As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 77
Afogados


Notas iniciais do capítulo

Gente, primeiro de tudo eu tenho que agradecer a esse anjo que recomendou a minha fic. Deus! Eu nem sei o que dizer, estou maravilhada até agora *--------*
Boa leitura, queridos:



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O mar estava agitado. Como ele, assim também estava o jovem loiro. No mar havia algo perigo que só poderia ser destruído por uma única pessoa. No rapaz havia um sentimento que só poderia ser destruído por uma única pessoa. Ao redor, o mar agitava-se, feroz, raivoso, quase como se soubesse que estava sendo usado.

–Logo um dos dois estará morto - Caio sorriu cruelmente esperando seu senhor fazer o mesmo; Luke não sorriu. Ainda havia bondade naquele coração para sorrir diante da desgraça daquela que lhe reacendera a chama... - Torço para que nossa sorte seja grande e os dois acabem mortos...

Aquele sentimento pertencia a ela, Luke sabia, mas ao seu redor havia um mar igualmente agitado pelos Titãs que não permitiria sua entrada e saída... Engraçado!Como se passava com ele também se passava a armadilha.

THALIA

Abri os olhos lentamente e tive a visão privilegiada das constelações do teto daquele salão enorme. Por cima da música em meus fones eu ouvia uma gritaria infernal em grego. Ártemis havia prometido que não demorariam... Suspirei. Sentei-me e baguncei meus cabelos me dando conta de como eles já haviam crescido, passando dos ombros. Dei uma olhada em minhas roupas nada adequadas para uma caçadora e para estar na presença de vários deuses: um "vestido" curtíssimo cinza chumbo, meia arrastão, coturnos e varias pulseiras prateadas.

Puxei os fones dos meus ouvindo e desliguei a música. Levantei irritada e decidida, caminhando para fora da sala dos tronos tendo consciência de que todos haviam se calado. Sair de lá foi como sair debaixo de baixo d'água: você só percebe a diferença depois que sai. Sei que havia prometido ficar ali no Olimpo, mas estava cansada demais de bancar uma menina boazinha. Nunca aceitei todas as ordens que me davam, por que seria diferente?

Caminhando em direção aos elevadores, fui digitando no celular...

–Ainda lembra de mim?

[...]

Fazia quase uma vida desde que eu falara com Pâmela uma última vez. Havia sentido falta daquela menina louca e estabanada. Nos encontramos em uma pista de skate e ficamos conversando sobre nada especifico enquanto víamos meninos jogando charme sobre as quatro rodas.

Pam havia crescido desde a última vez: os cabelos cor de mel batiam nos ombros, o corpo havia ganhado mais curvas, leves e sutis, mas o brilho no olhar era o mesmo. Ela usava um corpete jeans, saia vermelha e all star de cano longo. Havia diversas pulseiras em seu pulso. Ela acendeu um cigarro.

–Meu irmão não parou de falar em você por quase um mês! Cheguei a pensar que a namorada dele ia terminar o namoro por ciúmes.

–Nossa...

–Mas você sumiu, Thal's. Não posso culpá-lo. E você já começava a se distanciar antes.

–Hei! - peguei o cigarro da sua mão e traguei lentamente - Estou no meio de uma crise familiar. Se tudo se resolver eu volto logo para aquele internato horroroso!

Ela riu pegando cigarro de volta.

–Graças a deus! Tomara que se resolvam logo...

–Que deus te ouça.

–... A Nayla está fazendo a vida um inferno. Ela não para de falar no quanto você fugiu de medo dela ou que você não se aguentou de inveja. Arg! Já levei três suspensões por agredi-la. Na próxima serei expulsa.

Continuamos a conversas andando por NY e chegando a sua casa. Ela me garantiu que não haveria ninguém em casa. Assistimos a uns dois episódios de Skins comentando o quanto nos identificávamos com isso e aquilo de cada personagem, mas meu celular tocou antes de prosseguirmos com a tarde.

–Alô.

–Maninha! - a voz de Apolo me deixou extasiada; aquilo era uma melodia doce e tão envolvente - Cadê você?

–Como você...? Ah, deixa pra lá. Por que quer saber?

