Você não vai Hermione!

- Vou sim Draco. Você não manda em mim. Está me ouvindo? Chega desse ciúme idiota. E tem mais, eu detesto quadribol, e isso não é segredo para ninguém. Acho um esporte violento e selvagem e...

- É, mais se fosse do Potter e Weasley você iria, não é?- Draco estava descontrolado. O ciúme a flor da pele. Não admitia de forma nenhuma que Hermione fosse estudar com Nott.

- Para com isso, Draco. Olha onde nós estamos. Meus amigos não estão em discussão. Por favor pare! Eu estou ficando sufocada! Não posso nem conversar com as pessoas sem que receba uma bronca depois! Você não confia em mim?

- É claro que confio. Eu não confio neles. – o loiro apontava para o lado onde um bando de rapazes olhavam atentos a briga. E Hermione maldosamente acenou para os rapazes e deu um sorriso daqueles para eles. Draco não conseguindo se conter, explodiu de uma vez.

- Quer saber... – disse ele, mordazmente, e lentamente enquanto encarava Hermione a centímetros. A morena sentiu o hálito de menta que a deixava sempre inebriada, mas naquele momento sentiu medo. – faz o que quiser! Saia e estude com quem quiser. A partir de hoje também farei o que eu quiser. Está me ouvindo?

- O que quer dizer com isso, Draco?

- Simplesmente, farei o mesmo que você. Hoje mesmo Astória me convidou para estudar com ela. Bem na verdade pediu que eu explicasse a matéria para ela, pois sempre fui o melhor em poções. – disse todo pomposo. – no momento eu disse que não podia. Mas agora pensando bem, quem sabe enquanto você está com seu novo amiguinho, eu posso dar algumas aulinhas para ela.

- Você não faria isso?

- Claro que faria, por que não? Por que você pode e eu não? Qual a diferença? Tem outras pessoas além de você na vida sabia?

-A diferença é que ele nunca foi namorado meu. - Ah, quer saber Draco? Faça o que quiser. Vá para seu treino. Estude com quem quiser. Não dou  a mínima. E você tem razão. Tem outras pessoas além de mim. – disse Hermione magoada.

- Espera aí, Hermione. Não quis dizer isso.- o loiro pegou no braço da castanha impedindo-a de sair, sabia que tinha pegado pesado e que Hermione tinha razão. Astória havia sido sua namorada e Nott não era nada de Hermione.

- Não se preocupe Draco. Do mesmo jeito que não sou a única no mundo você também não é. – disse soltando seu braço de Draco e saiu em disparada para a biblioteca. Draco ficou arrasado e desferiu golpes na parede de raiva e arrependimento.

“ Pensamentos de Hermione”

Quem ele pensa que é? Como pode dizer que não sou a única no mundo! Filho da mãe. Até parece que ele não sabe o quanto o amo? Desgraçado de loiro ciumento. Ai dele se ele chegar perto daquela loira oxigenada. Eu o mato! E acabo com a raça dela. Ai, droga! Eu odeio brigar com ele. – a morena chorava, enquanto se encostava  na parede do corredor. Sabia que estava magoada, mas também sabia que Draco havia falado aquilo apenas porque estava chateado. Mas por que doía tanto em pensar nele com outra?

- Hermione! – a garota levantou os olhos para a figura que corria em sua direção. Sem pensar duas vezes levantou e saiu em disparada para os braços de seu loiro ciumento.  O baque dos corpos se encontrando foi incrível.

“ Pensamentos de Draco”

-“Quem ela pensa que é? O que ela quis dizer com “ você também não é o único no mundo?”  E vocês? O que estão olhando? Nunca viram um casal brigando não, einh? Se mandem!” – ele disse raivosamente para os expectadores que correram ao ver a ira do loiro. – bando de urubus! – Draco andou um pouco e encostou a testa na parede, enquanto sorria de lado. – “como pude dizer a ela que ela não era a única no mundo.” Há muito tempo minha vida é só ela. E agora estamos brigados. E isso dói demais. 

