A Musicista De Duas Oitavas escrita por Tia Cafira
Notas iniciais do capítulo
Hey! Um BÔNUS!
Conversamos mais um pouco, e quando já eram 9:20 (hora do intervalo na escola) ouço a porta de entrada bater, e alguém subir correndo. Bateu na porta:
-Rainha?! Carla? Meu amor! - ele espancava a porta. - Fala comigo! O que houve?! Você tá aí?
Eu e Cody nos entreolhamos e Cody me deu tapas na bunda e gritamos sussurrando (sabe?) dizendo para eu escutá-lo, porque não é todo dia que um gostosão chama a gente de meu amor. Fazer o que né? Fui lá, pagar de trouxa.
-Matt?
-Ah! Rainha, vem me dar um beijo, eu fiquei desesperado! Você não atendeu minhas ligações, não respondeu meus SMS's... O que aconteceu?
-Você. - eu segurava as lágrimas, lembrando de tudo e quanto eu tinha chorado.
-Eu?! O que eu fiz? - estrilou ele do outro lado da porta.
-Eu vi você! E a vagabunda daquela ruiva! - gritei querendo arrancar meus cabelos, esmurrar ele e àquela porta.
-Minha prima não é vagabunda! - ele falou baixo.
-VAI DEFENDÊ-LA?! - gritei. Gritei mesmo.
-NÃO! PODE CHAMAR, É VAGABUNDA MESMO! - ele gritou desesperado. Ele parecia querer chorar.
-Eu ouvi!
-Não! Você entendeu errado! Ela tem problemas mentais! Ela tem uma síndrome! Ela é apaixonada por mim, e ninguém pode contrariá-la! Eu só concordo, porque se não, minha tia fica chateada! E minha mãe era chegada nela! Por favor... Por favor, não fica brigada comigo...
-Você acha que eu vou cair nesse papo besta? Sua prima?! Usa uma desculpa original!
-Mas é!
-Então porque me disse que não a conhecia?!?
-Pra te deixar com ciúmes e não te deixar suspeita do pedido de namoro! Rainha... Morena... Acredita em mim... Por favor...
-Porque? Se não vai se tacar da janela?! - disse isso mesmo. Me julgue. Me processa, mas falei isso. Mandei na lata.
-Não. Porque eu te prometi. E prometi á mim mesmo, que chega de mortes nessa família. O amor pode reinar um pouco. Mas eu continuar vivo, e sem você, é a mesma coisa. A mesma coisa morena...
Gente, que é que não se derrete com essas palavras? Eu acreditei nele claro... Mas porque o Cody tinha comentado dela, e eu acredito 100% nele! Se não, a gente ia ter uma discussão mais séria.
Abri a porta, e ele invadiu meu quarto, e me abraçou muito forte. Levantou-me alguns centímetros do chão, e andei de costas, meio desajeitada, porque ele me beijava desesperadamente, agarrou meu rosto com uma mão e meu corpo com a outra e jogou-me na cama.
-Acredita em mim? - disse ele dando-me pequenos beijinhos. Com seu corpo ainda em cima do meu, ele levantou a cabeça, e viu: Cody.
-Sim...
-O que esse cara tá fazendo aqui? Veio tentar se vingar daquela noite? Pois a gente tá bem, e ela me ama. - disse Matt puxando-me.
-Calma. Você sabe que eu sou gay.
Matt ficou vermelho. Bem vermelho. Parecia mangá!
-Ham... Não achei que... Você disse à ela do...?
-Sim. Tudo. - Cody respondeu.
-Calma moreno, eu entendo. E... Ai! Adorei ter um melhor amigo gay!
-Opa, melhor amigo? - ele perguntou ainda vermelho.
-Praticamente irmão. - Cody disse.
-Que porra é essa, vocês só se conhecem há 3 meses!
-Não tem jeito, velho amigo. Primeiro que sua linda e fofa namorada é assim: ou ama, ou odeia. E eu a amo, como irmã, amiga, confidente. Segundo que, vocês se conhecem também, só 3 meses.
-É verdade, amor. - disse a ele, ficando nas pontas dos pés para alcançar seus olhos.
-Ah, mas paixão é assim mesmo. Mas chamar de irmão... - ele coçou a cabeça.
-Ué! Vocês só estão namorando há um dia e já chama ela de amor verdadeiro, mulher, meu amor...
-É diferente!
-Tá, tá bom, Mateus. - Cody desistiu. - Pois você me deve agradecimentos, eu que disse á ela da sua prima maluca Renata, só por causa disso que ela te perdoou, tá? E mais, eu que dei colo à ela, quando ela virou quase a Alice e inundou esse quarto e o resto do Grajaú! Se liga hein, rei!
Matt ficou com a cara lá no chão, e só sussurrou um obrigado e me beijou.
-Mas vem cá, vocês vão viver grudados agora? - Meu Deus! Que garoto ciumento!
-Olha, Matt, eu sei que vocês brigaram, e têm as suas diferenças... Mas o Cody me ajudou, como o Brandon, mas eu o conheço há mais tempo, e ele me entende... - comecei à falar mas fui interrompida.
-Brandon? - perguntaram os dois juntos.
-É. Um menino que conheci quando vinha pra casa, ele me ajudou. Me ouviu... Me levou até na Chaika.
-Mas... A Chaika não existe mais meu amor.
-É, ele roubou as receitas,... Tanto faz! Tem o gosto da Chaika, então, é Chaika!
-Espera, como ele é? - Mateus perguntou-me.
-Alto, mais alto que você; maxilar definido, nariz grande, cabelo castanho liso de corte militar, forte e meio moreno.
-Reparou muita coisa. - ele disse, ciumento.
-Enfim, conhece? - perguntou Cody.
-Esse menino já estudou comigo, o pai dele é empresário... Mas ele é meio chato.
-Porque "chato"?! Ele foi incrível e bem legal comigo! - disse eu.
-Tá, mas é que ele só fala de amor... Sofrimento de amor... Meio poético ele. Metafísico...
-Ai! Que fofo! - Cody "soltou-se".
-Segura a onda, viadinho, que ele tem namorada!
Repreendi meu namorado.
-Que isso! Ele é meu amigo, e não quero falando assim dele! É Cody pra você, tá ouvindo? Se não... - eu ameacei. Foi pra ele perguntar mesmo, porque eu sempre quis dizer isso!
-Senão o que? - disse ele puxando-me.
-Greve de sexo! - falei satisfeita.
-Ok, ok! Codyzinho, bonitinho, divoso, brilhoso, purpurinoso! Amigão! - Mateus falou desesperado me beijando.
-Nhé. - Cody respondeu.
-Bom, vamos na Beijo Beijo comprar uma pizza? - dei a ideia.
-Musa! Não tá com saudade do seu barco não? Tira o atraso! - Cody disse, e eu fiquei vermelha.
-Porque barco? - o idiota do meu namorado perguntou.
-Dã-ã! Por que ela me disse que você é dono de um mastro!
Todo mundo ficou envergonhado, parecendo animê... :S
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