Find Me escrita por Sky Salvatore


Capítulo 45
Capítulo 44 - Júlia Grey Gilbert


Notas iniciais do capítulo

Oii ^.^
Cadê minhas leitoras lindas ? Sumiram é?
Bem cá está mais um capítulo de Find Me lembrando que fic está acabando ;C
Boa Leitura



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POV Narradora – 9 meses Depois

Damon e a Ally não eram o casal mais feliz do mundo, sempre brigavam porque as vezes o Damon insistia em ser idiota, mas, ela fazia de tudo para fingir não ver isso e ver apenas o amor.

Mas, hoje eles e todos tinham se esquecido das desavenças porque Elena e Ally e consequentemente Damon e Stefan, se tornariam tios e tias, Júlia nome que Esthela escolhera para a filha, daria as caras no mundo hoje e todos estavam eufóricos.

Como Esthela era humana, ela teria o filho em um hospital comum e por isso todos estavam no mesmo esperando a garotinha finalmente nascer, Ally estava nervosa não sabia explicar se é por sua irmã estar crescendo ou sobre ela ser tia.

-Até parece que é vocês duas quem vão ter o filho – disse Stefan.

-Que exagero – disse Elena que estava roendo as unhas.

-Quer ter um ataque cardíaco novamente – riu Damon.

-Não você já se encarrega por fazer meu coração bater a ponto de ter um ataque cardíaco – disse Ally em troca.

Quase meia hora depois finalmente Jeremy saiu na porta sorrindo e convidou os tios a irem ver a Júlia, assim que entraram se encantaram ao ver o bebê no colo da Esthela.

Ela era pequenininha tinha os olhos e cabelos claros como os das irmãs Grey, Esthela com os olhos cheios de lágrimas ofereceu Júlia para a tia Alyson pegar.

-Oi pequena – disse Alyson encantada com a Júlia que estava enroscada naquele cobertor, como ela tinha os olhos claros como os de Alyson às duas cores anormais que tinham total harmonia – Como você é linda.

Naquele momento Damon que era mais observador percebeu o quanto a Ally gostava de crianças embora sempre dissesse diferente disso.

-Eu também quero pegar – disse Elena e a Ally lhe deu a sobrinha nos braços e assim como ela Elena se encantou até mesmo Stefan ficou paralisado com a beleza da garota – É tão pequenininha.

Caroline era quem adoraria ver a garota, mas, estava passeando com o Klaus e todos sabiam que ela se encantaria assim que a visse.

Elena devolveu Júlia aos braços da Esthela.

-Ela é linda – disse Elena.

-Se parece comigo – gabou-se Ally.

-Vai começar – Stefan e Damon disseram quase que juntos.

-A Júlia se parece com as duas tias lindas dela, agora não briguem para não assustar minha filha – disse Jeremy sorrindo.

-Não brigamos apenas colocamos nossos lados – sorriu Elena.

-Ah claro – disse Esthela sorrindo e encantada com a filha que tinha nos braços.

[…]

Estavam novamente na mansão, Esthela e Jeremy já tinham ido para casa deles que um dia fora da Elena, Caroline e Klaus moravam em sua grande mansão e no momento estavam viajando pela Itália então aquela casa ficava apenas para eles, às vezes Alyson pensava em quão nostálgico aquilo tudo era.

Ela estava com o Damon sem seu quarto e embora estivessem abraçados enrolados em lençóis seu pensamento estava longe e aos poucos ela foi deixando de ouvir tudo a sua volta.

Alyson completaria 26 anos daqui duas semanas, isso claro se ainda estivesse envelhecendo, ela estava guardando a data indesejada para si mesma, Damon não sabia assim como ninguém e era exatamente isso que ela queria nada de extraordinário que não se lembrassem do seu envelhecimento.

Esthela estava ocupada com a sua filha e por isso não contaria a ninguém e nem faria questão de fazer festa, Alyson tinha um problema que dividia apenas com ela, ao mesmo tempo em que gostava de passar datas festivas sozinha, não gostava de ser esquecida como sempre era.

-Ally está me ouvindo? – questionou Damon abraçando ela.

-Ãh? O que você dizia? – perguntou ela só agora notando que ele a olhava.

-Nada – sorriu – Queria apenas saber se ainda estava nesse mundo.

-Pensando – foi apenas o que disse sem dar ênfase.

-Está tudo bem? – perguntou ele notando que o sorriso de Alyson tinha se desfeito desde que voltaram do hospital.

Ele se perguntava se o nascimento da sobrinha tinha algo a ver com isso, ele sempre achara que Alyson sempre quisera ser uma mãe, mas, não sabia se podia afirmar isso e embora ele quisesse perguntar, ficaria quieto até pensar o contrário.

