30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 31
twenty two [part. II]


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores, como estão? Em primeiro lugar, antes de vir atirando pedra pela demora, leia o capítulo e responda se é possível fazer um desse em um mero dia. "Mas, poxa, Queen, já faz uma semana". Isso quer dizer que faz uma semana que estou esperando comentários. Então, a julgar pelo tamanho dos textos, quem levou mais tempo? Pois é. Aos lindos que me deixaram comentários, saibam que li todos; mas funciona assim: ou eu respondo ou escrevo, então...
Bom, o capítulo é dedicado às lindas: Ana Eduarda e DarkDreamer21, que me deixaram recomendações maravilhosas. Muito obrigada.
Nos vemos nas notas finais.



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 Ajeitei os cachos por cima dos ombros, terminando de vestir a gargantilha. Após terminar a maquiagem, olhei-me nos espelho, observando o modo como a roupa provocante abraçava minhas delicadas curvas. Um pensamento passou-me pela cabeça. Eu nasci pra ser uma vampira. E não qualquer uma. Imaginei-me andando por um castelo, na Idade Média. Talvez fosse até melhor viver naquela época. Eu seria destinada a me casar com alguém; e fim. Sem o direito de me apaixonar, sem o direito de sofrer por amor.

Meu próprio suspiro tirou-me de meus devaneios. Calcei os sapatos e borrifei algumas gotas de perfume por minha pele. Olhei pela janela: o sol estava se pondo; a luz laranja era refletida na fonte principal de Volterra. Do quarto onde eu estava, era capaz de ver toda a praça em frente à torre; era capaz de ouvir cada triste batida do sino. Alguém bateu à porta.

- Está aberta – sussurrei, na certeza de ter sido ouvida.

- É uma ista realmente bela – a voz de Alec soou em meus ouvidos. Virei-me para encará-lo. A proximidade me fez corar – Não mais bela que você, de qualquer forma.

- Obrigada – respondi, instintivamente. Por que ele fazia isso comigo? - Nossa aposta ainda está de pé? - mudei o peso de meu corpo para a outra perna, cruzando os braços na altura do peito.

- Ia te perguntar a mesma coisa – seus lábios se curvaram em um meio sorriso. Alguns dias atrás, esse seria o momento que eu me atiraria em seus braços.

- Bom, eu quero minhas respostas, então... - dei de ombros, fitando o chão.

- Está disposta a tirar uma vida para saciar sua curiosidade?

Eu não havia pensado desse modo, não. Um tremor percorreu minha coluna, mas não me movi. As mãos de Alec pousaram em minha cintura, e seus lábios tocaram minha testa. Não aguentei e me joguei contra seu corpo, inalando o perfume suave de sua pele.

- Por que está fazendo isso comigo? - perguntei, em lágrimas – E não me diga que não pode responder, porque ao menos essa explicação você me deve.

- Eu preciso saber até aonde você iria, Nessie.

- Até aonde eu iria pelo quê, Alec?

- Por mim – ele se afastou, desconfortável. Seus olhos estavam inchados, mas ele não chorava. Ele não poderia chorar; era um vampiro. - Diabos, Renesmee; eu preciso saber até aonde você iria por mim.

Era uma noite fria. Minhas pernas tremiam não penas pelo clima, mas pelo nervosismo do momento. Eu iria até o inferno por Alec. Comecei a andar em círculos pela praça. Não importa onde estivesse, eu sabia que o vampiro me seguia. Sentei-me sobre um banco, absorvendo a fraca luz do luar. Olhei ao redor, procurando por alguém; por qualquer um.Quanto mais cedo acabasse tudo isso, melhor.

Um jovem rapaz atravessava a praça. Deveria ter seus vinte a cinco anos. Suspirei. Pelo menos não era um velho; ou uma criança. Isso deveria fazer as coisas mais fáceis, só que não foi assim. Levantei-me e corri de modo inumano na tentativa de alcançá-lo; ele tinha um passo rápido. Conforme me aproximava, podia ouvi-lo conversar ao telefone.

- Eu estou correndo pra lá – disse, fungando. - A bolsa estourou quase um mês antes, ninguém esperava. - Houve uma longa pausa – Obrigado, cara. Valeu por avisar o Jem e o Gus. - ele tinha uma voz chorosa – Mal acredito que vou ser pai! - e acelerou o passo mais uma vez.

Congelei, vendo-o correr pela noite. Droga. Eu não seria capaz de fazer aquilo. Senti minhas pernas pesarem. Eu não era capaz de tamanho egoísmo. Lentamente, retornei á praça. Alec saltou de uma árvore, tomando-me nos braços. Abri a boca, mas não saiu palavra alguma; as lágrimas me domavam a face pela segunda vez em poucas horas.

