– Será que isso vai dar certo? - perguntou Roberto.

– É claro. Poderia me imprestar esse extintor?

Edson assentiu e assim puderam afastar os aracnídeos da garagem, mas não do carro. Roberto pegou o maçarico e saiu.

– Ótimo, agora só falta a mamãe vir buscar a Renata e o Lucas. Já liguei pra ela.

Minutos esperando do lado de fora da residência, o carro da mãe de Adriana chegou para buscar os netos.

– O que houve, filha?

– Mãe, não me pergunte nada agora. Apenas leve os meus filhos para passarem esta noite com a senhora e o papai.

– Isso tem a ver com a tal praga que anda assolando a cidade?

– Sim. Agora leve-os. E vocês, comportem-se.

Renata e Lucas entraram no carro da avó e foram embora. Adriana se sentia segura, pois a casa da sua mãe ficava afastada do centro da infestação.

– Agora que estamos a sós, será melhor.

– Qual é o plano? - perguntou Edson.

– O plano é o seguinte: entramos naquela maldita estufa, depósito, seja lá o que for; arrebentamos a tubulação de gás que posso por lá e, se for preciso, ateamos fogo.

– Isso é crime...

– O policial prefere queimar o foco da praga ou vai esperar que morram mais pessoas? - falou Adriana.

Edson teve que admitir que a bióloga estava certa. Não havia outro jeito para acabar com a praga. Teriam que acabar com o foco proliferador.

Entraram no carro e foram em direção ao CPAI. Adriana verificou se o maçarico estava com querosene. Queria ter a certeza de acabar definitivamente com as aranhas.