A Maldição Dos Deuses escrita por Eline Sandes


Capítulo 25
Capítulo 25 - As cinzas da Fênix




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- Que idiota! – gritava Isabella enquanto Samuel e meu pai a desamarravam da árvore – O menino teve que se perder justamente agora? Ah, claro, deve ter ido atrás do Perseu, aquele babaca!

  Do que será que ela sabia que eu não sabia? Bem, começando pelo fato de que ela deveria estar no Acampamento há pelo menos um ano, acredito que ela sabia de quase tudo. Quando meu pai e Samuel terminaram de a desamarrar, Isabella quase saiu correndo, mas não teria para onde ir.

- Se você pular do precipício, talvez doa mais – Samuel retrucou

- É – continuou Vanessa – mas fique sabendo que para os Campos Elísios você não vai.

  Isabella fez cara feia, mas não respondeu nada. Decidimos levar a menininha que ficara órfã conosco. Fiquei impressionada com a mini van que meu pai conseguiu com espaço para oito pessoas. Fiquei do lado direito da última fileira, do lado da menininha.

- Para onde nós vamos? – perguntei

- Ao cemitério, Susan – meu pai respondeu

- Pra que?

- Para trazer o fantasma de volta a vida, claro – Vanessa respondeu

- Mas como-

- Ei, Susan, quem é sua mãe mesmo? – Isabella perguntou ofensivamente

   Não falei mais nada até chegarmos ao cemitério “Campo da Esperança”, por volta das quatro e meia da tarde. O cemitério era até bonitinho, mas mesmo assim me dava arrepios. Nunca gostei de cemitérios; sempre parece que os mortos vão sair das tumbas como zumbis ou esqueletos-vivos.  Andamos até uma parte abandonada, com covas cavadas ou abertas por causa de roubo.

   Meu pai e Samuel se entreolharam, e Sam começou a tirar alguma coisa da mochila. Era o copo de Coca-Cola que abrigava as cinzas da fênix. Meu pai também tirou algo de uma sacola que trouxera do carro: Mc Lanche Feliz.

   Quando pensei que as coisas não podiam ficar piores, meu pai resolveu jogar Coca-cola na cova.

“Que os mortos provem esse sabor, que se levantem e aceitem essa oferenda. A quem procura Nico Di Angelo, se apresente.”

E jogou o Mc Lanche Feliz, começou a cantar em grego (ou pelo menos, era o que faria sentido) e aos poucos, uma fumaça foi se formando dentro da cova. Em alguns segundos demorados uma imagem se formou. Era a mesma garota-fantasma do sítio.

 - Queremos lhe ajudar a achar Nico Di Angelo – meu pai falou

A fantasma mudou de expressão no mesmo instante.

“Fariam isso por mim?”

 - Claro que sim – Vanessa falou – só precisamos saber o seu nome para não perder tempo.

 “Bianca Di Angelo” a fantasma respondeu, fazendo Isabella soltar um “ah, é mesmo!”

- Samuel, me dê o copo com as cinzas da Fênix – meu pai ordenou.

   Com o copo em mãos, meu pai jogou as cinzas na cova e sussurrou algo que não ouvi direito, mas parecia um nome. De repente, a fumaça que a fantasma tinha ao seu redor se desfez, assim como ela. O que fazemos agora? Pensei. Mas alguma coisa começou a se mexer de dentro da cova.


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