adiantou o assunto, disse que ele quer nos forçar a casar.

M: casar? Isso seria legal não é?

L: sim, mas tem um problema. Gerard não quer casar.

M: ow! Isso é um problema.

L: se é...