Nina e o Grand Chase escrita por NessBR


Capítulo 6
Capítulo VI – Sentença de morte




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Capítulo VI – Sentença de morte

 

 

 

O quarto ficou imerso no silêncio por alguns segundos, exceto pelos soluços contínuos de Arme e os cantos alegres dos pássaros do lado de fora da janela ensolarada. Incrédulos, todos pareciam tentar situar sua própria mente no que estava acontecendo naquele aposento, até que as dúvidas vieram à tona.

- Arme, o que está dizendo? – perguntou Ronan, intrigado. – Qual é o motivo do seu choro?

- A Nina vai ser executada...? Como você sabe disso? – indagou Elesis, com uma expressão séria no rosto.

- Eu vi... tudo! – explicou Arme, puxando as palavras em meio ao pranto. - Foi uma visão, horrível! A pessoa que estava protegendo a garota... foi ela que me mostrou!

E então ela contou tudo o que viu. Contou a experiência que teve naquele ambiente sombrio acima da face das águas, as histórias que aquele espectro fazia passar na sua cabeça, e, por fim, a dramática visão da morte do grupo e da destruição de Altegria, na qual esteve presente. Mais um minuto de absoluto silêncio, estavam chocados demais para comentar. Lire suspirou, e, aproximando-se da amiga abatida, abraçou-a e disse no tom mais calmo que pode:

- Você tem certeza de que isso tudo não passou só de...

- TENHO SIM! – esbravejou Arme, esquivando-se grosseiramente do abraço da garota, fazendo-a mostrar-se ligeiramente assustada e contrariada. – Eu sei como é uma visão, sei diferenciar de um sonho. Será que vocês não entenderam? Nina será morta injustamente e tem uma coisa solta por aí que pretende matar e devastar tudo, incluindo a gente!

- Arme, e se tudo isso for alguma armadilha? E se alguém está tentando nos atrair para algum lugar perigoso por meio do seu sonho? – acrescentou Jin, pensativo.

- Eu acho que o único jeito de sabermos isso é procurando, não é? – interpôs Ryan, pouco confiante.

- O Ryan tem razão – concordou Elesis. - Só saberemos se nós formos à busca de informações. A começar pela execução da Nina.

- Isso! Talvez o balconista da estalagem saiba de alguma coisa. – sugeriu Amy, apreensiva.

- Vamos então – finalizou Ronan, e assim todos os presentes saíram do quarto e rumaram para o térreo do imóvel. – Venha também Arme, acalme-se, por favor – pediu, parando quase à porta ao ver que a colega permanecera sentada sobre a cama, tremendo de pavor.

- Ah! Eu tenho que chamar o Lass, podem ir na frente! – lembrou-se Ryan à descida da escada, dando meia volta.

Chegaram à sala de recepção do alojamento às pressas e dirigiram-se ao balcão, onde encontraram o recepcionista: um senhor de baixa estatura e de cabelos ralos.

- Bom dia! – cumprimentou ele calorosamente. – Se quiserem comer, o café da manhã já está pronto na mesa do refeitório...

- Bom dia, mas nós precisamos perguntar uma coisa a você com urgência – interrompeu Ronan. – Por acaso você conhece uma garota chamada Nina, uma prisioneira que fugiu do cárcere há poucos dias?

- Ah, a feiticeira das trevas? – lembrou-se no mesmo instante, atônito. – Conheço, sim, se bem que eu ache difícil existir alguém neste lugar que não tenha pelo menos ouvido falar sobre ela...

- Você sabe se ela será executada? – continuou Elesis.

- A camareira me contou hoje cedo que irão executá-la, parece que hoje mesmo às dez da manhã.

- Essa não! – exasperou-se Arme, consultando um relógio de parede atrás de um confortável sofá. – Faltam apenas quinze pras dez!

- Se bem que não será nada mal que aconteça, toda a vila já esperava por isso. – comentou o balconista com uma sinceridade inconveniente para o grupo que ouvia. – Afinal, ela era uma maga negra, e eu ouvi dizer que chegou a atacar muitas pessoas.

- Aliás – interrompeu Ronan novamente, retornando ao assunto anterior -, você conhece a história da donzela?

- Bem, essa é uma das lendas contadas aqui pelas bandas de Altegria desde a sua fundação. Mas é só uma lenda, não aconteceu de verdade. Falando nisso, tem gente que acredita que foi a partir desse episódio que a magia negra foi inteiramente proibida. Por acaso vocês acham que a feiticeira tem algo haver com a lenda?

- Viu, eu não disse isso pra vocês? – cochichou Arme baixinho para os amigos, sem que o balconista ouvisse.

- Onde vão executá-la? – quis saber Ronan.

