"...

Você quer tornar memorável?

Você quer roubar um pedaço do tempo?

Você pode cantar a melodia para mim

E eu posso compôr algumas frases..."

- Bon Jovi-

– Não vê por onde anda?! – falei virando o rosto para ver o indiví.....

NÃO ACREDITO! Fiquei de boca aberta, meu olhos lacrimejaram, e nos olhamos nos olhos, eu estava prestes a chorar, sem acreditar no que estava vendo.

– É você mesmo?! – perguntei com a voz fraca, ele não falou nada apenas acenou ,afirmando, com a cabeça, sem pensar duas vezes eu apenas o abracei forte, ele me apertou contra seu peito, e escondi meu rosto na curva de seu pescoço, eu estava mesmo chorando?! Não deixei de perceber que ele também estava derramando águas.

– Que saudade, princesa... – ele falou soando como um murmúrio, que saudades de sua voz, seus apelidos carinhosos, seu abraço quente e confortador. Nos separamos, ficando á pouco centímetros um do outro. Ambos enxugamos as lágrimas, e sorrimos.

– Olha Dc, me desculpe por aquele dia e....- ele tocou com os dedos em meu rosto.

– Não precisa se desculpar, deixa o passado para lá. – falou sereno com os olhos tristes.

Os mesmos olhos que me olharam naquela tarde....

FLASHBACK On’

– Oi mô....- ouvi uma voz atrás de mim e me virei animada, ah! Era o cebola.

– Cebola não posso conversar, o Dc volta hoje de viagem....- falei sem dar a mínima atenção para a sua presença – aliás Ele ligou e disse que já está chegando aqui.

– Calma mô...- ele falou se aproximando mais de mim...- relaxa, e não precisa negar mais não né? – falou erguendo as sobrancelhas – eu sei que você ainda me ama, e eu te perdoo por ter me trocado por ele.

Não me conti e gargalhei.

– Cebola, não vem com esse papo de novo tá?! – falei dando de ombros - nós não temos mais nada! Não estraga essa nossa amizade não tá? – falei e me virei, ele segurou nos meus braços com força.

– Não diga não, ao que você quer mô....- falou e me beijou, eu o empurrei.

– VOCÊ TÁ DOIDO!? – gritei com raiva, mas ele me tomou nos braços e me apertando contra ele, sem querer pus as mãos na sua nuca e.....NÃO, e me afastei brutalmente dele.

– O QUE ESTÁ A CONTECENDO AQUI?! – Falou Do contra derrubando as malas.

– Perdeu cara, facilou ela já escolhei a mim...- falou cebola, me puxando pela cintura, o olhei indignada e me soltei dele, e corri para o Dc.

– Dc, não está acontecendo nada do que você está pensando.; - ele se largou de mim, e deu um soco na cara do Cebola, que caiu no chão e ficou desacordado.

Eu fiquei pasma! E andei até ele.

– Acredita em mim vai...- falei sentindo meus olhos umedecerem.

– Mônica...- falou contando até dez – EU NÃO SOU IDIOTA! – gritou com raiva. Fiquei atônita nunca o vi desse jeito.

– Não faz isso...- tentei acalmá-lo, e pus minha mão direita em seu rosto. Ele pegou a mesma e a tirou.

– Eu já entendi tudo....- falou apertando os olhos, ele tava mesmo chorando?! – acabou Mônica...

O QUÊ??! NÃO ISSO NÃO, TUDO MENOS ISSO.

– O QUÊ?! – Falei levantando um pouco a voz, e chorando desesperada- não, não, não faz isso por favor...

– NÃO TORNE ISSO MAIS DIFÍCIL! – ele falou se virando de mim, deu passos largos saindo, se distanciando, eu corri e agarrei seus ombros, abraçando-o, ele não correspondeu.

– PORRA DC! ACREDITA EM MIM.! – Falei me soltando dele.

– Ah! Então o que eu vi é apenas uma ilusão de ótica?! Não pera, eu sonhei por um segundo e acordei...- Ele mordeu os lábios com força – eu já disse e vou repetir, eu não sou idiota! – exclamou.

– por favor...fica comigo...- sussurrei abaixando a cabeça. Minhas lágrimas já tomavam conta do meu rosto.

– não consigo....- respirou - Adeus princesa! – e se foi, não adianta insistir, aquele “Adeus” me acertou como uma pedra, me derrotou, me fez fraca, eu só apenas vi sua sombra desaparecer entre as árvores....

FLASHBACK OFF’

– Não precisávamos dizer Adeus, não precisávamos de dor, sofrimento....-falei soando um murmúrio .

– não, não precisava...- ele falou – tem que trabalhar? – indagou normalmente.

Tá eu tinha, mas ele era mais importante então....FODA-SE O TRABALHO!

– Não...aliás, que tal a gente ir no parque? – falei sem tirar os olhos daqueles lábios que tanto tinha saudade – para conversar....- completei baixo.

– claro...- ele falou e estendeu o braço, o segurei e apertei, sentindo saudades demais de tocá-lo. Não conversamos todo o caminho, sentamos onde ficava o mais longe das pessoas, sentamos e eu tirei o casaco, e o meu salto, incomodavam.

– Pra falar a verdade Dc...- falei baixo Ele me olhou – eu nunca te esqueci...- falei chorosa.

– Eu sempre te amei, e nunca deixei de te amar...- ele falou, não, não consegui deixar de escapar lágrimas...e nos abraçamos bem forte, pus minhas pernas uma em cada lado de seu quadril e o abracei, eu estava como cebola, mas amava á ele, ao Dc, Deus o que fazer?! Eu tinha uma filha! Ele me abraçou também, me apertando contra seu peito, e respirava o cheiro que emanava de sua pele, aquele cheiro que me desnorteava, me deixava tonta.

Nos separamos, e nos olhamos nos olhos, ambos procurando algo para falar, algo para fazer, depois de anos um longe do outro.fomos nos aproximando, e.....

O que sempre acontece em finais felizes, um beijo, caloroso e romântico debaixo de uma árvore linda!

Minhas mãos foram para sua nuca, puxando os pequenos fios de cabelos negros formados em um camaleão de rabo grande que ele sempre tivera.

Entre o beijo, lágrimas de ambos desciam, descompassadas, sem saber para onde ir, estar com ele, era tudo que eu sempre quis, por quê?! Por quê tínhamos de estar longe um do outro?!

Apertei minhas unhas em sua nuca, mostrando prazer, e dor, estava ferida, havia um buraco em meu peito que jamais fora cicatrizado.

Me envolvendo com os braços pela minha cintura, me apertou contra seu peito, o mundo todo parou, os pássaros estavam mudos, o vento já não soprava mais, e o meu coração estava parado, esperando alguma reação minha.

Nossas línguas se encontraram assim como nós, ficamos assim até os nossos pulmões pararem de respirar.

– Eu te amo...- sussurrei com a testa encostada na dele, ambos de olhos fechados, tentando acalmar a respiração, do presente beijo dado, um beijo de amor, saudade, afeição, carinho.

– te amo, muito....- ele falou e apertamos os olhos.

Seria mais uma jornada, mais um desafio, estava com outro homem, pensando no Do contra minha vida inteira, eu tinha uma pequena, e.....seria um outro destino completamente diferente, tínhamos que resolver isso, nos abraçamos sem dizer mais nada, e fechei meus olhos....

( Seja o que Deus quiser....)