- Hei, Malfoy! Um aluno do mesmo ano que Draco,  da Corvinal, chamou.

- O que é?

- É verdade que você e a gostosa da Granger terminaram?

- O quê? Quem te disse isso?

- Alguns alunos viram vocês e disseram que terminaram isso é verdade? Por que se for eu vou agora procurar ela e...- o aluno nem teve tempo de completar a frase. Draco tinha dado um belo soco na boca do garoto que nem teve como reagir.

- Isso é só um aviso, para você e aquele bando de urubus. Não se aproximem da minha garota. Ouviu bem! – disse isso, e depois saiu em direção onde sua namorada tinha ido. Não a deixaria ir sem fazer as pazes. De jeito nenhum ficaria brigado com o amor de sua vida.

- Desculpe, amor! Desculpe! Não queria magoá-la. É claro que você é única para mim. Eu sei que se um trasgo ciumento. Eu  tento controlar, mas a amo tanto que tenho medo que outro a roube de mim e... – ele dizia entre beijos. Estava desesperado por ela. Achou que chegaria explodir de medo. O abraço ficava cada vez mais forte e a necessidade se fez presente. Ela era tudo para ele. E nunca poderia negar isso.

- Tudo bem, amor! Eu também exagerei na briga. Mas eu fico chateada quando não confia em mim. Eu te amo seu loiro ciumento. Te amo demais. Nunca duvide disso. Ok? – os dois se beijavam ardentemente. A paixão era sempre a mesma com que Draco a beijava. As mãos não tinham fronteiras e os lugares eram sempre propícios para a sessão de agarramento. Era até bonito de se ver.

- Vamos para meu quarto? – perguntou Draco.

- Mas e seu treino? Você já está atrasado e...- o loiro a silenciou com o dedo nos lábios. – não me importa agora. O que me importa é ficar com você. Eu te amo com todas as minhas forças, você é tudo para mim meu amor, tudo! – a morena sorriu lindamente para ele.

Os dias foram passando. Draco e Hermione estavam felizes. Não se desgrudavam. Draco decidiu tomar uma abordagem prática, afastar todos os rapazes sem que Hermione soubesse. Simples mais eficaz.  Nott já estava irritado. Draco não deixava nenhuma brecha, conseguiu mudar seus horários de treino. Já que ele era capitão. Assim podia alternar seus estudos e cuidar de Hermione pessoalmente. Sabia que não mudaria. Malfoys sempre foram assim. Egoístas demais quando se referia a coisas ou mulheres. Seu avô, pai e agora ele. Todos morriam de ciúmes de suas mulheres. Obsessão? Não. Era amor mesmo. E o medo da perda.

Nott estava frustrado. Não conseguia chegar perto dela a semanas. Esperou que a aula da morena acabasse pois essa eles não tinham  juntos.

POV- Theodoro Nott

 - Estava ficando louco sem poder falar com Hermione.  Fiquei esperando ela sair da aula que não tinha junto com ela. Vi que saiu acompanhada pelas amigas, Lovegood e Weasley. Caminharam em direção a biblioteca. As segui. Chegando lá se sentaram junto com a Parkison e começaram a conversar.  Me aproximei,  cautelosamente. Sabia que as amigas estavam compactuando com aquele loiro safado. Permaneci ali atrás de uma das mesas e sentei fingindo ler um livro. Elas não me viram. Queria escutar a voz dela e vê-la. Parece que cada dia ela ficava mais bonita. Suas roupas, seus cabelos, sorriso, boca tudo! Tudo nela era tentador. E estava a ponto de cometer uma loucura se não a tivesse logo. Estava a ponto de chegar até ela e conversar quando elas iniciaram um assunto um tanto interessante.

- Então Hermione, mais apaixonada?! Mais feliz?! Mais bonita?! Tudo isso tem nome não é? Espera aí vamos ver... DRACO MALFOY! – gritaram as três juntas deixando uma Hermione muito envergonhada e uma bibliotecária bastante irada.