- Pelo que eu me lembre será na praça central, a maioria dessas mortes importantes são apresentadas em pleno local público. Isso é mais para deixar todos tranqüilizados, mostrar que caras perigosos estão sendo punidos. Bem que eu gostaria de assistir também, sabem...?

- Ok, muito obrigado, senhor – agradeceu Lire, cortando a conversa abruptamente e deixando o senhor mudo, e junto com os outros saíram do prédio para o pátio ensolarado da entrada do Templo Central.

- O que faremos agora? – perguntou Amy.

- Tá na cara, né? A profecia era verdade mesmo, tudo o que o tio nos disse se encaixa! A história da donzela, o ódio que o povo tem contra a Nina, e ele até sabe da sentença de morte! Agora teremos que impedir que o meu sonho vire realidade – disse Arme.

- Ou seja: vamos ter que parar a execução da Nina, tanto pelo fato dela ser inocente quanto pela profecia que a Arme recebeu – explicou Jin, ao ver a expressão confusa da Amy.

- Mas precisamos correr, temos pouco tempo! – alertou Arme, intrigada. – Vamos ver se o Basílio está lá fora, ele pode nos levar de carroça.

Correram para o lado de fora além dos grandes portões, e viraram-se de um lado para o outro para observarem a estrada de barro mas não conseguiram encontrar nenhum sinal do piloto.

- Droga! – exclamou Jin. – Não tem outro jeito, vamos a pé!

- Ai, não vai dar tempo! – desesperou-se Arme ao consultar as horas em um relógio de bolso que carregava.

Dispararam escadaria abaixo e apertaram o passo o máximo que puderam pelas ruas movimentadas. Por onde passavam, perceberam que população inteira parecia, quase como uma procissão, dirigir-se à apenas uma direção; para a mesma direção em que estavam indo: a praça central. Pareciam ligeiramente empolgados, e aqui e ali o grupo do Grand Chase conseguia entreouvir entre conversas alheias coisas como “Nina” ou “a feiticeira das trevas”. Ronan olhou de relance para Arme, e percebeu que esta se mostrava extremamente agoniada, fixava o chão com o rosto contraído de preocupação enquanto corria. Se a profecia se cumprir, será mesmo que todos eles morreriam? Como isso aconteceria? Talvez a única que sintia de verdade o problema por qual estavam passando era mesmo a Arme, pensou Ronan.

 

***

 

A praça estava lotada. Pessoas pareciam surgir de todos os cantos possíveis, todas para apreciar o evento em que aguardavam ansiosamente nos últimos dias. Tentavam se achegar o mais próximo que podiam do patíbulo, que fora montado recentemente naquele mesmo dia. Acima deste estavam apenas alguns soldados de prontidão a um canto, uma enorme guilhotina posicionada no centro na qual de seu topo pendia uma lâmina amedrontadoramente afiada, e, de frente para o público, um senhor alto de cabelos e barbas alvas, e que usava uma veste branca aveludada.

Em poucos minutos, ouviram-se trotes se aproximando e viu-se uma pequena carruagem negra puxada por um casal de cavalos abrir caminho entre a multidão e estacionar ao lado do altar de madeira da sentença. De dentro saíram mais guardas, e, apurando melhor a visão, podia-se notar que havia uma menina entre eles. Nina estava sendo escoltada para sua própria morte, porém nem sequer protestava e esperneava contra o seu destino: e nem se quisesse poderia fazê-lo, afinal ainda encontrava-se adormecida, carregada pelos braços por dois soldados, mesmo com o seu corpo balançando molemente e seus pulsos presos por grossas correntes metálicas.

Vendo que subiam as escadas para cima do patíbulo, uma pessoa correu desesperada em direção à garota.

- Nina! NINA! – berrava descontrolada. Era a mãe dela.

- Não, querida! – reprimiu o marido, segurando-a bem firme para que ela não avançasse para cima de sua filha. – Não podemos fazer mais nada agora... sinto... sinto muito...

- Não, não podem fazer isso, ela é só uma garota, ela é minha filha! – e sem saber o que fazer, desatinou em um choro de profundo desespero.

Os guardas levaram-na para o lado da guilhotina e pararam ali mesmo, eretos, sustentando Nina com as próprias mãos. O senhor de vestido branco avançou para perto deles, e, sob um silêncio que surgira ao fazer este movimento, anunciou em voz alta:

- Bom dia a todos, povo altegriano! – e dito isto o público retribuiu aos berros com vivas estridentes por alguns instantes, até que se calaram mais uma vez. – Hoje, finalmente, conceberemos a uma perigosíssima criminosa uma sentença de morte merecida. Esta mesma pessoa tem sido culpada por cometer os crimes mais bárbaros dentro de nossas terras, e, para ser honesto, magia negra é um crime grave demais para qualquer um praticar. E como se isto não bastasse, esta menina ainda ousou usá-la contra pessoas inocentes em uma plena rua movimentada, e mais: usou-a de novo para traçar sua fuga de uma prisão de segurança máxima. Infelizmente, ela escapou com êxito, mas como sabemos, nada escapa da justiça dos deuses, e graças a eles, conseguimos rendê-la e agora iremos fazer o julgamento que irá fazer jus à grandiosidade deles.