-Claro… Quero dizer sim, sim – disse tentando deixar seu raciocínio lógico novamente.

-Você está triste – arriscou Damon a dizer.

-Não eu não estou – sorriu fraco – Eu tornei minha irmã uma mulher, tenho uma sobrinha linda, um namorado fantástico e uma família perfeita, não tenho porque estar triste.

-Sabe que pode contar comigo não sabe? – questionou – O que está te incomodando?

-Eu sei que posso – disse sem certeza, as mentiras do Damon haviam abalado sua confiança nele.

-Está mentindo – disse Damon que sentia sentimentos de longe – O que há de errado meu amor?

Quando Damon chamava a Ally de meu amor ela se derretia todinha por dentro, ela sorriu e se agarrou mais a ele e deixou que ele afundasse o rosto em seus cabelos com cheiro de frutas e permitiu que ele afundasse suas mãos em seus quadris.

-Eu tenho que lhe contar uma coisa – disse Ally, sabendo que não poderia levar aquilo mais adiante, não com tantas pessoas se importando com ela, não com Damon se importando com ela.

-O que? – questionou Damon sabendo que os olhos cor mista da Ally denunciavam uma dor inquestionável.

-Eu… Eu… Eu estou morrendo Damon – disse o mais rápido que conseguiu.

 -O que? Como? – perguntou Damon desesperado.

-Morrendo – foi só o que disse.

-Morrendo do que Ally?

-Eu tenho um tumor no cérebro – disse calma.

-Como isso aconteceu?

-Lembra se dos remédios que eu era obrigada a tomar? Pois bem, eles eram muito fortes e foram danificando a minha massa cerebral e ainda se intensificaram com os tranquilizantes, acabou que uma queda piorou tudo.

-Porque não me contou Ally? – perguntou Damon preocupado.

-Eu pensei que não fosse chegar a tanto – sorriu com lágrimas – Pensei que eu e você não fosse nada, achei que com Esthela bem resolvida eu poderia morrer… em paz.

-Desde quando você sabe isso?

-Desde os 17 anos, eu descobri um pouco depois do falso acidente com os meus pais, eu conseguia controlar com remédios que eu tomava escondido pra Esthela não saber e sempre fiz consultas regulares para ver se tudo estava bem, mas, na última vez em que procurei meu médico ele disse que os remédios não estão mais fazendo efeito.

-Eu posso dar o meu sangue para você – disse desesperado – Ele pode te curar.

-Não meu amor não pode – sorriu chorando – Caroline sem querer me pegou saindo do hospital, eu lhe contei sobre a doença ela me deu seu sangue e eu tomei esperançosa, nós esperamos e eu repeti os exames e meu caso continuava igual.

-Ninguém sabe disso Ally?

-Eu não tinha ninguém que se importasse para saber, eu não queria ninguém olhando com pena para mim como se eu apenas estivesse ali trabalhando ou fazendo qualquer outra coisa porque eu era uma doente em fase terminal – disse – Então não, ninguém sabe exceto você e Caroline.

-Nem mesmo sua irmã?

-Eu não precisava ver ela sofrendo comigo, as dores já eram intensas de mais e as noites mal dormidas torturantes, era melhor eu apenas saber.

Damon não sabia o que dizer, não sabia como reagir ele queria gritar com ela confronta lá e perguntar por que não lhe contou isso antes, queria saber o porquê seu irmão tinha sido daquele jeito e contribuirá para isso.

-Porque está contando para mim isso agora? – questionou Damon controlando-se internamente para que sua raiva não transparecesse e a deixasse pior do que estava.

-Porque não seria engraçado você tentar me acordar de manhã e eu não acordar – disse tentando ser irônica com o intuito de amenizar aquilo tudo.

-Não tem graça Ally – disse Damon triste – Você está morrendo e eu vou assistir tudo isso sem poder fazer nada a não ser esperar para ver você morrer.

-Não era para ser engraçado, pensa que eu quero morrer Damon? Eu vou morrer agonizando, as dores vão ficar tão fortes a ponto de eu cair dura no chão gritando – disse triste.

Damon começou a fazer uma retrospectiva em sua cabeça, quando Ally ficava quieta e seu rosto perdia toda a cor e ela dizia ser apenas uma dor de cabeça, começou a desconfiar que os desmaios dela eram por causa da doença, como ele conseguira ser tão burro a ponto de não perceber nada?

-Você não vai contar a ninguém entendeu?

-Ally…

-A ninguém Damon – esbravejou – Eu não quero ninguém chorando por mim.

-Como quiser – disse ele abraçando ela mais forte, Ally não aguentava mais o nó em sua garganta e então deixou que ele por fim se transformasse em lágrimas pesadas e doídas.

Damon sabia que não podia fazer nada, mas, isso não significava que ele não pediria ajuda e procurar uma forma de ela ter a vida prolongada.

