A Musicista De Duas Oitavas escrita por Tia Cafira


Capítulo 46
Roar


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai, uma provinha dele!! *--------*
Notinhas, espero que gostem do narrador!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320632/chapter/46

Cody P.O.V

___________""___________________


Eu saí da escola meio ansioso... Aquele texto mexeu comigo. Ainda me lembro de cada palavra... Senti o sabor das palavras na minha boca, e eu pude sentir o sabor de Ralph junto. Ah, ele era a minha falha, o meu calcanhar de Aquiles. Seus olhos de um azul glacial, suas tatuagens, seus músculos... Ele me deixava doido.

Com a mochila a tiracolo, eu entrei em casa, ainda bêbado das memórias. Corri para o computador e reli o texto... Eu fiquei excitado só de ler... Segurei-me, meus testículos doíam, eu precisava de um pouco de toque. Esperaria até o jantar.

Liguei para Carla, mas a nossa última ligação no Skype ainda estava aberta, e eu ouvia o que acontecia em seu quarto. Ouvi Mateus falando algo sobre seios deliciosos de Carla. Desliguei, era o certo a fazer. Comi rápido, e liguei a TV. O meu apê é meio vazio... Moro sozinho, meu tutor mora no prédio ao lado. Ligação dele:

Oi! - ele estava alegre e animado. Tanto quanto eu eu duvido... Mas...

–Oi! - me chamei de burro mentalmente por ter sido animado demais.

O que achou do...?

Ah, Deus! Ele estava perguntando do texto mais erótico e sexualmente intrigante do século que fora feito por ele, para mim! Um mero mortal, recebendo uma delícia daquelas de um deus tão perfeito...

–Em poucas palavras, mas palavras sinceras: excitante. Muito excitante. - mordi os lábios. Droga.

Risos.

Que bom... Ah, desculpe... Mas não mais motivos para esconder que eu morro de tesão por você né? - ouvir aquilo... Só seria mais perfeito ao vivo! Eu estava sonhando! As risadas perfeitas dele, fiquei imaginando-o parado em seu apartamento, nu, falando comigo e...

–Ah! Não... - vacilei. - Nem eu.

Como? – sonso. Sonso! Sonso pelo qual eu sou apaixonado! Droga! Ele era tão sínico...

–Ah, é que eu também... - tentei subentender, para evitar meu constrangimento.

Também...? - Deus grego do inferno! Deixe de me deixar tão quente! Ou seja menos quente. Não, não deixe de ser quente, espere até esta noite.

–Também fico duro... Só de ouvir sua voz. - foi a coisa mais sincera que já disse em toda minha vida.

Ouvi-o gemer.

Não... Ele não estava... Não.... Ai!

Mais um gemido, e um palavrão:

Cody... - ouvi-o do outro lado da linha. Eu estava tremendo de tanto nervosismo...

–Ralph... Você está...? - fiquei vermelho e percebi o volume em minha calça.

Deixe-me te foder hoje... Só hoje... - e mais gemidos. E mais palavrões.

Não aguentei, masturbei-me ali mesmo, ouvindo-o dizer obscenidades para mim a lá telefone.

Depois de me esvaziar, e gemer para o bonitão, ele desligou. Me deixou curioso. Eu não esperaria até de noite! Enviei uma mensagem dizendo para me encontrar em um bar, e em meia hora, o vi do lado do balcão. Havia algumas pessoas lá.

–Oi - eu disse.

–Oi. - ele disse roubando um beijo meu. Era bem mais excitante o beijo de um homem.

Ralph mudou nossas posições, me estampando contra o balcão do bar. Senti um pouco de vergonha, admito, mas qual é, nós, literalmente, nos misturávamos ás pessoas!

As mãos dele foram até meu traseiro, agarrando forte, me fazendo gemer levemente em sua boca. Ele atacou meu pescoço, mordendo, sugando e marcando até eu me lembrar que não queria que ninguém visse aquilo, estávamos escondidos ali.

Nos amassamos por algum tempo, até senti-lo pressionando seu corpo contra o meu, cada vez mais. Podia sentir sua ereção de encontro a minha e não pude deixar de soltar um gemido rouco, abafado e que eu não acreditava ter saído de mim.