“Por isso eu, o sumo Sacerdote de Altegria, Aberford, concedo a esta garota chamada Nina a sentença de morte. E que ela parta deste mundo para que não transmita mal algum a nenhum servo dos deuses. Podem executá-la.”

O seu discurso foi recebido com grandes vivas prolongados, e neste mesmo instante os soldados começaram a desacorrentar Nina e levaram-na para baixo da guilhotina, colocando seus braços e pescoço sobre uma alça de madeira e fechando uma outra por cima para que a prendessem ali. Nina, ainda inconsciente, não reagira, não podia perceber que estava prestes a ter a própria cabeça arrancada em questão de minutos. Satisfeito, o sacerdote Aberford apanhou a corda que mantinha erguida a grande lâmina e começou a desamarrá-la.

- PAREM COM ISSO, AGORA!

Alguém no meio da multidão berrara. Berrara tão alto que conseguira sobressair-se em meio aos gritos enlouquecidos, e agora corria em direção ao patíbulo e subia as escadas.

- Quê? Q-q-quem é... – balbuciou o sacerdote. - Eu acho que conheço você!

- Pare com esta sentença imediatamente, não há nenhum sentido em fazê-la agora, não faz parte do nosso trato neste instante – disse a comandante Lothos.

Lothos irrompera de súbito e parou imponente a poucos metros de distância de Aberford. Silêncio total. Todos permaneceram pasmos, escandalizados com a aparição inesperada. Sustentando um olhar de pura seriedade, ela tornou a dizer:

- Parem JÁ!

- Nem pensar! – retrucou Aberford, retribuindo com um olhar igualmente sério, mas no fundo malicioso. – E deixar esta criminosa passar sem ter o que merece?

- Eu entendo o que está pensando, mas ouça-me...

- Não! Você não sabe o quanto esse povo tem esperado para ver essa menina estar onde está agora. Nós não podemos esperar mais nenhum instante – protestou ele.

- Mas ela seria julgada, você me jurou que quando a trouxessem de volta levaríamos em conta julgá-la se ela é realmente culpada ou não antes de qualquer coisa. Foi isso que eu disse aos meus guerreiros antes que partissem nessa missão e não queremos matar ninguém inocente!

- Mas ela não é, ponto final! – respondeu com tom de intolerância.

- Então, no final das contas você deve ter um grande ressentimento contra a menina. Um tão grande a ponto de cometer qualquer loucura para...

- Basta! – exigiu Aberford. – Vamos acabar com isto logo! - e sem avisar retornou a tentativa de desatar a corda da lâmina.

- Eu disse para parar! – urrou ela, e puxando um punhal de seu bolso apontou-o para o sacerdote e disse: - usarei força bruta se for preciso!

Ao verem a cena, os guardas avançaram para cima de Lothos para tentar desarmá-la. Esta por sua vez fez de tudo para desvencilhar-se deles e se debateu o máximo que pode, mas sem resultado. Teve de ser contida por quatro soldados para que ficasse imóvel, e no meio da confusão deixou sem querem o punhal cair no chão. Abeford agachou-se, e com um sorriso triunfante apanhou a arma desinibida e com ela cortou a corda sem nenhuma cerimônia.

- NÃO!

A lâmina despencou do topo da guilhotina, dirigindo-se implacável ao chão para partir ao meio o pescoço da Nina. Mas acontecera em questões de segundos: sob os olhares de assombro das centenas de expectadores uma fumaça negra se desprendera do corpo da garota e logo depois se adensara, materializando acima dela uma criatura. Era uma criatura horrenda: tinha cerca de oito metros de altura; seu tronco era parecido com o de um humano nu, porém grande, magro, acinzentado, e ao invés de pés, possuía algo como garras de harpias; nas suas costas havia um par de asas negras de morcego; seus braços eram largos e possuía punhos grandes, além de uma grande pelagem negra ao redor do pescoço abaixo de sua cabeça, na qual carregava um rosto nefasto idêntica à de um morcego. A criatura, na mesma rapidez que surgira, aparou a lâmina em meio à queda com sua mão gigante sem sequer se ferir. Os seus olhos vermelhos vivos e malignos brilharam, mirando cada pessoa presente e por fim repousando-os sobre o sacerdote. Sem muito esforço, agarrou as duas hastes de madeira da guilhotina e partiu-as ao meio, rugindo enfurecido, e então jogou a lâmina contra Aberford com ferocidade, que, propositalmente, errara-o por pouco. Aberford tropeçou e caiu no chão na tentativa de escapar do ataque repentino. Olhando fixamente para ele, a besta disse:

- Enfim, ousaste contrariar os deuses até o último instante, abusaste de sua bondade a ponto de promover tal atentado a esta imaculada irmã, a escolhida dos céus. Pois, se assim fizeram, e creio eu que o arrependimento nunca tomará os seus corações, passar-vos-ei o castigo celestial, um castigo que eliminará toda a sua raça de intolerantes pecadores da face da terra. Apenas desse modo a glória divina poderá voltar a reinar neste mundo impuro.

