Meu Querido Hyuuga Metaleiro escrita por lawlie


Capítulo 1
Parte I Mitsashi Tenten




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Que ótimo... Mais um dia de tédio nessa casa que é um saco! É e eu to reclamando mesmo... Meu nome? Quem quer saber meu nome? Pra que alguém gostaria de saber meu nome? E até agora eu não entendi o motivo retardado que me faz estar aqui à exatamente 2 e 13 da madrugada, no meu quarto escrevendo em um caderno idiota e ridículo meus pensamentos horrorosos!

Não sei que tipo de loucura que deu em mim, e nem venha falar que esse maldito caderno aqui é um diário! Porque eu me recuso a dizer que é! É apenas um caderno maldito que eu escrevo sei lá o que! Quer saber de uma coisa?! Eu odiei esse caderno! Minha letra é um regasso! Nem eu consigo ler!

Aff... e aqui eu estou odiando tudo de novo... Ok Ok... respire e acalme-se... Por favor, não se estranhe se eu começar a dar ordens a mim mesma. Às vezes acontece. E eu ainda não me apresentei.

Meu nome é Mitsashi Tenten. Ridículo não é? Não sei o que deu na minha mãe pra me colocar um nome tão babaca como esse. Eu tenho uma teoria de que foram as dores do parto. Ela deve ter ficado com tanta dor quando eu estava nascendo, que para se vingar me xingou de Tenten. Fala sério! Isso é injusto.

Eu continuo a afirmar que os bebês não deveriam receber nomes. Porque, afinal, eles correm o risco de receberem nomes horrendos como o meu. Quando eles crescerem, eles que escolham o próprio nome... é problema da pessoa se ela escolher se chamar Josicréia! Mas não! Um filho de uma calanga com um mosquito faz questão de escolher um nome pra você e você tem que aturar pelo resto da vida. Já pensou ser chamada de Josicréia durante uns setenta anos?!

Não que eu pretenda viver até lá... Mas pelo menos o nome Tenten é mais bonito que Josicréia. Eu não sei desde quando eu tive que agüentar piadinhas como “Tenten o que? Você tem o que Tenten?”

E eu repito. Depois os filhos se suicidam e os pais não sabem por quê....

O mundo é realmente uma bosta mesmo... e eu cansei de escrever com essa caneta bic azul de pobre! Eu consegui a proeza de me sujar toda de tinta e quando a velha ver que eu sujei o lençol de caneta ela vai me xingar até a quinta geração e arrancar meu couro com a unha.

Não que eu me importe. Eu nunca me importo com nada. Porque é claro ninguém se importa realmente comigo... Meu pai é um cara que é turista em casa e só aparece de vez em quando. E minha mãe uma maníaca por limpeza que não sabe nem se eu gosto de sorvete de morango ou de chocolate. Tanto faz. Não gosto de sorvete mesmo...

CARACAAAA!!!!! Já são mais de duas e meia da manhã! E eu tenho que ir na porcaria de escola... Que chatice.... É uma pena que eu não possa matar aula amanhã. A gente já matou aula semana passada e a veia peituda da diretora já ta no nosso pé....

Que porcaria.... A escola amanhã vai ta uma droga mesmo, como todos os dias...

Só espero que os meninos arrumem algo de interessante pra fazer. Acho que eu vou sugerir para eles colocar um tanto de tachinhas na cadeira da Tsunade. Ela vai ficar uma fera comigo... Tudo bem que a minha vontade era escrever um palavrão aqui, mas deixa isso pra depois.

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PIIIIHHHH! PIH PIH!!! PIIIHHHH!! PIIIH PIIHH!!!

- Mas que despertador dos infernos!!! – eu grito com o relógio ridículo de Ursinhos Carinhosos que eu ganhei de presente de quinze anos da minha tia-avó. Que desastre. Eu acho que alguém esqueceu de avisar ela que eu estava fazendo quinze, não cinco anos.

- Tenten!!!! – gritava minha mãe lá da cozinha. – Você já acordou?!

- Não! Ainda to dormindo porque você grita muito baixo! E essa pessoa que ta falando com você é um alien que tomou conta da sua filha! – gritei rebatendo.