- Tá bom... tá bom! Sim! Para suas malucas estamos numa ala de silêncio. Que coisa! – todas começaram a rir.

- Gente, Hermione. Quem te vê assim einh, apaixonada pelo Draco desse jeito nem diria que tudo começou com uma vingança né? – disse Gina baixo.

- Tá maluca Weasley, falar isso aqui. Se Draco descobre nós e principalmente Hermione estamos ferradas. – disse Pansy. Nott não conteve o sorriso.

- Tudo bem. Mas aquele loiro não pode reclamar né. E nem o Zabine. Olha para você ver. Ficou linda! Namorou os dois! Gatos! Não  podemos deixar de dizer...e ainda deixou eles de quatro por sua causa. Hermione minha cara, quero morrer sua amiga!

- A cala a boca Gi. No começo foi isso mesmo. Eu estava cansada dos maus tratos daqueles dois. Queria que apenas eles se apaixonassem por mim. Depois sentaria o pé neles. Mas minha alma grifinória é boa demais para tanta maldade. Mas tenho que admitir que o feitiço virou contra a feiticeira. – a meninas gargalharam baixo  e nem perceberam a saída de uma certa pessoa do recinto.

- Alma grifinória é? Sei,  tá mais para uma alma sonserina linda e de formato de um Deus grego, com todo respeito minha amiga. Aquele seu namorado é uma obra prima.

- O que isso Luna!

- O quê? Meu ruivo é lindo mas o Draco Hermione é...- ela não pode terminar porque a morena deu um tapinha no ombro da amiga e voltaram a sorrir de novo.

Draco caminhava calmamente pelos corredores do castelo. Estava a procura de Hermione. Não a tinha visto nas aulas e a saudade apertava. Estava mais que na hora de colocar a ideia que tinha em prática. A amava e queria passar a vida toda com ela.

- Potter! Weasley! Viram Hermione?

- Ela foi para a biblioteca Malfoy. 

- Sozinha?

- Malfoy! Você prometeu!

- Ah tá bom vou me controlar. – os amigos de Hermione tiveram uma conversa com Draco. Bem! Quase o espancaram, depois que souberam o que ele havia feito a Hermione. Depois disso se tratavam muito bem contudo,  os sobrenomes ainda continuavam.

- Estão com as nossas namoradas. – disse Rony

- Nossas namoradas? – perguntou Draco presunçoso.

- Sim, claro. Gina e Pansy.

- O quê? Você e a Pansy, Weasley? Quando começou isso que nem fiquei sabendo?

- Deve ser porque você ficou ocupado demais vigiando a Mione! – falou Harry desafiando o loiro.

- Não conte a ela Harry Potter! Se não eu vou falar com uma ruiva sobre suas certas saídas e...

- Que vergonha Malfoy ameaçar o Harry desse jeito.

- E você cabeça de cenoura? Não me tente. Agora tenho que ir ver minha garota. Cuidar dela vocês sabem né. Tá cheio de bruxos querendo o que é dos Malfoys. – disse sorrindo de lado e deixando os dois indignados e ao mesmo tempo divertidos.

- Ei loiro prepotente? Está procurando a beldade de sua namorada?- Nott chamou Draco. O moreno estava escorado na parede propositalmente esperando por ele.

- O que quer projeto de lixo bruxo? – Draco perguntou cruzando os braços a frente do corpo. O loiro estava especialmente lindo esta manhã. Já havia preparado tudo.  A sala precisa estava maravilhosamente linda a espera da mulher que faria parte de sua vida para sempre.

- Então quer saber onde sua namorada está ou não? – Theo sorriu diabolicamente. Draco percebeu isso.

- Fala logo Nott não tenho tempo.

Sabe? Eu estava na biblioteca, lendo. Ai de repente...- o moreno gesticulava teatralmente conforme contornava Draco. Parecia uma serpente circundando a presa. Atiçando, movendo-se. – chegavam em meu campo de visão lindas miragens. Uma ruiva, uma morena, uma loira e uma castanha exuberante. – disse dando ênfase a última. Draco se controlou. Não cairia na armadilha dele.

