O Tempo Dirá escrita por Bibelo


Capítulo 1
Identidades


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha segunda fanfic dos jovens titans, espero que esteja boa.
Será postada semanalmente, ou antes se o capitulo chegar a 5 comentários.
Espero que, aqueles que me acompanharam em Felicidade e Angustia me acompanhem novamente nesta fanfic.
peço desculpas desde já pelos possíveis erros ortográficos.
Boa Leitura!

[Reescrito dia 09/07/2015]



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Capítulo 1 - Identidades

[...]

Vários raios luminosos esverdeados riscavam o interior do abandonado armazém.

Uma grossa camada de poeira se levantava a cada colisão em pilares, chão ou paredes do recinto. Aos poucos, outros raios apareciam — mas dessa vez de cores alternativas — misturando-se dando um ar sinistro e ao mesmo tempo colorido ao ambiente mal tratado.

A poeira alta impedia a visão do interior, sendo quase impossível de distinguir objetos inanimados das pessoas jazidas no armazém. Um dos raios negros englobou uma viga de metal; controlando-a com algo semelhante a telecinese, arremessou a viga em direção ao centro do armazém chocando-se com um campo de energia — azul e brilhoso — que impediu a passagem total do objeto.

Dentro daquele campo encontrava-se um homem encapuzado sorrindo de uma forma divertida. Desfez o campo atirando neles algo semelhante a lasers disparados por uma arma de porte ilegal.

Um rapaz de cabelos negros investiu contra o homem lançando em sua direção dois discos explosivos. Ele desviou sem dificuldades das pequenas bombas disfarçadas que explodiram metros atrás de si. O rapaz bufou frustrado.

—Vamos tentar um ataque em conjunto. — esbravejou o garoto à seus companheiros que aquiesceram avançando em duplas.

O rapaz foi carregado ao ar por uma garota de cabelos avermelhados indo em direção ao encapuzado. A menina o girou à 360º Graus lançando-o à uma alta velocidade contra o campo de força recém reerguido. Pegou de seu cinto de utilidades um bastão retrátil colidindo com força no campo envolvendo o homem.

—Já não tentaram isso? — zombou o encapuzado.

— Não em conjunto!— o homem mostrou surpresa ao ser atingido por um rinoceronte esverdeado e uma viga simultaneamente. Com a desatenção o campo se desfez e o bastão, antes prensado com força no campo, o atingiu em cheio em sua omoplata.

O homem cai ao chão de joelhos. Ao ameaçar se levantar um canhão metálico de cor azul fora apontado para sua cabeça.

— Eu não faria isso se fosse você! — esbravejou o possuidor do canhão.

Bufando em desânimo, o homem sibilou:

— Pelo visto perdi.

***

A polícia chegou minutos depois o prendendo e levando à delegacia mais próxima. Os jovens ficaram dentro do armazém conversando sobre a batalha à pouco travada:

— Cara, esse foi muito difícil. Sinceramente, to moído. —disse o garoto de pele esverdeada.

— Eu gosto de novos desafios, me sinto mais vivo! — O homem de metal bradou com uma calmaria na voz.

— Mesmo assim tinha algo de estranho nele. Não perceberam? — indagou a garota encapuzada por uma capa azul escura. Aparentava ser bem pesada, mas isso não se mostrou um incômodo à ela.

— Ele abriu o campo. — Respondeu a ruiva chamando a atenção para si:— Não foi quebrado, caso contrário não teríamos tido tanto trabalho para quebrar antes.

— Isso me intriga. — Comentou o moreno pensativo: — Como se ele tivesse se entregado.

— Deve ter desistido. — Concluiu o verdinho como se aquela fosse a mais óbvia das conclusões:— Hey Cyb!— chamou a atenção do rapaz de metal.

— O que é Mutano? — retrucou.

— Me ajuda com Física? Está complicado de entender a matéria! — explicou Mutano com ar simplório.

— Só por eu ser de metal, tenho de saber mecânica? — Esbravejou Cyborg com uma veia saltada.

— Não, é mais pela idade avançada! — ralhou recebendo um olhar um tanto quanto ameaçador do mais velho.

— Escuta aqui... — ameaçou Cyborg levantando o punho com a intenção de acertá-lo. Talvez o fizesse mais tarde.

— Sem briga, por favor! — Pediu a ruiva.

