- Temos que avisar Draco, Harry, Fred e Rony, rápido! Temos que pensar no que fazer sem alarmar. Acho que seria prudente fingirmos luto por enquanto. – dizia Pansy sabiamente,  enquanto andavam rapidamente até o quarto de Draco. Quando já se aproximavam encontraram com Harry, Rony e Fred com caras nada boas.

- Entrem, precisamos conversar! – disse Fred. – todos entraram e deparam com uma cena de cortar o coração. Draco chorava enquanto era abraçado pelos seus filhos. Scorpion abraçava o pai enquanto Draco colocava a cabeça no colo de Amy.

- Tudo bem pai. Ela vai ficar bem. Vai ver. Mamãe vai voltar para gente. – Luna pode respirar aliviada. As crianças não sabiam.

- Amy... Scorpion... papai precisa falar uma coisa para vocês,   a mamãe... ela ...

- Ela vai ficar bem! Pode ter certeza! - Pan disse rápido, fazendo um triângulo ao contrário com os dedos,  para o loiro. Um gesto antigo dos dois. Indicavam situações inacabadas, como um código que na mesma hora foi interpretado pelo loiro que imediatamente mudou sua postura.

- Mãe, leve as crianças para lanchar. – o loiro fez sinal para a mãe que entendeu rapidinho.

- Então o que aconteceu? – Draco perguntou

- Eu não me conformava com a morte da Hermione. Para mim tinha alguma coisa de estranho. – falou Luna

- Entrei no quarto de Hermione e verifiquei pessoalmente se havia alguma alteração nela. E nada. Nem negativa e nem positiva. – disse Neville.

- Então procuramos Neville para nos acompanhar até necrotério. Para verificarmos o corpo.

- E aí? Por favor Pansy! – Draco falava desesperado e ao mesmo tempo com uma pontinha de esperança.

- Quando tiramos o lençol não era o corpo de Hermione e sim de Romilda Vane que estava desaparecida há vários dias. – o loiro precisou ser amparado. De tanta emoção.

- Por Merlim! Não era ela! Por todos os bruxos, não era minha mulher! – Draco sentiu todos os tipos de emoções naquele momento. Aflição, alívio, ódio e desespero.

- Então, os corpos foram trocados.  – perguntou Fred

- E tem mais. – disse Rony

- Acredito que no mesmo momento em que vocês procuravam pelo corpo de Hermione. Fomos fazer a exumação do corpo de Zabine. Todos sabem que quando há magia bruxa na hora de morte o feitiço é totalmente desfeito.

- Como assim? – perguntou Gina.

Espera que eu trouxe uma pessoa que pode explicar isso e que vai nos ajudar a partir de agora!

- Professor Snape!

- Padrinho! Que bom que está aqui!

- Eu sei Draco, porém agora não é hora de sentimentalismo. E vamos para as explicações. Quando uma pessoa é altamente enfeitiçada antes de morrer, como por exemplo: quando é submetida especificamente pela maldição imperius, poção polissuco e em seguida um avada. O corpo só entrará em decomposição quando os feitiços passarem. Ou seja! Se a pessoa for enfeitiçada seguidamente nessa ordem, ela voltará ao normal, sendo que a polissuco é a mais duradoura. Dependendo da dose.

- Mas isso é impossível e também inacreditável? – disse Fred

- Isso era o que eu pensava Fred. Mas Hermione sempre disse para esperar o inesperado. Rony disse tristemente olhando direto para Draco que sentiu a mesma dor. – então o Harry e eu fomos até o professor Snape e relatamos nossas dúvidas e ele pediu para ver a varinhas e conseguiu identificar os feitiços que forma exatamente esses.

- Por que não nos contou Rony?- Pan estava aturdida demais.

- Não podia, amor desculpe eram só desconfianças. Continuando, quantos dias exatamente Hermione está em coma?

- 15 dias completa hoje! – falou Draco.

- Exatamente isso- falou Snape. A poção polissuco em contato com a magia da morte provoca uma ebulição mágica que prolonga o processo de volta ao normal do corpo. Então analisei a quantidade de poção e verifiquei que ela demoraria exatamente 13 dias para que tudo fosse desfeito.

- Merlin! Isso quer dizer...

- Sim! Isso mesmo. Lembra, Draco quando eu te disse que no lugar onde vocês estavam tinham  somente três pessoas porém achamos quatro varinhas no local?

- Sim eu me lembro! – mas o que tem haver... espera! Então quer dizer que...

- Sim tinha mais alguém no local. Por isso fomos até Snape.

- Quando Weasley e Potter me entregaram as varinhas eu analisei cada uma. Uma delas eu reconheci facilmente. As outras nós sabíamos de quem era. Então a quarta varinha não poderia ser  identificada por que essa parte só cabia ao Senhor Olivaras que infelizmente não está entro nós.

- Então voltamos a estaca zero? Dizia Gina chateada.

- Calma Senhora Potter! Ainda não terminei.