Nossa, aquilo escalou rápido. Eu nem me lembro do momento em que tinha ficado duro.

–Vamos pro meu apartamento, eu preciso de você agora. - ele sussurrou.

Ah, eu queria que ele me comesse. Queria muito.

Fomos até seu carro, uma Land Rover maravilhosa.

Enquanto dirigia, o filho da mãe passava a mão pelas minhas coxas e virilha, me deixando ainda mais excitado e ofegante.

Estava realmente difícil me concentrar em manter os olhos abertos e ver o caminho que seguíamos, estava difícil pensar, estava difícil não gozar. É, só com aquele carinho leve.

No fundo, o que mais me excitava era a sensação de estar fazendo algo proibido. Contrariando as ordens que todo mundo esperava de mim.

Enfim, chegamos a uma cobertura na zona sul cidade. Tudo muito luxuoso e muito grande.

Assim que pisei no carpete de madeira, não tive tempo pra me aprofundar nesse pensamento, Ralph veio pra cima de mim. Tomou minha boca com a sua e foi me conduzindo até seu quarto. Com grandes janelas de vidro e uma cama enorme no meio, e foi nela mesmo que ele me jogou, deitando seu corpo absurdamente gostoso e ainda vestido, sobre o meu.

Admirei sua confiança e seu autocontrole, enquanto eu me sentia inseguro e descompassado.

Nunca tinha transado com um cara, então deixei que ele conduzisse, coisa que ele sabia fazer, e muito bem.

Sentou nas minhas coxas, ainda vestido e foi me despindo, tirando primeiro minha camisa e depois se abaixando para puxar o jeans.

Me senti exposto e completamente corado com aqueles olhares carnívoros.

O moreno se abaixou lentamente para beijar minha boca mais uma vez, antes de distribuir mordidinhas e beijinhos pelo meu pescoço e tórax.

Assim que senti sua língua quente e úmida lambendo meu mamilo, como se fosse um pirulito, reprimi o prazer em forma de gemidos, que jamais deixariam minha garganta.

Não contente com as reações que recebia, ele resolveu sugá-los, esvaindo de dentro de mim, aquele restinho de dignidade.

–Puta que pariu, como isso é gostoso...

Comentei, sem realmente prestar atenção no que dizia.

Ele sorriu, ainda com a boca me tocando.

Nenhuma das garotas com quem havia ficado, pensava em chupar ali e, caralho, como aquilo era bom.

Depois de satisfeito com meus gemidos, Ralph desceu mais, passando a língua pelos meus gominhos e umbigo, me fazendo soltar um som estranho que mesclava uma risada e um ofego.

Travei quando ele se preparou para tirar minha boxe.

A idéia de ter meu pau na boca dele me excitava pra caralho, mas eu imaginei que se ele fizesse isso pra mim, eu provavelmente teria que retribuir. De qualquer maneira, não expressei essa preocupação e permiti que ele me deixasse completamente nu.

Era uma situação constrangedora. Além do meu médico, meu pai e meu tutor, nenhum outro homem havia me visto naquelas condições antes. Bem, o que eu havia de fazer?

Outros pensamentos que pudessem cruzar minha mente, viraram gelatina quando, sem aviso, senti Ralph pegando meu membro, colocando-o na boca, em seguida.

Ele chupou minha glande como se nossas vidas dependessem disso. Era dedicado e muito habilidoso.

Ficou nessa brincadeira por um tempo, até que começou a me incomodar sentir aquele prazer continuo só ali, precisava de mais, então discretamente empurrei meu quadril na direção de sua boca, para indicar o que eu queria.

Ele entendeu o recado, sorrindo sacana, e passou a tentar enfiar o máximo possível dentro de sua boca. Eu juro que estava tentando me controlar, não ser uma mulherzinha escandalosa, mas no exato momento que senti a cabeça do meu pau, pressionar contra o fundo de sua garganta, ele decidiu começar a brincar com as minhas bolas e daí foi demais pra agüentar calado.

Logo eu já era uma massa despudorada e desbocada, totalmente entregue a aquele tesão insano que eu estava sentindo.