–Bom, precisamos de você aqui...

–Vocês quem?

–Nós deuses. Você não deveria ter saído sem avisar...

–Ah, me perdoe lindinho, mas você não é meu pai e mesmo se fosse eu não daria satisfação. Além do mais, eu estava quase morrendo de tédio!

Ele riu.

–Eu também, mas volte; precisamos... Bom, precisamos conversar.

Despedi-me de Pam e disse que minha família era uma droga; despedimos-nos e ela prometeu não contar sobre a minha aparição repentina. Parei em frente ao balcão do recepcionista super simpático!

–Preciso chegar ao Olimpo.

Ele mal levantou os olhos de uma revista em quadrinho que, misteriosamente, estava de cabeça para baixo.

–Cidade errada.

–Eu preciso chegar ao 600º andar...

–Esse andar não existe, garota.

Cravei minha faca prateada sobre o mármore do balcão. Ele ergueu os olhos assustado e ao ver a cor dos meus olhos gemeu.

–Então talvez você queira explicar ao meu pai e a Ártemis por que eu não estou lá...

–Não! Certifique-se de que ninguém esteja no elevado com você.

Sorri satisfeita.

LUKE

Nunca pensei em voltar a Connecticut. O estado era desprezível para mim, doloroso em memórias amargas revividas em fleches. Voltar aquela casa e revê-la era algo pior do que a morte. Parei na frente do portãozinho de ferro já começando a enferrujar. Senti uma mão qualquer nas costas e um forte empurrão. Abri o portão ouvindo o rangido angustiante da ferrugem e antes que pudesse bater na porta, ela se abriu numa velocidade que me chocou. A figura que era May Castellan chocou meus companheiros, mas não a mim: descabelada, com os olhos opacos sem qualquer sinal de vida que não a espantosa e inútil esperança, o corpo magro quase esquelético.

–Luke? Meu menino? Meu bom menino voltou para casa?

–Preciso da sua benção, mãe – a palavra foi forçada a sair.

–Luke! Eu... Meu menino! Como está crescido! Onde está aquela adorável mocinha? A perna dela está melhor? – meu queixo caiu, mas ela continuou a tagarelar – Ah, senti sua falta... Não deveria ter demorado tanto... Fiz biscoitos; seus prediletos...

–Preciso da sua...

–Entre, entre... São seus amigos? Onde está a pequena? As duas meninas...

Antes que algo pudesse ser dito ou feito, May abriu a porta e saiu de casa. Fiquei tenso. Thalia encostou sua cabeça em meu ombro e acariciou meu pescoço enquanto eu a envolvia em meus braços.

May me puxou para dentro e me ofereceu milhares de biscoitos queimados e apodrecidos. Retorci o nariz. Ela não parava de andar, não parava de tagarelar, não parava de me fazer reviver aquele passado... Levantei e a segurei pelos ombros.

–Mãe, preciso da sua ajuda. Preciso que me dê sua benção.

–Mas você sempre a teve, meu bem. – ela sorriu mostrando os dentes já amarelados.

–Não. Eu preciso que diga.

–Luke... Eu lhe dou minha benção.

Ela voltou a sorrir, mas seus dentes e seu mau hálito não me incomodaram. O que realmente me destruiu foi a sinceridade e o carinho que uma mãe tem por um filho. Por que eu havia ido embora mesmo?

Saí da casa sem me importar com os seus chamados angustiados ou com a falha na sua voz me indicando o choro. Tirei o casaco e o joguei no gramado ao lado com raiva.

THALIA

Voltar à sala dos tronos não foi lá muito animador. Quando sai de lá os gritos eram ensurdecedores, agora o silêncio reinava totalmente. Me senti tentada a dar meia volta e sair correndo.

–Criança, aproxime-se - parei no meio do salão de pé ainda tentando ignorar os olhares dos deuses.

–Poseidon detectou um dispositivo explosivo em algum ponto do oceano - Zeus falava com calma - O objeto desconhecido tem a força para destruir o continente americano.

–E por que vocês ainda não destruíram esse troço? - perguntei normalmente; se eu fosse começar a me importar com o fato deles serem deuses, eu teria de deixar de ser eu mesma e isso não ira acontecer.