- Ótimo Nott, agora se me der licença vou...

- De repente elas começaram a conversar e sorrir. Sorrir não gargalhar. O assunto era extremamente interessante. Elas falavam de dois rapazes. Diziam que eram lindos, maravilhosos e esse blá...blá de mulheres que... a você sabe como elas ficam né...- Draco sentiu seu sangue ferver. “Elas estavam falando de caras lindos e Hermione no meio?”

- Aí elas falavam que estes dois caras mereciam uma lição. Uma delas, a castanha exuberante, linda, gostosa ai meu Merlin que mulher... – o loiro avançou para cima de Theo, mas ele foi mais rápido e conseguiu se esquivar. – tá bom Draco, não vou mais enumerar as qualidades de sua namorada.

- Vai se ferrar bruxo maldito! – gritou o loiro.

- Se eu fosse você escutava essa. Ai vem a parte interessante. A castanha riu e disse que esses dois mereciam uma vingança por todos esses anos de humilhação que havia passado- o coração de Draco disparou. – ai, ela bolou um plano! Um plano de risco mais eficaz. Iria se vingar da melhor forma possível.  Sumiu por uns tempos, mudou e voltou maravilhosamente linda! Toda a população, masculina, babaram por ela. Inclusive eu  e os dois rapazes a quem uma vingança foi armada. – o loiro começou a suar frio. O ar faltava-lhe. Sabia onde Nott queria chegar mas, não queria acreditar. – e à medida que elas falavam altas gargalhadas podiam ser ouvidas. E sabe o que é mais interessante? É que os dois bobões caíram na armadilha e ficaram de quatro por ela. Ela seduziu um e depois o outro. O primeiro ela fez brigar com o melhor amigo e o outro...- Draco já tinha lágrimas de raiva e ódio. Theo sorria a cada palavra venenosa que proferia. Depois do que ouviu na biblioteca, como um bom sonserino que é, ligou os pontos. Criou a armadilha perfeita para pegar o lobo. E ele caiu! – já que ainda não demos nomes a ninguém vou usar o mesmo que descrevi as belas donzelas sonserinas. Porque algumas grifinórias são só de nome. O moreno ela se vingou direitinho e no loiro ela só espera a chance de dar o bote. Nossa! Além de linda é o tipo de mulher que quero para o resto da vida. Quem diria que o belo Draco Malfoy seria vítima de uma vingança? – Draco ficou imóvel. Inerte. Suas pernas não se moviam. Seus olhos lacrimejavam, mas o orgulho impedia que saíssem.  Nott, passou por ele e deu tapinhas nos ombros e saiu em seguida, sorrindo alegremente.

Draco caminhou aereamente para seu dormitório. Quando bateu a porta atrás de si. Num acesso de fúria quebrou todas as coisas dentro do quarto.

- Maldita! Era tudo mentira! Tudo! Vingança! Todo esse tempo ela estava rindo de mim. – o loiro chorava de ódio e ressentimento. Não podia ser verdade! Só poderia ser armação daquele lixo bruxo. Ela não faria isso comigo! Hermione não é assim! Ela me ama! Oh! Merlin! Não deixe que seja verdade. Não deixe! – depois de descarregar toda sua raiva no quarto o loiro dormiu, decidiu que estava nervoso demais para procurar Hermione.

- Harry vocês viram Draco hoje? Não o vi em lugar nenhum!

- Vimos, ele foi te procurar na biblioteca! Você não o viu lá?

De repente Hermione sentiu seu peito doer. Alguma coisa estava errada e temia por ela. Seguiu direto para o dormitório de Draco. Bateu na porta assim que chegou lá. Escutou um fraco “ entre” e assim ela o fez. Quando entrou ficou horrorizada com o que viu. O lugar estava destruído, todas as coisas espalhadas, móveis destruídos e Draco estava de costas para ela, com o braços cruzados olhando para fora da janela, a neve caia. Hermione tremeu e abraçou-se a si mesma.