Que pergunta.... Quando essa matraca de despertador toca quem não acordar é surdo...

Minha mãe vai até a porta do meu quarto e começa a bater.

- O alien aí dentro ta atrasado pra escola! E hoje eu não vou ficar em casa! To saindo pra academia. – diz ela com aquela voz animada.

Cada dia que passa eu me surpreendo o quanto nós duas somos diferentes. Estou começando a crer que eu fui trocada na maternidade. Minha mãe costumava ser obcecada por academia, exercícios físicos, dietas e boa forma. Algo que eu particularmente fui um desastre. Prefiro mil vezes um mega-hamburger a uma saladinha light de salmão. Eu acho que por isso ela deixou de fazer comida pra mim. Ou seja, se eu quiser sobreviver eu tenho que me virar e cozinhar algo, porque se eu continuar vivendo de Fandangos, Miojo, sanduíche e bolacha Passatempo eu vou morrer anêmica.

Eu me levantei da cama. Toda amarrotada e descabelada. Um perfeito desastre. Abri o armário e me encarei no espelho. Estava com imensas olheiras. E daí? Não vai fazer diferença eu estar com os olhos inchados da falta de sono mesmo...

Logo após, eu peguei um cabide com meu uniforme. Eu realmente odeio esse uniforme. Cara, fala sério! Ter que usar saia plissada é a treva! Eu não estou brincando! Eu odeio ter que usar isso! Apenas pelo deplorável motivo de sempre existir garotos (revogue isso e nomeie-os trogloditas) pervertidos que ficam olhando pras pernas da gente. Eu um dia ainda mato esse tipinho...

Uniforme colegial... ah credo! Eu fico parecendo os Rebeldes! Eca! Meião branco... sapato preto... Camisa branca... saia xadrez azul e cinza... gravatinha azul... Esse tipo de vestimenta é completamente sugestiva para esses tipos de pervertidos. Vai saber o tipo de fantasias que esses caras tem com garotinhas vestidas de colegial... Tenho até medo de pensar!

Tudo bem. Um dia eu ainda faço um discurso e prego “Fora a Minissaia no Colégio”. É. Eu acho que eu não vou ter nenhum apoio, tanto porque as menininhas de lá adoram aparecer, e os garotinhos de lá adoram ver as garotinhas “aparecidas”.

Pronto! Já me vesti de garotinha de colegial... aff... Isso parece a Sailor Moon... Eu suspirei fundo mais uma vez e arrumei meu meião. Depois disso eu penteie meus longos cabelos castanhos que eu raramente mantinha soltos. A todo o momento eles se mantinham com dois coques na cabeça.

Já ganhei muitos apelidos por causa disso. Como, por exemplo Pucca, Mickey/Minnie, Jerry, Mamuska e por aí vai... Não que eu me importe. Eu apenas ameaço de morte o engraçadinho que ficar falando isso. Fica ainda mais fácil meter medo nas pessoas quando se tem um amigo feito o Gaara pra te defender.

Eu dou um sorrisinho amarelo lembrando do martírio que eu estou prestes a enfrentar em alguns minutos.

PUTZ!!!! Já são quase oito da manhã e eu estou MUITO atrasada!

Saio correndo tropeçando pelo o que eu encontro pela frente, pego minha mochila que estava no sofá. CARA! Esqueci de pegar os cadernos! Agora deixa! Não vai dar tempo. Passo voando pela cozinha e pego uma das maças da dieta da minha mãe. Tiro meu ipod da pasta e saio desvairada pelas ruas. Ouvindo alguma banda de punk rock.

Tropeço por pelo menos umas cinco vezes em degraus, pedras e até mesmo em meus próprios pés. O relógio está correndo e se eu chegar atrasada a Velha Tsunade vai me matar de novo. Na verdade quase todos os dias ela quase me mata, porque eu simplesmente insisto em não ser normal e não seguir os ponteiros do relógio. E daí? Eu ainda continuo afirmando que o relógio é coisa do capeta e que ferrou com a vida do ser humano...

Eu não entendo ainda como eu consigo divagar ou filosofar, sei lá o nome que isso recebe, enquanto eu estou correndo por aí.

BIIIIIIIIIHHHH!!! – buzina um carro quase me atropelando.

