Dos Dois Lados escrita por Lari Haner


Capítulo 55
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Bem eu tenho que me justificar com vocês não é?!
Essa demora toda foi porque eu fiquei internada semana passada e faltei aula até quarta passada, então quando retornei a escola fiquei perdida com um monte de materia atrasada. Sós escrevi hoje, foi meio que um capitulo urgente... Foi mal gente, mesmo
boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/321971/chapter/55

Exatamente às 2h04 da tarde, um sol forte predominava a cidade de Kayla, de manhã quando ela fora a escola o dia estava nublado sem cor, há semanas esta assim, mas de tarde o tempo resolveu dar uma trégua, assim como a tristeza. Kayla recebeu uma notícia que a deixou extremamente feliz. Era uma sensação que ela demorara pra sentir.

Depois do desaparecimento de Jake e Zoe, há uma semana, ela e Tyler saíram desesperadamente atrás dos amigos, mas nada. Nem se quer uma pista. No dia seguinte os encontraram no colégio e foi um completo alivio, mas Dean nunca mais deu as caras, depois de seu plano ter falhado e o refém conseguido escapar, o garoto desapareceu. E isso era bom. Yla achava que sim, mas tinha certas duvidas.

O plano para parar de ver as almas ainda seguia, e isso estava acabando, fortemente, com o seu relacionamento com Tyler. Não que ela quisesse isso, longe desse pensamento, mas a garota estava agindo cada vez mais estranho perto do namorado, além de ficar inventando varias desculpas para não poder vê-lo. Da uma semana que se passou, havia cinco dias que Tyler não dormia junto com Kayla. Mas o menino decidiu não implicar com tamanha estranheza, mesmo duvidando de muitas coisas, ele preferiu ficar quieto, afinal os dois tinham um trato, sem esconder nada de ninguém, e se Yla fosse honesta ela manteria sua promessa.

Mas hoje era um dia de trégua, Kayla esqueceria por um momento das almas, aproveitaria seu namorado e a noticia que os esperava.

E que noticia...

_______

A escola havia terminado e Kayla tinha dito a Ty que precisava recuperar a matéria por causa das provas que teria. Se ela aceitou a ajuda dele? Não, um “não” ríspido e preciso, ele até estranhou o tom de voz da namorada, que se despediu com um selinho e foi para sua casa.

Quando ele entrou em casa, ainda meio abatido com que acabara de acontecer, sua mãe estava deitada no sofá da casa com um café puro na mão e o notebook a acompanhando. E apesar dele gostar muito do trabalho dos pais achava que eles passavam muito se dedicando ao trabalho.

Isso só depois que o pai dele morreu, quando era pequeno, ele quase nunca via os dois no trabalho, certo que estudava de tarde e o horário conhecida do trabalho dos pais, mas de noite ninguém se quer falava sobre contas ou qualquer coisa, não perto dele. Os pais de Ty eram o do tipo, “vamos nos permitir” faziam de tudo. Ele lembrou-se do dia que foram jantar a meia noite só porque a mão dele queimou todo o jantar, e por que ela queimou o jantar? Porque ficou dançando com Ty e seu pai na sala.

-Oi mãe- apesar de não querer, a voz do garoto estava abatida.

-O que foi filho? – e sua mãe percebeu.

Mas ele só balançou a cabeça negativamente e foi para o quarto.

Ao entrar, se sentiu mais confortável, era no quarto que ele passava a maior parte do dia, mas o quarto há tempos já deixou de ser só dele, a foto na parede explicava tudo. Ele e Yla.

E o garoto estava cada vez mais estranho com ele mesmo, de alguma maneira ele parecia desnorteado, sem saber o que fazer a respeito dela, uma das alternativas seria acabar o namoro, mas não ele nunca faria isso. Conversar? Ele já tentou e a namorada ao menos lhe dava justificativas aceitáveis, mas aquilo estava o desgastando. Ele a queria, só pra ele, e rápido. 

Jogou-se na cama e ficou admirando a foto, nem se lembrara da onde aquilo surgiu, eles tinham quatorze anos nela. Nada de demonstração de carinho, quem olha acha que é amigos, o que eles eram naquela época.

E enquanto ficou observando pensou há quanto tempo eles se conhecem, quantas coisas passaram juntos...  Até que caiu no sono.

