Odin e Frigga me levaram ao meu novo quarto. O Pai de Todos nos deixou lá alegando que tinha coisas importantes para fazer.

- Espero que tenha gostado do seu novo quarto, querida. – Frigga disse passando a mão em meus cabelos enquanto eu olhava o enorme quarto.

Para dizer o mínimo, o quarto era maravilhoso. Todo em dourando e branco. A cama era maior do que qualquer king-size que tínhamos na terra, os edredons e cobertores tinham fios de ouro e pareciam ser tão confortáveis que me deu sono.
As cortinas eram brancas e escondiam pelo que vi de relance, uma grande sacada. O guardarroupa dava para Nárnia de tão grande. O papel de parede era em tons pastéis com pequenas flores e o tapete tomava todo o chão do quarto, na cor bege-clara e muito peludo.

- Amei, é lindo. Obrigada. – Eu disse à Frigga, sorrindo. Ela retribuiu o sorriso e me guiou até uma outra porta que tinha no quarto (que eu não havia percebido antes). A porta se abriu e revelou um enorme banheiro.
O banheiro tinha três pias. Sim, três. Era todo em ouro e tinha uma enorme banheira de porcelana branca com desenhos em prata.

- Vou preparar seu banho e escolher um belo vestido Asgardiano para você. – Frigga abaixou perto da banheira e a encheu, colocou sais de banho e perfumes. Quando a banheira estava cheia de espuma, Frigga me deu uma fofa e enorme talha branca. – Aqui, vou te deixar sozinha.- Ela disse e me deixou sozinha, voltando pro meu novo quarto.

Tirei minha roupa e entrei na banheira; afundei todo meu corpo e fiquei um tempo submersa tentando acreditar se era tudo verdade o que estava acontecendo.  Comecei a gritar embaixo da água soltando todo o ar dos meus pulmões.
Voltei à superfície sorrindo, finalmente acreditando onde eu estava. Olhei de novo para o banheiro e suspirei. Sabe quando você se sente não pobre, mas miserável? Pois é.

Achei os sabonetes e os shampoos, comecei a tomar banho e quando terminei me enxaguei com um chuveiro que era acoplado à banheira. Banheira? Acho melhor o termo pequena piscina ou piscina média, porque era simplesmente enorme.

Enrolei meu corpo na toalha e voltei pro quarto onde Frigga me esperava sentada na cama. Ela segurava um pente de madeira em suas mãos e, estica em seu lado havia um lindo vestido de cetim verde.

Frigga bateu em seu lado da cama e eu me sentei. Ela começou a pentear meus cabelos, delicadamente. Quando estavam devidamente desembaraçados ela me deu as lingeries para vestir.

Coloquei tudo e Frigga me ajudou a colocar o lindo vestido de cetim. Pela primeira vez em tempos me senti bonita quando a mulher me colocou na frente do espelho. Ela me deus as sandálias e eu as coloquei.

- Meus meninos vão adorá-la, tenho certeza. – Ela me disse quando voltei a me sentar para que terminasse de arrumar meus cabelos. – Tenho dois. Thor, o mais velho e Loki, meu mais novo. São verdadeiros amores. – Frigga disse me levantando e me parando na frente do espelho, mais uma vez.

- Espero que eles gostem de mim. – Corei olhando pra ela, Frigga me deu um sorriso. Viramos a cabeça para a porta quando ouvimos alguém bater.

Frigga foi abrir e um enorme homem loiro passou pela porta. Eu disse enorme? Acho que ele estava além disse. Além de ser largo, ele era alto... Muito alto! Não posso mentir, eu me encolhi e olhei pra ele, temendo que o homem fosse a qualquer momento nos atacar. Sem contar que ele carregava um martelo gigante!

Frigga ficou na ponta dos pés e beijou o rosto do homem que sorriu. Ela o puxou pela mão até ele ficar em minha frente.
– Querida, esse Thor, meu filho mais velho. – Ela disse e Thor abriu um lindo sorriso. Ok, ele era enorme e largo, mas não pude deixar de notar sua beleza. – Thor, essa é Rebeca. – Thor estendeu sua mão para mim e eu inocentemente a segurei, mas ele levou minha mão a sua boca e a beijou. Devo dizer que fiquei mais vermelha que um tomate?

- É um enorme prazer te conhecer, Rebeca – Thor disse após soltar minha mão. Ele olhou para sua mãe e disse as seguintes palavras que me fizeram tremer: - O banquete de boas-vindas para Rebeca está pronto, mamãe. – E Thor se foi despreocupado. Eu congelei com a boca aberta.