Uma paixão, uma guerra - Dramione / Capítulo 1 - De volta para o desconhecido

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Hermione havia acabado de descer do trem, no entanto não via ninguém conhecido. Seu tio deveria estar ali com um belissimo sorriso no rosto disfarçando seu medo de fazer papel de pai, devido ao fato de nunca ter tido filhos para herdar sua fortuna. Ela não se lembrava muito dele apenas de seus cabelos grisalhos e suas roupas caras, mas ainda conseguia sentir o leve cheiro de cerejas que ele exalava.

Hermione era uma menina tímida vista pelos olhos dos outros, mas quando a conhecesse você veria que não seria verdade. Estava sempre alegre e procurando ver o lado bom das coisas, algo que ela não fez muito recentemente devido a morte de seus pais, o que ainda pesava em seu peito.

Ela chamava a atenção dos outros pelos seus belos olhos castanhos, terrivelmente profundos e escuros, estava sempre com um vestido comprido, alguns chegavam até ter uma cauda, e ela nunca os repetia. Usava chapeis constantemente, o que sempre trazia um ar de elegância da qual as pessoas não estavam acostumadas, ela exalava respeito. Tinha uma paixão pela música e principalmente pelo piano.

Foi quando ela avistou um rosto familiar, era Ginevra super animada em rever a amiga depois de tanto tempo. Então Gina, como Hermione costumava chama-la disse:

– Então como foi a viagem? E você como se sente? Está bem? Quer alguma coisa?

– Não no momento não obrigada, a viagem foi boa - Falou Hermione em um tom cansativo - Só me sinto um pouco exausta.

– Seu tio não pode estar aqui porque tinha muitos negócios para resolver, mas não se preocupe eu te ajudo a voltar a se orientar por aqui. É realmente muito bom ter você aqui conosco novamente, espera eu te apresentar para o Blás ele vai te amar! Não tanto quanto a mim é claro!

– Ai Gina você não mudou nada! - Disse Hermione rindo, pronta para começar uma vida do zero.

(...)

Gina era uma menina gentil, meiga com seus cabelos compridos, ondulados e ruivos. O rosto coberto de sardas sobre a pele branca. Estava sempre querendo chamar atenção mostrar que era uma moça de respeito, sempre querendo ser amada, mas isso não a transformava em uma menina metida que queria sempre estar sendo uma pessoa superior que as outras. Ainda pensava nos outros, querendo sempre saber se seus amigos estavam bem se precisavam de alguma coisa.

Hermione sabia que Gina era alguém que ela sabia que poderia confiar.

– Então, me diz como você passou todos esses anos? Eu sei que está passando por uma fase difícil, mas não se preocupe, eu estou aqui para o que que der e vier!

– Obrigada, eu sei que posso contar com você, mas a única coisa da qual eu realmente preciso no momento é que você me leve a casa de meu tio, para que eu possa guardar meus pertences, e descansar um pouco.

– Mas é claro! O que eu estava pensando, você tem que descansar um pouco, vamos.

Então ambas seguiram o Vale colocando o papo em dia até o seu fim onde encontrava-se a gigantesca casa onde o Tio de Hermione morava. Ao entrar avistou Frank, um antigo e velho amigo que trabalhava na casa de seu tio quando ela era menor.

– Frank? Oi, que bom te ver de novo! - Exclamou um pouco mais animada - Minha nossa, você ainda trabalha para o meu tio?! Deveria ter se aposentado.

– Senhorita Mel, minha nossa como você cresceu! E muito bom tê-la conosco novamente, você sabe que eu prometi cuidar de seu tio desde que ele nasceu!

Pois é, quando pequeninha seus pais moravam no vale, e Gina era sua única e verdadeira amiga. "Mel", era o apelido que seus pais aviam lhe dado. Frank um senhor de idade que sempre possuía a mesma aparência sem envelhecer mais ou parecer mais jovem, sempre fora um ótimo amigo da família.

Frank mostrou o quarto de Hermione, não era muito grande mas também não era pequeno. era Redondo, possuía uma bela cama de casal, com um colchoado estampado de flores, uma escrivaninha, uma penteadeira. O teto era de um tom de azul escuro repleto de estrelas tão lindas que ela poderia jurar que não havia um teto. Sem contar em sua parte predileta, seu quarto possuía uma sacada e como o seu quarto, não era muito grande mas também não era pequena, era simplesmente o quarto que ela nunca teve.

– Gostou? Fiz do jeito que você sempre disse para mim que gostaria de ter quando viesse me visitar!

Foi quando Hermione olhou rapidamente para trás, e avistou seu tio Jefferson. Ela cumprimentou seu tio, não falaram muitas coisas pois ele tinha muito trabalho a fazer. Então, Hermione se viu sozinha em seu quarto, tratou de colocar suas coisas em ordens, cada uma em seu devido lugar em seu mais novo quarto, o dia escureceu, e Hermione adormeceu.

(...)

Na manhã seguinte acordou com o som de uma leve música que vinha do Vale a alguns lances de escada a baixo. Desceu as escadas com oo som da música cada vez mais perto.Quando terminou de descer as escadas, encontrou seu tio tomando café da manhã lendo o jornal ao mesmo tempo, sentado em frente aquela mesa imensa, Hermione imaginará como ele conseguia fazer aquilo todas as manhãs: Acordar e tomar o café de manhãzinha sem companhia alguma depois todos os dias, se tinha algo pela qual ela não gostaria de passar quando mais velha seria por isso, mas ela claro que ela não disse nada para seu tio.

Disse bom dia, mas ele estava tão distraído que não respondeu. Sentou-se ao seu lado e fez a "sua parte", seu tio levantou-se após ter beliscado seu ovos.

– Faça me um favor?

– Claro.

– Não entre na floresta, é muito perigoso, ainda mais com o festival de Quinquilhinha acontecendo, as pessoas não reparam tanto em ver se alguém se atreveu a entrar lá. Por favor, é uma das poucas regras que vou dar pra você, porque acho que já é mocinha o suficiente pra saber a obedecer regras.

O festival de Quinquilhinha, acontecia algumas vezes no ano. Os camponeses festejavam quando a colheita dava certo, quando o filho de alguém muito importante nascia, ou algo do tipo. Por não ter um motivo único, era se o nome que havia sido dado a festa.

– Está bem