Um dia lindo, o céu azul e limpo contrastando com a grama verde brilhante, ao fundo um parque com varias arvores, alguns brinquedos e muitas pessoas andando de um lado para o outro.

-Vamos papai.- Ele ouviu uma vozinha o chamando- Eu quero ir em todos os brinquedos, quero algodão-doce, pipoca e....

-Ei, ei, ei.- Ele olhou para a figura mirrada de cabelos castanhos crespos e olhos verdes a sua frente- Não acha que é muita coisa?.

-Papai Ray deixa.- Ela o olhou manhosa.

-Ele não é seu pai.- Agora eles estavam sentados em um banco.- Ja falei.

-A mamãe não vê nenhum problema.

-É claro que não. Não escute o que ele diz certo, eu sou seu pai.

-Não brigue com a mamãe Tony, a final você não pode fazer nada. A culpa de tudo isso é sua, e você sabe, se nunca tivesse embebedado-a isso não aconteceria. Admita Tony, ela é seu pior pesadelo...

-Não!- Ele acordou assustado, o peito arfava e sua respiração estava pesada. Tudo não passara de um sonho. Ele levantou do sofá e olhou no relógio, três da manhã, já estava se acostumando a acordar com os extra matinais enjoos de Ziva. Ele viu uma luz debaixo da porta, abriu-a devagar e se deparou novamente com uma Ziva pálida.

-Bom dia- Ele falou, ela o olhou mal encarada.

-Não queria te acordar- Ela passou por ele indo em direção a cozinha.

-Não acordou, ja estou me acostumando..- Ele a viu pegar um livro e sentar-se em uma poltrona.- Não vai voltar a dormir?

-Não consigo- Ela abriu-o e começou a ler.

-Deveria descansar.- Ele falou novamente.

-Eu estou bem.- Ela passou uma pagina do livro.

-Pelo menos tente. Vamos assistir um filme então.- Ele estava escolhendo um na prateleira, ela aceitou. Os dois sentaram-se no sofá, após alguns segundos ela se encostou no ombro dele e depois de meia hora estava dormindo. Ele não quis acorda-la, ele deitou junto a ela no sofá e desligou a TV.

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Ziva estava sentada do lado de fora de uma cafeteria, com seu chá a sua frente, lendo o jornal. Quando viu alguém sentar-se a sua frente, o homem de cabelos grisalhos e treno claro logo a cumprimentou.

-Shalom querida.

-Shalom ...pai

-Sinceramente achei que não viria conversar com seu velho pai.

-Não vim, vim apenas para pedir para não se meter na minha vida. Gibbs esta procurando aquele Joe Still como um louco, sendo que foi você que o contratou. Joe Still- Ela riu.- Não tinha um nome melhor? que tal o verdadeiro Alish Kavaz. Achou que eu não descobriria?.- Houve uma  pausa.- O que pensou? que eu voltaria para casa? Ou fez tudo isso apenas para encobrir a verdade, os verdadeiro homens que estão atrás de você?

-Você sempre foi muito espera.- Ele não mudou nem o tom de sua voz, parecia completamente calmo.- Mas não se exalte minha pequena, não vai querer incomodar esta criança vai?- Ela o olhou espantada.- Achou que eu não saberia?- Ele riu- Desdo primeiro dia que a vi- Ele esticou a mão para alcançar a dela.- Eu irei resolver tudo isso, e depois você voltara para casa.

Ela se levantou enfurecida- Eu ja estou em casa- E continuou a andar em direção a o NCIS.

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No elevador ela tentava não tremer, não queria levantar suspeitas ou chamar a atenção, quando as portas se abriram ela viu que a sala estava vazia, a não ser por McGee que foi em direção a ela logo que a viu.

-Gibbs esta te esperando na sala de reuniões- Ele disse pegando seu café.

Caminhando em direção ela encontrou Tony no corredor.- Gibbs também quer falar com você?- Ele perguntou, ela apenas assentiu.

Quando ele abriu a porta, ela avistou não apenas Gibbs, mas  um homem também de cabelos grisalhos, usando um terno marinho com um grande sorriso no rosto.

