As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 24
Uma péssima visita ao museu


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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THALIA

Luke ficou menos que dez minutos no chuveiro e saiu vestindo uma calça jeans e uma camiseta preta.

- O que vamos fazer agora? – Ele pergunta.

- Vocês podiam me levar em um museu. – Annabeth comentou admirada com a trança em seu cabelo – Eu sempre quis ir, mas meu pai nunca me levou em um.

Troquei olhares com Luke e nós chegamos a um acordo de primeira:

- Então... Vamos a um museu! – Ele exclamou

O sorriso que se formou no rosto da menina foi a melhor recompensa que eu poderia querer.

Pegamos nossas mochilas e guardamos as poucas coisas que tínhamos. Luke e eu descobrimos, segundos depois de arrumar nossas coisas, um armário cheio de armas de bronze celestial: espadas, facas, arcos e flechas.

Pegamos apenas mais duas facas. Uma para Luke e a outra para mim. Luke escondeu a dele e tomou a minha das minhas próprias mãos.  Ele então esboçou um sorriso travesso digno de um filho de Hermes e se ajoelhou na minha frente. Ele mostrou a faca e a escondeu dentro da minha bota de um modo que ela não pudesse ser vista e ao mesmo tempo não incomodasse.

Sorri admirada com a genialidade dele.

Como Annie estava distraída guardando as poucas coisas que ainda faltavam, Luke não perdeu a chance de me provocar: ele foi subindo suas mãos da forma mais lenta possível, desde meu tornozelo até chegar a minha cintura onde ele finalmente parou. Cada milímetro em que ele tocava eu sentia minha pele formigar.

Quando eu finalmente achei que ele tinha parado, ele puxa minha cintura até estar colada a sua.

- Eu não vou te soltar até eu ter o que quero. – Luke teve a ousadia de rosnar no meu ouvido.

- E o que você quer? – Perguntei receosa, mas já conhecia a resposta.

- Um beijo – ele disse olhando em meus olhos – Um beijo de verdade e se você beijar a minha bochecha e vou prensar seu corpo contra aquela parede até eu ter o que eu quero.

-Ótimo. Você ganhou. – Ele sorriu triunfante.

Passei uma das minhas mãos em sua nuca e deixei meus dedos percorrerem a vontade seus cabelos enquanto a outra repousava em seu peito. Luke por sua vez soltou uma de suas mãos da minha cintura e acariciou meu rosto... Finalmente selei seus lábios nos meus. Começou como qualquer outro beijo: doce e delicado. Mas com o passar dos segundos nossas línguas travavam uma batalha quase violenta pelo controle.

Antes que eu me entregasse ainda mais ao beijo, pousei minhas mãos em seu peito e empurrei seu corpo milímetros do meu. Quebrei o beijo e sorri para ele.

- Eu sabia que algum dia você ia ganhar de mim.

Luke também sorriu.

- O que ta acontecendo aqui? – Annie perguntou de forma vagarosa e com uma expressão bem maliciosa para o tamanho que ela tem.

Só então percebi que Luke ainda mantinha seu corpo colado ao meu: suas mãos em minha cintura e as minhas em seu peito.

-Nada importante Annie. – Luke tentou abafar o caso, mas trocou um olhar significativo com a pequena Annabeth que tentou abafar um risinho.

- Vamos antes que o museu feche. – comentei mudando de assunto.

Pegamos nossas coisas e saímos do pequeno refugio.

Para os curiosos e detalhistas que estão achando que Annie e eu esquecemos nossas rosas estão enganados. Deixamo-las no parapeito da janela para alegrar um pouco aquele lugar levemente sombrio como havia alegrado nossos corações.

Luke e eu íamos de mãos dadas enquanto a pequena Annabeth corria a nossa frente. Fomos brincando e fazendo graça o percurso todo. E passada uma hora nós havíamos chegado à escadaria do museu.

Por impulso fomos direto para a sessão grega do museu. Annabeth se mostrava curiosa e inteligente; um sorriso inquebrável em seu rosto.

Mas parece que a vida de um meio-sangue nunca é assim fácil.

Estávamos em um instante todos rindo e no outro o olhar da loirinha ficou marejado e o cinza, antes confiante e feliz agora era apenas dor e sofrimento nos olhos da menina.

Segui seu olhar até parar em uma cena deprimente: Uma família composta por quatro (pai, mãe e duas crianças) passeava sorridente pelo museu. Mas a questão não era essa. Os cabelos dourados do pai dos meninos foram reconhecidos por mim. Aquela era a antiga família de Annabeth.

Luke ainda estava aturdido e apenas sussurrou no meu ouvido:

- O que foi? – sua expressão era preocupada.

Olhei em seus olhos e então voltei a olhar a família feliz. Luke seguiu meu olhar e compreendeu tudo rapidamente.

Poderíamos ter ido embora, mas não tivemos muito tempo para isso. Parecíamos estatuas coladas ao chão.

Então o olhar do pai encontrou o olhar da filha. Toda a alegria existente há poucos segundos havia sumido e seu rosto se tornou pálido. Seu corpo fez a menção de se aproximar de nós, mas Annie segurou minha mão com força e se escondeu atrás do meu corpo.

 Luke percebeu que a menina queria distancia do pai e se colocou ao meu lado escondendo ainda mais a pequenina.

Antes que qualquer um de nós pudesse tomar uma atitude qualquer, cinco cães infernais, três dracaenae e um enorme leão de Nemeia surgem no espaço agora pequeno do museu. A crueldade era visível nos olhos de todos os monstros...


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Notas finais do capítulo

=D comentem =D