A Musicista De Duas Oitavas escrita por Tia Cafira
Notas iniciais do capítulo
Bom, fiquei muito feliz pelos 4 comentários do cap passado, e... O cap de hoje tá meio tenso pq eu não estou muito feliz, kkk. Quero dizer, está tudo dando errado, e pra piorar, minha net vai ser cortada.
Bom, pra quem tava dizendo que eu escrevia otimamente bem coisas eróticas, eu estou me "especializando"... >:D
Acordei e olhei para Matt: lindo e sereno. Pensei que ele era assim quase todo o tempo. Lindo, desde que nasceu, e sempre tentou não gerar conflitos. Sempre foi na dele. Porque eu amo tanto esse moreno? Como isso é possível? Caber tanta felicidade só de estar perto de Mateus... Isso me assusta. Gostar tanto dele, me desespera.
Deixei-o dormindo, e decidi ir até o Leblon, para o duplex de Ralph. Falei com o porteiro, e subi. Ralph me esperava com uma cara surpresa:
-Oi. - ele disse fitando meu rosto.
-Oi! - eu falei tentando parecer simpática. A verdade, é que eu não queria olhar pra cara dele. Mas eu também não gostava de ver a minha no espelho.
-Eu... Nem imaginava... - ele falou.
-Nem eu. - cortei-o. - Eu quero voltar a falar com você.
-Eu também, Carla.
-Mas quero que saiba, que só vim até aqui, por causa de um amigo.
-Quem? - ele perguntou.
-Cody. - eu entreguei.
-Cody... O fortinho amigo de Mateus? Quero dizer, o ex-melhor amigo loirinho?
-Nem sabia que conhecia tanto assim dele.
Ralph corou.
-Ele e meu irmão eram bem amigos. Eu já conversei bastante com ele. Inclusive ontem.
-Ele me contou. - eu falei. Eu não estava indo muito bem.
-É... Mas porque você veio até aqui por causa dele? - ele passou a mão pela nuca.
-Ele... Virou meu... Melhor amigo.
Ralph riu.
-Matt sabe disso?
-Sabe.
-Como reagiu?
-Relativamente bem. - respondi.
-Ralph, sabe que ele é apaixonado por você? - Dorgas.
-Nossa, essa conversa escalou rápido. - ele respirou fundo desviando o olhar.
-Sabe?
-Carla, eu... Notei uma atenção a mais. Pensei que fosse coisa da idade... Estou procurando resistir.
-Resistir...?
-Cody... - ele riu. - Cody foi minha primeira atração homossexual.
Fiquei pasma.
-Oi?!
-Eu me sentia constrangido. Eu ficava duro só de vê-lo abaixar-se para pegar um lençol, era estranho. Eu só tinha 15 anos, e ele, 13.
-Você gosta dele?
-Eu superei. Eu achava que ele era apaixonado pelo meu irmão... Chorei por alguns dias. Comecei a passar por uma época estranha.
-Porque...? Não me disse nada?
-Eu não sei. Acho que não quero voltar a sentir nada por ele. Eu não quero gostar dele. Não quero voltar à vê-lo, eu não quero ser um bicha. - ele falou olhando o chão.
-Bicha? Você está brincando? Você estuda teatro! Não entendo porque tem esses preconceitos!
-Escuta. Carla. Eu sou hétero, eu pego muitas meninas. Todos vão rir de mim, se eu virar um queima-rosca. Eu não quero voltar a sentir todos os meus músculos quererem tocar o corpo dele. Eu sinto nojo disso.
-Mas Ralph! Você me escutou que ele está apaixonado por você? Desde os 13 anos?
-Ele é... gay. - ele chegou a conclusão. - Mas eu não.
-Ralph, apenas tente.
-Não! Eu... Você não pode nem imaginar o quanto eu sofri! Eu passei noites em claro! Fiz textos... Imundos. - ele cobriu os olhos. - Eu me sentia um pedófilo.
-Você tinha 15, e ele 13! Hoje ele tem 17 e você 19! Onde está a pedofilia?
