Meu Anjo escrita por BG


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Personagens fictícios, qualquer semelhança - o que eu duvido que haja - com a realidade é mera coincidência.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/321797/chapter/8

- Não te entendo, eu disse que era uma palavra sua e eu enfrentava tudo. Inclusive meu pai. Por que você está assim agora?

- Porque eu te amo idiota. Eu te amo e você sabe disso, eu nunca disse que seria fácil pra mim te ver se casando com outra. 

- Então seja aquela que vai se casar comigo. Por favor, é a nossa ultima chance Bianca. Não me deixe casar com ela. Diga que aceita meu pedido e que nunca vai me deixar. Diga que...

- Meu amor você precisa de alguma coisa? – Teresa estragou momentos dos dois e arregalou os olhos ao ver Luke ajoelhado perto da cama da filha. – Luke, não sabia que estava aqui, querido. – A mãe sorriu ao ver a filha corar. – Acho que seus pais estão te procurando menino. Parece que os pais da Caroline já estão aí.

- Vá Luke. Vá e me deixe em paz. – Disse Bianca com os olhos um tanto marejados.

- Teresa, você me permitiria casar com sua filha? – Perguntou Westerfield, se levantando e pegando nas mãos da mais velha.

- Ahn?

- Sim. Eu amo a sua filha, não Caroline. Não é justo eu ter de me casar com ela.

- Luke, você está disposto a ser deserdado por isso? Está disposto a conviver com a ideia de que seu pai estará bravo com você, desaprovando e muito toda essa loucura?

 - Dona Teresa, eu amo a sua filha. E é de verdade. Claro, eu preferiria me casar com ela mais tarde, quando já estivéssemos estabilizados, com uma casa, e quando eu já tivesse conseguido fazer a cabeça do meu pai pra que essa loucura acabasse. Porém se isso não é possível, o que me resta é ir ao extremo. E então, o que me diz? – Luke estava com os olhos esperançosos e fitava a mãe da garota como se isso pudesse fazê-la responder aquilo mais rápido.

- Quem tem que lhe responder isso é Bianca. Eu não gostaria que isso acontecesse agora Luke, é loucura garoto. Loucura. Se casar não é tão simples assim, mas também se eu proibir aí sim que vocês vão ficar mais apaixonados.

- Vou tomar isso por um sim. – Teresa sorriu, mas por dentro temia o futuro dos dois. Eles eram novos demais pra decidir algo assim, ela mesma sabia disso. Ela e o pai de Bianca eram jovens, se diziam apaixonados e então tiveram ela. Quer dizer, ele nunca soube porque morreu, o problema é que ela o havia abandonado. Aquilo era um fantasma do qual a filha nunca saberia. Teresa desistiu de Fabian. – Bianca, meu amor...

- Luke, eu não quero estragar seu futuro. Mesmo.

- Bianca, por favor. Meu futuro estará estragado sem você nele. – Luke pegou na mãe da menina e olhou no fundo de seus olhos.

- Vou deixar vocês sozinhos meninos. E juízo, por favor, eu imploro. Pensem bem no que estão fazendo. – Falou Teresa, deixando os dois no quarto enquanto ela ia fazer o jantar.

Dejávu.

Mais uma vez, Bianca viu Luke congelar e então viu Peter novamente.

- Minhas opções são... – Começou ela, esperando que ele dissesse algo.

- Aceitar o que ele te propôs e ser feliz ao seu lado, porque sim, vocês teriam o “felizes para sempre” ou recusar e ver Luke se casar com Caroline e fazer pra sempre as vontades do pai chato que ele tem.

- Nossa, eu nem desconfiava disso Peter... – Disse ela, irônica.

- Mas é isso mesmo ué.

- Me fale sobre as consequências, anjo.

- Se você se aceitar Luke em sua vida vocês ficaram juntos pra sempre, serão felizes, mas Felipe não te aceitará como nora nunca. Luke todo natal, ano novo, aniversário, ficará chateado por não ter eu pai junto, comemorando com vocês, porém a mãe do Westerfield gosta muito de novo, ela até está a seu favor nisso tudo.

- E se eu não aceitar?

- É como você sabe, Luke vai se casar com Caroline, vai trabalhar o tempo todo e nunca vai poder ter o filho que ele tanto queria, porque a “vaca” como você diz, não pode ter filhos.

- Eles adotam um, isso não seria problema. – Bianca estava se dando por vencida, ela queria sim ficar com Luke, mas ela temia que ele não fosse feliz por não ter o apoio de seu pai para nada mais.

- Bianca, pare com isso. Aceite o fato que Luke também te ama.

- Peter, eu não quero aceitar o fato que por minha culpa Luke pode não ser feliz. Se ele for infeliz, então que a culpa seja de Caroline, não minha.

- Sabe protegida, nesses anos todos que passei cuidando de ti notei que você tinha diversos defeitos, como ser solitária, ciumenta, entre muitos e muitos outros, mas nunca soube que você também era de desistir. - Dito isso, Peter desapareceu para que a garota pudesse pensar bem no que iria fazer.

- Obrigada Peter. Valeu mesmo. – Sussurrou ela, e então Luke voltou a se mexer. Novamente, Westerfield estava segurando as mãos da menina e olhando em seus olhos.

