Admirável Mundo Novo escrita por Avengerduck


Capítulo 13
12 - Mande-me de volta ao meu caminho!


Notas iniciais do capítulo

Olá bocós! Nossa, me perdoem,serviçais. O rei realmente sumiu, não é? Mas graças á uma mensagem muito fofa da Julia eu resolvi escrever algo hoje! Peço que se não lembrarem da história, leiam os antigos capítulos para entenderem!
Obrigada aos que ainda leem o a fic! Essa história é muito especial pra mim, e espero levar todas as coisas boas que sinto á vocês!
É isso, nela eu homenageio meus pais, e uma amiga especial por demais, Pâmela ♥
Então, é isso! Um capítulo menor hoje mas para mostrar que: O REI NÃO MORREU kkkkk Postarei com mais regularidade agora! Beijos do rei!
PS: Música do capítulo de hoje: Rusted Root - Send Me On My Way! http://www.youtube.com/watch?v=IGMabBGydC0



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12 - Mande-me de volta ao meu caminho!



Manuela Saraiva - 14 de agosto de 1999


" O meu coração pulsa de temor e rancor. Eu nunca pensei que pudesse sentir isso. Tão jovem e tão machucada. Onde minha história iria chegar? Onde minha inveja iria me levar? Estou tão confusa, tão perdida. Em horas como essa, eu costumava chorar no colo de minha mãe, mas agora eu só sei cultivar raiva e ódio dentro de mim. Mamãe, papai... Onde estão vocês.?"



Escrever meus sentimentos era algo que eu sempre fazia. Aprendi com a pequena Pâmela, ela sempre escrevia o que passava em sua mente. Acho que Felipe tinha aprendido com ela também.

– Tão bonita, tão incrível. Todos a amavam e ainda a amam. Como pode? - eu dizia enquanto guardava algumas roupas que eu havia ganhado de Laura e Rafael.

Já fazia semanas que eu estava naquela casa e eu não podia mais dar tanto trabalho a eles. Guardei tudo em uma mochila e me dirigi á porta quando alguém entrou por ela.

– Bom dia! Pra aonde vamos? - Gabriel apareceu com uma mochila nas costas e um mapa nas mãos.

– Nós? Hã? Como assim? - perguntei.

– Não acha que vou deixar você ir sozinha, não é? Seja lá pra aonde for, vou junto! Tenho um mapa!

– Eu... Eu tenho contas a acertar com certas pessoas, ok?E nisso ninguém pode me ajudar - desviei o olhar.

– E se eu te disser que tem pessoas que esperam por você. Acreditaria nisso? - ele me olhou com entusiasmo e viu a confusão na minha face.

– Pessoas? Gabriel, o que você está tramando?

– Desça comigo, temos uma missão! Eu e você! - ele puxou meu braço e me arrastou para a sala. Rafael e Laura estavam lá junto com o pequeno Lucas.

– Me chamaram? - perguntei.

– Agora é com vocês! Desembuchem logo antes que ela fuja - Gabriel riu sozinho.

– Manu! - Laura me abraçou forte - Promete que vai entender o que temos pra te dizer?

– É algo muito importante, querida - Rafael reforçou.

– Digam logo! - eu já estava alterada, como sempre.

– Bom, é sobre seus pais, querida - Laura disse. Meu coração disparou e eu fiquei gelada.

– O que... O que tem eles? Vocês conheceram meus pais?

– Na verdade, somos muito amigos deles, somos... - Rafael tentava dizer mas parecia ter medo. Aquela situação só me deixava mais aflita.

– Manuela, somos seus tios - Rafael disparou.

– Não! Isso é mentira! A minha única família era meus pais! Nossos parentes nos abandonaram e depois do incêndio eu não tive mais ninguém! - gritei.

– Eu avisei que ela era complicada - Gabriel resmungou.

– Eu vou embora! -

– Espere! - Laura me segurou - Temos uma prova de que somos seus tios - ela me entregou uma fotografia onde estavam meus pais e eles. Todos sorriam e pareciam ser grandes amigos. Pude ver que minha mãe estava grávida.

– Foi a última vez que vi seus pais - Rafael me disse - No verso da foto estava escrito algo:

" Viagem da família Saraiva: Wagner e Cristina. Sarah e Renato. Julho de 1985."

– O quê? Sarah? Renato? - perguntei.

– Nós fingimos nos chamar Laura e Rafael. Pensamos que você podia nos reconhecer de algum jeito. Se soubesse quem éramos, você jamais aceitaria nossa ajuda - Laura me disse.

– Então, seu nome é Sarah? - ela confirmou. Meus olhos estavam marejados, minha pele estava quente e eu explodia de raiva por dentro.

– E eu sou Renato, nosso filho é Lucas mesmo - o pequenino sorriu pra mim. Ele era meu primo! Como eu podia imaginar algo assim?

– Isso é loucura! - eu caí de joelhos.