- Com o tempo você se acostuma – ele sussurrou para mim, tirando seu casaco e vestindo-me com ele.

- Alec, eu não... - tomei fôlego – Eu não consegui – apertei-me mais contra seu peito, mas ele enrijeceu. Achei por bem afastar-me – Sinto muito por isso.

- Você não o matou? - perguntou, confuso. Num gesto rápido com a cabeça, neguei. - Graças a Deus.

- Como você está? - Alec fechou a porta de meu quarto, mas não acendeu a luz. As velas perfumadas e o luar já eram o suficiente para iluminar o local. Retirei os sapatos, arremessando-os contra a parede. Caí sentada na cama.

- Que tipo de pergunta é essa? - fui grossa. Não, eu não estava bem. Aliás, nem sei se estava alguma coisa. Tentei desfazer o laço da blusa às minhas costas, mas de tão trêmula quanto estava, não consegui; o que me deixou mais irritada. O vampiro se pôs atrás de mim, ajudando-me. - Estou confusa – respondi, procurando me acalmar.

- Confusa em relação a que? - os dedos do moreno moveram meu cabelo para o lado; suas mãos massageavam meus ombros. Era relaxante. Suspirei, fechando os olhos.

- Você precisava disse que precisava saber até aonde eu iria por você – falei, mordendo o lábio – E depois agradeceu a Deus por não ter matado aquele homem – virei o rosto para trás, encarando-o – Eu achava que você era ateu.

- Sou agnóstico – ele riu, puxando-me para si, de modo que minhas costas encontrassem seu peito. Revirei os olhos.

- Não é sobre isso que estou em dúvida – passei a mão por meus cabelos, nervosamente – E não tenho nem meu direito às suas respostas.

- Eu vou te dar as respostas – o vampiro riu de uma possível piada interna.

- Por que daria? - bufei, irritada – Realmente estou confusa.

- Por que não daria? Só não falei nada até agora porque você nunca me perguntou. Não percebeu isso?

- Eu vou te matar, Alexander.

- Se eu morrer, não terá suas respostas – ele me virou com tal rapidez que mal percebi o que aconteceu; quando me dei por mim, estava seitada sobre seu corpo. - Qual a primeira pergunta?

- Por que terminamos? - lancei, sem pensar.

- Era o melhor para você – fitei-o, irritada. Levantar-me-ia quando ele continuou – Depois da festa, Caius veio falar comigo – aninhei-me de volta em seu peito – Ele queria que eu te convencesse a se juntar à guarda. Disse que você não era a mesma garotinha de seis anos atrás; disse que você era uma Volturi, não uma Cullen. Disse que eu deveria me aproveitar disso.

- E você tentou me afastar. Pra eu não querer ficar – concluí. Lembrei-me das palavras de Caius, em nosso passeio noturno após o meu desmaio: Você é uma guerreira, Renesmee. Espero que encontre o lugar certo para alguém tão especial como é. Balancei a cabeça, livrando-me das lembranças, ressentida por ter sido enganada pelo loiro durante tanto tempo – Isso ainda não me explica o porque de pedir... Aquilo. - estremeci.

- Eu precisava saber que Caius estava errado. Precisava saber que você não mudaria por mim.

- Eu mudaria por você – debrucei-me sobre ele – Isto é, se você realmente quisesse.

- Eu não quero que mude. Nem nunca vou querer.

- Não? - perguntei, confusa.

- Não.

- Por quê? - franzi o cenho.

- Mas que droga, Renesmee – Alec nos virou, debruçando-se sobre mim, enquanto se apoiava em seus cabelos. Seus olhos escarlates fitaram os meus – Não quero que mude porque eu te amo. E eu te amo do jeito que é.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não percebeu, é a primeira vez que ele diz a ela que a ama. Lindo, não?
A fanfiction está chegando no fim. Triste, realmente triste. Imagino que eu a termine nessas férias. A segunda temporada, porém, não virá tão cedo. Enquanto isso, porque não dão uma olhada nas minhas novas histórias? Tem "Promised" e "Eternidade", ambas escritas com co-autoras lindas e maravilhosas; vale a pena conferir.
Provavelmente, antes do próximo capítulo, vá rolar uma One-Shot sobre o que aconteceria depois dessa cena que acabaram de ler, então, leitores safados, fiquem de olho. Se eu publicar, aviso na minha página do Face.
Não se esqueçam dos reviews.