McGee e Tony estavam em frente ao seu computador, Tony mostrava algumas fotos para ele, quando ouviram o barulho do elevador, a principio não era nada relevante mas após verem-na acompanhada pelo agente da CIA os dois se desligaram do que estavam fazendo e passaram a olha-los até que eles chegassem perto  da mesa da agente, sabiam que ela fora almoçar mas não presumiram que haveria uma companhia.

Ela parecia alegre, logo que saiu do elevador Tony capturou um sorriso desprevenido dela, ela se despediu com um abraço e ele antes de sair, acenou para os agentes que sem muito ânimo retribuíram o gesto.

-Com direito a acompanhante.- Disse McGee, era para ter sido baixinho para que somente Tony escutasse, ele ficou vermelho quando percebeu que ela ouvira.- Eu vou falar coma Abby- Ele saiu o mais rápido que pode.

Deixou os dois agentes sozinhos, ela estava sentada em frente a sua mesa enquanto ele caminhava em direção a ela, com um sorriso bobo como sempre.

-Ele sabe?- Perguntou referindo-se a Ray.

-Isso não é da conta dele- Ela virou o rosto para encará-lo- E nem da sua também.

-Sinto lhe dizer mas, esta errada.- Ele falava com uma intonação diferente.- Como você esta?- Ele mudou de assunto, agora com um tom alegre e vívido.

-Se quer saber se ele esta bem...- Eles não costumavam falar sobre isso no trabalho, não costumavam falar sobre isso nunca- a responta é sim.

-Acha que só me preocupo com ele?- Parecia que Tony ia falar mais alguma coisa, porem Gibbs passou no exato momento.

-Ei! Os dois agora comigo.

Eles seguiram para o laboratório onde Abby digitava com tanta rapidez que era capaz de quebrar o teclado, McGee apenas a olhava, onde talvez em outras circunstâncias Tony tivesse feito alguma piada.

-O que tem para mim Abbs?

-Gibbs, eu disse que ia pegar ele. Eu... eu passei semas tentando achar algum rastro dele e achei. Ele esta conectado a internet de uma cafeteria que foi paga com cartão, ele chega a ser estupido por fazer isso. Espero que ajude.

-Você sempre ajuda Abbs- Gibbs deu-lhe um beijo na testa e saiu após dizer.- O endereço.

-Ja esta indo.- Ela colara na cabeça de McGee, um papelzinho amarelo neon .

-Ziva você fica- Ele falou enquanto estavam no corredor. Ela não disse nada até chegarem a sala e Tony ir em direção a mesa dela ja armado.

-Não vai- Ele falou, sua expressão demonstrava tristeza, ele quase chegava a implorar a ela que não fosse.

-Eu... eu vou ficar- Ele sabia como era duro para ela apenas olhar o cara que tentou mata-la, mas ele só queria o seu bem. Parecia aliviado ao ouvir aquelas palavras.

Eles foram o mais rápido que puderam com Gibbs ao volante, chegaram e a cafeteria estava com bastante gente, procuraram alguém com um computador, mas nada.

-Chefe- Disse McGee.- Ele já foi.

-Veja se tem câmeras de segurança.

Eles voltaram para o NCIS, Tony estava parcialmente desapontado, queria chegar com um sorriso no rosto e dizer que o tal Joe Still estava na sala do interrogatório, mas parece que isso não iria acontecer, pelo menos ainda não.

Ele saiu do elevador esperando talvez vê-la na porta, sedenta por notícias, mas a única coisa que achou foi seu casaco em cima da mesa. Alguns minutos se passaram e ele começara a estranhar o sumiço da agente.

-Ei!- Disse McGee indo em direção a sua mesa.- Onde esta a Ziva?

-Pensei que ela estivesse la embaixo com a Abby.

-Não. Acabei de voltar de la.- Os dois viram Gibbs chegando.

-Ei Chefe!- Disse Tony.- Viu a Ziva?- Gibbs gesticulou que não com a cabeça, nesse momento os três se olharam e cada um foi para um lado, mas antes de Tony sair para procurar foi até a mesa da parceira e abriu a gaveta, a arma e o distintivo continuavam ali.

Eles se encontraram após mais um tempo, os três pareciam preocupados, mas Tony era o mais pálido.

-Fui até o Duck, olhei na rua, e fui na Abby de novo. Não achei ela- Disse McGee.

-Entrei em todos os banheiros, na sala do Vance, até perguntei ao Dornaget. A arma e o distintivo continuam na gaveta... Chefe ela não sairia desarmada?.- Disse Tony.

Os três voltaram para o laboratório, e agora Abby estavam com as últimas chamadas do telefone da Ziva no computador, a última ligação feita, um número muito familiar para Tony, ele quase decorara de tanto vê-la discar.

-Vamos ver de quem foi a última ligação...- Abby disse.

-Não precisa- Disse Tony.- Apenas ache-o.