A duas e dez da tarde, seu celular tocou, o dando um susto. Quando atendeu não podia ter ficado melhor em ouvir a voz que soava do outro lado da linha.

-Te acordei não foi?- era de Yla, ele comprimiu os olhos e tomou uma posição ereta. 

-Como sabe?

-Já é a terceira vez que eu te ligo- ela riu, e aquela risada foi o suficiente para retomar todas as energias dele. 

-Ah, desculpa, então, o que devo a honra de sua ligação?

-Pode vir aqui?

-Foi uma alma? – ele se apressou já levantando. 

-Não- ela riu mais ainda, e naquele momento Ty percebeu o que não percebia faz um tempo: ela estava feliz.

-Sendo assim não vou recusar seu convite, te amo- e antes que a namorada pudesse responder ele já tinha desligado o aparelho, e estava descendo as escadas, quando então Yla o ligou de novo.

-Sim?- ele atendeu

-Só pra você aprender a não desligar na cara dos outros

-Oi?

 Então a ligação foi encerrada, ah ta, ele pensou, e depois aquele típico xingamento carinhoso que se tem entre namorados, boba.

-Mãe linda do meu coração. Vou indo- ele abriu a porta de saída.

-Tyler Owen, você é bipolar por acaso?

-Sou Yla-polar- ele respondeu rindo e saindo de casa.

Essa é nova, pensou sua mãe, ah o amor!

_____

Já tinha dado o tempo, e a surpresa já estava completa, isso pode soar confuso, mas logo dará pra entender...

Tyler estava parado na porta da casa de Kayla pronto para tocar a campainha, mas foi interrompido quando uma voz soou atrás dele:

-Atacar!!! – a voz era reconhecível, era de sua namorada, só que ty não entendeu o motivo por ela estar... Falando isto?!

A ação foi rápida, em poucos segundos mãozinhas pequenas o envolviam pela cintura junto a uma risada contagiante. Quando se virou olhou para sua namorada que sorria mais que ninguém, porem não era ela que o abraçava e sim...

-Abby!!!- o menino exclamou e se agachou para lhe dar um abraço.

-O que eu faço agora comandante?- a garotinha que ria como ninguém perguntou à Yla.

-Puni-lo com abraços e beijos- ela e o namorado trocaram um olhar rápido, porém o necessário para compartilhar a felicidade que aquele momento lhes trazia.

-Mas- a garotinha parou e a olhou, duvidosa- Isso é punição?

Ninguém respondeu nada, Tyler só queria a encher de abraços e beijos e comemorar que o pequeno pássaro estava com eles novamente.

-Eu senti muitas saudades, recruta. –ele sussurrou com seus olhos beirando lágrimas.

Mas Abby não respondeu, apenas abraçou seu “irmão” o mais forte que conseguia, por trás daquela felicidade que ela fazia questão de esbanjar, havia sim uma tristeza e um sofrimento em relação a tudo que ela passou. Quando finalmente aquela demonstração de carinho acabou, Tyler se voltou para Kayla.

-Por que não me contou que ela estava aqui? – perguntou ele sorrindo.

-Estragaria o nosso plano de capturar o comandante.

Abby assentiu.

Então o casal trocou um abraço. E frente a frente estavam prontos, mais um das inúmeras vezes, para demonstrar gestualmente o amor que tinham.

-Eca!- exclamou Abby tapando os olhos ligeiramente para não ver a cena.

E os momentos bons triunfaram naquela tarde, até por fim... A noite cair.

De tarde o que eles fizeram foi pouca coisa, embora, fosse muito necessário. Reorganizaram todo quarto do “pequeno pássaro” e arrumaram a casa, de um modo geral. Clarie os ajudou em tudo, a moça estava muito feliz, mas que mãe não estaria após receber sua filha, curada, de novo ao lar? A explicação do por que aquilo acontecera ainda embaralhava sua mente, ela não sabia o que realmente acontecera, os médicos estavam tão confusos quanto ela, a leucemia tinha saído, totalmente, do corpo de Abby. A única explicação para aquele fato era poder divino, mais especificamente um milagre.