–Nenhum deus conseguiu chegar perto. Nenhum humano também.

Balancei a cabeça para ver se ordenava essas palavras corretamente.

–Então aonde é que eu me encaixo nisso?

Alguém suspirou.

–Esse objeto, o explosivo, só pode ser destruído por uma grande carga elétrica... - acenei com a cabeça; que lindo! Ia sobrar tudo pra mim - Ele está muito bem protegido por uma magia que muitos pensaram ter morrido, mas apenas você é capaz de entrar.

A pausa me levou a refletir sobre o que aquilo significava. Era óbvio, mas doloroso aceitar.

–Como eu chegaria lá? - perguntei olhando para baixo ainda pensando na desgraça que era viver.

–O mais seguro seria seguir por mar - Poseidon respondeu - Posso escondê-la de certa forma...

–Ta! Tudo lindo e maravilhoso, mas como vocês esperam que eu respire embaixo d'água?

O deus dos mares sorriu; de trás do seu trono uma figura do meu tamanho se aproximava. O porte atlético, mas desengonçado, os cabelos negros e o brilho esverdeado do olhar. Não consegui conter um sorriso.

–Sentiu minha falta, priminha?

[...]

Foi explicado a nós dois que eu tinha um fôlego maior do que os outros semideuses e que Percy abriria uma bolha toda a vez que meus pulmões clamassem por oxigênio; aparentemente, meu corpo também lidava bem com a pressão. O objeto ficava a alguns metros de distância da "parede" que impedia a todos (menos filhos de Zeus - que estão em falta hoje em dia) de entrar. Como esses metros não foram especificados já entendi o segundo dos maiores riscos. Agora eu só queria confirmar o primeiro:

–Espera! - pedi depois de ouvir muitas palavras polidas sobre riscos e sabe lá o que mais - Vocês falaram... Um raio? Aquilo só vai se desfazer com um raio? Um raio de baixo d'água? - eu sabia a resposta, mas me custava a acreditar. Vi Atena sorrir minimamente.

–A criança compreendeu rápido demais - a deusa sorriu.

–Compreendeu o que? - Percy tinha o rosto contorcido pela confusão; antes que algum deus respondesse de forma até seca me virei para ele.

–Sabe o que acontece quando água e eletricidade se misturam? - seu rosto não apresentou mudança; suspirei - Percy, sua mãe com certeza já te falou para não mexer nas tomadas quando estivesse molhado. Por quê...?

–Porque eu poderia morrer eletre... - ele parou me olhando com medo - Quantos metros esse troço fica longe da parede? - ele perguntou olhando de forma acusatória para o pai; nenhum deus respondeu.

–Então é esse o truque dos titãs - comentei espantada com a genialidade - Ou eu morro afogada, ou Percy morre eletrocutado... Ou morremos os dois. Isso é... - fiz uma pausa procurando a palavra.

–Horrível? - Percy sugeriu.

–Não! É brilhante!

LUKE

Foi tão fácil quanto divertido subornar Caronte. Tínhamos mais drácmas do que ele já havia alguma vez visto. O caminho foi tranquilo, atormentado por almas inquietas e perturbadas, mas não me afetei. Me sentia bem entorpecido.

Caio não podia vir então ali estava apenas Alan, o semideus filho de Hefesto mais irritante que conheço. Claro que chegar ao rio Estige foi uma tarefa complicada; Hades não podia saber de nossa adorável presença em seu território. Paramos de frente para o rio.

–Vá logo. Não temos tempo a perder... - a voz rouca e ácida quase não chegou a meus ouvidos; o rio estava claramente poluído e fiquei pensando se valia mesmo me jogar naquelas águas tão estranhas - Está me ouvindo?

Dei um tapa forte em seu ouvido estressado demais para responder com palavras, ainda perdi mais alguns segundos antes de só... Pular.

THALIA

Afrodite fez questão de nos presentear com roupas de praia: Percy estava bastante confortável com uma bermuda e camiseta. Quanto a mim, um macacão preto de tecido leve, alças finas e costas nuas, um par de rasteirinhas e meu tão amado/odiado camafeu. Poseidon e Zeus iriam conosco até a praia.