— Não vão brigar Estelar. Vão discutir. — O moreno explicou cruzando os braços de forma repreendedora. Muitas vezes funcionada, mas o fato de Cyborg ser mais velho dificultava suas investidas em "amedrontar".

— Bom, eu vou embora. Tenho muito o que fazer. — comentou a encapuzada saindo de perto do grupo falante.

— Já vai Ravena? — Não fora bem uma pergunta, mas Mutano tinha esperanças de segurar a companheira por um pouco mais de tempo do que o simples ato de batalhar.

— Nada me interessa aqui. — Assim, ela levantou voo e saiu do armazém.

— Irei também, amanhã tem aula! — lembrou Estelar também saindo à voo: — Tchau!

— É melhor vocês irem também. Aqui encherá de pessoas curiosas com câmeras e microfones. — O aparente líder sai do armazém em direção à sua moto. Deu partida e rumou para o centro da cidade.

Mutano suspirou esticando preguiçosamente os braços ao alto:

— Bom, parece que sobrou somente nós dois. — disse Mutano se virando, porém Cyborg também havia debandado: — Podia pelo menos dizer tchau, idiota!

***

Já estava escurecendo quando Estelar chegou em casa. Olhou para os lados averiguando as ruas, pois passaria voando pela janela e alguém presenciar isso seria problemático.

Adentrou na casa retirando aos poucos seus acessórios de combate, os braceletes metálicos, as botas, o laço que prendia seu cabelo em um rabo de cavalo alto, o top que fazia par com uma saia e a máscara que cobria-lhe os olhos. Estava somente de roupa intima quando se jogou na cama dando um pesado e casando suspiro.

— Hoje foi cansativo. — Balbuciou fechando os olhos por breves momentos.

Seu celular vibrou chamando sua atenção, resmungou, virou-se para a escrivaninha lendo a mensagem de texto.

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De: Lucky

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Amanhã tem treino Capitã. Não se esqueça de levar uma ficha de inscrição, consegui mais duas para serem Ponteiras.

beijos açucarados! ♥

Lucky

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Ela sorriu respondendo a amiga e agradecendo pelo aviso. Voltou para a caixa de mensagens vendo ao todo mais de 10 mensagens e ligações. Outro sorriso invadiu seu rosto bronzeado. Seu amigo conseguia ser bem antiquado as vezes.

Deixou o celular de lado:

— Melhor começar a fazer as lições! Ainda tenho que tomar banho e jantar. — Ela se virou e olhou para a porta entreaberta.

"Será que Koma fez a comida?", pensou caminhando na sequência para o box.

***

Ravena entrou em seu apartamento fechando a porta atrás de si. Encarou o forte breu à sua frente dando um pesado suspiro. Talvez devesse ao menos ter aberto as cortinas antes de sair.

Caminhou por entre os moveis da sala chegando ao quarto. Acendeu a luz — bem fraca, por sinal — retirando sua capa e suas botas. Sentando-se na cadeira de frente para sua mesa de estudos.

— Acho melhor tomar um banho antes de mais nada. — Ravena se levantou indo ao banheiro. Passou pela pia parando no espelho. Tocou a máscara azul em seu rosto a retirando: — tsk, por que tenho de usar um negócio ridículo desses?

***

Mutano entrou pela porta de sua casa de fininho. Já era de madrugada e seu pai não permitia entrar depois da meia-noite. Entrou em seu quarto e encostou a porta delicadamente suspirando aliviado. Se virou pra cama pulando nela. Fez um pequeno estalo devido as molas.

— Cara, hoje foi cansativo demais! Treino de manhã, luta a noite, essa rotina me mata. — resmungou colocando um de seus braços sobre os olhos: — Mas não deixa de ser divertido. — Se virou a cômoda pegando o celular e o abrindo. Esboçou um sorriso ao vislumbrar a tela do celular: — Kory Kory, deveria responder quando te mandam coisas!

***

Robin entrou com sua moto em uma caverna com ligação ao esgoto da cidade. Estacionou ela ao lado de um carro negro um tanto quanto peculiar; retirou o capacete e a máscara de seus olhos. Por fim desceu da moto.

— Chegou tarde — comentou um homem robusto sentado em uma cadeira frente a um grande monitor. Robin suspirou prevendo uma bronca rotineira.

— Lutar com esses caras não é fácil. Deveria saber disso não é! — zombou Robin chegando mais perto.

