A Maldição Dos Deuses escrita por Eline Sandes


Capítulo 4
Capítulo 4 - Chalé Seis




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O Sr. D me fez preencher uma ficha com meus dados, e ao terminar de verificá-la, jogou uma moeda de ouro em um copo d’água e abriu uma cortina; o sol quase me fez ficar cega. Um arco íris apareceu, bem pequeno. Ele começou a falar algo em uma língua estranha, e logo, o arco íris se transformou em uma coisa que eu nunca tinha visto. Não sei descrever direito, mas parecia um vídeo chat sem um computador. Annabeth estava do outro lado da linha.

– Annie Bell, quero que você leve Susie ao chalé onze. – ele disse

– Sue? Não conheço nenhuma Susie – Annabeth falou. Cheguei mais perto do arco íris, e acho que ela me viu – Ah, você quer dizer a Susan. Pode deixar, já vou.

– Ela está nervosa ultimamente – Sr D disse, fazendo uma lata de Coca-Cola diet aparecer na mão dele – por isso eu não aprovo namoros neste acampamento

Deixei-o no vácuo, e acho que ele não se importou, pois bebeu toda a Coca-Cola em um minuto. Quando Annabeth chegou, ela me puxou pelo braço e me levou para fora da casa.

– Posso te chamar de Annie? – perguntei para ela, que olhou surpresa para cima da minha cabeça.

Eu olhei para cima; havia um holograma branco em cima de mim, como se eu fosse um avatar de algum jogo. Tentei apagar aquilo de algum jeito, mas percebi que não tinha jeito.

– O que é isso? – perguntei a Annabeth

– É. Acho que você pode me chamar de Annie mesmo, maninha.

...

Voltamos à Casa depressa, e Annie contou o que tinha acabado de acontecer. Fiquei com medo de que estivesse encrencada, pois o Sr. D me olhou como se eu fosse uma delinquente. Annie me levou até um chalé azulado e dourado ao mesmo tempo, com colunas de mármore brancas sustentando o telhado. Na porta, havia uma coruja entalhada na madeira, e tenho que confessar, aquilo me deu um pouco de medo. Ao entrarmos, percebi que a maior parte do chalé era coberta por prateleiras com livros (velhos e novos), o que me deixou muito feliz em estar ali. Annie pegou uma cama dobrável do fundo do chalé e colocou em um canto do chalé. A cama só estava coberta por um lençol, branco e monótono. Pelo menos não era um dos beliches que estavam no fundo, pois eles pareciam desconfortáveis.

– Pronto – ela disse – você vai ficar aqui. Agora me siga, porque todos estão em atividade.

Segui Annie até o campo aonde havia uma plantação de morangos.

– Por que temos que colher morangos? – perguntei

– Porque vendemos morangos para os mercados de Manhattan. Os mortais veem o acampamento como uma plantação de morangos, sabia?

– Não. Mas vocês plantam morangos o ano inteiro?

– Sim. Os sátiros fazem com que as frutas sempre estejam boas para vender. Os filhos de Deméter também ajudam...

Ela parou de falar quando percebeu três crianças, talvez mais novas do que eu, por volta de onze ou doze anos, brigando e amarrando uns aos outros com ramos de árvore, que brotavam do chão.

– Pode continuar a colher os morangos – Annie disse – vou resolver um probleminha.



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