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Ray

Eles foram até um hotel onde coincidentemente encontraram Ray ainda no salão.

-Gibbs, Tony, McGee.- Ele falou surpreso mas, alegre.

-Onde ela esta? Ray- Disse McGee.

-Quem?.

-Ziva.- Disse Tony frio.- Onde ela esta?

-Eu não sei?

-Você foi o último a falar com ela- Disse Tony o segurando pela camisa azul.- Onde ela estava então?.

-Falei com ela a uma meia hora atras. Sera que pode me soltar?.- Ele obedeceu.- Convidei ela a tomar um café mas... disse que não podia sair. Algum problema?

-Nada- Disse Tony.- Ligue para a Abby, tente rastrear o celular dela.

-O que aconteceu?- Disse Ray.- Ela esta com problemas?

-Estará dependendo de onde estiver- Disse Gibbs.

Os quatro agentes agora voltavam para o NCIS, quando o celular de McGee tocou. Abby.

-Conseguiu alguma coisa Abby?-Ele botou no Viva-Voz

-Sim, rastreei o sinal até que caiu. Tony estou mandando para você.

Ela abriu os olhos devagar, sentiu uma enorme dor de cabeça logo depois, que a fez murmurar algumas palavras e fechar novamente os olhos, queria colocar a mão na cabeça mas percebeu que estas estavam amarradas e que estava deitada no chão. Ela também viu dois homens, com lenços tapando o rosto deixando apenas os olhos a mostra.

-O que vocês querem.- Ela disse com a voz falhando, estava preste a desmaiar novamente.

-De você- Disse um deles.- Nada.- Chegou mais perto dela e se abaixou ficando mais perto de seu rosto.- Você é bem forte- Ele tirou uma mecha de cabelo do seu rosto, expondo o hematoma que ela tinha no canto direito da testa.- Não desistiu fácil.

Ele se levantou novamente e seguiu em direção aporta junto com o outro homem, com suas ultimas forças ela perguntou.

-Onde vocês vão?- Disse fraca.

-Seus amigos logo a encontrarão. A mensagem já foi dada.

E ela novamente sucumbiu a escuridão, e  lançou-se aos devaneios e delírios.

Eles chegaram a um campo, onde a partir dali não tinham mais sinal, a única coisa que viam era grama, cerca, alguns animais, e um celeiro.

-Ela deve estar ali. - Disse Tony.

-Dinozzo.-Falou Gibbs, apontando para uma casinha de madeira ao fundo do campo.

-Acha que ela esta lá chefe?- Ele disse caminhando em direção.

-Pegadas na grama- Apontou Gibbs.

Gibbs e McGee entraram enquanto Tony e Ray circundavam a casa. Gibbs passou pela pequena sala ligada a cozinha, e ao fim se deparou com a única porta fechada no local, ele fez sinal para McGee que se colocou do outro lado, abriu a porta devagar e apontou a arma, então se deparou com a agente deitada no chão.

Tony e Ray logo entraram visto que não tinha perigo, quando Tony foi até o quarto encontrou-a apoiada no ombro de Gibbs com uma das mãos na cabeça, ainda parecia tonta, mas manteve os olhos fixos nele quando o viu.

-Tony- Disse com a voz fraca. Deu três passos em sua direção, cambaleando no ultimo quando ele a segurou.- Parecia que tudo estava acontecendo de novo.- Ela falou, lágrimas molhavam a sua camisa, mas ele só se preocupava com ela.- Naquele... deserto imundo, com aquele salafrário bebedor de café.

-Esta tudo bem agora.- Ele passava a mão pelo seu cabelo, a segurava contra ele, quando começou a sentir que suas mãos se soltavam dele e que seu corpo ja não ficava mais em pé sozinho.- Chefe.- Ele falou.- Ela desmaiou de novo.

-Vamos levar ela para casa.

Os cinco agora voltaram para o NCIS. Ziva estava no colo de Tony, com os pés apoiado em Ray. Ele falava com ela, dizia que tudo iria ficar bem, bastava ela abrir os olhos para ver.

Isso se decorreu até eles chegarem e depois, quando Tony ficou na sala de enfermaria do NCIS, olhando para o corpo inerte dela, segurava gelo sobre o hematoma. Ele brincava com um estetoscópio tocando o objeto de metal contra sua bochecha, sua testa, até tentara em seu coração, mas também onde ele mais queria. Colocou o objeto sobre a blusa dela e pode ouvir um leve barulho antes de ouvir a voz dela.

-Consegue ouvir alguma coisa?- Ele levou um susto, ao ver a doce gótica, ela entrou e fechou a porta atras de si.

-Abby...

-Tem que botar um pouco mais de força- Ela falou colocando o estetoscópio.- Pronto.

-Abby você...

-Sempre soube, e pelo jeito você também.- Ela o abraçou.

-Como você...-Mas ele não fez mais perguntas apenas pegou o objeto e em um grande silêncio ouviu pequeninas batidas.