-No sentimento. No prazer, no tesão. Eu não posso ser um bicha. Eu não posso gostar dele de novo! Você não faz nem ideia o quanto eu fiquei doente! Imaginado ele quente como o inferno! - ele levantou-se e ficou de costas para mim.
Isso, era uma grande surpresa. Meu meio-irmão, era gay, mas havia me comido. E ele, gosta, ou gostou do meu melhor amigo. Que foi melhor amigo do meu namorado. Que também é meu meio-irmão. Que merda. Eu preciso de Coca-Cola.
-Quente como o inferno? - eu ressaltei.
-É. Eu já transei com um cara, pensando ser o Cody. Eu fui à um local... Que uns caras se vendiam. Achei um loiro, não resisti.
-Ralph... O Cody também gosta muito de você! - eu disse.
-Acredito. Mas é errado. E você não vai me convencer. E eu não vou perder nenhuma das minhas cabeças se ele ficar na minha frente.
-E se ele ficar de costas? - brinquei.
-Você, Carla Kim, é podre. - ele riu. - Imagino... E se eu ficasse com o Cody? Como Mateus reagiria?
-O importante é você ser feliz! Não se importe com seu irmão!
-Ele não tem ideia de como é bom... - Ralph fechou os olhos.
-Eu estou aqui. E sou uma menina. Se convencer o meu namorado a virar gay, eu te quebro. É sério, eu sento os córneos em você.
-Tudo bem... - ele fez sinal de rendição. - Apenas faça anal com ele. Faça uma anal.
-Valeu pela dica. - encarei-o. - Converse com Cody pessoalmente. Abra sua mente!
-Vamos fazer um trato. Se você convencer o Mateus à voltar a falar comigo, eu fico com Cody.
-Isso não faz sentido, e não é justo.
-Só quero meu irmão de volta. - ele fez cara de muxoxo.
-Feito.
E saí. Isso era errado? Negociar seu amigo? E seu namorado? Deuses, eu estou menstruada. Estou muito emotiva. E daqui a pouco, viria os chocolates. Mensagem no celular:
sua louca! temos escola hj, esqueceu?
Matt
Fiquei meio animada, por ele ter acordado. Porque? Fui pra casa, e eram umas 8 da manhã, já havia perdido a primeira aula. Lembrei que Ralph estava com cara de sono.
Ninguém estava em casa, então decidi me arrumar direito, e pegar o resto dos 4 tempos de aula. E hoje, eu ainda teria aula até mais tarde! Merda!
Cheguei na escola, e Cody estava nas escadarias:
-O que está fazendo aqui? - perguntei surpresa.
-Eu... Recebi um texto de Ralph.
Peguei o celular dele e vi a mensagem: um texto.
Cody... Eu acho que deveria te dizer, que durante uma época da minha vida, senti muita atração por você. Senti-me culpado... Você é, e era mais jovem... Me sinto ridículo em escrever isso. Você pediu algo pessoal meu. E aqui está, o meu texto mais romântico. E eu quero que saiba, que eu pensava em você.
Mateus estava doente, então, fui à casa de seu melhor amigo, um loirinho. Acho que devia dizer, que eu gosto dele. E que ele é minha maior fraqueza. Isso é muito ridículo de dizer? Que eu sou hétero, mas ele é minha falha? Cody, é seu nome, e é incrível observá-lo. Ele exerce movimentos atômicos, excitantes. É estranho como fico duro, e completamente ciente que posso me esvaziar só de ver seu rosto angelical. Sua ingenuidade. A casa dele estava vazia, e eu fui entrando. Quando ouvi gemidos baixinhos, vindo de seu quarto. Ele se masturbava baixinho, acariciando sua glande, e fazendo os movimentos na base. Eu me sentia um intruso, mas fiquei duro só de vê-lo. Suas mãos leves e seus olhos fechados durantes toda a ação... Quando ele liberou seu prazer, num gesto obsceno ele provou de si mesmo, e eu não pude evitar de imaginá-lo em cima de mim, imaginando-o rebolar e sussurrar palavrões sujos saindo dele. Isso é tão errado assim?
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bom... reviews!!!