Instintos Primitivos escrita por samy_15


Capítulo 5
Capítulo 5 - Prólogo Parte IV


Notas iniciais do capítulo

Última parte do primeiro capítulo.... se ninguém comentar eu vou parar de postar... não quero ficar escrevendo pro nada o.o'... Por favor gente deixa reviews aew pra saber como a história tá, isso não mata nem tira pedaço u.u



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Arrastando seus pés, foi direto para uma lanchonete. Fez o pedido, que chegou em sete minutos contados no relógio, comeu, pagou e foi embora. Não sabia mais o que fazer. Foi para o hotel, hoje era o último dia em Chicago e queria rever a garotinha.

 

Refez as malas pela segunda vez e novamente desceu para a piscina, esperançoso de reencontrar a menina lá. Estranhou seus sentimentos por ela, Andrew nem ao menos sabia seu nome. Achou que fosse porque ele não tinha verdadeiros amigos a um bom tempo e a garota despertara esse antigo sentimento nele.

 

O garoto não encontrou a menina lá. Novamente, fora de época, a piscina estava vazia. Depois de alguns minutos, começou a boiar de barriga para cima.

 

– Oi múmia! – Andrew escutou uma voz. Dobrou os braços em direção ao corpo, fazendo com que sua cabeça afundasse alguns centímetros. Ele inspirou água se engasgou e finalmente conseguiu se endireitar, tossindo. – Desculpa, não queria te assustar. – A menina falava rindo, o mesmo sorriso de Carol.

 

– Eu não me assustei! Eu apenas... me desequilibrei. – Ele riu junto com ela. – Desculpe, ainda não sei o seu nome.

 

– Pode me chamar de Gabi, sou Gabriella, prazer. E o seu nome?

 

– Oi Gabi, me chamo... Andrew... O prazer é meu. Vai nadar? - Ela estava de biquini, um shorts rosa e chinelos de florzinha. Estava fofa no traje, como uma boneca.

 

– Vou, me espere aí. – Ela tirou o shorts, descalçou os chinelos e saiu correndo direto para a piscina, tampando o nariz. Ela caiu em forma de bola. Como uma bomba, a água explodiu a sua volta, não dando tempo para Andrew se virar. Ela voltou a superfície, passou o mão no rosto para tirar o excesso de água e tornou a olhar para o rapaz a sua frente, que agora cuspia um pouco do líquido de sua boca, como numa fonte. Ela tornou a rir. – Você é engraçado!

 

– Sou é? – Ele perguntou vermelho.

 

– E fofo. – Ela riu envergonhada.

 

Queria descobrir o novo sentimento que apareceu enquanto observava a garota. Apesar de não ter muita experiência, achou que estava gostando dela. “Que loucura, é só uma menina! E, estou apaixonada ainda por Carol. Acho que estou tentando fugir desses sentimentos”. Ficaram em silêncio por um longo tempo, mas não se sentiram desconfortáveis, nessas horas o silêncio fazia um trabalho melhor que as palavras.

 

Um dia rápido foi aquele passado com a menina em Chicago. Eles se tornaram muito amigos, mesmo sem dizer muitas palavras. Mas Andrew teve que ir embora, assim como ela.

 

Em alguns anos, mais precisamente seis, eles tornariam a se encontrar. Ele estaria com 23 anos, trabalhando em um escritório da policia de Nova Iorque como detetive, e ela com 17, entrando direto no mesmo escritório para reclamar de um assalto que assistira diretamente da rua.

 

Queria permanecer mais alguns dias para poder conhecer a garota, sua nova melhor amiga, mas a passagem for comprada em Los Angeles e não podia perder seus objetivos.

 

Uma semana depois ele saiu do hotel que estava em Nova Iorque para definitivamente se mudar para sua nova casa. Ela era pequena, mas foi comprada com todas as economias da família para ajudá-lo a se mudar.

 

Em alguns meses ele estaria fazendo faculdade de medicina. Em dois anos e meio, porém, estaria tentando entrar para o grupo da policia de Nova Iorque, novamente, isso só seria feito por Carol.

 

Retornou para Los Angeles para uma visita na família, Andrew estava no terceiro semestre da faculdade de medicina. Passara no teste da melhor faculdade de Nova Iorque e suas notas eram excelentes. E não era por causa do XKL. Andrew e seus pais estavam passeando num shopping perto da casa deles. Tudo estava correndo muito bem, até que o rapaz a viu sentada numa das mesas da praça de alimentação. Não deu tempo de desviar o olhar e Carolina o viu também. Ela o chamou com o rosto iluminado. Andrew teve que ir até ela, ele percebeu uma troca de olhares entre os pais que foram pedir algo para comer, enquanto deixavam os jovens sozinhos. O Garoto foi em direção a menina.

 

– Olá Andrew! – Ela gritou feliz, mas não se levantou. E o garoto parou de chofre, “Ela está gorda ou...”, pensou, mas resolveu não comentar.