Mas o trato foi feito e Kayla sabia mais que ninguém qual era realmente a origem do término da doença de Abby. O preço ainda terá que ser pago, e ela continuava correndo sérios riscos. As almas deram uma parada, mas isso não quer significar que ela podia abaixar a guarda. Yla já conseguira resgatar alguns papeis escritos de Adam, o senhor que ela conhecera antes dele morrer e que ajudou Tyler a regular sua visão para esse “novo mundo”, o contato com Georgia se tornava ainda mais frequente e era nessa noite que ela iria realmente fazer O estudo sobre como sair dessa emboscada. Justo a noite em que Abby estaria ali.

_____

-Tem certeza que não quer que eu fique?

-Não Ty, obrigada.

O garoto sentou-se na cama do quarto de Kayla e respirou fundo.

-Abby, se não se importa posso falar com Yla a sós?

A menininha assentiu e olhou para Yla, que concordou que ela tinha que sair. Quando ela parou a porta perguntou:

-Não vai brigar com ela, vai Ty?

Um sorriso genuíno apareceu na face do garoto.

-Lógico que não, recruta.

E então a porta se fechou e só restaram eles.

Um silêncio assustador seguiu, o clima estava tão tenso que o sangue que corria no corpo de Kayla parecia chumbo líquido.

-Então... Achei que queria conversar comigo e não ficar em silêncio.

E a garota se arrependeu logo após dizer aquelas palavras, o jeito que ele lhe olhava era intrigado, enigmático, seus olhos eram tão profundos que pareciam lhe enxergar além do corpo, e ela estava com certo receio de que, de algum motivo, Tyler tivesse descoberto o plano.   

 -Não sou eu que tenho que falar... - ele respondeu com a mesma voracidade

-Essa coisa de vidência ainda não funciona comigo

-Pra mim muito menos, sabe? – ele balançava a cabeça em movimentos incertos, olhando para todos os lados e até encontrando-se, algumas vezes, com os olhos da namorada.

-Ah, sério Tyler, não quero brigar com você- ela se levantou e levou as mãos até a cabeça, o jeito tão firme que ele estava agindo diante dela estava lhe deixando um pouco nervosa e ela não queria que uma pequena crise de surto estragasse tudo.

 -E você acha que eu quero?! Só quero ter uma conversa civilizada com você sem ao menos levantar o tom de voz, mas isso é difícil quando ultimamente você só esta fugindo de mim! – o garoto perdera o controle e se deixou levar elo anseio de ter uma resposta.

-Eu não estou fugindo de você Tyler!

-Você sabe que sim, Kayla, sabe que o que você esta fazendo é errado, seja lá o que você esteja tramando por trás das minhas costas, mas eu sei que tudo isso é estranho demais pra ser normal, sei que eu não posso impedir seus atos, Yla, ao menos quero lhe proteger, mas fica cada vez mais difícil! Você não entende que eu nunca faria mal a você? Que pode contar comigo para qualquer coisa... Você não entende que eu te amo?

E então as lágrimas caíram de ambos, eles não eram fortes o bastante para encarar a situação que se incluíam naquele instante. A Sullivian estava ainda mais se odiando por dentro, se xingando de mil nomes diferentes por estar fazendo aquilo, ela sabia de tudo, não só sabia como acreditava nele, mas aquilo lhe trazia um estrago, um estrago interior.

Porém, apesar de tudo, Kayla não conseguia ver o que ela fez de errado.

Só ela sabia o motivo por estar fazendo tudo aquilo, ela sabia que valia apena lutar por Abby, e por passar por tudo que viria ainda.

Tyler lançou um ultimo olhar antes de ir para porta. Mas os instintos de Yla foram mais rápidos.

-Não Tyler- ela parou na frente da porta o impedindo de continuar o trajeto – Me desculpa.

Então se jogou para um abraço, e ele correspondeu com todo o amor que pode. E naquele momento do abraço sentiu-se mal, não fisicamente, pois o calor e o conchego que aquele ato proporcionava eram maravilhosos, mas sentiu-se mal no seu interior por querer exigir que Yla falasse o que estava acontecendo, ele sabia que algo estava realmente acontecendo, mas devia respeitar as decisões dela, e ao invés de julgar se colocar no lugar da namorada e entender que certas coisas devem ser escondidas “Baú aberto não protege tesouro”, mas a duvida ainda pairava no ar, o que era o ‘tesouro’? E porque motivo ela sustentaria um segredo?

-Você não tem pelo que se desculpar Yla- ele levou suas mãos ao rosto da garota e a encarou da forma mais doce possível – só me fale quando estiver pronta.

