As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 20
Família, eu prometo!


Notas iniciais do capítulo

Oieeee pessoas lindas da minha vida!!
Bom aproveitem o capitulo!



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LUKE

Não me pergunte como porque eu não sei.

Mas a sensação que eu tinha no fundo da pele era a deusa Atena nos guiando até sua filha pequena. No fundo eu acho que fui eu que senti a sensação e não Thalia, pelo fato da menina ainda não estar tão forte quanto deveria.

Pois bem, onde eu parei?

Comecei a correr por ruas e mais ruas como se de fato conhecesse a cidade e cada um de seus mistérios. Thalia estava confusa, mas se limitou a um ou dois olhares desconfiados.

Aquela certeza me invadia de tal forma que chegava a ser incomoda em meu ser. A cada rua que eu corria sentia a sensação ficar mais forte e incomoda, mas de um modo bom. Eu sabia que a menina estava por perto.

Thalia e eu corríamos tão rápido que em certo momento percebi que Atena nos guiava pelo caminho mais longo e mais seguro de todos os outros. Quando eu achei que estava tudo bem, uma Harpia saiu da escuridão muito interessada em nós.

Ela se preparou para atacar e antes que o fizesse Thalia lhe lançou um olhar terrível, daqueles que podem matar uma pessoa fraca do coração. Ao ver a menina o monstro se assustou e saiu mundo a fora permitindo que voltássemos a correr.

Para aqueles indivíduos que não sabem, eu vou explicar: existem três Harpias, todas criadas por ninguém menos que Zeus, pai da minha menina.

Corremos pelo o que me pareceram horas e minha pele parecia queimar quando chegamos a um beco escuro. Havia vários armazéns de tijolos avermelhados e uma placa no alto que informava ser a Oficina Metalúrgica Richmond.

Thalia e eu passamos a nos esconder nas sombras daquele lugar aparentemente deserto.

- Você tem certeza? – ouvi a voz de Thalia não passando de um sussurro fraco.

Apenas assenti.

- Eu posso sentir. – minha voz soou tão fraca quanto à dela.

Paramos os nossos cochichos quando ouvimos o barulho de algo se chocando com o metal. Assustados, saquei minha faca e Thalia o seu escudo. Aproximamos-nos de caixotes velhos em um deque de carga. Uma placa de latão corrugado tremeu como se houvesse algo atrás dela.

Trocamos um breve olhar e silenciosamente rompi com a faca a folha de latão.

Eu preciso admitir que eu levei um susto com o que aconteceu assim que retirei a folha.

Uma garotinha de cabelos louros emaranhados em um rabo de cavalo usava um pijama de flanela e pulou para cima de mim com um martelo! Isso mesmo: um martelo!

Deixei escapar um grito de surpresa e durante um breve segundo que meus olhos encontraram Thalia, percebi que a menina se esforçava ao maximo para não rir de mim.

A menina não devia ter mais do que sete aninhos, mas com toda a certeza que eu já tive de algo, aquela criança teria conseguido quebrar minha cabeça, mas fui mais rápido. Agarrei-lhe os pulsos fazendo com que o martelo caísse de suas mãos.

- Chega de monstros! Vão embora!

O desespero em sua voz era tanto que arrepiou minha pele toda.

-Ei, esta tudo bem! – Olhei para Thalia e ela compreendeu que seu escudo estava assustando e o transformou de volta em um bracelete.

-Nós não vamos machucar você. – Thalia falou com uma voz doce e muito mais forte agora.

A garota tentou disfarçar, mas eu pude perceber que ela se acalmou ao ouvir a voz de Thalia, como se há muito tempo esperasse ouvir aquelas palavras.

- Monstros! – ela falou com um fiozinho de voz.

- Não! – garanti a ela – Mas nós sabemos tudo sobre eles.