- Você me ouviu. Meu futuro estará estragado sem você bi. Eu te amo.

- Meu maior erro é te amar também Westerfield. – Disse ela.

- Você quer fugir comigo?

- Posso te fazer uma pergunta?

- Se isso vai te fazer aceitar passar o resto da vida comigo, ou pelo menos, não permitir que meu pai me obrigue a fazer essa insanidade; Claro, pode perguntar.

- Você quer ter filhos?

- Quero. E você?

- Quero também. – Bianca sorriu imaginando os dois casados, esperando um filho juntos. Luke seria o tipo de pai super protetor com uma filha e super idiota com um filho, daqueles que enchem o quarto do menino com coisas do time de futebol favorito.

- Hope, certo?!

- Ah? – Bianca perguntou, saindo de seus devaneios.

- Hope é o nome que você quer colocar se for uma menina, não é? – Perguntou ele, com um sorriso meio envergonhado no rosto.

- Como você sabe?

- Quando estávamos na terceira, quarta série, você escreveu isso no seu diário e eu roubei-o de você para ler o que estava escrito. Eu fiquei zoando você por escolher um nome tão bobo quanto Hope para uma filha que a cegonha só iria trazer quando você tivesse mais de vinte e três anos.

- É um nome lindo Luke. – Os dois falaram junto e riram. O garoto implicava com a amiga desde aquela época.

- E você, quer pôr qual nome em seu filho?

- Quero uma menina que se chame...Hope. – Luke sorriu e beijou Bianca nos lábios rapidamente.

- Se você se casar com ela, ainda seremos amigos certo? – Bianca perguntou, ignorando o formigamento que havia tomado conta de seu corpo por completo depois de sentir o beijo de Luke ou a dor pelos machucados, ela não sabia direito qual era a razão do formigamento ainda.

- Meu amor, você ainda pensa em permitir que esse erro seja cometido? Eu te amo, isso não é suficiente pra você Bianca?

- Não é. Eu quero que você seja feliz, e nós dois sabemos que seu pai não vai se agradar em me ver com você. Caroline ia ajudar a família de vocês, Luke.

- Isso é sua ultima resposta Bianca?

- Você não respondeu a minha pergunta.

- Nem vou responder, se o meu amor não basta, tudo bem. Vou me casar com Caroline. E faço questão de guardar um lugar na igreja pra você. – Luke se levantou e foi em direção à janela com um olhar de decepção. “Isso que dá ser idiota e se apaixonar pela melhor amiga enquanto se tem a namorada mais bonita da escola. Luke, você foi idiota” ele pensava “mas o sorriso dela me faz mais feliz que qualquer coisa” continuou ele, como se dentro de sua mente houvesse duas pessoas, uma contra a outra.

- Luke, eu... – Ele parou e olhar para a amiga, que estava com um olhar de dor. Os machucados realmente estavam a consumindo.

- Me ama? Mas me salvar agora você não quer né.

- Eu ia dizer que te desejo toda a felicidade do mundo e que quem sabe um dia a Hope possa fazer você sorrir de verdade. Eu ainda quero ser sua amiga.

- Eu não vou colocar o nome da minha filha de Hope. Qual seria o sentido de roubar a sua ideia. Quem sabe eu possa ver a sua Hope um dia, enquanto me torno infeliz e sem nenhuma razão de viver.

- Dramático.

- E repleto de azar.

- Para de drama, seu chato.

- Até o casamento bi.

- Me perdoe.

- Nunca vou te perdoar por não me proteger.

- Luke...

- Sabe Bianca, nunca achei que fosse uma garota que desistisse facilmente das coisas.

- Eu... eu...

- Você nada. Esse é justo o ponto. Você não tem o que dizer porque sabe que eu tenho razão. Eu não estava pedindo pra que nos casássemos agora, eu esperaria dez anos, se soubesse que no final do dia, eu estaria de smokin no altar esperando você entrar, enquanto minhas mãos tremem e eu fico nervoso. Depois iriamos uns tempos pra Brighton, compraríamos uma casa por lá e teríamos Hope, porque eu gosto do jeito que você fica feliz comigo pronunciando-o. Quem sabe ficaríamos velhinhos e morreríamos dormindo, juntos.

- O que aconteceu com você Westerfield? Eu nunca te vi assim, imaginando o futuro, sendo romântico, você sempre namorou com muitas e nunca me viu. O que mudou agora? – Bianca perguntou, com os olhos um tanto marejados e sentindo a dor aumentar a cada vez que ela gritava.

- Eu notei que sou apaixonado por alguém que não está disposto a lutar por mim. Eu fiz planos porque queria ver essa pessoa feliz, porque a felicidade dela é a minha felicidade também. Li poemas pra escolher as palavras certas pra pedir que ela aceitasse seu futuro ao meu lado. Mas ela não quis me ouvir e deu desculpas.

- Eu não dei desculpas Westerfield. Eu só pensei no que é melhor pra você. – Ela falou mais baixo, sentindo o peso da sinceridade nas palavras do amigo.

- Eu não pedi que se cassasse comigo hoje, pedi que me salvasse de minha infelicidade, porém você me deixou sozinho no momento que eu mais precisava que você dissesse que me ama.

- Eu te amo, Westerfield. – E então ele se foi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!