As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 19
Sensações


Notas iniciais do capítulo

Gente... Não tive muito tempo e nem criatividade para digitar, então espero que me perdoem!!
Também gostaria de agradecer as essas três meninas lindas que favoritaram minha história! Estou muito feliz que estejam gostando!!
Boa leitura =D



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LUKE

Depois que a Fúria arrancou a espada das minhas mãos passamos a lutar com garras e dentes. Obviamente era muito mais fácil para a Fúria.

Rolamos na grama e eu consegui sacar minha faca de bronze celestial. É impressionante como um objeto tão pequeno pode salvar a sua vida.

Sem eu perceber, lutávamos indo em direção à margem do rio. Thalia pensou rápido e quando me aproximei o suficiente, sem mais nem menos, ela segurou meu pulso com força e me puxou para o fundo do rio.

Era uma ideia muito, muito arriscada para Thalia. Se Hades, irmão de Zeus, a quer morta, imagina só se Poseidon também a quisesse morta? Eu não suportaria.

Fomos para o fundo do rio sempre de mãos dadas. Eu não ousaria soltar Thalia de forma alguma.

Thalia estava certa. As Fúrias não ousaram chegar ao reino de Poseidon e abandonar suas vantagens na escuridão. A correnteza nos levava em direção a uma usina hidrelétrica de uma cidade grande.

Subimos para a superfície em busca de ar e percebemos que todas as três Fúrias haviam sumido; voltado ao seu dono.

Saímos do rio na margem oposta em que lutamos minutos antes. Estávamos ambos, tremendo e extremamente pálidos. E no caso de Thalia, mesmo depois do banho gelado, ela sangrava. Thalia estava perdendo muito sangue.

Seu corpo fraquejou e antes que eu pudesse entrar em desespero, seus olhos já estavam fechados e sua respiração era fraca.

Quando meu cérebro finalmente processou o que meus olhos viram, peguei o cantil de néctar e deixei três gotinhas caírem em sua boca. Seus cortes se fecharam apenas o suficiente para a menina não perder sangue, deixando arranhões e algumas cicatrizes que, com o tempo, sumiriam.

Thalia abriu os olhos de uma forma lenta e cansada. Ajudei-a se sentar, sempre amparando o seu corpo. Ficamos assim durante algum tempo até nossas respirações se normalizassem novamente.

- Luke... – Thalia tentava falar, mas era evidente que ela se esforçava ao máximo para tal feito. Eu ia impedi-la de falar, pois apenas com o esforço ela já estava quase desmaiando, mas ao olhar em seus olhos percebi que era importante – Ela fugiu.

Sua voz soava fraca. Eu levei alguns minutos para entender do que exatamente ela estava falando. Pensei em varias opções, várias alternativas e significados para aquela simples fala... Não! Como eu sou lerdo!

- A filha de Atena? – perguntei quase afirmando.

Thalia, fazendo um esforço muito evidente, assentiu.

- Atena vai guia-la até nós. – sua voz parecia sair forçada, como se arranhasse sua garganta.

- Então não tem porque nos apressarmos...

-Não. – pude ver o medo em seus olhos. Sejamos francos: Thalia nunca demonstra muito certos sentimentos e certas sensações, e isso, medo, era uma dessas.

- Thalia você esta muito fraca. Tem que descansar pelo menos um pouco. – eu pronuncie cada palavra com dor.

Você ai deve estar se perguntando o porquê dessa minha dor. Não aguentaria ver Thalia sofrendo para sair daquele lugar e não aguentaria vê-la infeliz e insegura, se ficássemos no mesmo lugar.

Aqueles lindos olhos azuis que eu tanto amava estavam marejados e me imploravam que compreendesse seus motivos.

Baguncei meus cabelos, claramente incomodado. Eu não acredito no que eu estava prestes a fazer! Mas... Bom, Thalia sempre ganha!

-Beleza! Você ganhou Thalia! – não pude conter o sorriso. – Mas antes...

Thalia me olhou claramente confusa. Eu peguei sua bolsa e comecei a remexer o seu interior. Quando finalmente encontrei o que procurava, Thalia parecia ainda mais pálida. Ao ver o que estava em minhas mãos ela compreendeu minhas intenções.

Um pouco relutante Thalia permitiu que eu tirasse sua blusa de frio e sua camiseta molhada (encharcada melhor dizendo), e colocasse em seu corpo gelado uma camiseta seca e uma blusa de frio por cima.