E dizendo isto, apanhou Nina com uma das suas garras traseiras de harpia com que se sustentava, esvoaçou as asas de morcego e voou veloz em direção ao centro da cidade.

- Não... não pode ser! – sibilou Lothos, ainda detida nos braços dos guardas, em que estes já não prestavam atenção nela, mas assistiam espantados a partida do monstro.

- QUÊ ABERRAÇÃO ERA AQUELA? – berrava a multidão.

- A GAROTA ESTAVA ENDEMONIADA!

- TEMOS QUE CAÇAR AQUELE MONSTRO E TRAZER A GAROTA DE VOLTA!

- Com licença, licença por favor... Lothos!

- Essa não, chegamos tarde! – lamentou-se Lire.

A equipe do Grand Chase acabara de chegar ao local e tentava passar pela infinidade de pessoas agitadas, até que Arme localiza Lothos acima do estrado de madeira, ainda presa pelos soldados.

- Lothos, o que faz aqui? – perguntou Jin, perplexo.

- Pessoal... desculpem-me, eu falhei... – admitiu ela.

- Mas o que era aquilo que voou para a cidade? – indagou Arme. – Onde está a Nina? Não me diga que...

Lothos abaixou a cabeça, sem palavras. O mais resumidamente que pode, contou ao grupo tudo o que acontecera naquele local. Ao terminar, Arme começou a chorar em silêncio.

- Lothos, era tudo armado! – contou Ronan. – A Nina, ela estava sendo protegida por um anjo, a Arme mesmo viu! Esse anjo nos mostrou que Nina era inocente e o que iria fazer se Nina fosse executada, e bem... a Arme nos disse que nos viu... mortos! – e sussurrou a última palavra no ouvido dela.

- Santo Deus! – exclamou Lothos. – Nós precisamos ir...

- Você não irá a lugar algum, senhorita Lothos! – interrompeu Aberford, aprumando-se, e dirigindo-se a eles. - Eu, o sumo Sacerdote de Altegria, declaro que você está presa!

- O quê? Não tem direito de fazer isso comigo! Você que é o culpado! Trapaceiro! – protestou ela, tentando desvencilhar-se dos soldados, que haviam apertado o seu braço com mais firmeza.

- Atacando o enviado dos deuses, você devia se envergonhar! – disse ele com um sorriso inexpressivo. – Guardas, levem-na.

- Lothos, não iremos deixar que prendam você! – exclamou Elesis.

- Não, escutem! - pediu Lothos, tentando impedir os guardas de levarem-na para longe dos amigos. – Vocês têm que impedir que uma catástrofe ocorra, e não se importem comigo! – acrescentou, percebendo que Ronan abrira a boca para contrariá-la. – Por favor, tragam a Nina de volta... me perdoem, eu fui frágil demais.

“Eu vim na tentativa de dar a ela pelo menos uma chance de julgarem-na, de buscar a verdade por trás dela como eu havia prometido a vocês, que se preocuparam demais, visto que os responsáveis judiciais daqui não me deram muitas respostas. Mas eles me traíram. Eu os fiz prometer que não faria nada até tomarmos a decisão final juntos. Por isso, fiquei incomodada e vim correndo pra cá, sem saber o que estava esperando.

“Eu peço a vocês mais uma vez, tragam a Nina de volta!”

Lothos os encarou com o olhar mais sério e decidido que já a viram fazer, sem sequer derramar uma lágrima. Então, pondo as mãos sobre os seus ombros, Ronan disse tranqüilamente:

- Não se preocupe, nós iremos imediatamente. Afinal, você é quem nos dá as ordens, e, aliás, alguma vez nós já falhamos?

Lothos, então, assentiu com a cabeça, abrindo um bondoso sorriso.

- Pessoal, vamos! – ordenou ele.

- Lothos... boa sorte! – choramingou Amy.

- Avante, Grand Chase! – bradou Lothos.

Sem se revoltar, Lothos seguiu com os guardas escadaria abaixo, entrando na mesma carruagem de qual saíram e partiram pela rua. Aberford encarou o grupo de amigos com malícia e atenção, mas estes se deram o prazer de retribuí-lo e apressaram-se pela multidão que já se retirava e seguiram para o centro da vila.


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