- Quando eu estudava ainda em Hogwarts. Uma vez fui com sua mãe Harry ao Olivaras. Estávamos no passeio ao vilarejo de Hoogsmeth. Na época eu estudava com a maioria dos  pais de vocês aqui presentes. Num desses dias, escutei Olivaras falando com duas famílias muito distintas no mundo bruxo. Somente essas duas famílias conseguiram o feito até hoje de que as varinhas produzidas pelo mesmo tipo de material fossem passadas de pai para filho.

- Espera aí padrinho! O Senhor Olivaras mesmo disse que cada varinha escolhia seu bruxo! E nem, uma é igual a outra. E para ser passada de geração para geração era precisaria ser...

- Isso mesmo senhor Malfoy! As duas famílias fizeram um ritual antigo de magia negra. Onde todas as varinhas seriam interligadas, e conduzidas ao mesmo tipo de material. Um material produzido a milhões de anos que é símbolo do seu nome Senhor Malfoy! A  outra família tinha características semelhantes mas a misturas de eram diferentes. Pena de Fenix e pelo de unicórnio. Varinhas extremamente poderosas.

- No entanto, quando as varinhas foram avaliadas eu cheguei a conclusão e depois de muito pesquisar descobri qual era a quarta varinha e de quem era. Mas precisava de confirmação e foi o que Potter e Weasley fizeram hoje ao exumarem o corpo.

- Então me fale professor quem tentou matar a mim e minha mulher?

- O feitiço não era para você Draco. E sim para Hermione.  O feitiço que supostamente foi direcionado para você  não saiu da varinha que estava com Zabine.

- O quê?

- Sim. Draco outro feitiço foi lançado em Hermione e não foi uma avada. Alguém a enfeitiçou antes dela correr para sua frente. O feitiço foi programado apesar de achar que ela correria do mesmo jeito para te defender.

- Rony!- gritou Pansy brava

- Tá bom amor!

- Ainda não entendi! Estou confuso demais professor. Onde está minha mulher agora então. Quer dizer que todo esse tempo ela esteve viva e enfeitiçada?

- Sim Draco. Era assim que ela estava. E nesse momento ela está com o dono da quarta varinha. Quando analisei as varinhas pude perceber que o feitiço que saiu da varinha onde estava Zabine foi um imperius.

- O quê?  Como pode isso? – Luna falou exasperada

- No mesmo momento que Zabine lançou um imperius mudo em Hermione, outra pessoa naquela sala lançou um feitiço das trevas muito antigo de uma única varinha que foi interligadas há anos por bruxos de puro sangue dessa família. Esse magia antiga só poderia ser executada se a varinha tivesse componentes de fibra de dragão e pelo de unicórnio juntos! E se fosse da família ao qual o feitiço foi criado.

- Blaize Zabine! – exclamou Pansy e Draco juntos!

- Mas não faz sentido. Disse Gina. Se você disse que o feitiço não saiu de Zabine então.

- Espere, Senhora Potter. Eu disse que o feitiço não saiu da varinha que estava com Zabine.

- De quem era a outra professor?

- Quando Rony e eu descobrimos o corpo para exumação. Ele já havia voltado ao normal. E o corpo que estava em seu lugar era o dono da varinha que saiu o imperius que atingiu Hermione.

- Tá até aí eu entendi! Então a quarta pessoa que estava lá lançou a maldição imperius em Hermione, também estava sobre o efeito da mesma maldição lançada?- perguntou Gina novamente

-  Sim. Ele, usou a imperius, fez com que a vítima bebesse dois vidros de polissucos com duração de 12 horas. Mas ele sabia da fusão das magias seguidas. Depois mandou que ele lançasse na sua esposa o imperius,  Draco,  ao mesmo tempo que lançava a magia, Sonarius induzion mortaly, tradução: Sono de morte induzida!- cortou Luna.

- Isso. Assim quando Draco se desesperou e tentou socorrer a esposa, a quarta pessoa achou que tinha errado o feitiço e deixou a varinha cair no chão. Com raiva ele pegou a varinha que estava com o suposto Zabine e lançou o avada em você Draco. Mas a varinha não o obedeceu. Então ele matou Zabine. Quer dizer era o que ele queria que pensássemos! Era tudo um plano. Desde o começo que tinha o único objetivo. Além de querer matar você ou te fazer sofrer Draco.

- Ter minha esposa! – falou Draco e o professor de poções assentiu.

-Assim sendo, depois de analisarmos as varinhas e o corpo da pessoa que estava na urna confirmamos o que já desconfiávamos.  A varinha que lançou o feitiço imperius em Hermione não era a de Zabine. O material dessa varinha era composto de pena de fênix e pelo de unicórnio.

- O quê? Quer dizer que...

- Não era o Zabine que estava a sete palmos do chão.

- Rony!

- Que foi amor!

- Então quem era Harry, que estava no caixão?-  Draco falava mortalmente. –

- Theodoro Nott. – disse Harry

Draco fechou os olhos e punhos! Maldito Zabine! Gritou!