— Talvez não. — disse apertando um dos botões que desligou o monitor. — Vamos subir, Alfred fez a janta. — Ele se levantou deixando Robin com um sorriso zombeteiro no rosto.

— Chegou agora também não é? — O homem parou para encará-lo.

— Não é da sua conta! — virou-se e continuou o caminho. Robin riu o seguindo.

***

O sol entrou pela janela meio aberta de Rachel iluminando a altura de seus olhos. A garota resmungou virando para o lado oposto fugindo da incômoda luminosidade. Esticou os braços à cômoda par ver as horas.

Bocejou sentando-se na cama. Levantou-se vagarosamente caminhado descalça até o banheiro. Não fechou a porta, portanto assim que tirou as roupas e ligou o chuveiro sentiu uma corrente de ar arrepiando-a por inteiro. Praguejou irritada mergulhando na água quente do chuveiro.

Depois do banho, fez sua higiene matinal em frente ao espelho semi embaçado pelo vapor espesso do cômodo. Saiu para o quarto pegando uma muda de roupa limpa.

Estava com um pouco de olheira devido a noite de sono mal dormida. Já se acostumara a sonhar todas as noites com a mesma coisa, ainda que no dia seguinte nunca conseguisse se lembrar sobre o que era.

Resolveu secar os cabelos somente na toalha. Mesmo sendo Outono não gostava muito de usar o secador de cabelo, por isso resolveu sair pegando sua mochila decidida à tomar café na escola.

Caminhou calmamente pelas ruas desertas. Na esquerda havia um belo parque pintado das cores pastéis das mais belas da época. Algumas folhas já começaram a se aglomerar ao chão, criando pequenos travesseiros afofados. Há sua direita somente casas e mais casas compunham o paisagem.

Por estar ouvindo música chegou bem rápido — em sua própria perspectiva de tempo — cruzando os portões da ilustre School prodigy. Ela rivalizava com a escola municipal de Gotham, tendo nela somente alunos da mais alta elite; não da econômica, e sim da educacional.

Todos eram alunos ligeiros, bem dotados de um bom e forte raciocínio, e exatamente por isso que estavam naquela escola de alto padrão educacional.

Andou pelo pátio indo em direção a sua sala, estava no primeiro ano. Passou pelos armários parando em frente ao seu, pôs a combinação e o abriu pegando o material da aula.

— Mais um dia! — falou para si mesma.

— Um dia como todos os outros! — Ravena olha ao lado vislumbrando uma garota de madeixas avermelhadas: — Bom dia Rachel! — disse ela com um sorriso fechando o armário o seguindo seu caminho.

"Animação logo de manhã deveria ser proibido", pensou ela caminhando na mesma direção da garota de antes. Entrou na sala se sentando na primeira carteira da fileira do meio. Retirou o fichário deixando-o em cima da mesa.

Apoiou o cotovelo escorando seu rosto palma da mão.

Pela porta passou um rapaz de cabelos verde-musgo que se sentou logo atrás dela. Estava vidrado no celular digitando algo habilmente. Rachel o encarou sem interesse desviando o olhar para o quadro negro ainda limpo.

Algum tempo depois o professor apareceu dando inicio a aula. Ela passou bem devagar, história da arte nunca foi uma aula animada.

Assim que ela acabou, Rachel se levantou seguindo para a quadra para assistir a famosa e irritante aula de Educação Física. Mesmo que fosse dispensada da aula, ser obrigada a ficar na arquibancada vendo o clube de Vôlei treinar não era nem um pouco interessante.

Bem, ao menos tinha seu famoso livro como válvula de escape.

Sentou-se na arquibancada conseguindo ver o jogo feminino na quadra coberta e o masculino do outro lado. Estava em um lugar estratégico, quem dera ela estivesse interessada em assistir e percebido isso.

***

Na quadra interna, o grupo das meninas se ajeitada para poder jogar uma partida. O time estava divido: seis de cada lado formando um time completo.

Kory estava no time de frente a Rachel, sendo o primeiro a sacar. Assim que a bola atravessou a rede o jogo se iniciou com a briga para ver quem mantinha mais a bola no ar. Como não era uma partida de verdade, ver cortadas fortes não era comum, mesmo para as veteranas do clube.

Não demorou nem mesmo um minuto para o time de Kory marcar seu primeiro ponto alterando a formação inicial. Lucky seria a próxima a sacar.

***

O time masculino estava dividido: dois times e dois capitães. O garoto de cabelos verdes usando um colete amarelo e um ruivo um preto. O jogo começou com o time amarelo.

