30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 10
nine


Notas iniciais do capítulo

Fui consideravelmente rápida, eu sei. Mas é porque eu estava em casa. Acabou o feriado, acabou a rapidez, meus queridos. Vocês querem que eu seja rápida? Sejam bons. Estou com 49 leitores e 29 favorites.
Sabe quantos comentários tive? DEZESSEIS. Tem gente que favoritou a fic e nem comentou, velho. E tem mais, desses dezesseis, tem aqueles que comentam "Amei" "Gostei" "Posta mais" e/ou "Continua". Sério mesmo, ISSO NÃO É REVIEW.
Não quero impor metas pra reviews decentes, mas vocês sabem que se tratarem minha fic como qualquer outra, vou tratar vocês como quaisqueres também.
Se querem que eu poste mais, demonstre isso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320373/chapter/10


Não foi uma noite tão ruim quanto eu jurava que seria. Meus pesadelos começavam a aparecer de meia em meia hora, mas, como se sentisse isso, Alec me puxava para si, fazendo-me retornar ao estado de semi-inconsciência. Depois de cinco vezes, não aguentei mais tentar dormir. Eram quase três da manhã, e eu não teria nada pra fazer o dia inteiro. Virei-me, ficando de frente para Alec. A fraca luz do luar que entrava pelas frestas da cortina era o suficiente pra que eu pudesse distinguir seus traços e observar suas feições. Ele estava calmo e sorria. Era engraçado vê-lo utilizando uma calça de moletom e uma camiseta simples. Não combinava com o vampiro secular que era.


– Você fica bem assim – sua mão tocou o meu rosto – Sem maquiagem, cabelo bagunçado e cara de sono. – enterrei meu rosto na curva de seu pescoço, corando. Afinal, eu ainda corava, certo?

– Você é um tremendo mentiroso, Alec Volturi. – disse, afastando-me e levantando da cama. Eu precisava me arrumar. – Estou de volta em dez minutos. – sorri, parei no guarda-roupa pra pegar qualquer coisa e fui para o banheiro.

Lavei meu rosto, acendendo a luz, então. Meus olhos estavam mais vermelhos. Quase totalmente vermelhos. Respirei fundo, escovei os dentes e me troquei. Depois do acontecido, eu não me importava mais com o que usar. E a julgar pelo frio que fazia, achei melhor me agasalhar. Fiz uma maquiagem leve, e encarei meu reflexo outra vez. Quando a transformação terminasse, eu poderia comer... Normalmente?

Chutei meu pijama pra qualquer canto e saí do banheiro. Alec me pegou no colo antes que eu sequer desse por sua presença, fazendo-me rir. Sentou-me no banquinho do piano e se pôs ao meu lado, ainda de pijama. Ele tinha o cabelo bagunçado, como se realmente tivesse acabado de acordar, e trazia aquele lindo meio-sorriso em seus lábios. Fiquei observando seu perfil enquanto ele começou a tocar. A música era linda, e eu a reconhecia, mas não sabia de onde. Eu sempre achei fascinante os vampiros – sempre tão acostumados com a agilidade – conseguirem tocar tão doce e delicadamente músicas lentas. Deveria ser impossível, não?

Lentamente o ritmo reduziu e a música cessou. Eu ainda estava perdida em pensamentos enquanto olhava os traços de Alec. Tão aristocráticos, mas ao mesmo tempo, tão suaves. Talvez fosse assim com os vampiros. Paradoxos. Levantei a mão, pairando-a em seu rosto. Com a ponta dos dedos, sentia cada centímetro quadrado de sua pele. Seu rosto se aproximou do meu e senti nossos lábios se encontrarem. Um arrepio percorreu todo o meu corpo, o que fez com que eu me afastasse por uma fração de segundos.

– Tudo bem? – o moreno perguntou, preocupado.

– É só que... – lhe dei um selinho – O que vai ser de nós dois?

– Como assim? – ele fitou-me, confuso.

– Eu só vou passar um mês aqui... E então tudo isso simplesmente... Acaba?

– Não pensei sobre isso – ele deu de ombros – Mas nada simplesmente acaba. A não ser que você queira. – Alec deu de ombros novamente – Você quer?

– Não. – balancei a cabeça – Claro que não, seu idiota. – comecei a rir, e ele me beijou mais uma vez.

Não era delicado, porém. Era mais voraz, mais cheio de desejo. E eu não o culpava, contudo. Eu sabia que não devia ter tocado naquele assunto, mas pareceu-me um mal necessário. Aos poucos, senti meu corpo ceder, e quaisquer resquícios de resistência se esvaíram de mim. Eu sentia suas mãos firmes em minha cintura e momentos depois estávamos no sofá, ele por cima de mim, sem me machucar, no entanto.

