Your Arms Feel Like Home escrita por Stardust


Capítulo 13
Uptight


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo :3



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Anna acordou cedo e foi para o hospital. Entrou no quarto onde Jared estava e começou a chorar quando o viu ali deitado, em coma. 

- Oh Jared, o que aconteceu com você? - disse em meio as lágrimas. 

Chegou perto do rapaz, ele tinha um corte na cabeça. Tudo o que Anna tinha era vontade de desistir. Não havia sentido em viver sem ele, mas continuaria forte, esperando pelo momento que ele fosse acordar. "Se fosse acordar.", pensou, triste. 

Anna passou a mão nos cabelos negros de Jared e o beijou no rosto. "Eu daria minha vida por você.", sussurrou. 

Alguém abriu a porta. Era Jenny.

- Anna. 

- Jenny. - Anna disse com a voz triste. 

Jenny abraçou a amiga. 

- Vai ficar tudo bem, Anna. Ele vai sair dessa. - isso só fez a garota cair em lágrimas, e logo as duas estava chorando.

- Isso não podia acontecer, Jenny. 

- Eu sei... - continuaram ali abraçadas por um longo tempo. - Você deveria sair um pouco... ir tomar um café ou comer algo. Desde ontem você mal come. 

- Eu não tenho fome, Jenny. Nem sono ou vontade de tocar guitarra. Eu não tenho mais nada. - disse olhando para Jared. 

E por um tempo ficaram ali em silêncio. 

*

Passaram-se dois meses. Tudo continuava difícil, como no dia do acidente de Jared. Anna havia saído da escola e passado na faculdade de direito. Mas não se sentia empolgada com nada daquilo. Era como se nada fizesse sentido em sua vida. 

*

Sentou-se na cama. Os olhos estavam inchados, havia passado a noite chorando. Anna sentia a falta de Jared como jamais havia sentido de alguém. Aquele dia completava um ano que ela tinha conhecido aquele rapaz de cabelos negros e incrivelmente bonito. Lembrou-se de como ele a tratou no primeiro dia em que falou com ela, do primeiro beijo, da primeira noite que passaram juntos, da tatuagem e de cada segundo que passou com ele.

Precisava sumir. Não tinha vontade de ficar em casa naquele dia. Queria um lugar que ninguém a encontraria. Iria sair sem celular, sem avisar e sem dizer quando voltaria. 

*

- Jenny? - era Adriene ligando para a melhor amiga de sua filha. - Anna está com você? Não a vi hoje, e já está tarde. 

- Não a vi. Ela não atende minhas ligações. 

Adriene começou a ficar tensa.

- Você sabe onde ela pode estar? Ela não tem conversado muito. Acho que ainda não conseguiu superar o acidente. 

- Não... - Jenny parou pra pensar um pouco. - Espere, acho que sei onde ela pode estar. 

- Onde? 

- Ela deve estar na praia, onde eles deram o primeiro beijo. Lembro que Anna e Jared sempre voltavam lá no dia primeiro de cada mês pra comemorarem mais um mês de namoro. 

- Então eu vou para lá agora. - Adriene estava agitada.

- Adriene, pode deixar, eu vou. Te ligo se ela estiver realmente lá. Preciso conversar com ela.

- Ok, querida. Não se esqueça de ligar.

*

- Eu deveria afogar minhas mágoas aí, e aproveitar e me afogar também. - disse com ironia. Anna estava sentada no mesmo lugar que deu o primeiro beijo em Jared. Seu olhar estava fixo no mar. 

Alguém se sentou a seu lado. Viu seus cabelos ruivos e percebeu que era Jenny.

- O que faz aqui? Preciso ficar sozinha. - disse fria.

- Anna, - disse segurando sua mão. - eu sei que está sofrendo e que ainda é difícil digerir toda essa história, mas tem que seguir com sua vida. Você não pode ficar assim pra sempre.

- Você não entende porque não está sentindo o que eu estou. Parte de mim está lá, com ele. Se ele não voltar, eu nunca vou me sentir como antes. - disse com lágrimas se formando. 

- Eu só quero que você fique bem. - Jenny gritou. - Você não acha que eu não sofro te vendo assim? Eu quero te ajudar, mas não sei como. - agora, a garota estava chorando como criança. Se levantou e foi andando.

- Jenny, me desculpe. Estou deixando isso me consumir e preocupando todos que me amam. 

- É, é isso mesmo. - Jenny se virou. - A gente só quer ver você bem, sabemos o que você está passando. 

- Eu as vezes só tenho vontade de desistir. 

- Não faça isso, vai ficar tudo bem.

- Você diz isso muito, mas vamos ser realistas! As chances de ficar tudo bem são mínimas. 

- Ainda existem chances, não é? 


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Notas finais do capítulo

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