Todas as nossas memórias escrita por MMs


Capítulo 4
Capítulo 3 - Antes da tempestade


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais do que eu queria, por motivos de saúde, mas saiu mais um capítulo.
Esse é inédito, acrescentei em meio aos capítulos antigos, já que, antes da edição, alguns detalhes não foram explicados como deveriam ao meu ver.
Boa leitura, espero que gostem!



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Draco lembrava da jovem ruiva em sua frente. Recordava-se da primeira carta que receberá, com uma detalhada descrição das brigas entra a Weasley e seu filho, quando ambos tinham onze anos. Daquele dia em diante, pelos quatro anos seguintes, as reclamações sobre os dois eram habituais. Tão normais quanto os relatos mal humorados do próprio filho sobre a moça.

 

Ainda que o Medibruxo e a esposa tentassem remediar a situação e educar o filho de uma forma diferente da qual foi ensinado, Draco se colocava no lugar do jovem Malfoy. Afinal, ele mesmo ainda tinha atritos com o pai da ruiva.

 

Imagine a surpresa do loiro, quando as cartas pararam repentinamente no quinto ano das crianças. Contudo, os Malfoy, associaram o fim das desavenças com o fato de ambos os jovem assumiram a posição de monitores, em suas respectivas casas.

 

Anos depois, com o desaparecimento de Rose Weasley, Draco via as coisas de forma diferente. Isso, porque o filho dos Malfoy nunca desistiu de procurar a jovem. Além disso, seu esquadrão encabeçou cada uma das buscas.

 

Claro que havia sempre um discurso na ponta da língua do jovem loiro.

 

Draco já o ouvirá falar sobre a lealdade dos aurores e sobre o tanto que devia ao Albus e aos Weasley por acolhe-lo, mas se o Malfoy mais velho não acreditou naquela época, a mentira ficou clara um tempo depois, com o cancelamento das buscas.

 

Scorpius protagonizou um belo show no ministério, chegando a render-lê alguns dias de afastamento dos aurores. Então, após ser arrastado para a mansão Malfoy, quebrou absolutamente tudo que estava ao alcance e se negou a falar sobre o ocorrido.

 

Na verdade, continuava se recusando a dar explicações.

 

Ao ouvir um leve coçar de garganta, Draco percebeu que esteve encarando a ruiva durante algum tempo e a mesma lhe devolvia um olhar confuso.

 

— Deve comer um pouco, para tomar as poções. - Recomendou o medibruxo ao perceber que Rose não havia encostado na comida.

 

— Não sei se conseguiria manter qualquer coisa no estomago agora. - A resposta soou com nervosismo aos ouvidos do mais velho.

 

— Então, vamos começar com uma poção para enjoo. - Informou, achando o frasco correto rapidamente. - Tem efeito rápido. Assim, você se alimenta enquanto cuido da filha dos Shacklebolt, depois vamos avaliar esses cortes e escoriações.

 

— Dr. Malfoy, se possível, eu preferiria que a Sofie não ouvisse o que vou falar no meu depoimento. - Rose usava um tom baixo, para que apenas o medibruxo a ouvisse.

 

— Claro! - O mesmo confirmou, prontamente se aproximando da porta para falar com Harry. - Tenho certeza que indicarão um auror para escolta-la enquanto...

 

— Não tenho a intenção de me afastar de Sofie até entrega-la aos pais. - A moça interrompeu seus passos numa entonação de voz alta e segura, deixando suas intenções claras. - Dadas as circunstancias, creio que o departamento vai entender minha posição.

 

— Devo alerta-la que o uso de uma poção vai impedir a Shacklebolt de participar do depoimento. - Informou à jovem. - Sei que o feitiço de extração de memória é usado para remover apenas lembranças da própria mente, o que seria impossível para ela, mas creio que o auror especializado em depoimentos infantis foi chamado para conversar com ela.

 

— Sofie não poderia participar de qualquer forma. - Declarou Rose. - Ela não falou uma palavra nesses quase quatro anos, duvido que o faça agora.