- Draco? Amor? O que aconteceu? – ele começou a falar ainda de costas para ela.

- Mais cedo estava procurando você. Estava com saudades, não tinha te visto o dia inteiro...- ele deu uma pausa para uma respiração sofrida. – no caminho escutei uma história. No começo até ri, achei cômico. Ela falava de uma garota cansada de ser humilhada por dois rapazes. Aí, ela elaborou uma vingança. – nesse momento Draco virou-se para ela. E pode ver no seu semblante aquilo que ele mais temia. Lágrimas já escorriam pela face da castanha. – “seduziu-os...,”- andava em direção a ela.  – “conquistou-os” - a cada vez que ele dava uma passo ela recuava, tinha medo do que estava por vir. Suas íris acinzentadas estavam carregadas de mágoas. -  “destruiu a amizade deles, fizeram eles se apaixonar por ela. Tudo por vingança!”  Agora o que eu quero saber Hermione, se essa história que me contaram é verdadeira ou é uma invenção? – o loiro perguntou baixo, sua voz agora estava carregada de tristeza. – Me diz, Hermione, essa história é verdadeira? É? – Draco pegou nos braços da castanha balançando violentamente junto com a última pergunta. Hermione chorava sem parar e Draco sabia a resposta, porém ainda tinha uma pontinha de esperança que tudo fosse mentira.

- Draco eu posso explicar! Por favor me deixe falar! Não foi bem assim!

- Me diga! É verdade isso? É verdade que queria se vingar de mim?

- Draco por favor não é...

- Pare de mentir para mim! – ele se descontrolou e quebrou o espelho que estava próximo a porta do banheiro. Estava magoado, destroçado e decepcionado. Tinha entregado seu coração para ela.  Pediria a ela em casamento e agora descobri que tudo não passou de uma farsa. – responde Hermione! Não me faça odiá-la ainda mais!

- É, é verdade sim. No começo eu queria me vingar de vocês dois por todas as humilhações que me fizeram passar mas...

- Chega! Mentirosa! Falsa! Só quero te dizer que você conseguiu seu intuito. Se vingou bem. Está aqui o bobão apaixonado. Agora vá. Some da minha frente Hermione! Nunca mais quero te ver na minha frente! Eu acreditei em você! Amei você mais que qualquer coisa e agora eu descubro que tudo não passa de uma mentira!

- Draco, amor não faz isso! Eu te amo! Isso foi no começo eu não...

- Eu não quero saber! Vai embora Hermione! Sai da minha frente!- Draco gritava tanto que os monitores chefes saíram de seus quartos. Rony e Pansy estavam namorando no quarto ao lado de Hermione e Harry e Gina estavam no de frente ao Draco.

- Vai embora! Hipócrita mentirosa! Eu odeio você!

- Não Draco... Não! Você não quer deixar eu falar... não faça isso meu amor!

- Não me chame de amor! Sua sujeitinha de sangue ruim! - então o mundo parou. Draco tinha ido longe demais. Estava acabado. Hermione ao ser chamada desse jeito por ele, saiu em disparada do quarto do loiro trombando em Pansy e Gina que imediatamente a seguiram, fazendo apenas um sinal para que os garotos fizessem o mesmo com ele.

 O loiro se encontrava debruçado ao travesseiro aos prantos. Chorava de ódio, amor, decepção, arrependimento, tudo misturado. Os meninos entraram no quarto e sentaram nas poltronas ao lado cama e assim esperaram. Esperaram que aquele homem ali, na cama que naquele momento demostrava todos os seus sentimentos precisasse de um ombro. Um ombro amigo.

- Hermione ficou no quarto sendo consolada por Gina, Luna e Pansy, que ficou furiosa ao descobrir que alguém tinha ouvido a conversa. Deixaram que Hermione chorasse até dormir. Tinham que fazer alguma coisa e rápido. Conhecendo o temperamento explosivo de Draco, Pansy temia que ele fizesse uma besteira.