Uma lágrima caiu do seu rosto dela, ele se despediu com um beijo.

Enquanto ouvia os passos se tornarem distantes ela pensou:

Só que talvez, Ty, a minha preparação nunca termine e quando finalmente acabar pode ser... Tarde demais.

_____

Como planejado há tempos seria hoje que Kayla e Georgia se reuniriam para concluir o estudo sobre como parar de ver as almas e por fim acabar com o sofrimento, seria às onze horas quando todo mundo já tivesse dormindo, antes disso Yla se dirigiu ao quarto de Abby:

-e ai?- a garota sorriu a ver a irmã. A resposta não foi dada com nenhuma palavra, mas sim com um sorriso.

- Tyler já te deu um colar? – Abby perguntou, e aquela pergunta foi o suficiente para Yla ter um resgate em sua memoria e se arrepiar, ela lembrava o momento em detalhes:

Você vai ficar bem?- perguntei. Eu não sei, ele não estava tão mal, mas o corte no braço era profundo, sabe essas coisas de hospital, minha mãe também parecia bem, mas então, morreu. Não queria que o mesmo acontecesse com ele, eu não suportaria.

–Bem, eu não sei, sabe que não posso te prometer nada, mas se acontecer o pior, quero que fique com isso- ele direcionou as mãos em sua corrente, era uma corrente fina com uma cruz, ele não a largava, era a proteção dele, seu falecido pai havia lhe dado e essa era uma das únicas lembranças que ele tem, será que isso era um sinal, será que era um modo de ele estar se despedindo ele a tirou do pescoço e colocou em minha mão.

–Tem certeza?-perguntei, eu sabia que aquilo era valioso demais para ele.

–Claro que eu tenho- ele sorriu então uma lágrima caiu de seu olho, talvez ele quisesse demonstrar que estava bem, mas não estava eu sentia isso, eu sentia dor no seu interior.

–Ty, e se algo acontecer? E se você morrer- Eu tentei parecer calma, mas não consegui.

–Com certeza eu vou te ver todos ou dias então-Eu entendi o que ele disse, me veria em forma de alma. Não eu não queria aquilo.

–Você é importante demais pra mim pra eu te perder- disse.

E desde aquele dia ela nunca mais tirara o colar do pescoço, tomava banho com ela, dormia com ela, era rotineiro, de tanto tempo que a corrente a pertencia ela já tinha até se esquecido que aquele objeto ficava preso ao seu pescoço todos os dias, já se tornara parte dela. A garota puxou corrente de baixo da blusa e mostrou para Abby

-É linda- ela hesitou em tocar com medo de que Kayla não permitisse, mas a garota assentiu a autorizando.

-Mas por que me perguntou isso?

Ela riu e olhou para janela.

-“Enquanto as estrelas continuarem a brilhar, enquanto eu e Kayla estivermos do seu lado você vai estar protegida”. Então ele me estendeu uma correntinha que estava usando, e me disse “Do mesmo modo que a outra protege Yla essa te protegerá, recruta.”.

Sorriu e a abraçou.

-Boa noite, recruta- ela foi se afastando da garotinha e indo à porta, pois seu emocional tinha sido descontrolado com aquelas frases que apesar de não tiverem sido diretamente pra ela a afetaram, sentou-se na cama do quarto e olhei em direção ao relógio, 10h56, quatro minutos para mudar seu destino.

Em um gesto delicado toucou na corrente e tentou esvaziar a mente. E o tempo passou assim até que ela apareceu, com seus cabelos ruivos caídos em uma trança lateral e um vestido de flores azul e rosa.

-Pronta Kayla?

-Não, definitivamente não- com a máxima sinceridade, Kayla respondeu, o que era estranho já que nesses tempos ela só estava escondendo sentimentos.

-Você que sabe se quiser correr o risco

-Não- respondeu imediatamente, a garota dos longos fios dourados se encaminhou até ao armário abriu a gaveta de roupas e no fundo dela tirou uma caixinha, onde até então estava guardando tudo que achava sobre as almas. –Adam não deu uma formula totalmente concreta, ele fez umas teorias de que quando você começa a ver as almas seu corpo faz uma transição de enxergar dois mundos, como se você estivesse presa na morte e na vida ao mesmo tempo, e então ele fala- observou o papel que até então estava guardado e leu a parte que não entendia – “A transição precisa ser feita novamente, três dias sem corpo até por fim retornar pronto, a alma o ajudará a disfarçar, e mesmo sem pensar ela estará em seu... lugar”

-Eu acho que entendi essa parte tem alguma explicação a mais?

