Tinham se passado cerca de 5 dias desde que tinha chegado na cabana de Nahuel, minha rotina tinha se tornado basicamente comer, dormir, me lamentar por eles terem consegui do vir para cá sem deixar rastros e tentando arrumar formas para fugir. Não que iriam funcionar pelo menos todas que havia tentado só me proporcionaram machucados.

Mas da mesma forma ainda acreditava que meus pais iriam me achar de forma alguma desistiriam de procurar. Assim como Jacob.

Já era de noite e não tínhamos caçado desde o primeiro dia, eu estava com muita sede. E me perguntava se Nahuel sabia disso, afinal ele poderia ter ido caçar sem mim. Pensar nisso me deu um ódio, se fosse pra me manter prisioneira me alimentasse pelo menos. Um leve rosnado saiu entre meus lábios.

— Que bom que esta acordada, estou me perguntando quanto tempo você vai continuar negando acreditar que ninguém ira acha-la. — Nahuel entrou com uma garrafa de cerveja em sua mão, isso me fez ficar mais atenta.

— Nunca deixarei de acreditar conheço suficientemente minha família.

Nahuel começou a me observar de uma forma exagerada me deixando extremamente sem graça e com medo de falar algo. Depois de instantes assim Nahuel se aproximou e disse:

— E seu namoradinho? Você realmente acredita que ele ainda a procura após o grande problema que você se tornou para ele? — Jacob. Ele sabia meu ponto fraco.

Como sempre ficava quando ele mencionava Jake, fui levada as minhas memórias, que eram cada dia menos estimuladoras. Suspirei pressionando meu rosto na parede.

— Pelo visto você ainda gosta muito dele.  O que é um problema entre nós.

— Não posso esquecê-lo.

— Se você quiser pode sim, ele não te merece, nem e da sua espécie. — ele rosnou e jogou de lado aa garrafa ainda cheia.

Não podia me ver, mas tinha certeza que meu rosto estava perplexo, ver Nahuel reagindo assim. Por mais que ele tinha me sequestrado e não se mostrou bêbado em hora alguma. Pela primeira vez meu lado humano se sentiu ameaçado, por mais que o meu lado vampiro estivesse querendo puxar uma briga com ele, ainda me sentia fraca pra isso e sem reação pelo o que tinha acabado de ver.

— Você é minha agora, não adianta nem se lembrar de seus momentos alegres com ele porque nunca mais ira vê-lo! — ele rosnou e eu senti álcool em seu hálito.

— Nós somos ligados de uma forma inexplicável, e impossível... — fiquei sem palavras, Nahuel tinha acabado de dar um soco na pequena mesa que ficava ao lado da mesa provando que era realmente forte, provavelmente mais do que eu apesar de sermos da mesma espécie.

— Quero ver se ele ainda vai te querer depois disto aqui.

Ele se aproximou de mim com um sorriso em seu rosto. Meu corpo dizia para eu sair daquele lugar nesse instante, mas ele foi mais rápido e me prendeu com suas mãos que pareciam aço. Por mais que eu tentasse soltar não conseguia. Minha parte vampira tentou o atacar mais ele desviou e rosnou.  Vendo que não iria ser solta, o desespero tomou conta de mim.

— Me solta...

Ele colocou seus lábios nos meus. Senti cheiro de álcool misturado com um forte cheiro de sangue, ele tinha acabado de caçar, provavelmente tinha voltado minutos antes de entrar no quarto. Esse era o plano dele, fazer com que eu sentisse o cheiro de sangue. Tentei me concentrar, não podia fazer o que ele queria.

— Pelo visto você não vai cooperar, melhore esse humor da próxima vez você pode se arrepender amargamente. — ele levantou com um ar ameaçador.

— Não terá próxima vez e se tiver não me arrependerei de te negar isso, você me enoja. — Cuspi mas não tive tempo de ver seu rosto pois segundos depois ele me deu tapa na cara.

Lagrimas ameaçaram sair. Eu estava cansada demais, com sede demais para me fazer de forte então deixei-las virem, se não fosse me alimentar logo, logo não teria forças ate para me levantar. Nahuel se virou chutou a garrafa que agora se encontrava vazia e foi embora levando junto meu desespero mas deixando um alerta para que eu conseguisse alguma forma de sair daquela prisão.