Durante quase dois meses, as coisas se tornaram meios que sombrias na escola. Não havia sol. O tempo não tinha graça. Por milhares de vezes Pansy tentou conversar com Draco. Mas ele a ignorava. Virava a cara para todas as amigas de Hermione. Estava muito ressentido com elas. Principalmente Pansy que era sua amiga. Culpava-as de cumplicidades com a castanha. Quanto a Hermione? Draco se quer lhe dirigia o olhar. Pelo menos enquanto ela estava olhando. Por várias vezes, incentivada pelos amigos ela tentou se aproximar. Explicar a ele o que realmente aconteceu e mostrar a ele o quanto era apaixonada por ele e assim o fez.

Pov Hermione

Eu estava decidida. Iria até ele e faria com que ele escutasse suas explicações. Ela o amava e não haveria nada que poderia separá-los. Seguiu direto para o quarto dele. Bateu na porta e ouviu o entre, mas estava fino demais, a voz era diferente, mas mesmo assim entrei e nada me preparou para o que vi. Draco estava nu da cintura para cima e deitado desleixadamente, sua cabeça estava repousada no colo de Astória Grengrass. A loira fazia carinhos na cabeça  dele, e ela estava de camisola e cabelos molhados e ele parecia alheio a sua presença. A loira levantou seus olhos em minha direção,  mostrando que eu estava sobrando ali. Meus olhos transbordaram rios de lágrimas, minhas pernas tremiam, minha decepção era tanta que não me importei de desabar na frente dela. Meu coração doía, minha mente vagou para alguns meses atrás onde nós fazíamos amor incansavelmente e hoje..., não era eu que estava ali. Naquele momento eu percebi que deveria ter dito a ele tudo no começo. O tinha perdido. Antes de virar para sair do quarto, depois daquela humilhação na frente da loira, pude visualizar os olhos dela, não transmitiam qualquer sinal de esnobação, ódio, repulsa. Era compaixão que havia li. Sai sem dizer nada admitindo minha derrota.

Fim do flash back

Pov Draco

Um dia meu avô me disse que quando eu amasse, sentiria o melhor de todos os sentimentos. E que muitas vezes eles vinham acompanhados de outros também. Talvez não fosse tão bom assim amar. Eu estava a beira do abismo. Ficar longe de Hermione era ainda pior do que a dor que ela me causou ao saber de sua vingança. Por vários dias achei que morreria de tristeza, de ódio ou amor ao mesmo tempo. Como pode isso? Tudo no meu quarto cheirava,  ela, respirava ela, quando dormia era pensando nela. Acordava no meio da noite procurando ela no meu lado. Minha cama sempre estava fria. Sentia falta do calor dela. Acordava suado, excitado só de pensar nela, sonhar com ela. Tive vontade de jogar meu orgulho pro alto e procura-la dizer  que não tinha importância e que fosse tudo para o inferno desde que a tivesse. Mas meu orgulho Malfoy e sonserino falava  mais alto. Comecei a me desesperar, e quando via que ela se aproximava dava sempre um jeito de desviar e me afastar .  Doía demais ficar longe dela. Tinha que esquecê-la de qualquer jeito. Por várias vezes Pansy tentou falar comigo, mas não conseguia nem olhar para ela. Tinha raiva dela, da Luna da Weasley. Não conseguia perdoá-las. Mas também não odiava-as. Sei lá. Já estou sem ela por quase dois meses e não me curei. Estou cada dia pior. Tentei tomar um porre, com meus novos amigos, onde eles me aconselharam a escutar as explicações de Hermione. Pedi que eles mesmos me explicassem mas, disseram que não tinham esse direito. Nesse dia fiquei muito tonto. Sei saber porque bati no quarto de Astória. Ela foi de grande ajuda para mim. Minha amiga. Por mais incrível que seja ela também me aconselhou a escutar a castanha antes que fosse tarde demais. Ela me acompanhou até meu quarto e ficou comigo até que eu pegasse no sono. Pensaria no que fazer depois.

