A Diabólica Vida De Eleonora Duncan escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Já tem tempo desde que não posto, não é? x_x Devo milhões de desculpas a vocês, leitoras lindas, vou entender se alguém não estiver mais acompanhando porque cansou de esperar. :c
Mas eu estou com várias ideias e espero conseguir por em prática dessa vez! *-* Não posso prometer não demorar... porque é chato prometer e não cumprir, não é? :c Mas quem sabe, com essa série de feriados, eu não desenrole um bom pedaço da história?
Enfim, aproveitem! *-*



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Fiquei com tanta vergonha que acabei me esquecendo de perguntar como Castiel sabia o caminho de minha casa, já que ele não havia me contado ainda que ele era um paciente de Marin, corri até a porta novamente, mas, ele já havia ido embora. Quando entrei em casa mais uma vez, Marin estava na minha frente, me encarando. Eu nunca havia chegado tão tarde em casa, será que ela ficaria brava? Respirei fundo e encarei Marin com um sorriso, ela apoiou as mãos na cintura e devolveu o sorriso.

            – Por que demorou tanto, menina? E o Castiel te trouxe aqui, foi?

            – A irmã do Nathaniel pegou algo que me pertencia e eu esperei as aulas terminarem para recuperar! Acabei encontrando Castiel ainda na escola e ele me ofereceu carona, na verdade, ele quase me obrigou. – Dei uma risadinha – Eu acho que ele vai me contar sobre você em muito breve, já que ele me trouxe aqui sem eu precisar dar coordenadas, endereço, referências...

            – É bom ver que vocês estão se dando bem, hein! Quem sabe vocês não acabem namorando!

            – Marin! – Exclamei – Não seja tão boba! Eu vou para o quarto, preciso ter uma conversinha com o Demon! – Nós duas seguimos em direções opostas, quando entrei no quarto, Demon estava deitado em sua cama, encarando o teto, pensando na vida, talvez?

            – Ei, Den. – Fechei a porta atrás de mim e me sentei na minha cama, ele se levantou e me encarou, levantando uma sobrancelha.

            – Oi, Nora. O que foi?

            – Você tem estado muito sumido ultimamente... eu pensei que você fosse meu protetor e que devesse me vigiar de pertinho. Tem alguma coisa acontecendo que você não quer me contar?

            – Tem sim. Mas, tenho ordens para não te contar. E fique tranquila, eu sempre vou te proteger, mesmo que eu esteja longe. Nora, você não precisa se preocupar comigo, esse é o meu dever!

            – É difícil não me preocupar com você, Den, você sempre foi meu melhor amigo. – Dei um beijo em sua cabeça, ele deu um sorrisinho como resposta. Eu queria entender o que estava acontecendo, queria muito, mas se Demon diz que é para eu não me preocupar, então eu não irei... pelo menos eu vou tentar.

            – Isso, você tem mais é que me obedecer! – Demon respondeu aos meus pensamentos com seu tom de voz mais brincalhão.

            – Ah seu bobinho. – Empurrei sua testa com a ponta do meu dedo para que ele se deitasse.

           

            Resolvi caminhar na praça, próxima a minha casa, após as aulas, eu precisava, de alguma forma, entrar em contato com o verde e o ar puro, e com a sensação de paz que aquele lugar me transmitia. Era gostoso me sentar em um dos bancos e sentir o vento bagunçar meus cabelos, ver as folhas caindo de pouco em pouco, sentir o cheiro de pólen do ar...

            Meu coração palpitou ao ver uma cabeleira vermelha brilhar ao sol, foi preciso respirar fundo algumas vezes para acalmar o meu coração e me aproximar de Castiel, que estava sentado em um dos bancos da praça,  de costas para mim. Dei passos curtos e leves, eu queria surpreendê-lo, ou até mesmo assustá-lo, mas como eu faria isso? Talvez... talvez eu toque seus ombros, ele com certeza se assustaria, nem que fosse um pouco. Posicionei minhas mãos, mas, para a minha surpresa, Castiel se virou e segurou os meus pulsos.

            – Eu queria te assustar, mas foi você que me assustou! – Suspirei. Castiel tinha um isqueiro espelhado em seu colo, mas... por quê? Eu olhei para cima e ele estava com um cigarro na boca, estava quase no filtro. Por impulso, eu tentei tirar o cigarro de sua boca, mas acabei me queimando.

            – Você é louca?! – Seu semblante mudou de um Castiel tranquilo para um Castiel preocupado, ele exclamou e jogou o cigarro no chão... pelo menos ele parou de fumar.

            – Você não pode fumar... – Falei com uma voz chorosa, sentindo meus olhos marejarem, fiz um esforço para as lágrimas não caírem. Não doía tanto, mas as lágrimas saíam naturalmente! – Não faz bem... – Ele não respondeu, apenas segurou minha mão não machucada e começou a andar, me fazendo acompanha-lo.

