Era Uma Vez Um Talvez Felizes Pra Sempre escrita por Ana Bia


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

To no meio do mato, socorro! Mas arranjei um jeito de escrever esse capítulo. ^^



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Acordei com minha mãe batendo na porta e abrindo.

- Rafaella no telefone. Chamou ela pra vir aqui?

Fiz que sim com a cabeça, levantei sonolenta e fui buscar o telefone.

- Oi.

- Eu  acordo 8h da manhã pra ir passar o dia com você, são 11h e você ainda tava dormindo? – Esporro dela, ninguém merece.

Ri. – Tava, ta parecendo minha mãe, para.

Ela riu também. Disse que já estava quase chegando, dei as coordenadas e desliguei. Fui comer alguma coisa e tomar um banho, coloquei um pijama novo depois. Em pouco tempo, ela me liga pra saber a casa. Sai e a vi de longe, acenei e ela veio até mim. Nos abraçamos forte, que saudade que eu tava daquela menina! Vi o sorriso largo dela me vendo, e o sol realçando as sardas dela. Entramos.

- Oi tia. – Ela cumprimentou minha mãe.

Segurei na mão dela e puxei ela pro quarto.

- E ai, como você ta? – Ela sentou na cama e me olhou.

- To bem né, to simpatizando mais com o lugar.

Ela me olhou torto. – O que te fez mudar de opnião tão rapido? – Ela deu um sorriso sarcastico.

Ri desajeitada – Eu te mostro hoje, se dermos sorte. – Olhei pro chão e dei um sorriso bobo lembrando do sorriso da menina linda. Que boba eu.

Arrastei ela pra arrumar um pouco das coisas comigo e depois tomamos banho e nos arrumamos bem lindas. Bom, ela estava linda pelo menos, eu tentei estar. Fomos ao shopping mais perto, ver se tinha alguma coisa boa e estreiar o cinema. Compramos ingresso pra qualquer filme. Vimos o filme e depois fomos lanchar no MC.

- Ei, vai me contar ou não o lance com o Fred?

- Que lance? Não tem lance, acho que é uma besteira, eu gosto de mulher! – Ela bateu na mesa e eu ri.

- Você ta gostando de um menino, muito filho da puta mas é um menino, aceite isso.

- Nunca! – rimos. – Eu não sei, ele é muito meu amigo, eu sei que ele não presta e ele é um menino. – Ela fez cara de triste e eu ri – O que eu faço?

- Conhece pessoas novas.

Ela me fitou e pareceu pensar um pouco. Me distrai comendo batata.

- Ai, ta, vou tentar.

- Muda pra cá também. – Ri.

- Se sua mãe me aceitar na sua casa...

- Ela tem que aceitar. Mas e seus pais?

- Não sei, se você quiser mesmo, eu dou um jeito. Tem um quarto pra mim?

Sorri e a abracei forte.

Demos uma volta no shopping e depois saimos. Parei na praça que tinha encontrado aquela galera e sentei num banco, ela sentou do meu lado.

- Foi aqui. – Sorri.

- Foi aqui o que? – Ela me olhou mas eu ainda olhava pra frente.

Respirei fundo e olhei pra ela – Que eu encontrei algo que me fez simpatizar mais com a cidade.

- Uma praça? Ta de sacanagem né?

- Não po! Não foi a praça, foi o que eu achei nela.

- O que você achou?

- Ela não ta aqui.. – Senti ela me olhando surpresa, mas não disse nada. Continuei. – Um grupo de pessoas que pareciam legais – Suspirei – E uma menina linda.

- Isso tudo então pra pegar uma menina linda? Uau!

- Não! Quero conhecer ela.

- Chega nela. – Ela cruzou os braços. – Ai vocês viram melhores amigas e fim.

- Ei, para. Só quero conhecer ela, me encantou.

Isso supreendeu ela. Acho que esqueci de mencionar que eu não sou uma pessoa que se encanta muito com as outras. Acho bonitas, sim, mas não me encanto, não do jeito que aconteceu com Ela.

- Bom, conheça ela então.

- Tenho vergonha, você sabe.

- Então perca. – Ela forçou um sorriso.

Vi que não tivemos sorte. Eu, pelo menos, não. Resolvemos voltar pra casa. Minha mãe deixou um bilhete avisando que tinha saido com o “Henrique”. Fiquei com raiva, mas a Rafa me disse pra ignorar, e  o fiz. Colocamos música alta e quando começou “Higway Star” do Deep Purple, puxei ela pra dançar. Rimos e dançamos boa parte da noite. Dormimos no sofá e acordamos no chão. Já eram 13:30, tinhamos dormido bastante. Minha mãe tava na cozinha com cara de acabada.

- Dormiu em casa? – Perguntei, sabendo que não.

- Não. – Ela falou baixo.

- Eu já sabia. – Sai rápido e vi que a rafa já estava acordada.

- Bom dia? – Ela falou, meio questionando.

- Tarde. – Corrigi e ri.

Estendi a mão pra ela levantar e fomos pro quarto. Mais a tarde um pouco, ela já tinha que ir pra casa. Nos despedimos com um abraço bem apertado e quase chorei, mas não chorei.

A Rafaella é uma das únicas pessoas que eu gosto na minha vida. Ela, minha madrinha e minha irmã. E gostava do meu pai.

Faltava uma semana pro início das aulas, fui logo comprar meu material. A semana passou lenta, e as brigas com a minha mãe diminuiram por ela passar menos tempo em casa, já que já tinha começado a trabalhar. Confesso que fui todos os dias à praça, pra ver se encontrava a menina. Que babaquice a minha.

No primeiro dia de aula, acordei indisposta, mas surpreendentemente, bonita. Tomei um banho e coloquei uma calça black jeans com suspensório jogado, uma regata do Guns, um all star preto de cano médio e fui.

Cheguei no colégio e era bem grande, muito maior que o meu antigo. Fui na recepção saber minha sala e me disseram que tinha que olhar no mural. Fui e vi meu nome, sala 12. Tinha certeza que ia me perder, mas a timidez falou mais alto e não perguntei, simplesmente tentei ir e, por sorte, consegui chegar.

Não acreditei quando vi, a menina linda era da minha sala! Sorri, mas disfarcei olhando pra baixo. Ela não me viu, estava com os amigos. Sentei na última carteira pra assistir a aula. A primeira professora entrou, e deu as boas vindas, palhaçada de início de ano. Foi perguntando o nome de cada um. Essa era minha chance de saber o dela.

- Nina Turner.

Nina Turner. Nina, que nome lindo. Anotei no caderno, ia procura-la no facebook, claro. Duvido que ia esquecer, mas preferi anotar.

Todas as aulas do dia seriam como a primeira, tenho certeza. Ouviria o nome dela várias vezes, gostei. Na hora do intervalo, como não conhecia ninguém, peguei meu caderno e levei. Sentei na gama mesmo, encostei numa árvore e fiquei desenhando. Senti uma mão no meu ombro e ouvi:

- Que lindo! Você desenha muito bem.

Arrepiei na hora. Era a voz dela, tenho certeza. Olhei pra trás e a vi. Parecia a primeira vez que via aquele sorriso lindo e aquele piercing dentro da covinha.

- Meu nome é Nina, prazer.


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Notas finais do capítulo

Eu gostei >< haha. fica complicado escrever aqui então o próximo só quando eu voltar mesmo. Até o próximo capítulo. xx



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