- Hermione ficou arrasada. Dirigiu-se para o quarto. Suas amigas a esperavam ansiosas pelo o desfecho. Quando a castanha abriu a porta elas imediatamente a olharam e souberam. Abraçaram-na. Hermione não havia conseguido, infelizmente.

Draco acordou com uma intensa dor de cabeça. Tinha sonhado a noite inteira com Hermione. Nesse sonho ela estava presa numa casa. Ela não conseguia se mexer. Sempre chamando por ele. Dizendo o quanto amava e precisava dele. Tive um pressentimento muito ruim. Não era a primeira vez que tinha esse sonho. Mas ele sempre aparecia. Um homem encapuzado com um sorriso diabólico e doentio. Ele conhecia aquele rosto. Conhecia também o lugar. Só não se lembrava de onde. - Acordou, e Astória já não estava ao seu lado. Tomou seu banho e fez sua higiene matinal. Pegou seus materiais e lembrou-se de que um dos livros estava na gaveta pequena. Abriu. Levou uma das mãos trêmulas a uma foto que estava perto do livro. Era ela. A foto dela. A foto dos dois. Estavam abraçados e Hermione estava em suas costas beijando seu rosto. E draco sorria. Nas costas fotografia estava escrito:

“Somente quando encontramos o amor, é que descobrimos o que nos faltava na vida.”

                               Te amo, meu amor pra sempre!

                                          Hermione

Colocou a foto no lugar. Suspirou tristemente e saiu em direção a mais um dia de aula. Estava no corredor quando topou com Pansy.

- Agora você vai me escutar Draco Malfoy! Por bem ou por mal. – a morena estava irada e com a varinha apontada para ele. E Draco sabia do que ela era capaz. Ela puxou ele pelo colarinho e empurrou ele para uma sala vazia.

- E agora loiro idiota só eu falo. E você escuta. – Draco abriu boca para protestar e foi silenciado apenas por um olhar.

Tempos atuais

-Ai credo Harry que cheiro horrível! Isso é coisa de trouxa. Fazer exumação! Que horror.

 - Anda Rony. Sabe que pode aparecer aurores a qualquer momento. E atrapalhar nossos planos. Depois do que vimos nesse hospital não podemos confiar em ninguém. Abre logo essa urna. Se tiver sobre algum feitiço de corpo, provavelmente já foi desfeito.

- Tá bom, vamos lá no três! Um, dois, três!

- Filho de uma merda de Morgana, Harry! Que safado!

Luna deixou todos no quarto, Draco tinha sido sedado e estava com a mãe.

- Pan! Gi, venham comigo rápido!

- O que foi Luna! Precisamos ficar aqui caso Draco acorde.

- Eu sei, Gi... suspirou Luna. Mas é importante. Venham! Temos que ser rápidas.

- Neville! Pode abrir necrotério por favor. Queremos ver o corpo da Mione. Tem alguma coisa errada. Posso sentir

- Quer saber eu também não me conformei. Eu tinha acabado de vê-la e ela não tinha tido nenhuma alteração negativa. Vem vamos, por coincidência ou não eu estava indo fazer exatamente isso. Perdoem-me por minha intromissão, mas Mione era minha amiga também.

- Tá bom! Nevile mas vamos rápido! – disse Pansy

- Vocês sabem que se formos pegos estamos ferrados! Literalmente! – deixe o medo para mim, Gina. Você nunca foi covarde! – Neville falou sorrindo de lado, ao qual foi retribuído pela ruiva.

- Chegamos! Venham! – Abriram a porta de necrotério e chegaram bem perto da maca. – É esse o corpo. Vou tirar o lençol rápido temos só alguns minutos para a troca de turno. Não sei mas acho que tem alguém daqui que pode estar envolvido.  Então vamos lá..., um... dois... três...

- Ah! Eu sabia!