–Isso é muito bom... Caralho... Faz de novo...

Pedi, arqueando o corpo em direção a sua boca. Felizmente ele fez o que pedi, repetindo o mesmo movimento, fazendo meus olhos virarem nas orbitas e o calafrio tradicional começar a querer aparecer. Não acredito que aquele filho da mãe ia me fazer gozar com um oral de cinco minutos, mas que oral, Deus do céu.

Já podia sentir as portas do paraíso se abrindo para me receber quando, do nada, todo aquele prazer parou e eu abri os olhos, chocado, vendo Ralph se afastar de mim, sorrindo e limpando o cantinho da boca.

–Mas o que...?

–Calma garanhão, não queremos que a brincadeira acabe antes mesmo de começar, não é?

Sorriu de novo, me puxando para um beijo. Não era a primeira vez que alguém me beijava depois de me fazer um oral, não estranhei sentir meu gosto, junto ao gosto dele.

Ele começou a me acariciar novamente, beijando meu pescoço e me masturbando de leve.

Eu já nem me importava com o que ele fazia, só queria gozar.

–Você é muito gostoso, Cody... E deve ser bastante apertadinho também... Adoraria me enfiar aí dentro, fazer você gritar meu nome... Hm...

Senti seu murmúrio em meus ouvidos, ainda completamente aturdido pelo prazer torturante da masturbação.

Fiquei aflito por um segundo, não era isso que eu queria, mesmo agora dominado pela excitação.

Nem pensar!

–Mas... Eu prometi, não é? Não tem problema, um dia essa bundinha linda será minha... Deixa eu brincar com ela um pouco? Prometo que me comporto.

Não estava nem um pouco apto a simplesmente levar a palavra dele como garantia e deixá-lo se aproximar da minha traseira, mas eu queria agradá-lo. Precisava agradá-lo para conseguir o que queria.

Assenti devagar, vendo-o abrir um sorriso ainda maior.

–Fica de quatro pra mim, só quero te tocar um pouco, te beijar... Prometo que não passo disso.

Eu, que achei que nunca, jamais, ficaria de quatro para um cara, fiz o que ele me pediu. Tenso e ainda receoso.

Ralph se posicionou atrás de mim e eu me senti completamente vulnerável ao que quer que ele quisesse fazer. Merda. Onde eu estava com a cabeça?

–Relaxe.

Claro, super fácil relaxar quando você está de quatro para um cara daquele tamanho.

Ralph se despiu, ficando apenas de cueca.

Ele massageou minhas costas, me deixando mais calmo, mas não muito.

Ele desceu sua massagem e logo estava tocando minhas nadegas, dando pequenos tapinhas e para meu espanto, mordidinhas.

Comecei a achar muito suspeito quando ele separou minhas nadegas e eu senti um leve movimento atrás de mim. A primeira coisa que pensei foi que, sim, agora era fato, eu ia estar mesmo fodido. Mas ao contrario do que esperava, a sensação que veio em seguida, não foi a de uma invasão. Ralph havia se abaixado até a altura da minha cintura e agora beijava meu anus, sem a menor repugna ou repulsa. Eu não sei se teria essa coragem. No começo, não senti nada, além de um pouco de nojo, mas assim que ele começou a passar a língua ali e tentar me foder com ela, as coisas mudaram de figura.

Bem, como eu disse antes, nunca havia transado com um cara e as garotas com quem eu saia não tinham cara de quem fariam algo assim, a não ser que eu pedisse, o que eu não faria nunca.

O fato era que aquilo era bom pra caralho. Excitante, gostoso, um verdadeiro tesão.

Em segundos me vi indo em direção a boca do moreno, como uma verdadeira puta. É, meus amigos.

Não resisti a aquela tentação quando Ralph passou a lamber desde as minhas bolas, passando pelo períneo, até a entrada, gemi alto, enterrando a cabeça no travesseiro.

–Você gosta?

Ele perguntou alternando pequenas lambidinhas por ali.

–Ah sim, gosto muito.

–Quer mais?

–S-sim... M-mais...

–Então implora, meu gatinho...

