Moulin Rouge - Faberry Em Vermelho escrita por ohmyhulk


Capítulo 12
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

30 de julho, 2013
1 de novembro, 2015.
Foram mais de dois anos, e eu resolvi que não podia deixar essa história sem fim.
Eu não vou me demorar muito aqui, afinal, não é NC que vocês querem ler. (Se alguém ainda quiser ler isso, é claro).
Enfim, eu falo mais lá embaixo.



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Rachel revirava suas coisas com desespero. Só o que era extremamente necessário ia para dentro da sua bolsa. Colares, e algumas jóias, para vender durante a fuga, pensou ela. Tomou um susto ao ver o reflexo de Santana no espelho a sua frente, virando-se para encontrar a latina sentada lhe esperando.

– Perdoe-me a intrusão, meu anjo. – ela falou calmamente, sob o olhar de Kurt.

– Está perdendo seu tempo, Santana. – ela respondeu, vestindo um robe oriental.

– Você não entende. O duque vai matar a Quinn. – Santana soltou, se levantando lentamente, aproximando-se da morena. Ela sentiu seu ar se esvair, a dor invadir seu estômago, e o pânico tomar conta da sua cabeça – Ele está com um ciúme doentio. A não ser que aceite o final dele e durma com ele amanhã, o duque vai mandar matar Quinn.

Rachel sentiu o olhar inquisitor de Kurt sobre si.

– Ele não nos assusta. - tentou tomar toda a coragem que ainda tinha, apesar do pavor, para responder a latina, mas acabou soando assustada e insegura.

– Ele é um homem poderoso. Você sabe que ele pode. – O tom sério de Santana não mudava, e Rachel sentiu as lágrimas lhe invadirem os olhos. Ela tirou o robe do corpo com raiva, jogando-o longe – O que você ta fazendo?

– Não preciso mais de você! – a morena bradou em resposta – Por toda minha vida, você me fez crer que eu só valia o que pagavam por mim! – ela pegou a casaca de Quinn, vestindo-a – Mas ela me ama. Quinn me ama! Ela me ama, e isso é o que vale. – as lágrimas não se cessavam, e rapidamente tudo que ela precisava estava debaixo do seu braço – Nós vamos para longe de você, do duque, do Moulin Rouge! Adeus, Santana.

A latina sentiu o desespero crescer dentro de si, e falou a única coisa que sabia que faria a estrela ficar.

– Você está morrendo, Rachel. Você está morrendo.

Ela parou na porta, se virando incrédula para a sua chefe. Sua respiração falha, aquelas tonteiras.

– Outro truque? – ela falou, olhando na direção de Kurt.

– Não, querida. O médico nos disse.

– Kurt? – Rachel falou, vendo o silêncio do garoto, a cabeça dele pendeu para a frente. Morrendo. Era verdade.

O silêncio lhe invadiu. As lágrimas brotaram enquanto ela soltou o peso do seu corpo no encosto da porta, deslizando até encontrar o chão.

Eu estou morrendo.

– Mande Quinn embora. – a voz da latina se fez ouvir por cima do vácuo – Só você pode salvá-la.

– Ela lutará por mim. – Ela falou, olhando pela primeira vez para Santana.

– Sim, a menos que pense que não o ama.

– O que? – Rachel sentiu a dor em seu estômago aumentar. Fazer Quinn sofrer era pior do que a ideia de estar morrendo.

– Você é uma grande atriz, Rachel. – a latina comentou, observando a morena em prantos – Faça-a acreditar que você não a ama. – Ela respirava fundo, negando com a cabeça – Use o seu talento para salvá-la. Magoe-a. Magoe-a para salvá-la. Não há outro jeito.

A morena sentiu uma mão se por em seu ombro. Seu dono era Kurt, que tentava de alguma forma consolá-la.

– Somos criaturas do submundo. Não podemos nos dar ao luxo de amar. – Santana terminou, se aproximando da morena.

Today is the day when dreamin’ ends

***************

Quinn olhava pela janela. Suas malas já estavam prontas e ela esperava seu amor. A ansiedade dentro de si era quase impossível de controlar. Só de pensar na vida que teria com Rachel no futuro, sua vida já parecia ter sentido.

A morena abriu a porta com certa agressividade, surpreendendo a loira. Quinn a observava. Ela não trazia nada. Estava afoita.

– O que houve? – ela perguntou, seus medos lhe invadindo.

– Vou ficar com o duque. – Rachel respondeu, sua voz fraca, tentando não demonstrar a tristeza dentro de si. O show tem que continuar, ela pensava – Depois que saí, o duque veio me ver e me ofereceu tudo. Tudo com que sempre sonhei.

Quinn estava perdida. Não entendia o que estava ouvindo ou vendo.

– Mas ele tem uma condição. – ela continuou – Nunca mais devo ver você. Sinto muito.

– Do que você está falando? – Quinn se aproximou da garota, que se afastou rapidamente.