Só isso já parecia o suficiente para a menina ganhar forças e seguir andando. Para completar o tratamento pinguei mais duas gotinhas de néctar em um ferimento particularmente grande.

Não é preciso dizer que a menina continuava pálida e com uma aparência frágil, mas como todos sabemos, Thalia é muito forte e se nega de corpo e alma, a sofrer.

Já de pé, eu ia começar a andar em direção a cidade, mas Thalia me segurou pelo pulso, me pedindo para que ficasse.

Olhei para ela um tanto surpreso e confuso. Não era ela que queria sair daquele lugar o mais rápido possível?

Ela se aproximou de mim com cautela e me olhava com certa preocupação. Thalia tocou levemente meu peito. Seu toque era quase tão leve e sutil quanto o de uma pena. Quando seus dedos roçaram minha camiseta molhada, senti um arrepio forte. Aos poucos esse arrepio se tornou uma dor, uma ardência.

Baixei meus olhos para o ponto em que Thalia encostava e a principio não vi nada.

Antes que eu pudesse perceber melhor o que havia em meu peito, Thalia pegou a barra da camiseta e começou a tira-la do meu corpo. Quando ela finalmente jogou minha camiseta no chão percebi o que deixara minha garota preocupada. Fiquei tão preocupado com minha menina que havia esquecido de sentir a dor em meus ferimentos.

Thalia pegou um pedaço de pano e foi em direção à margem do rio. Enquanto ela fazia “sabe-se La o que” olhei para um ferimento em meu peito. Ele não era grave, mas em uma luta futura que eu sabia que viria esse ferimento poderia me levar à morte.

Não sei quanto tempo passei olhando para aquela ferida aberta e cheia de sangue, mas foi o suficiente para Thalia voltar até mim com o pano úmido nas mãos. Ela, com muito cuidado, começou a limpar o ferimento. No começo tive que fechar meus olhos com força na tentativa de afastar a dor, mas eu não pude deixar de pensar em como os movimentos da menina eram delicados e suaves e com o passar dos segundos eu já não sentia tanta dor.

Isso me trouxe lembranças ou falando de outra forma, me trouxe fantasias de quando eu me machucava e minha mãe, quando não tinha um acesso, cuidava de mim com o mesmo cuidado.

Não sei ao certo o que senti, mas uma sensação estranha e incomoda cresceu formando um nó em minha garganta no exato momento em que pensei em minha mãe.  Tratei de esquecer essa sensação incomoda enquanto Thalia fazia um pequeno curativo.

Ela me ajudou a colocar uma blusa seca e me passou uma jaqueta de couro para me proteger dos frios ventos noturnos.

Não perdi a chance de fazer uma brincadeira. Vamos concordar que um clima tenso ninguém merece!

- Sabia que com um beijinho a dor passa mais rápido?

Thalia sorriu e se aproximou lentamente. Ela pousou uma mão em meu ombro sem fazer força alguma e na ponta dos pés me deu um beijo doce e longo... Na bochecha. Apesar de não ter sido o beijo que eu esperava esse literalmente superou minhas expectativas.

Mas resolvi me fazer de insatisfeito com Thalia. Segurei sua cintura com delicadeza e roubei-lhe um beijo doce e breve de seus lábios.

Recolhemos nossas coisas e passamos a andar em direção a cidade.

Eu estaria mentindo se dissesse que nenhum monstro apareceu para nos atacar. A verdade? Bom, varias dracaenas surgiram para nos atacar. Se fugimos?  Bom, não fugimos. Lutamos bravamente e durante pouco tempo. Minha ferida quase foi aberta por uma lança e Thalia quase perde mais sangue do que o recomendado. Mas não vou descrever essa pequena e insignificante batalha até porque nosso assunto principal não é esse!

Já na cidade começamos a andar sem rumo procurando a garotinha. Thalia, como havia sonhado com ela, sabia bem a sua aparência. Eu, por outro lado, não sabia tanta coisa; sabia apenas que ela tinha os cabelos tão cacheados quanto os da menina ao meu lado e olhos cinza como nunca se viu igual.

Comecei a sentir um arrepio na pele. Uma sensação estranha. Não sei explicar.

Sabe aquela sensação de que algo vai dar errado? Era parecido, mas não era isso!

Então o que era?


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Notas finais do capítulo

Por favor.... COMENTEM!!!!!!!
Vocês não sabem o quanto isso é importante para mim!