 

– Oi, Carolina. – respondeu um pouco frio. Sentou-se na cadeira a frente.

 

– Puxa! Eu estava com tanta saudade! Passaram-se anos! – Ela não percebeu a frieza.

 

– É eu sei, fui eu que fui embora. – Agora ela estava mostrando um rosto um pouco triste.

 

– Ainda está bravo comigo?

 

– Não. Isso me fez entrar numa das melhores faculdades do país! Tenho que agradecer. – Ele falou irônico.

 

– Desculpe. – Falou num sussurro, ela olhava para o chão, uma lágrima caia por seu rosto. Ele queria ser grosso, mas não a ponto de fazê-la chorar.

 

– Me desculpe. Não queria fazer você chorar. - Falou suavemente.

 

– Não é você Andrew, é o Matt. – “Ah, novamente aquele idiota”.

 

– O que tem ele? – Nesse instante ela se levantou. Ela não estava gorda, estava grávida. Ele não conseguia desviar o olhar da barriga da garota, sua boca estava aberta, surpreso.

 

– O filho é dele. Já faz seis meses, mas... ele não quer ter o filho, ele me deixou Andrew. Meus pais não querem criar a criança. Estou ferrada Drew. Como vou sustentá-la?

 

– Eu não... sei. – Ainda estava surpreso, desnorteado, como se tivesse levado um soco na cara.

 

– Por favor Andrew me ajude! Me ajude. – Ela chorava, desesperada, enquanto Andrew engolia em seco. Algumas pessoas ao redor começaram a observá-los atentamente.

 

– Eu não posso fazer nada Carol.

 

– O que? Não vai me ajudar? – perguntou em meio aos soluços.

 

– Como eu disse, eu não posso fazer nada. – Ele já ia se levantando. Ela agarrou a manga da sua camisa.

 

– Casa comigo! – Ela pediu. Ironicamente, o desejo do rapaz seria realizado, porém cuidaria de um filho que não seria seu. Não era isso que ele queria.

 

– Não! Eu te avisei que ele era um cafajeste. Você não me escutou. Adeus! E... não deixe a criança morrer! – Puxou o braço para se soltar do aperto da garota. E foi embora, sentando-se em outra mesa com seus pais para terminar de comer. Ela apenas olhava para Andrew com os olhos inchados de tanto chorar, depois de alguns minutos, ela pegou a bolsa e saiu do shopping. Andrew ainda estava ofegante de raiva, mas sentiu um enorme desejo de dizer sim à garota, que iria ficar com ela para sempre, porém ela tinha que pagar pelo que fez. Ele havia avisado ela, e Carolina não o escutou. Era um pensamento frio. Mas era como se sentia.

 

Oito meses depois, quando Andrew tinha voltado para NY, ele recebeu a notícia mais inquietante de sua vida. Duas notícias. Primeira: A criança de Carolina tinha nascido, era um menino e se chamava Matt. Colocara o nome do pai para ninguém esquecê-lo. “Como se aquele homem fosse grande coisa. Vai ser lembrado como um idiota, isso sim”. A segunda, quase matou o rapaz: Carolina estava morta, foi assassinada na noite anterior quando estava na rua, andando com o filho. Foi um assalto mal executado, o ladrão a matou e fugiu. A criança estava bem, mas não tinha com quem morar. Ninguém a queria. A única pessoa que restava era Andrew. Todas as notícias foram dadas por telefone, pela sua mãe.

 

– A única opção que resta é você filho. Por favor, pense bem se você vai aceitar a criança, por favor. Carol era sua melhor amiga e o menino não tem culpa de nada.

 

– Ah tem! Ele é filho do Matt.

 

– Ele é só um menino! Por Deus. Filho, ele não escolheu o pai que tem! Você deve aceitá-lo ou Matt vai parar em um orfanato! – Ela estava histérica no telefone. – Nunca imaginei que você pudesse recusá-lo!

 

– Eu não tenho obrigação nenhuma! – Já estava ficando bravo.

 

– O menino não tem culpa de nada! É só uma criança! Pense Bem! – A mulher repetiu. Eles ficaram em silêncio por um momento.

 

– Está bem, pensarei. Mas se eu recusar, não quero que fiquem insistindo.

 

– Obrigada meu filho, muito obrigada. Pense bem, por que se não, ele pode ser seu irmão. – Ela desligou na cara do rapaz, que ficou imaginando como seria ter o filho de Carol como irmão e como seria se fosse seu filho. Se a criança fosse dele, ele nunca teria deixado Carolina na mão. Não do jeito que Matt fez. Andrew se lembrou de suas próprias palavras, “E... não deixe a criança morrer”. Ela não deixou, porém ela morreu. Agora alguém teria que ficar com a criança. Andrew tomou sua decisão.


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Notas finais do capítulo

*-*



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