Estávamos os quatro caminhando em meio a uma tensão incomoda e duradoura; não entre mim e Percy ou ele e alguns dos deuses, mas sim e eu e meu pai. Era estranho de mais ter aquele deus caminhando ao meu lado. Pior do que isso foi ficar fechada em um elevador com três homens.

De forma nervosa, joguei os cabelos para o lado respirei com dificuldade; como já havia me habituado a fazer, cravei as unhas nas palmas da mão quase reabrindo meus lindos cortes e fechei meus olhos.

–Se sentindo sufocada? - a voz de Zeus soou a minha frente. Não abri os olhos, respondi que sim; um sim arrastado e forçado como se houvesse um pequeno nó em minha garganta impedindo meu ar de passar.

–Creio que seja culpa minha. - encarei-o sem compreender - O ar não dura por muito tempo em um cômodo fechado.

Um silêncio tenso pareceu preencher meu ar fazendo ser ainda mais difícil respirar. Percy notou meu desconforto e deu um sorrisinho torto.

–Como acha que ele vai reagir? - e acenou com a cabeça para a porta do elevador. Fui obrigada a sorrir.

–Não muito bem; vamos provocar?

–Lógico.

Os deuses trocaram um olhar qualquer de confusão enquanto eu e Jackson esperávamos já de frente as portas. Assim que foram abertas, quase corremos para sair primeiro que os deuses; quando o gerente nos viu acenando inocentemente, soltou um resfolegar esnobe e irritadiço... Mas quando os deuses saíram, ele só faltou beijar nossos pés de tantos elogios e falsos cumprimentos que falou. Percy enganchou seu braço no meu e saímos as gargalhadas do Empire State.

LUKE

A dor foi intensa. A pior que eu provavelmente já senti em toda a minha vida (e já senti muitas dores). O simples afogamento eu já esperava, mas não sei como definir o ácido que me corroia até os ossos. Debati-me levando as mãos à garganta tentando respirar, mas não conseguindo nada alem de arranhá-la e de afundar mais. Meus olhos fechados perante a dor não me davam o privilégio de ver ao meu redor.

Por que eu estava ali? Quem eu era? Eu tinha um nome? O que era um nome? Senti a pressão agindo sobre meu corpo. Eu não tinha consciência, tinha apenas a dor.

–Lembre-se dela...

Dela? Quem era ela? Sobre quem eu deveria lembrar? A voz era doce e distante, quase vaga... Abri os olhos. Não, eles não foram corroídos por sabe-se lá o que. Foram alvos de uma imagem escura e bonita, quase real demais.

Corremos pelo o que me pareceram horas e minha pele parecia queimar quando chegamos a um beco escuro. Havia vários armazéns de tijolos avermelhados e uma placa no alto que informava ser OficinaMetalúrgica.

Thalia e eu passamos a nos esconder nas sombras daquele lugar aparentemente deserto.

– Você tem certeza? – ouvi a voz de Thalia não passando de um sussurro fraco.

Apenas assenti.

– Eu posso sentir. – minha voz soou tão fraca quanto à dela.

Paramos os nossos cochichos quando ouvimos o barulho de algo se chocando com o metal. Assustados, saquei minha faca e Thalia o seu escudo. Aproximamo-nos de caixotes velhos em um deque de carga. Uma placa de latão corrugado tremeu como se houvesse algo atrás dela.

Trocamos um breve olhar e silenciosamente rompi com a faca a folha e latão.

Uma garotinha de cabelos louros emaranhados em um rabo de cavalo usava um pijama de flanela e pulou para cima de mim com um martelo! Isso mesmo: um martelo!

Deixei escapar um grito de surpresa e durante um breve segundo que meus olhos encontraram Thalia, percebi que a menina se esforçava ao máximo para não rir de mim.

A menina não devia ter mais do que sete aninhos, mas com toda a certeza que eu já tive de algo, aquela criança teria conseguido quebrar minha cabeça, mas fui mais rápido. Agarrei-lhe os pulsos fazendo com que o martelo caísse de suas mãos.

– Chega de monstros! Vão embora!