Dessa vez, foi ele quem se afastou. Eu não queria. Queria continuar beijando-o, até que o mundo acabasse. Mas, dois segundos depois, ele estava vestido em seus trajes costumeiros e se sentava ao meu lado.

– Aro quer te ver. Ele está curioso em seu treinamento.

– São quatro horas da manhã, porque ele mandaria alguém me chamar...

Então uma batida na porta me deixou com um olhar de incredulidade.

– Nada acontece nesse castelo sem que Aro saiba. – ele sorriu, parecendo triste, porém. Abriu a porta e lá estava Jane.

– Cullen – ela resmungou, fazendo um gesto pra que eu a seguisse. Olhei para Alec que acenou positivamente e eu o fiz.

– Bom te ver, Jane – tentei parecer simpática, mas havia algo de muito sombrio nela. – Você sabe o que ele quer? – perguntei, acompanhando seus passos rápidos.

– Faço uma ideia. – ela sorriu, indicando que o que quer que soubesse, não me contaria – E, a propósito, obrigada. Por Demetri.

– Eu não fiz nada, realmente – respondi, confusa.

– Assim como você e Alec não têm nada, não é? – uma risada escapou por seus lábios – E, não, ninguém, além de mim, sabe. Mas eu conheço meu irmão.

– É algo no comportamento dele? Ou sei lá... – eu estava curiosa. O que havia mudado em Alec?

– Acredite ou não, são as músicas que ele toca. Meu quarto é a menos de vinte metros, então consigo ouvir perfeitamente tudo que se passa, se eu prestar atenção. E eu gosto de ouvi-lo tocar. Mas ele é tímido.

– Ele costuma tocar essas músicas quando está afim de alguém? – perguntei.

– Ele nunca havia tocado essas músicas antes.

A sala do trono estava mais quieta que o normal. Apenas os três mestres estavam lá, além de mim e Jane. Eles já confiavam em mim o suficiente pra não precisar da guarda? – não que a Jane, sozinha, não fosse capaz de acabar comigo. Aro indicou para que eu me aproximasse, e estendeu sua mão em direção à minha.

– Não. – exclamei, notando que não deveria ter feito isso – Quero dizer, senhor, eu prefiro que não faça isso. Algumas coisas não precisam ser compartilhadas.

Caius me olhou incrédulo. Se tivesse um pouco menos de controle sobre si mesmo, diria que o loiro deixaria o queixo cair. Marcus me olhou... Aliviado? Não sei exatamente, mas teve uma mudança súbita em seu comportamento normalmente morto. Aro pigarreou, como se contasse até dez.

– Tudo bem. – ele disse, finalmente – Mostre-me então. Mostre-me tudo o que julgar útil.

E eu o fiz. Mostrei tudo, inclusive algumas poucas conversas minhas com Alec, deixando de fora qualquer coisa que pudesse dar indício de um relacionamento. Quando seus olhos voltaram ao normal, rapidamente tirei minha mão de seu rosto, evitando lhe mostrar mais do que deveria.

– Você não teve pesadelos? Isso parece bom. – Aro falou consigo mesmo, retornando ao trono. – Imaginei que fosse sofrer mais, Renesmee. Talvez não seja tão fraca quanto sua família. – Resisti ao impulso de confrontá-lo mais uma vez. Por que, de repente, ele parecia tão frio? – Está dispensada.

Saí de lá, babando de raiva. Quem ele pensava que era? E de que adiantou ver tudo o que passou em minha mente nessa semana? Passei na porta do quarto de Alec, mas ele não estava lá. Peguei meu celular e coloquei os fones, ouvindo música no volume máximo. Tudo que eu não queria agora era um vampiro me importunando, não importa quem fosse. Saí em disparada para o terraço, observando as estrelas.

O sol nasceu e se pôs. Minha playlist já havia se repetido doze vezes. Mas eu não queria fazer nada. Queria ficar sozinha. Eu não tinha fome alguma, fosse de comida ou sangue. Depois de visualizar quatro vezes toda a galeria de fotos de meu celular, decidi ligar pra única pessoa do mundo que, apesar de tudo, seria capaz de me ajudar.

E felizmente, havia sinal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou muito mais ou menos, eu sei, mas isso é culpa de vocês. Escrevam decentemente da próxima vez.
E vocês, bons leitores, que comentam sempre maravilhosamente bem, mil perdões de por acaso eu demorar. Não são culpa de vocês, eu juro.