30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 32
twenty three [part. I]


Notas iniciais do capítulo

Cara, só digo uma coisa: Tem tanta coisa bizarra acontecendo que eu não consigo parar de rir. Nem sei como eu consegui terminar esse capítulo depois de tantos acontecimentos.
Em poucas palavras, encontrei meu Alec, mas não é do jeito que estão pensando, foi muito mais bizarro.
Capítulo dedicado pra linda Jane Wazowski (Little Jane ), não apenas pela recomendação, mas por me faz dar essas boas gargalhadas.



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A lua acima de mim possuía um brilho prateado, que se refletia no lago a meus pés. Era o lago que ficava ao fundo do chalé de Alec, eu o reconheci facilmente. Meus dedos tocaram a água, mas ela não estava tão gelada quanto achei que estaria. Olhei meu reflexo, bem a tempo de ver a aproximação do moreno por minhas costas. Seus lábios se curvaram em um sorriso no momento que seus olhos encontraram os meus. Sentou-se a meu lado, seu braço esquerdo sobre meus ombros envolvia-me, de modo acolhedor.

Aconcheguei-me em seu peito, mas ele se moveu e eu acordei.

– Desculpe-me - Alec sussurrou. Abri os olhos e pude vê-lo inclinado na cama, procurando uma maneira de fugir da prisão formada por meus braços em sua cintura - Não quis te acordar. Você dormia tão tranquilamente.

– Não se preocupe - ainda com o corpo coberto pelo edredom, do pescoço para baixo, debrucei-me sobre o vampiro, dando-lhe um selinho breve e voltando a me encolher na cama. Deixei-o ir.

– Vou fazer o café da manhã. Algo em especial?

– Sabe fazer waffles? - arqueei as sobrancelhas, lembrando-me das waffles de minha avó Esme. Eram as melhores.

– Se não soubesse, aprenderia - ele riu, levantando-se da cama e caminhando em direção ao banheiro. Ainda estava nu, o que me levou a crer que não havia se levantado de minha cama até aquele momento.

Quando ele saiu, já de banho tomado, vestia apenas uma cueca vermelha. Mordi o lábio com a visão. Ele riu e se encaminhou para o pequeno closet acoplado ao quarto. Do lugar onde eu estava, era capaz de vê-lo completamente. Se não estivesse deitada, teria caído com a visão que tive. Sobre as dezoito cicatrizes de Alec havia diversos padrões de quatro riscos paralelos cada, bem como em suas costelas. Como eu não vira isso antes? Meu olhar entrou meus pensamentos, e ele gargalhou.

– Exato. - vestiu uma calça preta e pegou uma camisa e seu casaco em mãos, retornando a meu lado. - Renesmee Cullen, você conseguiu machucar um vampiro e deixá-lo pedindo por mais.

– Alec - sentei-me repentinamente, puxando-o de volta para a cama. Meus dedos percorrem as marcas rosadas - Sinto muito - mordi o lábio mais uma vez, com tanta força que sangrou. - Droga.

– Não se preocupe - ele me beijou, sua língua percorrendo o machucado recente, cicatrizando-o - Não dói. Não de verdade - ele deu de ombros - Só arde um pouco, mas é bom... Traz lembranças à tona.

– Meu Deus, Alexander, se quiser se lembrar de como é fazer sexo, eu não ligo de repetir a dose, mas nunca mais deixe com que eu te arranhe desse modo. - passei os dedos pelo cabelo, nervosamente - Como não vi essas marcas antes?

– Costumam aparecer apenas depois do banho, como qualquer machucado... É como bronzeado, suponho. - ele riu, deixando as roupas de lado e voltando a me beijar. Seus dedos frios percorriam a base de minhas costas nuas. Sua boca desceu para meu pescoço, onde trilhou meia dúzia de beijos que foram substituídos por uma risada abafada. - Mas se você quiser repetir a dose...

– Você não presta - sorri, encarando-o nos olhos. Meu estômago resmungou - Tomara que saiba fazer waffles.

– É o que veremos. - num pulo ele estava vestido e pronto.

Saiu pela porta assim que me levantei. Eu estava totalmente dolorida, mal conseguira ficar de pé. Mais uma dezena de passos e me afundei na banheira. A água era quente, mas nem mesmo isso fez com que meu corpo amolecesse. Tinha a sensação de ter sido atropelada. Até mesmo respirar era difícil.

