Idiota,é isso que o Bernardo é,sorte que aquele dia na escola não tinha mais ninguém.Não quero nem imaginar o que iam falar se pegassem a gente se agarrando lá (digo,a gente virgula,ele me agarrou) iam sair por ai espalhando que eu to grávida já.Ou nem tanto.Mas nem sei por que to lembrando desse dia.Afinal,to sentada no meu banco e do Bruno.Meu e dele,por que é o banco onde tudo começou.Mas,que seja...

-Então Sofie,eu queria te perguntar uma coisa. – Tomara que ele não peça um autografo,minha mão ta doendo.Mas se ele for realmente um grande fã meu,eu até penso no caso.

-Hm,sim? – Falo em duvida.

-Você gostaria de... – E uma buzina nos nossos ouvidos,impedindo ele de terminar a fala,e que me faz sair correndo pela praça.

-SOFIE,VOLTA AQUI. – Berro Matt rindo,desgraçados.

-VOU MATAR VOCÊS,SEUS FILHOS DA MÃE. –POR ELES EU NÃO SEI O QUE O BRUNO IA FALAR.

-CALMA,SOFIE CALMA. – Berra Bernardo correndo,filho da mãe,desgraçado.

-CALMA?CALMA É MINHA MÃO NA TUA CARA,DESGRAÇA. – Ta,eu podia muito bem estar correndo atrás de um dos outros tios,mas eu tenho mais ódio pelo Bernardo.

-EU NÃO QUERO MORRER TÃO JOVEM. –Que bom que ele sabe que vai morrer.

-PARE DE FUGIR DE MIM RETARDADO. –Por que as pessoas do parque tão olhando estranho para a gente?Eu só quero matar ele.

[...]

-Ta mais calma Sofie? – Pergunta Kaique de um distancia segura para ele.

-To. – Curta e grossa assim como o...do...Nada.

-Mesmo?É seguro eu me aproximar?Quer dizer,nós nos aproximarmos? – Ele pergunta dando um pequeno passo.

-É. – Falo e me deito no banco da praça.DEITEI NO BANCO DA PRAÇA,TENTANDO TE ESQUECER,ADORMECI E SONHEI COM VOCÊ.No sonho blá blá blá,sorte que ninguém lê pensamentos (eu espero) (hello Edward).

-Mesmo? – Kaique pergunta novamente.

-É PORRA,NÃO TA VENDO QUE TO SEM ARMA? – Falo estressada. – Olha um passarinho. – Aponto para o céu,sinto algo em minha testa. –PASSARINHO ESTUPIDO. – A sim,os idiotas tão rindo. – Imbecis. – Murmuro e fecho os olhos,vagando em minha mente,na doce ilusão de que não vou me casar e vou ter 101 dálmatas.

[...]

-SOFIEEEEEEEEEEEE. – Amam meu nome que eu sei...

-QUE É? – Berro.

-VENHA JÁ AQUI. – E eu vou é claro,não quero castigo,não quero lavar sei lá o que,não fiz nada,sou quase uma pessoa muito santa.

Desço as escadas tropeçando em todos os degraus,por que a vida é uma festa.Chego na sala vejo minha mão com um sorriso daqueles de quem vai aprontar,tem uma coca e um Mc Lanche na mesa,ela aponta para mim sentar no sofá bem na frente da comida.Ela quer alguma coisa,e lá vem bomba.

-Sofie querida. – To ficando preocupada. – Vamos hoje a primeira prova de vestido. – Falei que vinha bomba. – E sim você vai usar. – E ainda me obriga.

-Mas tenho que usar salto? – Saiu como “mash nhoto usha shalto?” por conta do lanche que eu mal percebi,mas já to comendo.

-Engula primeiro,tua mãe não te deu educação? – Piada engraçada mãe,continue tentando.

-Eu tenho que usar salto? – Pergunto depois de ter engolido.

-Ah,sim,claro. – Merda,cocozinho.

-Pooooor que mundo crueeeel,pooorqueee? – Dramatizar é arte minha gente.

-Levanta desse chão,ta sujando. – Por que tão querida mãe,por que?

-Hunf,vamos logo. – Pego o lanche e a coca,e saio comendo até o carro.

-Ai que lindo. – Chega dessa vida.Minha mãe perdeu a noção das coisas,”Ai que lindo”? Hm,vou entender isso como “Nosso como minha filha é linda e maravilhosa”,é melhor.

[...]

Nunca provei tanto vestido em toda minha vida.E fui descobrir que falta apenas DOIS meses pro casamento da minha mãe.Que filha desnaturada eu sou.Se bem que,minha mãe nem deve saber que to no primeiro ano se duvidar.A desnaturada é ela,isso sim.

-Chegamos em casa,laralalara. – Minha mãe cantarola feliz da vida,bufo em resposta. – Aquele não é o menino Bruno? – Ela aponta para um tio sentado na calçada do outro lado da rua.

-Ah,acho que é. – Falo saindo do carro. – BRUNO? – Berro e o ser levanta a cabeça,me vê e estica os braços para cima e começa uma dança ridícula.Vou até ele.

-Heey. – Ele fala e se levanta assim que chego perto dele.

-Olá...Hm,ta muito tempo aqui?E por que ta aqui? – Ele começa a rir do modo rápido como falei.Esses imprestáveis de hoje em dia.

-Vim aqui pra te ver. – AWN. – Mas não tinha ninguém em casa. – Interessante.

-Acho que o Leo ta trabalhando e o Bernardo no inferno. – Falo pensativa.Ele ri da minha resposta. – E eu sai com a minha mãe.Então...

-Então,tenho que terminar o que eu ia falar de tarde certo? – Tinha até esquecido seu querido.

-Ah,é. – Olho para o céu,depois para minhas unhas que tão com esmalte de anos atrás,ai olho meu tênis que ta todo sujo,olho para a minha casa,olho um cachorro fazendo necessidades,espera,eca!

-Então,eu queria perguntar se você... – E um berro o impede te terminar de falar (Novamente impedido).

-OI SOFIE. – Berram quatro retardados,sabe,acho que se eu matar eles,não vai fazer nenhuma falta nesse mundo.