-Pai!?- Disse Tony.

-Junior!- Anthony Senior respondeu. Ele correu para um abraço e sussurrou ao ouvido do filho. De todas as garotas que você ja me apresentou esta é sem duvida a perfeita. Ziva também escutou o que a fez ficar com as bochechas vermelhas.

-Ziva- Ela o recebeu com um abraço caloroso.- E como esta o meu netinho.

-O que!- Os dois disseram em sintonia.

-Desculpe, netinha então.

-Pai como...- Os dois olharam para Gibbs que não conseguia conter o riso.

-Bem- Sr. Dinozzo disse.- É melhor nos irmos, tenho que guardar as malas.

-Como?- Disse Tony.

-Ora vamos junior, deixe de ser preguiçoso e me ajude a levar a mala para o carro.-Tony continuou a encara-lo espantado- O que? Não achou que eu viria aqui apenas para dar um oi, não é? Acha que vou deixar esta linda moça sob sua responsabilidade sabendo que você não consegue nem cozinhar direito?

Os dois olharam para Gibbs- Vão, McGee eu cuidamos do resto do caso.

Eles passaram o resto da tarde conversando, e quando ja estava anoitecendo  Dinozzo Senior preparou uma janta enquanto Ziva lia um livro e Tony tentava a char a tão preciosa garrafa de vinho dele.

-Querida- Ela escutou a voz do pai do Tony.- Ja esta tudo pronto.

-Achei.- Tony veio dançando até a cozinha.

-A garrafa de vinho?- Ela perguntou.

-Não o filme que havia perdido a dois anos, nossa como eu amo esse filme.

-Muito bem- Anthony Senior interrompeu o comentário nada a ver de Tony.- O jantar esta pronto- Os dois olharam para a mesa, dois lugares, dois pratos, duas taças.

-Acho que esqueceu de alguém- Disse Tony.

-A não- Dinozzo Seniro respondeu- Eu vou sair na verdade.- Ele tirou o avental e por baixo usava um terno muito bonito cinza escuro.- Mas aproveitem.- Ele saiu pela porta.- Até mais tarde, não me esperem.

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Quando Anthony Dinozzo Senior chegou, viu uma pequena luz amarela que emanava do quarto de Tony, ele olhou para o relógio, eram três e meia da manhã, ele logo percebeu uma sombra sentado no sofá, andou em direção até ela e viu seu filho ali parado, olhando para um ponto fixo, que nesse caso era o chão. Ele olhou em volta, não viu mais ninguém ali, e foi quando ouviu a voz dele.

-Ela foi embora.- Disse Tony frio.

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Tony contou a Gibbs no mesmo dia, disse que Ziva havia sumido, que quando acordou ela não estava mais lá. Gibbs pareceu espantado, queria saber como ela fugiu, e principalmente para onde.

Ele, Tony e McGee estava agora no laboratório forense, onde Abby tentava sem sucesso rastrear o telefone da amiga, eles tentaram de tudo e quando ja estava noite eles ainda não tinham conseguido nada. Abby ainda tentava rastreá-la por satélite, McGee estava falando com todas as pessoas possíveis para tentar acha-la, ele até ligara para Shmiel para saber se ele não a tinha visto, e Tony, ele continuava sentado na mesa da agente, olhando para uma foto em suas mão, a foto que ele considerava mais linda e que sempre carregava consigo, a foto que ele tirou dela em Paris.

-Va para casa Dinozzo- Ordenou Gibbs. 

Tony apenas levantou e foi para casa como ordenado, ele parecia um robô, não expressava emoções, nem mesmo fazia brincadeiras ( que era o seu jeito habitual de encarar a dor). Ele destrancou a porta e quando entrou viu um envelope marfim no chão, ele juntou-o e sentou-se no sofá para lê-lo.

De: Ziva

Para: Tony.

Tony,

Se estiver tentando me rastrear, por favor, pare. Eu sai de perto de vocês para garantir que ninguém queira machucá-los, isto tudo tem um pouco haver com meu pai, só estou garantindo que ninguém vá atras de vocês. 

Com carinho.

Ziva.