            – Antes que você me pergunte, estou levando você para minha casa, vou tratar dessa sua queimadura.

            – Não foi nada, não precisa... – Ele ignorou completamente a minha fala e continuou me guiando, poucos minutos depois, estávamos na porta de sua casa. Tirando a casa do Ken, é a primeira vez que entro na casa de um garoto... é algo tão... íntimo. Teria algum problema? Castiel abriu a porta e me guiou para dentro, ele sumiu dentro de sua casa e voltou em poucos instantes, com remédios em suas mãos.

            – Você chora demais. – Ele segurou o meu rosto e limpou as lágrimas que escorriam. Me senti como uma criança.

            – Castiel... – Ele já havia começado a fazer o curativo no meu dedo. – Como você sabia onde ficava minha casa?

            – Você me disse.

            – Não, eu não te disse nada.  – Os cabelos avermelhados dele  caiam sobre o seu rosto, usei minha mão boa e joguei seus cabelos para trás. Eram macios e leves...

            – Sim, você me disse. – Ele deu um sorriso e finalizou o curativo. – Você que não tem uma memória muito boa... Falando em memória, onde está Demon? – Perguntou.

            – Obrigada. – Olhei para o curativo – Não mude o assunto... Demon foi ver Kaoru, disse que iria com Angelique.

            – Ah, Angelique me disse algo parecido. Provavelmente devem estar jogando baralho espiritual, strip poker... espiritual.

            – Ei, não fale besteiras! Mas é sério, Castiel, como você sabe onde é minha casa?

            Ele cruzou os braços.

            – Você quer tanto saber assim? – Eu balancei a cabeça, concordando. É óbvio! Eu queria saber o porquê de ele consultar Marin...

            – Ok. Eu sou um paciente de Marin, ela já havia me levado em sua casa para uma consulta extra. Satisfeita?

            – Ainda não...

            – O motivo de eu precisar de um psicólogo não te interessa! – Ele disse isso com um sorriso enorme nos lábios, em seguida, se levantou e adentrou a casa mais uma vez. Dessa vez, eu o segui. – Eu disse que você veria Dragon um dia, não é? – Ele abriu um portão, que se dava para o quintal da casa, lá havia um cachorro enorme deitado na grama, ele correu para perto de Castiel, mas não deixou de rosnar quando me viu.

            – E eu achava que cachorros gostavam de mim... – Suspirei.

            – Ele é sempre assim com estranhos, ele só precisa se acostumar com a sua presença.

            Mantive uma distância regular de Dragon, já que, todas as vezes em que tentei me aproximar, ele rosnava, o que fazia Castiel morrer de rir. Castiel fez até Dragon correr atrás de mim, segundo ele, porque ele queria rir um pouco mais. Eu já estava morrendo de cansaço, então me sentei no chão e Castiel se sentou ao meu lado.

            – Talvez se você estiver mais perto de mim, ele se aproxime. – Então, Castiel passou o seu braço por meus ombros e me puxou para perto de si, meu corpo estava tão cansado da corrida e das risadas, que minha única reação foi deixar. Minha cabeça estava deitada no peito de Castiel, eu podia escutar o coração dele bater, vagarosamente, ao contrário do meu. Vendo a situação, Dragon se aproximou e deitou a cabeça em meu colo, permitindo com que eu o acariciasse. Castiel, por sua vez, acariciou meus cabelos.

            – Boa menina. – Ele brincou.

            – Muito engraçado! – Nisso, meu celular começou a tocar. Eu tirei de meu bolso: era Marin. Atendi.

            – Marin! – Exclamei.

            – Onde você está?! – Ela falou, do outro lado do telefone – Você disse que iria dar uma volta no parque e já voltava. O que você encontrou nesse parque? Castiel?

            – Shhh! Eu... eu encontrei Castiel no parque e estou na casa dele...

            – Fazendo o quê?

            – Nós estamos... – Eu estava prestes a responder, quando Castiel passa uma de suas mãos por minha coxa,  o que me assustou e me fez soltar um gemido... um pouco suspeito. Castiel pegou o celular de minhas mãos.

            – Ela está em boas mãos. – Falou, então, desligou o celular. Eu estava boquiaberta, mas ele estava rindo. Tentei tirar o celular de sua mão, mas ele levantou o celular no alto, me impedindo de pegar... pelo menos sentada. Eu me levantei, então, e tentei tirar de sua mão. Com um golpe rápido, ele me derrubou ao bater em minhas pernas e fazer me desequilibrar, consequentemente, caindo em seu colo.

            – O que você está fazendo? – Eu continuava boquiaberta, olhando fixamente para ele. Será que eu estaria corada nesse exato momento? Ele beijou minha testa demoradamente.

            – Já está tarde, eu te levo para casa.


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