A Musicista De Duas Oitavas escrita por Tia Cafira


Capítulo 34
Durou tão pouco... Tão pouco... Mentiroso!


Notas iniciais do capítulo

Bom, notinhas, perdi meu PC, e estou escrevendo da casa de um amigo. Mas semana que vem, já to com um PC novo! (ebaaaa) tomara que seja aquele que vira tablet *w*



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Segui a ruiva, sem deixar que ela percebesse, quando vi Matt sair da sala, meu coração, batia forte:

-O que foi aquela coisa ridícula de "me namora?"??

-Ah... Aquilo... É que ela pode parecer bobinha, mas não é fácil não. Ciúmes, ruiva?

Que tipo de conversa era aquela??

-Acho-a bem idiota. No que ela te interessa?!

-Cody. Cody não pode ficar com ela.

-Até parece... Você pegou a namorada dele!

-Detalhes... Vamos ao cinema hoje?

-Claro, MEU, SÓ MEU, moreno! - e o beijou.

Meu coração se partiu, meus ossos ficaram fracos, e minhas lágrimas formaram uma trilha pelo meu rosto facilmente, eu não podia acreditar! Durou tão pouco... Tão pouco... Ah, meu amor! Porque fez isso comigo? Eu confiei em você, eu amei você, eu perdoei você!

Saí aos prantos, pedi para uma menina da mina classe pegar minha coisas e fui embora. Fui à pé, pois seu carro me traria seu cheiro... Olhei para a calçada quente, deveriam ser umas 8 da manhã. Muito cedo para desilusões... Ainda chorava de soluçar, e ficou tão forte, que me debrucei na escada, estava de joelhos, e eu sentia minha energia se esvair:

-Posso te ajudar?

Um menino, tocou meu ombro, devia ter uns 18 anos, e usava um uniforme de escola. Tinha cabelos castanhos, e olhos marrons, e era bem grande.

-Eu... não... mas... mas obrigada... -consegui dizer entre soluços que partiam até meu coração. Eu queria chorar, eu queria me enterrar.

-Por favor, você parece uma menina tão legal... Deixa eu te ajudar!

E ele me ajudou à levantar. Pude ver seu rosto de perto, tinha um maxilar marcado, e lábios carnudos, um nariz um pouco grande para o seu rosto, e cabelo de corte militar.

-Obriga-gada.

-Nada... Tem que ter alguma coisa em que eu possa ajudar, por favor.

-Eu acho que não... Mas obrigada, mesmo. Só quero a minha cama.

-Eu.... Posso te levar pra casa em segurança pelo menos? Uma menina assim, frágil como você... Andando sozinha... Por favor, juro que não sou um psicopata. - sua voz era grave, e tinha mãos largas.

-Tudo bem.

Abrecei a mim mesma, envolvendo meu tronco com meus braços, e abaixei a cabeça, deixando meu cabelo formar uma cortina, que cobria minha cara inchada e vermelha, e minha maquiagem feia. Eu estava com tanto frio...

-Desilusão amorosa?

Parei, e olhei para ele. Virei meu corpo inteiro, e fiquei ali encarando-o por longos minutos. 10? 13? Talvez.

-Como sabe? - perguntei.

-Eu já sofri muito com isso... Sei como é. Você deve estar querendo se enterrar, querendo sua mãe, e um banho longo. Você quer se matar, e está se perguntando "porque durou tão pouco?" Porque... Pra quem gosta de verdade, o tempo é sempre pouco.

-Eu não sei como sabe disso mas... Acertou. - eu fui sincera.

-Quer falar sobre isso? Estou aqui pra te ajudar.

-Bom... Minha mãe casou com o pai dele... Eu dormi com o irmão dele... Aí, ele me perdoou, ele tentou se matar, quebrou minhas costelas porque usava drogas, se declarou, me pediu em namoro... E hoje.... Pela conversa que ouvi dele com uma garota... Ele sempre me traiu.

-Acho que entendi. Mas... posso dar minha opinião?

-Claro.

-Ele não tinha de ficar bravo com você por ter dormido com o irmão dele. Se ele te amasse, não ia usar drogas, e nem usar drogas justifica ele ter te machucado. E se ele te traiu, é porque você não é pra ele.

-Uhum. - sabe, é difícil ouvir isso. Por que, por mais que você saiba que a pessoa está certa, como vai dizer à essa pessoa tudo que você passou com a outra? Como traduzir tudo que vocês viveram, quando sentiu as verdadeiras palavras? Como?

-Poxa, eu gostei mesmo de você. Eu queria te levar a um lugar que vou quando estou mal. Você quer conhecer?

-Tá.

O segui, e perto dali, uma esquina com uma sorveteria que eu nunca tinha visto, apareceu.

Entramos na sorveteria, e sentamos.

As mesinhas eram temáticas, e eram meio escuras, você não conseguia dizer o que estava contecendo na mesa ao lado.

-O que você gosta de pedir?

-Bom, para desilusão amorosa, é bom descontar todo o amargo da relação numa sobremesa bem doce... Que tal, um Vampiru's shake? É um milk shake de morango com calda de chocolate e morango. Vem com uns marshmallows e gotas de baunilha.

-Ok. E você, vai querer o que?

-Hm... Eu vou querer... Um Ice Cream Soda. Cuidado, aqui é tudo gigante! - e sorriu-me.

Aquele menino estava sendo muito simpático, eu nem merecia! Eu não conseguia dar um sorriso...

Chegou nosso pedido, e meu deus... Aquilo era muito bom!

-Quer provar o meu? É sorvete de creme batido com Sprite.

Provei, e aprovei, mas continuei com o meu Vampiru's.

-Bom, qual seu nome?

-Brandon. E o seu?

-Carla.

-Ah, legal. Gostou do lugar?

-Sim, mas nun vi nem ouvi falar, é muito bom pra ficar escondido...

-É, o lugar é do meu pai. Trabalhamos aqui. Aqui é a última loja Chaika.

-Ai meu deus! Eu adorava a Chaika de Ipanema! Mas acabou...

-Eu... roubei as receitas, e montamos uma réplica da Chaika... - ele riu, mas deteu-se.

-Eu vou voltar aqui, talvez engorde uns quilos.

Nos entreolhamos, e curtimos nossos shakes.


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Notas finais do capítulo

e aí, que que ces acharam do brandon? ele não é vilão!