Depois de longos vinte minutos, saí da banheira e me sequei, envolvendo-me na toalha. Caminhava de volta para o quarto quando meu reflexo chamou minha atenção. Eu estava destruída, machucada. Joguei a toalha no chão, para conseguir ver os estragos por todo meu corpo. Era ainda piores que meus braços e pernas. Em ambos os lados de minha cintura, hematomas arroxeados formavam a marca perfeita de onde as mãos de Alec permaneceram firmes por tanto tempo. Os ombros tinham as mesmas marcas, bem como minhas coxas. E doíam.

Não era uma dor insuportável, não. Mas era constante, estava presente o tempo todo. Eu sabia que Alec não poderia ver aquilo em hipótese alguma. Na ponta dos pés, retornei ao quarto. Felizmente era um dia frio, ele não estranharia as roupas que vesti – afinal, nem muitas opções eu possuía, de qualquer forma -. Olhei-me no espelho novamente. As únicas marcas que eu não conseguira cobrir foram os arroxeados no pescoço, consequência direta dos chupões e mordidas. Felizmente – ou infelizmente, ainda não sei –, estas eram apenas a ponta do iceberg de hematomas que eu possuía.

Desci as escadas lentamente, sentindo o cheiro de waffles sendo preparadas. Olhei para meu corpo mais uma vez, insegura. Está tudo coberto, Renesmee, relaxe. Respirei fundo, o que fez com que um gemido de dor escapasse por meus lábios. Alec se virou para mim, com o rosto franzido.

– O que foi? - perguntou-me, enquanto descia os últimos degraus.

– Eu acho que tenho um T maiúsculo por cozinheiros, isso é jogada baixa. - adiantei-me mais alguns passos e o moreno veio até mim, passando os braços por minha cintura. Por mais leve que fosse seu toque, eu estremeci.

– Está com frio? - sua mão direita subiu para meu rosto, seu polegar fazia movimentos circulares em minha bochecha.

– Um pouco – era uma meia verdade – Mas estou com mais fome do que frio e se você queimar a comida eu vou começar a chorar.

– Desculpe-me, milady. - ele sorriu e me deu um selinho, voltando a seu posto no fogão. Sentei-me em uma das banquetas, observando-o por trás do balcão. - Quer calda de chocolate, caramelo ou morango?

– Surpreenda-me – respondi, fechando os olhos de modo dramático.

Voilà – o moreno me abraçou por trás. Abri os olhos e vi uma bandeja de prata coberta. Destampei-a, e minha boca se encheu d'água. Alec havia feito waffles em forma de coração, com diversas coberturas diferentes.

– Romântico – comentei, dando-lhe um selinho.

– Piegas – ele deu de ombros e pegou minha mão direita. Nela, colocou a aliança que havia sumido até então. - Acho que precisa disso de volta.

– Achei que tivéssemos terminado. - dei um meio sorriso, experimentando o café da manhã. Estava delicioso.

– Sobre isso... Bem... Eu não sei como será depois que você se for. Eu não quero que você fique na Guarda, sou sincero com relação a isso. Não quero que você arrume problemas com a sua família, também. Mas não serei capaz de viver longe de você, isto é, nem sei realmente se estou vivo, mas você me entendeu...

– Alec – disse, após engolir mais um pouco de comida. Estava realmente deliciosa, e eu estava morta de fome – Vamos encontrar um jeito, ok? - virei-me na banqueta, ficando de frente com ele. - Pode levar dezenas de anos para que eu consiga convencer minha família, mas um dia eu consigo. - segurei suas mãos, olhando-o nos olhos. - Só preciso ter certeza de que esperará por mim.

Como se eu fosse capaz de abandonar a única coisa que me faz feliz nesse mundo.


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Notas finais do capítulo

Avisos importantes:
1) Não se esqueçam de conferir minhas outras fanfictions; tenho escrito bastante nos últimos dias.
2) Criei um cronograma de postagens, confiram-o aqui:
https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0As3Q6YFLEYmmdHJYNHJ4QUx5ZXJsdk05bFBiTldhOWc
3) Demorarei mais para postar os capítulo, minha vida anda muito ocupada.
4) Meu pai está me incentivando a escrever um livro, o que provavelmente vá acontecer. Sugestões?
5) Estou prestes a começar um Original. Vocês leriam?