-Nada- analisando a letra em garrancho ela teve uma ideia maluca, mas até que aceitável – Georgia... Seria muito louco se eu conversasse com ele pessoalmente?

Ela fez uma cara espantada e sorriu

-Isso é perfeito! Por que não me disse que ele estava morto?-perguntou ela.

-Tenho medo de que ele conte a Ty sobre o meu plano. - admitiu

-Mas se você pedir a ele para não contar?

-mas corro riscos dele não aceitar.

-Certo, tem razão, mas... Eu acho que entendi o quê ele quis dizer com “A transição precisa ser feita novamente, três dias sem corpo até por fim retornar pronto”, como você me contou antes, bem, Tyler “se matou” para ver as almas, quando ele quis dizer a transição será feita novamente significa que...

-Eu preciso tentar me matar novamente- completou

-Exato, mas ainda ficam duvidas nos três dias sem corpo, tipo como você vai morrer por três dias e ninguém suspeitar?- ela perguntou

Havia possibilidades de ser isso ela “morreria” por três dias e voltaria a vida sem estar novamente ligada com as almas. Mas se fosse assim os outros versos não fariam sentido.

-Mas, e quê os outros versos tem haver?

-Realmente eu não sei, da pra entender que você precisa da ajuda de uma alma no processo, mas não sei como ela pode te ajudar.

-é isso me intriga. Não tem jeito, vou chamar Adam- resolveu.

A alma assentiu

- Então acho que você só precisará da minha ajuda depois, boa sorte Ayla.

Ela desapareceu deixando a garota parada, que então tentou se concentrar. Lembrou-se dos momentos em que o “enxergar as almas” era só concedido quando eu pensava em uma, e era isso que estava fazendo agora estava tentando o atrair com a força do pensamento.

Mas os minutos foram se passando e não obtivia nenhum resultado, nada de almas nada de Adam, nada de solução. Por fim decidiu que não iria ser assim eu conseguiria uma resposta e acabou se enrolando no cobertor para dormir, os olhos se fechando lentamente, logo depois uma voz ressoou

- Então é você – era a voz de Adam, O susto foi tão grande que ela assumiu uma posição ereta e olhou para onde a voz surgia, os mesmos cabelos brancos e aparecia desleixada.

-Eu preciso da sua ajuda

- Eu sei criança, olhe vou te explicar, mas fique atenta, você já descobriu uma parte, terá que se matar de novo, mas você não vai morrer por três dias, isso seria absurdo. Uma alma trocará de lugar com você essa alma terá que te conhecer bem, pois vai ficar por três dias em seu corpo, agindo como você.

-E quanto a mim?

-Você será alma por esse tempo, querida.

-E como eu retorno ao meu corpo?

-Exatamente três dias depois, sem nenhum segundo a mais, a alma dentro de você faz o mesmo processo, e você retorna ao seu corpo.

Tudo agora fazia sentido.

-Mas como eu vou garantir que não vou morrer tentando me matar?

-Tem um lugar especifico, seu namorado sabe...

-Não! Eu não posso falar com ele

-Lamento, mas não gosto do jeito que você esta escondendo as coisas dele, só vou avisar uma coisa, veja bem a alma que estará no seu corpo.

-Não, eu preciso de uma resposta!

Mas a alma tinha desaparecido e só restado a duvida.

Abrindo os olhos lentamente ela sentiu-se desconfortável, quando mirou na janela o sol invadia seu quarto.

Então... O quê tinha acontecido realmente?

Ela falou com a alma ou não?

Ela se lembrava de tudo que tinham falado e de todos os detalhes, mas isso não garantia que tudo não passava de um sonho, um sonho que desvendou versos...

“Será?” era a principal pergunta de Kayla.

E mesmo assim nessa duvida ela tomou uma decisão

Ela não saberia se não tentasse. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que eu mereço xingamentos, mas... reviews?
Ps: desculpa não ter tido respondido as outras , mas vcs sabem pq
beijooooooos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dos Dois Lados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.