– Calma que você não ouviu nem a metade - Gabriel disse - Seus pais estão vivos, ruivinha.

– Hã? Não...

– É sim! Eles conseguiram sobreviver naquele incêncdio criminoso na casa de vocês! Mas quando eles saíram do hospital, não encontraram você! Então, pediram que os seus padrinhos te encontrassem! - Aquilo tudo parecia um absurdo mas depois parei para pensar e vi que eles agiam exatamente como se me conhecessem.

– Eu... Eu não sei o que pensar!

– Você achava que todos haviam te deixado, mas esse tempo todo, seus pais estiveram atrás de você! - Gabriel me disse.

– Sim, eles conseguiram escapar com vida e se mudaram para uma cidade do interior. Eles estão perto, Manuela! - Eu não sabia se ria, se chorava ou se gritava. As palavras da Laura, agora Sarah, mexiam comigo e de alguma forma, ascendiam a minha esperança de voltar a ser quem eu era.

– Em que cidade? Onde? Onde eles estão? - eu perguntei.

– Aqui - Ela me entregou uma folha com o endereço escrito.

– São José dos Campos? - perguntei.

– Bom, admito que não é tão perto, teremos que pegar ônibus e vai demorar - Gabriel disse - Mas eu te acompanho! Com a minha inteligência e meu mapa, chegaremos rapidinho!

– Pegue - Renato me deu uma quantia em dinheiro - Gabriel vai te ajudar a chegar na cidade. Mande lembranças aos seus pais por nós, Manuela.

– Boa sorte querida! Diga á minha irmã que estou com saudades! - Fiquei olhando pra eles por alguns segundos. Minha primeira ação era gritar e fugir dali, mas eles me acolheram, eram meus padrinhos e me amaram como meus pais fizeram.

– Meus pais confiaram em vocês, então, eu também confio - eu os abracei e abracei meu priminho.

– Ah! Como você é linda! - Sarah me disse.

– Não se acostuma muito não, que ela não é sempre assim - Gabriel disse.

– Fica quieto! - eu disse e eles riram.

– Já avisamos seus pais que você estaria indo! Eles vão pegá-los na rodoviária!

– Muito obrigada... Tia - eu disse baixinho.

– Ela me chamou de tia, Renato! Ah, minha querida! - Ela me abraçou mais uma vez.

– Bom, eu preciso ir! Obrigada por tudo que fizeram por mim! - Gabriel e eu nos despedimos deles e partimos rumo á rodoviária da cidade.

– Ah meu Deus! Vou viver uma aventura! Nem acredito!

– Eu é que não acredito que vou viajar muitos quilômetros com um garoto que eu não conheço direito .

– Enquanto você não contar quem são essas pessoas que têm que acertar contas, eu não falo - ele disse rindo. Fomos comprar nossas passagens enquanto esperávamos o ônibus.

– Ah Gabriel, conversamos depois ok? Agora eu só quero encontrar meus pais! Eles estão vivos! - fiquei dando pulinhos histéricos enquanto ele apenas ria das minhas loucuras.

– Tá certo, então, eu vou cantar!

– Não cante!

– Vamos passear no bosque, enquanto o seu lobo não vem! Vamos passear no...

– Para com isso! Está me envergonhando! - eu tentava esconder meu rosto enquanto ele cantava.

– Tá bom, vou cantar outra então... Um Gabriel incomoda muita gente, dois Gabriéis incomodam muito mais! Três Gabriéis...

– Ah, graças á Deus o ônibus chegou, vamos! - Arrastei-o direto pra plataforma de embarque.

– É agora, garota! Rumo á São José dos Campos! - Gabriel e eu sentamos juntos no meio do ônibus.

– Estou com medo, medo do que meus pais vão pensar quando verem no que me tornei - pensei em Pam e em Felipe.

– Olha, eu não sei o que aconteceu com você, mas não é muito difícil ser quem você realmente é, certo?

– Como assim? - perguntei.

– Não podemos esconder por muito tempo. Não podemos fingir ser o que não somos e eu sei que só têm coisas boas aí dentro - ele apontou para o meu peito.

– Consegue ver? - sorri - Obrigada, Gabriel - desviei meu olhar em direção á janela e lá me coloquei a pensar em como seria reencontrar meus pais, abraçá-los e dizer um "eu te amo".

Gabriel ia cantando alguma música animada enquanto eu por um raro momento só conseguia sorrir pensando em rever as únicas pessoas que me amaram a vida toda. Pensei em Pâmela e Felipe mais uma vez...


" Será que esse sentimento ruim vai te levar á algum lugar? Vale á pena ficar longe de quem se ama? Você quer estar com ele, quer cuidar dela mas... Então, por que não faz isso? Seus pais estariam orgulhosos se soubessem o que você se tornou? Você está orgulhosa do que é...?"



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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? O que vocês esperam desse reencontro? Digam pro rei e podem me xingar nos comentários! Beijos sabor poder!