O desespero em sua voz era tanto que arrepiou minha pele toda.

–Hei, esta tudo bem! – Olhei para Thalia e ela compreendeu que seu escudo estava assustando e o transformou de volta em um bracelete.

–Nós não vamos machucar você. – Thalia falou com uma voz doce e muito mais forte agora.

A garota tentou disfarçar, mas eu pude perceber que ela se acalmou ao ouvir a voz de Thalia, como se há muito tempo esperasse ouvir aquelas palavras.

– Monstros! – ela falou com um fiozinho de voz.

– Não! – garanti a ela – Mas nós sabemos tudo sobre eles.

Isso despertou o interesse da menina. Ela então abriu seus olhos e observou com grande interesse as duas pessoas a sua frente.

– Vocês são como eu?

– Sim... É complicado. Bom nós lutamos contra os monstros. E onde esta a sua família?- Eu já sabia a resposta, mas queria ver se ela confiaria em nós a ponto de dividir essa informação.

– Minha família me odeia. Eles não me querem... Eu fugi!

– Qual o seu nome, pequena? – Thalia perguntou com o mesmo tom de voz usado antes: firme, mas doce.

– Annabeth.

– E nós achamos que uma lutadora como você, nos seria bastante útil.

– E... Que tal uma arma que mate monstros de verdade? Isto aqui – mostrei a minha faca a Annabeth – é bronze celestial. Te garanto que funciona melhor que o martelo.

– Vocês... Vocês não vão me levar de volta para a minha família? Prometem? – Ela tinha lagrimas nos olhos.

–Não. Nós vamos achar uma família para tosos nós algum dia.

–Não.

As duas olharam para mim surpresas.

–Não? – Thalia perguntou confusa.

– Não! - respondi sorrindo e segurando sua mão – Nós já somos uma família. –olhando nos olhos da pequena Annabeth completei – E você agora faz parte da nossa família. Eu prometo que não vou deixar nada machucar vocês.

Lembrar... Lembrar delas? Lembrar das duas meninas? Tudo me veio tão rápido quanto respirar, mas essa resposta não chegou.

Meu peito ardia, meus membros pendiam quase sem força... E eu a vi:

–O que está fazendo ai? – a voz entre a divertida e a confusa; o tom melodioso pendendo entre o doce e o autoritário. Os cabelos longos cacheados nas pontas, os lábios deliciosamente vermelhos, os magníficos olhos azuis – Não vai me responder? – ela arqueou uma sobrancelha. Thalia vestia um jeans surrado e uma camisa grande demais para ser dela, talvez você minha. Não conseguia falar, não conseguia respirar! Não consegui detê-la... Ela se virou e começou a seguir para longe da minha vista quando um ruído desesperado e irreconhecível me escapou da garganta. Thalia parou, virou e sorriu. Um sorriso que dizia com todas as letras que ela nunca perdia, que eu nunca ganharia dela – Sabia que me chamaria – seu sorriso se transformou em algo mais doce, quase carente – Você não consegue se livrar de mim – um risinho lhe escapou – e nem quer.

Respirar já não importava. A dor já não importava. Viver ou morrer não era importante. Nada era mais importante do que vê-la e ouvi-la.

Ela se ajoelhou no chão e me dei conta de que estava apenas caído em algum riozinho sem importância e ela estava ali me esperando na margem, me convidando a seguir com ela.

–Venha logo, idiota! – ela sorria mostrando o quanto não estava irritada. Não sei como consegui me mover, mas me sentir ruir... Thalia estendeu a mão – Vamos, Luke. Não vou deixar você... – me aproximei e lhe segurei a mão içando meu corpo para perto do seu enquanto seus lábios vinham para os meus – Nunca!


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Notas finais do capítulo

Não se iludam! Vocês sabem que isso é apenas a imaginação do sosso lindo Castellan e que isso foi o que impediu de morrer no Estige.
* Ainda não estou de férias e tenho mais duas provas para fazer (uma na segunda e a outra na quarta). Estou oficialmente de férias no dia 04/07; tenham paciência comigo, por favor.
A partir daqui as coisas só vão piora, rsrsrs
Bjss ;)