A bola rolou pelo campo rumo ao gol adversário, o rapaz de cabelo laranja barrou a passagem roubando-lhe sua bola e investindo contra o centro do campo. Passou a bola a seu companheiro de cabelos negros alongados chegando na linha de defesa do time adversário.

Chutou para a esquerda onde um garoto loiro pegou a bola chutando lateralmente. Ao invés de ser para o gol, chutou para seu capitão que marcou um gol bem na frente do goleiro.

***

Os jogos de ambos grupos iam bem, mas nada que chamou a atenção de Rachel durante todo o processo de leitura.

O time de camisa amarela recomeçou o jogo perdendo por 1 a 0. Precisava agilizar para poder ultrapassar as habilidades do outro time que tinha o capitão do time de futebol na equipe; um rapaz de cabelos ruivos, olhos esverdeados e bem-humorado. seu nome era Wally Rudolph West, do segundo ano.

O Capitão de cabelos verdes avançou contra o gol com um de seus colegas de time atrás de si. Desviou de todos até chegar na defesa, que era a parte mais complicada e fechada do time.

Ele passou a bola para seu companheiro, de cabelos também ruivos, Roy Harper. Este, antes de pegar a bola é barrado por Wally que, ao roubar a bola, avançou ao centro do campo.

— Garfield! — chamou a atenção do capitão que encarou Roy.

— Fale enquanto corre. — disse ele enquanto se dirigia a Wally. O jovem Harper vinha atrás.

— Precisamos de uma estratégia, e para agora. — resmungava o ruivo enquanto tentava acompanhar seu capitão.

— Isso você não precisava dizer, mas sim precisamos. — afirmou ele encarando o ruivo a sua frente que desviava de seus atacantes.

"Ele é bom demais pro meu gosto", praguejou Garfield enquanto corria entre seus atacantes os dizendo para se dirigirem ao campo adversário. Pelo visto, ele teve uma ideia.

***

A rosada mantinha o jogo empatado. Todas cansadas e ofegantes, o jogo girava em torno dos 22 pontos. O jogo terminaria em 25, igualmente em um campeonato. Uma de suas companheiras, de cabelos cor-de-rosa presos em uma maria-chiquinha alta — Lucky Spraus — lançou a bola que passou alta pela rede caindo ao meio da quadra adversária. Antes de bater no chão uma garota morena de coques para a bola a rebatendo.

Do time de vôlei, alta, morena e olhos caramelo, Karen Beecher rebateu para cima dando chance para sua ponteira marcar.

Kory bufou irritada:

— Kory! Fica assim não, agente ganha das barangas. — disse Lucky dando um sorriso sapeca. Kory torceu a boca em sinal de reprovação.

— O que pretende Lu? Algumas de suas pegadinhas? — perguntou ligeiramente curiosa.

— Pode ser. — meneou ela ficando em posição para sacar.

Lançou a bola para cima pulando e rebatendo. Foi bloqueada pelo time adversário. Antes de tocar o chão, a mesma aponta o dedo discretamente ao teto que trepida deixando um pouco de poeira cair em cima da loira a fazendo errar o corte marcando ponto ao time da rosada.

— Não é a toa que meio nome significa sorte. — zombou Lucky sapeca.

Rachel, que até aquele momento somente lia sua peque história, prestou um pouco de atenção nos jogos — tanto o das meninas quanto o dos meninos. O sinal marca o fim da primeira aula, e o professor manda-os ao chuveiro, deixando as quadras vazias com somente Rachel lhe dando vida. Ela volta ao seu livro enquanto os outros se refrescavam esperando as próximas partidas.

A dos garotos terminaria na 2 aula, já que tinha ficado 2 a 0 para Wally e seu time. Garfield estava revoltado. Precisava pelo menos empatar para, e somente isso seria uma trabalho árduo.

Ele voltou a quadra pensando em alguma estratégia, mas para ao ver uma garota sentada na arquibancada.

A mesma estava sentada com o cotovelo esquerdo apoiado em sua coxa, a outra segurava um livro azul. Seus olhos dançavam pelas páginas tão entretida a ponto de não perceber a aproximação do rapaz curioso.

— Olá! — chamou a atenção. Rachel somente levantou o olhar seriamente em sinal de curiosidade: - Desculpe, esqueci seu nome. — comentou ele colocando uma das mãos atrás da cabeça.