Isso despertou o interesse da menina. Ela então abriu seus olhos e observou com grande interesse as duas pessoas a sua frente. Finalmente entendi que não seria difícil encontra-la com aqueles olhos inteligentes.

- Vocês são como eu?

- Sim... É complicado. Bom nós lutamos contra os monstros. E onde esta a sua família?- Eu já sabia a resposta, mas queria ver se ela confiaria em nós a ponto de dividir essa informação.

- Minha família me odeia. Eles não me querem... Eu fugi!

Thalia e eu nos entreolhamos. Era evidente que conhecíamos aquela sensação de abandono.

- Qual o seu nome, pequena? – Thalia perguntou com o mesmo tom de voz usado antes: firme e doce.

A garota se acalmou ainda mais ao ouvir novamente a voz da morena.

- Annabeth.

Nós dois sorrimos.

- Que nome mais lindo. Bom eu não digo isso para qualquer um, mas... Você é bastante corajosa. – Olhei para Thalia e ela compreendeu a brincadeira – E nós achamos que uma lutadora como você, nos seria bastante útil.

 - Eu seria? – Seus olhos arregalados mostravam surpresa e contentamento, como se há anos ela esperasse por um elogio.

- Mas é claro que sim! Não é, Luke? – Thalia olhou sorrindo para mim.

- Com toda certeza minha cara!- Thalia se segurava para não rir – E... Que tal uma arma que mate monstros de verdade? Isto aqui – mostrei a minha faca a Annabeth – é bronze celestial. Te garanto que funciona melhor que o martelo.

Annabeth impressionada agarrou o cabo da faca.

- Facas são apenas para os lutadores mais bravos e rápidos. – Thalia disse à menina que agora estava mais impressionada do que antes, se é que isso era possível.

 - Elas não têm o alcance ou o poder de uma espada, mas são muito mais fáceis de esconder e podem encontrar pontos fracos na armadura do inimigo. É preciso um guerreiro muito inteligente para usar uma faca. – completei o pequeno incentivo de Thalia.

- Eu tenho a impressão de que você é muito inteligente. – Thalia disse sorrindo.

 Ela olhou para nós com grande admiração e se limitou a sorrir.

- Eu sou inteligente! – ela exclamou feliz.

Ouvimos um uivo de um cão infernal não muito distante. Virei-me para Thalia.

- É melhor irmos. – Meu tom de voz já era serio.

- Vocês... Vocês não vão me levar de volta para a minha família? Prometem? – Ela tinha lagrimas nos olhos.

-Não. Nós vamos achar uma família para todos nós algum dia. – Thalia disse olhando fundo nos olhos da menina. Elas se entenderam apenas com um olhar, mas não era isso o que eu queria.

-Não.

As duas olharam para mim surpresas.

-Não? – Thalia perguntou confusa.

- Não! - respondi sorrindo e segurando sua mão – Nós já somos uma família. –olhando nos olhos da pequena Annabeth completei – E você agora faz parte da nossa família. Eu prometo que não vou deixar nada machucar vocês. Eu não vou desaponta-las como nossas famílias fizeram. Combinado?

A loira apenas assentiu.

Um vento particularmente gelado fez com que a garotinha tremesse.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Thalia foi mais rápida que eu. Thalia tirou sua blusa de frio e se ajoelhou na frente da menina. Vestiu a blusa na garotinha e perguntou:

- Esta cansada?

- Aham.

Thalia então, me surpreendeu. Ela pegou a menina no colo e se virou para mim:

- Vamos não podemos ficar muito tempo parados.

Era evidente que Thalia estava cansada e suas atitudes nobres não chocaram apenas a mim. Porque La no Olimpo, deuses nos observavam com um grande interesse.

Não sei bem quanto tempo andamos até acharmos um lugar seguro, mas a verdade é que não me importei muito com isso. Até porque eu finalmente tinha a minha família. A família que eu sempre quis!


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Notas finais do capítulo

COMENTEM POR FAVOR!!!
=D