Admirável Mundo Novo escrita por Avengerduck


Capítulo 3
2 - Cruzando o caminho sem volta


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal *o* Poxa já recebi 4 reviews e agradeço mesmo o/ Vou dar bolinho ana maria grátis pra todo mundo kkkk
Peço desculpas pelos capítulos pequenos mas eu tenho muita coisa para escrever então eu não quero atropelar nada, deixar o bom e velho suspense..
A partir do 3 capítulo a coisa vai entras na fantasia e no ponto legal da história, espero que vocês gostem e qualquer dúvida só deixar um review pra mim *o*
O capítulo de hoje é inspirado na música Crossing Field da Lisa que é a abertura do anime Sword Art Online *o* http://www.youtube.com/watch?v=t3-CX4OrjU8 É muito legal essa música bocós *o* escutem! Beijos do rei.. vejo vocês logo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/321858/chapter/3

2 – Cruzando o caminho sem volta


Pâmela Guimarães: 2 meses depois. Terça-feira, 15 de abril de 1999.


“Após aquele episódio na porta da escola, parecia mesmo que eu havia encontrado amigos, ou pelo menos alguém para conversar. As humilhações não pararam, mas quando Manu e Filipe estavam por perto eu me sentia protegida.

Hoje estávamos numa conversa descontraída. Enquanto eles falavam da formatura eu viajava em algumas anotações no meu caderno. Escrevia todas as minhas emoções e sentimentos para depois passar para o meu diário.

Confesso que estava feliz de tê-los por perto. Manu e Filipe realmente estavam mudando minha a vida.”


– Nem posso acreditar que nossa formatura está chegando! Pena que nós temos que usar aqueles vestidos idiotas – Manu começou a reclamar fazendo minha atenção cair sobre ela.

– Nós não. Você tem. Eu vou estar na moda com um traje elegante. Na balada vou pegar todo mundo – suspirei. Por que esses caras são sempre tão retardados?

– Cala a boca Filipe! Vou pegar um lanche na cantina, cuide da pequena até a mãe dela vir buscá-la – vi Manu sair deixando-me a sós com ele.

– Você não fala muito, não é? – ele perguntou.

– É – respondi secamente.

– Não gosta de mim? – ele chegou mais perto de mim até sentar bem ao meu lado.

– Só não temos assunto – continuei escrevendo sem olhar pra ele. Encarar aqueles olhos claros não tem sido fácil pra mim.

– O que você tanto anota nesse caderninho? Deixa eu ver – ele me empurrou e tentou tirar o caderno das minhas mãos. Relutei.

– Solta Filipe!

– Qual o seu problema? – Depois de tanto me sacudir deixei o caderno cair e dele saiu uma folha dobrada, a qual eu estava tentando compor minha primeira música.

– Olha um poema!

– Me devolve seu idiota! – Filipe era mais alto que eu então nem preciso dizer que perdi.

– Daria uma ótima canção, sabia? É uma letra linda.

– O que você sabe sobre música? – arranquei o papel de suas mãos. Levantei-me e o encarei com raiva.

– Eu... Bom, eu adoro a música. Estudo sempre que posso, sei tocar violão e...

– Não me interessa a sua vida ok? Não gosto que mexam nas minhas coisas e esse poema não é bom! – eu estava muito envergonhada e brava ao mesmo tempo. Sentia que estava sendo injusta com ele, mas meu gênio era mais forte. Ele também se levantou, olhou pra mim e sorriu friamente.

– Entendi, vou te deixar sozinha então – senti um pouco de pesar na voz dele, como uma tristeza, não sei – Vou atrás da Manu, já volto. Ele saiu correndo e logo eu estava sozinha mais uma vez. Continuei a escrever algumas quando elas se aproximaram novamente.

– Cansou do joguinho com a esquisita? – Jaqueline e as amigas de sempre nunca perdiam a oportunidade de acabar comigo. Sentiam-se superiores por já estarem no ano da formatura e eu sinceramente achava isso tudo uma grande bobagem.

– Por que não me deixa em paz? Vai viver sua vida! – tomei coragem.

– Cale a boca, favelada! Não ouse falar assim comigo, quem você pensa que é? – Jaqueline me prensou na parede e me encarou como se eu fosse a pior coisa do mundo.

– Me solta – rebati.

– Tá na hora de você aprender uma lição. Aprender que um pobre deve conhecer o seu lugar e o seu com certeza não é aqui! Vou te mandar pra favela, pra sarjeta de onde você nunca devia ter saído! – ela gritava muito e logo os olhares dos outros alunos se voltaram para nós. Eu tentava ser forte, mas qualquer coisa desse tipo me machucava muito. As lágrimas já rolavam soltas pelo meu rosto.

– Olha só a favelada tá chorando – outra amiga dela riu de mim.

– Sai de perto de mim! – uni todas as minhas forças e empurrei Jaqueline para longe de mim. Eu estava com muita raiva e vontade absurda de chorar. Os outros riam de mim sem piedade alguma. Olhei á minha volta e vi que o portão estava aberto. Corri desesperadamente sem pegar as minhas coisas que estavam no banco. Eu só queria sair dali. Era errado ir sem a minha mãe, mas ela entenderia quando eu explicasse.

Corri na direção do portão e logo eu estava na rua. Não olhei nada, não esperei, não pensei. Atirei-me contra o fluxo dos carros.

– Pâmela o que você tá fazendo? Sai daí amiga! – ouvi os gritos de Manuela – Pâmela! – ela gritou mais alto.

Não consegui ouvir mais nada só um clarão terrível seguido de forte dor. Senti meu corpo tremer e então caí. Ainda conseguia ver vultos, pessoas gritando e entre elas minha mãe. Ela dizia coisas que eu não entendia, só chorava muito e abraçava o meu corpo. Manu e Filipe estavam com ela. Vi as silhuetas das garotas se aproximarem. Jaqueline e as outras também vieram ver o que tinha acontecido.

Minha visão estava cada vez mais turva quando a última imagem que eu tive foi a de Filipe acariciando o meu rosto. Olhei bem para os seus lábios que disseram: “isso não termina aqui, não vou deixar você desistir. Foi quando eu perdi a consciência e fechei meus olhos para não abri-los mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada bocós *o* Muito ruim? espero que não AUAHAAHSH Obrigada GnomaSynystra, little avenger e MayShadows pelos primeiros reviews! bolinho ana maria pra todas kkkk ♥