A Maldição Dos Deuses escrita por Eline Sandes


Capítulo 11
Capítulo 11 - Pré-Missão




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Foi engraçado ver Samuel acordando; primeiro, ele levou um susto quando viu Vanessa literalmente em cima dele, sacudindo-o para acordar. Segundo, ele quase caiu da cama; e terceiro, o pijama dele tinha era estampado com sapos, bem pior do que o meu. Ele pediu que saíssemos do chalé para que ele pudesse trocar de roupa, e é claro, obedecemos.

Quando ele saiu do chalé, contamos para ele sobre a missão, perguntando se ele queria ir. Ele topou, depois de ser literalmente obrigado por Vanessa. Se Lucy estivesse lá, diria que Vanessa tem um “gênio forte”. Combinamos de preparar nossas “malas” e nos encontrarmos no refeitório às oito da manhã, ou seja, teríamos quase duas horas para nos ajeitarmos.

Chegando de volta ao chalé seis, não sabia se eu me sentia feliz ou com medo de ir naquela missão. Annie havia me contado que muitos campistas não tem a oportunidade de ir em uma missão; e outros, quando vão, podem morrer. Minha “mala” já estava pronta. Na verdade, eu mal tinha tocado nela desde que cheguei. Queria muito carregar meu celular, mas não estava com o carregador. Fiquei olhando em volta, quase todos estavam dormindo, e outros estavam lendo em algum lugar. Decidi ler também.

Pouco depois, Isabella sentou-se do meu lado. Mal tinha notado ela, até que ela falou comigo.

– Que livro é esse? – ela perguntou

– Cidade de Vidro – respondi

– Ah, nunca li. É bom?

– Aham

Ficamos em silêncio até que ela voltou a falar, baixinho.

– Por que você está acordada em uma hora dessas?

Terminei de ler o parágrafo para responder.

– Vou para uma missão. Não consigo dormir.

– COMO ASSIM UMA MISSÃO? – Ela gritou, fazendo quase todos que estavam dormindo acordarem – VOCÊ CHEGOU AQUI ONTEM E JÁ TEM UMA MISSÃO?

– Não é minha culpa que vou para uma missão. Aliás, eu adoraria ficar aqui no Acampamento. Mas o Oráculo disse que eu tenho que ir.

Isabella abaixou a cabeça e coçou o nariz.

– Você tem sorte. Ou não. Você mal sabe lutar, nem sequer treinou.

– Cheguei a pensar nisso. Mas, acredito que se for para eu sobreviver, eu sobrevivo.

Ela ficou de pé e voltou para a sua cama. Percebi que ela estava chateada por não ter uma missão para ir. Será que ela já tinha ido em uma? Tinha certeza que não.

...


Como combinado, às oito da manhã nos encontramos no refeitório. Sentei com o pessoal do chalé de Íris, que só eram sete. Com o prato mágico, podia comer qualquer coisa que eu quisesse; então comi muito para me abastecer. Sorte que, naquele dia, estavam sendo servidos pães com ovos mexidos e bolo de chocolate. Decidi beber chocolate quente. O melhor dos copos mágicos era poder imaginar o que você quisesse beber. Já vi até alguns campistas pedindo Cerveja Amanteigada! O chocolate estava do jeito que eu gostava: não muito quente, com bastante chocolate, açúcar e chantilly por cima. Sentei com o pessoal do meu chalé, mas não conversei com ninguém. Ás vezes, pegava Isabella me encarando como se estivesse bolando um plano maligno. Eu tinha um pouco de medo dela, tenho que admitir; parecia sempre zangada e pronta para arranjar encrencas. Tentei não olhar de volta para ela, brincando com o chantilly.

Depois do café da manhã, corri direto para os banheiros femininos para escovar meus dentes. Vanessa tinha comprado uma escova de dentes para mim na lojinha do Acampamento. Talvez aquela fosse a última vez em que eu escovaria os dentes, mas não pensei nisso. Meu rosto estava muito oleoso, eu precisava de um sabonete contra acne urgentemente. Felizmente, em o que pareceu um passe de mágica, vi um sabonete de acne na pia. Na verdade era O sabonete de acne.

Obrigada, seja lá quem me enviou isso, sussurrei.

– Com quem você está falando?

Virei- me rapidamente. Não queria ser chamada de doida. Por sorte, era apenas uma menininha, devia ter no máximo nove anos de idade. Ela era muito fofa, com cabelos ruivos e olhos verdes; me lembrava muito a princesa Merida, que de todas da Disney, era a minha preferida

– Ah, estou agradecendo ao deus ou deusa que me enviou o sabonete de acne.

A menina continuava me encarando. Lavei o rosto, esperando que quando terminasse ela já tivesse saído do banheiro. Felizmente, ela não estava mais. Levei o sabonete comigo. Não iria usar tudo, afinal, eram só alguns dias fora. Quando entrei no chalé, Vanessa estava me esperando lá.

– Aonde você foi?

– Escovar os dentes – respondi, guardando a escova de dente na minha mochila.

– Você é muito certinha. É por isso que precisa de mim como amiga. Toma, peguei isso pra você no chalé dez.

Ela tirou de sua mochila um casaco de felpudo preto. Eu o vesti, apesar de não estar sentindo frio.




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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, como eu estou em semana de provas, não sei se vou poder postar muito, mas já tenho mais alguns capítulos prontos por aqui. Vou deixá-los como reserva caso eu não consiga editar a fic essa semana. Então é isso, vou tentar colocar o próximo capítulo no próximo final de semana.



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