Filho da mãe. Ralph era um verdadeiro Dom.

–Me chupa um pouco ou me deixa te comer logo, porque senão eu vou estourar...

Sussurrei. Não estava em mim.

Ele sorriu com gosto e me fez deitar na cama.

Eu achei, de verdade, que no mínimo eu deveria prepará-lo. Ok, eu não sabia como, mas estava disposto a tentar, não queria machucar. Qual foi minha surpresa, quando, sem preparo nenhum e também sem avisar, Ralph se posicionou e desceu no meu pau de uma vez só. Choque. Minha primeira reação. Prazer, um prazer tão intenso que quase me fez perder os sentidos. É sério, foi tão bom que eu quase gozei, novamente. Nunca tinha sentido aquilo na vida, nem mesmo quando havia feito anal com algumas das minhas “amigas”. Ralph era quente como o inferno, apertado pra caralho e muito, muito aveludado. Parecia que eu havia acabado de enfiar meu pau no paraíso, porque, meu...

Eu queria dizer que fiquei super preocupado com o outro, mas a verdade é que eu estava pouco me lixando pra ele, só queria sentir mais daquela sensação viciante.

Não me leve a mal, geralmente não sou um parceiro egoísta, mas as coisas andavam confusas pra mim, nos últimos dias.

Mesmo contrariando aquele impulso que me mandava foder Ralph até que ele não pudesse mais andar, me forcei a perguntar se ele estava bem.

Me respondeu que sim e começou a se mover, cima, baixo, rebolando as vezes.

–Puta que pariu!

Estava tentando me controlar, durar mais, mas aquilo parecia uma tarefa impossível.

Ralph gostava de provocar e eu nem queria imaginar onde ele aprendera a fazer aquilo daquela maneira.

Talvez eu fosse gay mesmo, porque se eu achava que sexo era bom antes, agora então... Corria um sério perigo de me tornar um ninfomaníaco.

Enquanto o moreno cavalgava no meu colo, parando de repente, para depois voltar a se mover, eu fechei meus olhos, tentando não gemer muito alto, tentando pensar, tentando não me deixar levar.

Ele, por outro lado, não tinha essa preocupação, não parecia preocupado com coisas inúteis como discrição ou controle. Aparentemente o rapaz curtia uma coisa mais selvagem, uns palavrões, gemidos e etc. Isso tudo me fez ter curiosidade para saber como ele seria no papel de ativo.

Senti-me perto do orgasmo, então tratei de segura-lo pela cintura e tirá-lo de cima de mim.

Qual é, não podia acabar com tudo daquela maneira.

O coloquei de quatro na cama, nem me preocupando com seu olhar interrogativo.

Meti novamente, sentindo a pressão que fazia ao redor do meu membro, gemendo alto.

Quando recomecei a estocar, Ralph passou a mover o quadril em direção ao meu, tentando obter mais contato, mais força, mais sei lá o que mais que ele queria.

Alguns minutos depois, enquanto só se ouvia ofegos, gemidos e alguns comentários muitos dos obscenos, senti o começo de um arrepio e senti que estava perto.

Peguei-o pelos cabelos e o levantei, trazendo seu corpo para encostar no meu. Beijei seu pescoço e o mordi com força, antes de roubar um beijo meio torto, devido a posição.

Enfim, tomei a ereção rejeitada dele e comecei a masturbá-lo, desejando que gozasse logo para que eu pudesse fazer o mesmo.

Ralph passou a gemer ainda mais alto e logo, seu liquido manchava os lençóis, seu próprio peito e minha mão. Ao gozar, se tornou ainda mais apertado e me deixando levar por toda aquela situação, por seus gemidos e sua expressão incrivelmente entregue e satisfeita, liberei meu orgasmo dentro dele, caindo, assim, junto com ele, na cama, soltando um ultimo gemido, feliz.

Foi difícil recuperar o fôlego e não falamos nada enquanto estávamos deitados lado a lado em sua enorme cama. Eu, provavelmente, tinha que voltar. Eu, definitivamente, tinha que voltar.

–Sabe Ralph, acho que sou gay.

Ele riu.

–Eu também acho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

DIGAM SE GOSTARAM