As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 25
Annie faz sua escolha


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpem a minha demora para postar!!!!
Boa leitura!!!



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ANNABETH

Minha vida parecia perfeita! Eu tinha Thalia e Luke para cuidar de mim. Luke era o meu herói, o tipo de menino perfeito. Thalia era minha irmã mais velha... Thalia era meu ideal, meu modelo. Ela sempre seria a garota em que eu iria me espelhar.

Eles estavam fazendo minhas vontades na medida do possível. E como não tínhamos uma casa fixa, viveríamos andando e passar no museu seria apenas uma distração.

Mas eu não esperava vê-los... Meu mundo pareceu ruir sob meus pés. Era como se Thalia e Luke, minha família de verdade, já não existisse e fosse apenas um sonho distante. Toda a magoa e angustia havia voltado ao meu coração ingênuo.

Ele sorria com a família perfeita dele. Não sentia minha falta. Isso era visível, pois ele nunca havia me levado a um museu e no dia em que eu resolvo sumir ele vai ao museu.

Seus olhos encontraram os meus.

Era incompreensivo o que se passava dentro dele.

Ele fez a menção de se aproximar e a única coisa que pude fazer foi buscar desesperadamente a mão de Thalia em busca de apoio, em busca de algo que os trouxesse de volta e afastasse minha antiga família de mim.

Thalia apertou minha mão como se compreendesse meus pensamentos e tentasse me trazer para o mais perto possível de si. Escondi-me atrás de seu corpo para não ter mais que encarar aqueles olhos. Luke se colocou ao lado de Thalia também escondendo a mim.

Se a situação já era ruim eu garanto que não esperava por isso.

Monstros!

Cães infernais, mulheres serpente e um enorme leão de Nemeia.

Eu já não aguentava mais monstros. Eles me perseguiam por toda parte.

- Annie, a faca! – Luke me alertou

Eu já nem lembrava mais desse pequeno objeto que poderia salvar a minha vida.

Thalia empunhava uma lança e seu escudo amedrontador. Luke havia sacado sua espada e pacientemente esperamos um ataque.

Com a pequena faca em mãos eu já não lembrava os movimentos ensinados, dos truques aprendidos. De alguma forma ver meu pai contente sem mim havia me enfraquecido. Eu sabia que no fundo ainda me lembrava... Mas francamente, assistir a uma cena desses acaba com qualquer garotinha de sete anos.

Fechei os olhos com força e me concentrei nos monstros. Eles não olhavam para nós semideuses. Seus olhos estavam voltados para os mortais, como se soubessem que atacando a eles nos enfraqueceriam.

Os cães infernais rosnaram e atacaram as pessoas. As mulheres serpentes seguiam os cães com lanças em punho. E o leão mantinha seus olhos fixos em Thalia.

- Protejam os mortais. – Luke gritou...

 E nos separamos.

Cada um de nós passou a enfrentar cada monstro que ousasse chegar perto dos mortais. Devo admitir que estava impressionada comigo. Minha lamina era curta e não chamava tanta atenção. Eu simplesmente me esquivava dos golpes das dracaenae e feria-lhes seus braços desprotegidos.

Luke e Thalia lutavam como profissionais. Não tinham quase nenhum ferimento visível que fosse grave.

Todas as mulheres serpentes já estavam mortas e isso queria dizer que só sobravam cinco cães infernais e um leão raivoso.

Luke não perdeu tempo algum e cortou a cabeça de um cão enquanto rápida como um raio Thalia transformava outro em cinzas.

Legal... Só sobravam três.

Eles atacaram as famílias mortais.

Luke e Thalia estavam entre os monstros e as famílias.

Um dos cães pulou sobre mim e me jogou no chão rasgando todo o meu braço. Soltei um grito de dor, mas em meio de tantos rosnares e rugidas duvido que alguém tenha ouvido meu grito. Em seguido o maldito cão seguiu para atacar uma família longe da minha visão.

Caída de bruços no chão senti todo o meu corpo perder as forças lentamente e minha visão escurecer.

A ultima coisa que vi com clareza foi Thalia. Ela lutava com bravura e coragem protegendo aos inocentes. Seus cabelos soltos voavam como se dançassem. Era visível que ela sentia dor em alguns ferimentos, mas nada a impediria de ajudar os outros. E a menina parecia se divertir apesar de tudo.

Como eu já disse, Thalia é o meu modelo.

Olhei para o outro lado e pude sentir meu coração parar.

O cão que outrora me ferira estava atacando minha antiga família. Ver minha madrasta assustada e meus irmãos se encolhendo em um canto no chão não me trouxe a satisfação que um dia eu pensei que sentiria.

Por mais que os odiasse profundamente não desejava que eles tivessem uma morte dolorosa. Eu sabia o certo a fazer e não deixaria aquele monstro destruir uma família.

Tentei me levantar, mas meu corpo cedeu e eu caí no chão com força.

- Você consegue Annie! – eu escutei a voz doce de Thalia ao longe e foi tudo o que eu precisei. Aquele simples incentivo.

Levantei-me com dificuldade e me pus de pé.

Joguei-me na frente da família perfeita e saquei a faca. Apontei-a diretamente para o pescoço do monstro.

Eu já não sentia medo. Sentia-me forte e importante.

- Annabeth, minha filha o que você esta fazendo? – escutei a voz do meu pai como se fosse um sussurro distante e fraco.

Se eu havia aprendido algo com Thalia e Luke era que independente do que você sente, dor, raiva ou qualquer outra coisa era que quando se é um semideus sua vida sempre será posta em risco. Nós somos os heróis. Isso significa que sempre devemos ajudar o próximo independente da nossa afinidade com ele.

E eu seria como eles. Eu seria uma heroína ao lado de Thalia e Luke. Essa era a minha escolha.

- Estou salvando sua vida. – disse as palavras com firmeza, mas elas fraquejaram quando completei a frase – E eu não sou sua filha!

O cão atacou e eu só me lembro de ter rolado pelo chão com ele e sentir meu corpo ceder ao cansaço e a dor. Minha visão ficou turva e então eu desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem , comentem... =D