— Rachel. Rachel Roch. — respondeu voltando-se para a leitura. O mesmo torceu a boca zombeteiramente. Sentou-se ao seu lado mostrando um sorriso amigável.

— Sou Garfield Logan. Estamos na mesma sala não é mesmo? — insistiu em prolongar a conversa já dada por encerrada pela Empata.

— Eu sei quem você é. Estudamos juntos desde o jardim. — relembrou ela secamente. O demonstrou surpresa com a revelação.

— Mas aqui só tem colegial. Como podemos ter estudados juntos a vida toda? — perguntou ele aproveitando o rumo da conversa.

— Simples. — exclamou: — Estudamos na mesma escola antes do colegial. Acabamos vindo pra mesma escola por coincidência. Pra mim foi uma surpresa no primeiro dia de aula você estar lá. Nunca achei que fosse inteligente. — seu comentário criou uma certa irritação no Logan.

— Poxa, assim você me magoa. — revelou aparentemente irritado. Rachel fechou seu livro lhe lançando um olhar duro.

— Quer mais alguma coisa? — indagou esperando que a conversa parasse por ali.

Garfield fez um barulho com a língua mostrando inquietação:

— Não, só isso. Desculpe estar incomodando. — resmungou se levantando, indo em direção à seus amigos que estavam sentados no gramado do campo.

Ela grunhiu abrindo seu livro novamente, mas sem concentração alguma. Aquele rapaz afetou seu consciente. guiou seu olhar ao rapaz que ria e brincava em grupo.

"Tenho de pedir desculpas à ele", pensou ela que se remoendo por dentro. As vezes bate o arrependimento, então o melhor é tentar se redimir.

A outra aula começou e rapidamente acabou, com o jogo dos meninos encerrados em 4 a 2 para o time de Wally. O jovem Garfield havia perdido. Todos voltaram para as salas seguindo as aulas normalmente. O sinal para o intervalo bateu.

Rachel andou apressadamente para poder encontrar seu colega de classe. O viu em uma rodinha de garotas. O mesmo tentava passar para o andar de cima, mas elas o impediam. Rachel se aproximou:

— Logan! — chama sua atenção. O mesmo olha curioso, ninguém o chama por seu sobrenome a não ser os professores, e ficou aliviado ao ver que não era nenhum deles; mas em contra partida nem um pouco satisfeito por ser ela: — Posso falar com você? — perguntou do seu jeito rude, mas não por intenção.

As meninas a sua volta a encaravam com ar curioso. Garfield fingiu pensar antes de abrir espaço entre as meninas chegando mais perto dela.

— O que foi? — perguntou ele curiosamente. Rachel olhou para o chão apertando o livro mais contra si.

— Desculpe minha atitude mais cedo, não estou acostumada com pessoas falando comigo e, é difícil achar as palavras e tons certos. Desculpe. — Ao terminar virou o rosto bruscamente para o lado evitando de mostrar a vermelhidão do rosto.

Ele a encarou um tanto surpreso, mas sem esquecer um sorriso. Ele a pegou pelo pulso e andou apressadamente para longe das meninas falantes.

Ela o encarava sem entender. Para onde a levava? Ele virou-se lhe esboçando um sorriso que a fez sorrir também. Andavam pelos corredores até pararem em um totalmente deserto. Ele soltou seu pulso e a encarando.

— Desculpada. Você parece ser uma garota interessante. — falou alegremente passando sua mão na cabeça da azulada.

— por que me trouxe aqui? — indagou ela curiosa retirando a mão dele de seus cabelos já bagunçados. Ele riu.

— As meninas te interrogariam se te respondesse lá. — explicoi ele olhando para o relógio em seu pulso: — Tenho de ir, espero podermos conversar mais. Até! — falou correndo corredor afora lhe acenando. A mesma retribui timidamente tentando entender seus motivos.

Mesmo não entendendo bem porque fora se desculpar, lá no fundo se sentiu bem e aquecida. Aproveitou o momento para soltar um sorriso sem que ninguém visse, afinal de contas precisava manter sua máscara,

Custe o que custar!

[...]

Fim do Capítulo 1 - Identidades


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem lido esse capitulo. Fiz ele com muito carinho, espero ter atingido a expectativa de vocês (:
Espero vocês no proximo capitulo.
Tem como mandar um review? com critica ou elegios, qualquer um estou a aceitar !!
Obrigada e beijos ♥