Sombras escrita por Welcome to City of Bones


Capítulo 2
Ao Luar




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Nos dias de hoje

Acordo sobre saltada, algo está errado e eu conseguia sentir isso, levanto da cama o mais silenciosamente possível para não acordar meu namorado, Jace. Ele estava tão sereno, em paz enquanto dormia que não tive coragem de acordá-lo só porque eu achava que tinha algo errado, do mesmo jeito que eu achava que tinha algo errado com a minha nota na ultima prova de matemática. Vai saber, minha professora de matemática nunca foi muito com a minha cara...
Desço suavemente a escada até a cozinha, abro a gaveta e pego uma faca. Paranóica? Não nem um pouco, só não gostei muito da ideia de Jace e eu irmos para a casa do lago dos pais deles enquanto os meus viajam a negócios, sem contar que essa cabana fica no meio do nada. Se acontecesse algo não teria nem como pedir ajuda.
Ouço passos, eles estão atrás de mim. Conto ate três e viro com a vaca em punho pronta para atacar. Mas me deparo com algo que parece mais com um zumbi do que um assassino em serie. Jace.
Ele arregala os olhos, e faz uma cara estranha tentando raciocinar porque a sua namorada esta com uma faca apontada para ele.
– Devo saber o por quê disso? -perguntou
Se não estivesse tão escuro ele perceberia que eu tinha corado.
– Acho que não - declarei, colocando a faca de volta na gaveta.
– Ah, não! Você não pode fazer isso comigo
– Fazer o que? - perguntei confusa
– Me matar de curiosidade. Sabe quando um cara acorda no meio da noite e desce as escadas, espera encontrar a namorada tomando algo na cozinha não com uma faca em punho preparada para atacar. E a propósito você fica sexy assim.
Ignorei o ultimo comentário e respondi:
– Ouvi passos aqui embaixo, com certeza não era você porque você estava dormindo. E não pode ser o gato ou o cachorro porque eu sei que você não tem nenhum dos dois. -Ele ja estava prestes a falar quando acrescentei: E não fale, pelo amor de Odin que eu ouvi coisas, eu não estou louca
Ele me abraçou. Minha cabeça encostou-se em seus ombros.
– Tem razão -Eu olhei para ele - você não esta ficando louca -ele fez uma pausa - você é louca deve ser por isso que eu te amo tanto. E "Pelo amor de Odin" essa é nova! Gostei
–Eii, essa já é a minha frase, arruma uma para você - reclamei
– Pelo amor de Odin, como Ayra pode ser tão egoísta! -Ele olhou para cima como se estivesse esperando uma resposta
Ok, então seria assim.
– Pelo amor de Loki, você é tão trapaceiro que nem consegue ter o próprio bordao! -Disse
– Quem é Loki?-perguntou
– O deus da trapaça - resmunguei
– A boa de historia aqui, é você
– Não é historia, é mitologia nordica
Ele beijou o meu pescoço.
- Você não pode me explicar a diverença? -perguntou de modo mais inocentimente possivel
Ele beijou a minha bochecha.
- Isso que você esta fazendo é trapaça - Disse eu.
Ao luz do luar que passava pela janela da cozinha, deixava os cabelos de Jace pretos, mesmo sendo castanho claro, e com aqueles olhos verdes. Quanto ele teria de altura? 1,90? Com aqueles musculos nem parecia que ele tinha 17, ele poderia passar de boa por 20 e poucos. Me inclinei para beija-lo quando algo lá fora chamou a minha atenção. Uma sombra. Jace segui o meu olhar.
- O que foi... - Não cheguei a terminar a frase quando Jace me interrompeu
- Eu não sei.
- O que vamos fazer? - perguntei preocupada
- Chame a policia, eu vou verificar as portas.
Beijei-o no rosto e assenti. Subi para o quarto e peguei o meu celular. Ouvi um barulho de porta batendo, devia ser só Jace trancando as portas. Sem sinal, eu sabia que não seria com ir para tipo assim o meio do NADA! Eu nem sou fã de natureza só fiz isso por Jace.
Desço as escadas para falar que esta sem sinal. Não o encontrei na cozinha.
-Jace! -chamei, ele não respondeu
Começo a me preocupar.
-Jace! Onde você esta?
Apenas silencio.
A porta da varanda estava aberta, estava entrando um vento frio. Sera que ele estava lá fora?
-Jace -chamei - esta frio! Vamos entrar!
Nada
- Jace?
Um gemido aguniado veio de perto do bosque que ficava atras da casa do lago.
Ohh não!
Jace esta deitado no chão. Pelo o que eu acho, em sua propria poça de sangue. Ouve uma luta, isso era evidente.
Sento-me ao lado de Jace e entrelaço os seus dedos nos meus. Ele estava com uma cara horrivel. Deitei-me em seu peito. Notei algo em seu pescoço. Dois furos? Não conseguia exergar direito nessa luz.
-Oh, Jace o que aconteceu?
Sua respiração estava desacelerada, fraca.
- E-Eu...T-te amo - engasgou-se com as palavras Jace - agora fuja
- Nãããão, eu vou ficar aqui com você - choraminguei
Ele colocou um caicho castanho claro de meu cabelo para tras de minha orelhas.
-Se-Seus olhos azuis são tão lindos - Disse Jace
- Nada se comparado aos seus verdes -sorri melancolicamente.
Eu o beijei levemente. Tinha que procurar ajuda. Foi neste instante que eu notei um sobra que se erguia ao meu lado.
Me xinguei, por que eu tinha que sair sem uma faca?!
Eu me virei. Lá estava o agressor de Jace. Não consegui ver seu rosto. Ele estava todo de preto. Com o capuz e o luar encobrindo a sua face, nunca conseguiria recolhece-lo
Me xinguei mais uma vez, por que eu nao tinha pego uma faca e uma laterna.
Ele estava cada vez mais proximo. Jace apagou.
Tomara que ele sobreviva, mas antes disso eu tenho que sobreviver para ajuda-lo- pensei
Eu tava recuando para atras, cada vez mais. Prendi a blusa do meu pijama em um galho. Mas que porcaria por que isso tem que acontecer comigo?
O agressor estava a um apenas, um passo de mim. Ele me encarou.
 



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