 

— Bem... - Um pouco chocado, o loiro alternou o olhar entre Rose e o espelho encantado da sala, esperando alguma interferência do Potter ou qualquer outro auror. Como ela não veio, retornou a se aproximar da mesa, separando outras tantas poções. - Eu pretendia usar essa poção apenas quando ambas já se encontrassem no St. Mungos, pelo obvio obstaculo de transportar alguém desacordado. Porem devido a situação, uma poção do sono é a melhor alternativa. Além disso, a dose de Wiiggenweld  para acorda-la vai fazer bem.

 

Draco ainda murmurava enquanto passou a medicar a pequena morena. Ela o encarou com seu grandes olhos castanhos e o loiro concluiu que, não ouvir o depoimento da Weasley, seria o melhor para a criança.

 

 

Momento depois, ainda sentada à mesa da pequena sala, Rose velava o sono da jovem morena sentada ao seu lado. Graças a algumas poções administradas pelo Dr. Malfoy, a ruiva sentia-se revigorada.

 

Draco, por outro lado, nunca esteve tão tenso. Após a consulta, voltando à sala anexa, ele encontrou Harry e Albus Potter.

 

— Tudo o que eu poderia fazer aqui, esta feito. - Informou ao moreno mais velho. - Até onde pude avaliar, a Weasley esta estável o suficiente para a Penseira, mas a quero no St. Mungos o quanto antes.

 

— Meu segundo Malfoy favorito! - A exclamação do jovem Potter cortou a tensão que se acumulava no ar e colocou uma expressão azeda no rosto de Draco. - Você não imagina como é bom ver esse loiro platinado. - Emendou, caminhando até ele com os braços abertos, prontos para abraça-lo.

 

— Potter! - Draco chamou com uma voz de falsa irritação, enquanto tentava manter-se longe das garras do moreno. - Mantenha esse projeto de cicatriz longe de mim.

 

— Como é amoroso. - Albus resmungou, soltando o medibruxo que sorria. - Por isso é o loiro numero dois.

 

Harry abriu um pequeno sorriso diante daquela estranha amostra de amizade. Quando soube que o filho foi selecionado para a Sonserina, Harry não se surpreendeu e nem questionou sua amizade com Scorpius Malfoy. Entretanto, o Potter tinha que admitir seu espanto ao ver o crescimento da relação de Albus e Draco.

 

Construída com paciência e muita autoimposição por parte do mais jovem, a amizade fluiu ao longo de tantos feriados passados na mansão dos Malfoy. De fato, foi o carinho mal escondido, do loiro por seu filho, que fez Harry por um fim na rixa que nutriam desde Hogwarts.

 

Foi apenas com a entrada de Raven guiando a Penseira, que acordou o Potter mais velho de seus pensamentos.

 

— Vai entrar conosco? - Perguntou ao filho, que apenas maneou a cabeça em negativa. Concordando com sua decisão, sinalizou para que McLaggen fosse na frente e, em posse da pena de repetição rápida e um bloco, o seguiu.

 

— Não quer estar no depoimento da sua prima? - perguntou Draco, assim que ficaram sozinhos.

 

— Ela não vai notar minha falta, já que não reconheceu nenhum de nós. - Apesar da resposta, Albus manteve um sorriso resignado no rosto. - Vou ser mais útil se ficar de fora e esperar pelo Scorpius, ele vai precisar de alguém que conte o que aconteceu. Além do mais, é melhor que eu fique e o impeça de fazer alguma besteira.

 

— Esta dizendo que nessa situação, seria você acalmando meu filho e não o contrario. - O olhar do jovem foi a confirmação que o Malfoy esperava durante esses anos. - Isso esclarece muita coisa.

 

— Acredite, não explica nem metade.

 

— Sendo assim, vou acompanhar o interrogatório ao lado da Weasley. - Albus só o encarou, questionando sua decisão. - Meu filho deve ter seus motivos para não falar abertamente sobre isso e não vou atrapalha-los. Assim, serei mais útil assistindo cuidando da senhorita Weasley. - Encarou o sorriso de agradecimento do jovem e seguiu os passos do Potter e McLaggen.

 

O interrogatório estava começando.


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Notas finais do capítulo

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