– Você sabia quem eu era. – Rachel tentou dar uma rápida desculpa.

– O que você tá falando? E quanto à noite passada? – o desespero se tornava claro na voz da loira.

– O que eu espero que você entenda é que a diferença entre nós é que você pode partir quando quiser. – Rachel se sentia ofegante. Aquele mal estar. Agora não – Mas está é a minha casa. O Moulin Rouge é o meu lar.

Ela se virou de costas para a loira. A procura por ar parecia incessante. Ela precisava de ar. A luta contra o súbito desmaio era dificil.

– Deve haver algo mais. Eu não acredito nisso. – ela ouviu a escritora falar, no seu desespero. Ela ia desmaiar. – Há algo errado. Diga o que é! Conte-me a verdade!

Ela tentou andar o mais rápido o suficiente para a porta, mas Quinn lhe segurou no meio do caminho, forçando-a a lhe encarar os olhos esverdeados.

– Diga a verdade! – ela gritou em desespero. Rachel sentiu a dor aumentar dentro de si. Não só emocional. Ela precisava sair dali, antes que desmaiasse.

– A verdade? – a morena disse, tentando respirar entre as palavras. Aquela imensidão verde na sua frente quase se tornou um grande perigo. Como eu vou machucar a mulher que eu amo? – A verdade é que eu sou uma cortesã hindu.

Um silêncio brutal se fez ecoar pelo ambiente. Quinn sabia o que ia ouvir. Seu coração estava quebrando por antecedência.

– E eu escolho o marajá. - ela sentiu seu chão desabar. Estava perdida. Como Rachel podia falar aquilo com tanta firmeza? Nada mais existia. Suas mãos soltaram dos braços morenos. Seu corpo não processava mais nada além da grande dor no seu peito - É assim que a história termina.

*****************

Os dias eram mais sombrios. A noites, chuvosas. Nada mais fazia sentido. Ela estava na frente do cabaré, gritando o seu nome. É claro que ninguém escutava, e ela só se humilhava, mas aquilo não importava. Não podia ser verdade. Não podia ser.

Debaixo da chuva torrencial, suas lágrimas eram insignificantes. Os seguranças logo apareceram, e Quinn sentiu o duro golpe do lado esquerdo do seu rosto. Desnorteada, sentiu o impacto do seu corpo com o chão. “E eu escolho o marajá”, as palavras dela se repetiam na sua mente.

Quinn começou a perder a noção de tempo. Os boêmios apareciam em seu apartamento para saber como ela estava. Desde que haviam encontrado-a jogada no chão, surrada, humilhada. Para ela, aquilo pouco importava. Era o seu fim. Rachel havia levado tudo, e só ficara a casca do que um dia ela era.

– As coisas nem sempre são do jeito que aparentam. – Sam falou, tentando acalentá-la.

– As coisas são exatamente como parecem. – respondeu. Seu olhar estava perdido no horizonte e o dia não era mais belo.

– Você pode me enxergar apenas como um anão bêbado cujos amigos são só cafetões e prostitutas. – ele replicou, sentando-se ao lado da cama da loira. Ela nem se dava ao trabalho de olhar para ele – Mas eu entendo da arte e do amor, pois anseio por isso com cada fibra do meu ser. Ela ama você, eu sei disso. Sei que ela te ama.

– Vá embora Sam. Me deixa sozinha. – ela não queria escutar aquilo. Não queria escutar mais mentiras. Já bastava a de Rachel.

– Quinn...

– Sai daqui! – ela gritou, voltando seu olhar para ele pela primeira vez. O boêmio se reprimiu todo assustando, caminhando para trás, pegando seu chapeu e casaco. A porta se abriu, e ele direcionou mais um olhar a ela, preocupado. Quinn virou-se para o outro lado, deitando sobre suas duas mãos. Escutou o barulho da porta se fechar e sabia que estava sozinha.

“Eu queria ignorar o que Sam havia dito, mas ele havia me enchido de dúvidas. Só havia uma maneira de ter certeza.”

Quinn entrou na loja de penhores. Sua máquina de escrever estava debaixo dos seus braços. Depois de uma longa negociação, conseguiu um preço justo do vendedor nela, e saiu, deixando-a para trás.

“Eu tinha que saber. Então eu voltei para o Moulin Rouge pela última vez.”


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Notas finais do capítulo

O fim está próximo? Todo mundo pronto?
Deve ter no máximo mais três capítulos :'(
Eu sei que falaria mais, mas a verdade é que não tem muito o que falar senão obrigada. Vocês me motivaram a continuar essa história, mesmo depois de tanto tempo, então não tinha como não fazer isso por vocês. Vou tentar postar um capítulo por semana, entre sexta e segunda. Eu realmente espero que gostem. E por favor, comentem. Vai incentivar muito a escrever o próximo capítulo. Enfim, é isso. Beijão, e abraços. Até o próximo final de semana galera!



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