- Não olha por onde anda não garota?! – grita o motorista lá de dentro.

- Vá se danar! Não vê que eu to atrasada?! – grito sem querer nem parar para ver a cara do infeliz.

FINALMENTE! O portão da escola se aproxima. Ou melhor, o portão do inferno se aproxima... Espera aí! Ta fechando!!! Eu apressei o passo. Corri como um maratonista da São Silvestre ou um louco no deserto avistando um oásis cheio de água.

- ESPERA! NÃO FECHA NÃO! – eu gritava feito louca. Até que eu alcancei aquelas grades repressivas.

- Hun, Mitsashi. Só podia ser você. – disse aquela voz irritada e prepotente da diretora.

- Tsunade! Por favor! Me deixa entrar! – implorei.

- Hahaha... – ela riu malevolamente – Você está atrasada. Na verdade você está MUITO atrasada.

- Eu sei disso...

- Que bom! – ela começava a ficar irritada. – VOCÊ NÃO TEM HORÁRIO NÃO GAROTA! NÃO TEM DESPERTADOR?! NEM UM GALO QUE CACAREJE ÀS SEIS DA MANHÃ PRA TE ACORDAR!

Agora ela começara a gritar e a sugerir alternativas de como eu poderia fazer para acordar na hora. A Tsunade na verdade, era o tipo de mulher, idosa no caso, que vivia em TPM constante. Ou menopausa, segundo o Naruto. Ela já tinha feito mais de dez plásticas diferentes e continua fingindo ser uma moçinha de vinte anos. Coitada... ela não tem senso do ridículo mesmo... acha que pode por minissaia mas tem idade pra ser avó. Se bem que ela é tão carrancuda e rabugenta que nem arrumou marido. Nessa parte eu a admiro. Mas pô! Vestir como adolescente quando se tem cinqüenta e lá vai cassetada anos é pular o corguinho de peruca loira e minissaia. É. Ela já é loira e tem a minissaia. Falta só o corguinho para ela pular.

- POR QUE VOCÊ TÁ OLHANDO PRA MIM COM ESSA CARA DE PAISAGEM! EU NÃO ACREDITO QUE VOCE NÃO TENHA OUVIDO NEM MEIA PALAVRA DO QUE EU FALEI! – continuava a gritar Tsunade.

- Se meus tímpanos ainda pudessem funcionar depois dessa gritaria toda talvez eu fosse capaz de ouvir... – resmunguei.

- O QUE VOCÊ DISSE GAROTA?! VOCÊ TÁ ME CRITICANDO?!

- POSSO ENTRAR PRA ESCOLA?! – gritei pra ver se ela me escutava. Eu acho que a velhice está a deixando mais esclerosada e surda.

- NÃO! EU AINDA NÃO TERMINEI! VOCÊ PODE ENTRAR! MAS DEPOIS DA AULA VOCE TÁ NA DETENÇÃO!

- Aff... – tornei a resmungar. Detenção era legal. A gente mais aprontava do que cumpria castigo. Normalmente todos os dias que eu visitava a sala dos fracassados (lê-se detenção) eu sempre encontrava o Naruto lá, o Kiba de vez em quando e o Gaara. Os motivos eram variados como, por exemplo, xingar o professor, botar fogo na cortina da sala, levar o cachorro pra nadar na piscina do time de pólo aquático da escola, entre outras algazarras.

A Veia Siliconada abriu o portão para eu entrar ainda resmungando alguma coisa sobre mim. Eu entrei na escola de nome Konoha Gakkou e fui caminhando calmamente entre os jardins!

- MENINA! – gritava Tsunade – VÁ DEPRESSA PRA SALA! AGORA!

- Tanto faz... – murmurei. Já estava atrasada mesmo. Já entrei na escola. Qual o problema se eu atrasar mais um pouquinho?

Eu caminho pelo longo corredor do piso superior da escola, após subir intermináveis escadas. Bem no fim, está uma sala de número 13 com a porta fechada.

- Bom, é aqui que a diversão ou o inferno começa. – resmunguei enquanto batia na porta. – 5, 4, 3, 2, 1...


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Notas finais do capítulo

Bem.. mandem reviews se vcs gostaram ... ^^