-Eu vou ficar com você até quando eu não puder mais – sussurrou beijando sua bochecha molhada de lágrimas.

-Eu não estou te obrigando a ficar comigo, ninguém precisa assistir minha morte.

-Eu não quero sair do seu lado – constatou Damon.

[…]

A Ally ainda dormia quando Damon saiu da cama, ele não havia dormido a revelação dela noite passada ainda ecoava em sua cabeça deveria haver algum jeito sobrenatural de deixar ela viva, viva para ele.

Ele queria conversar com o Stefan embora nunca fosse admitir aquilo em voz alta, seu irmão sempre sabia o que fazer, mas, ele não podia arriscar que ele contasse para Elena, a Ally não o perdoaria mais essa vez.

Elena e Stefan estavam sentados no sofá vendo alguma coisa na televisão, viram Damon se sentar sem cor e sem expressão no rosto na sua poltrona de costume.

-Viu algum fantasma Damon? – perguntou Stefan.

Damon não respondeu, eles se espantaram, esperavam uma resposta sarcástica dele como sempre.

-O que foi em Damon? – questionou Elena.

-Nada, nada – disse brincando com um copo de uísque.

-Brigou com a Ally de novo? – arriscou Stefan a perguntar.

Ally desceu as escadas cambaleando, estava linda em suas roupas limpas como Damon sempre a achava magnífica vestindo qualquer coisa, ela sorriu e ele fez um sinal para que ela fosse se sentar no seu colo.

-Bom dia – disse ela sentando-se ao colo dele.

-Caroline volta da Itália hoje à noite, quer vir ver a Júlia – sorriu Elena.

-Não sabia que a Barbie estava na Itália – disse Damon.

-Nem eu – disse a Ally.

-É que foi de última hora – disse Elena – Caroline está mesmo apaixonada.

-Todo mundo merece se apaixonar uma vez – disse Stefan olhando para o irmão que apenas sorriu.

-Você está pálida Ally – disse Elena agora reparando no rosto da cunhada.

-É o que eu ganho por andar com vampiros – disse irônica, Damon apertou sua cintura discretamente era o sinal para que a Ally contasse a eles o que estava havendo, mas, mesmo percebendo isso ela ficou quieta.

-Ela sabe…

-Quietinho Damonzitos – disse beijando sua boca para silencia ló.

-Como quiser – disse ele malicioso apalpando a bunda da Ally que sorriu com o mesmo intuito.

[…]

-Como você é linda – disse Caroline com Júlia nos braços.

-Se parece comigo – disseram Elena e Ally ao mesmo tempo.

-Não comecem com isso de novo – disseram ambos os Salvatore.

-Por favor, não comecem mesmo de novo com isso – disse Esthela.

-Ficaremos em silêncio – disse Elena.

-Quietinhas – disse Ally.

Ally que esta sentada ao lado do Damon começou a passar mal, sua mão havia se esfriado, seu rosto ficado pálido e sua cabeça parecia que iria explodir, mas, ela continuou quieta assim ninguém notaria que estava tendo mais uma de suas crises.

Damon olhou para ela notando sua mão gélida ele sem dizer nada perguntou se ela estava passando bem, Ally que mal ouvia ou via alguma a sua frente por conta da dor insuportável apenas afirmou com a cabeça.

Era sempre assim que as crises tinham acontecido secretamente nos últimos meses, uma dor infernal na cabeça, uma sonolência quase impossível de ir contra, a queda da temperatura corporal e as vozes ao longe e imagens desfocadas.

Damon fez carinho nas costas da sua mão ela deitou no ombro dele e ele passou seu braço por ela, geralmente as crises duravam alguns minutos, mas, não parecia que essa iria embora tão cedo.

As lágrimas de dor não conseguiam mais ficar contidas a dor era insuportável Ally começava a achar que seria a última crise que teria antes de morrer, saiu bruscamente do abraço do Damon e subiu as escadas correndo para se jogar na cama do seu quarto.

-O que há de errado? – questionou Esthela olhando a escada.

-Não sei – responderam Damon e Caroline quase que ao mesmo tempo.

-O que estão escondendo? – questionou Elena desconfiada.

-Nada – disseram juntos novamente e Damon olhou como quem dizia que a Barbie deveria ficar quieta.

-Não é nada – disse Stefan – O que é?

Eles olharam para os dois como quem dizia que contariam depois, Damon começou a prestar atenção nos barulhos lá em cima e dele conseguiu ouvir o choro dela, mas, mesmo que estivesse decido a contar para eles, não deixaria Esthela saber pela boca deles.

Quase uma hora depois Júlia começou a chorar e Esthela e Jeremy foram embora.

-O que há com ela? – questionou Elena.

-Eu sei que você sabe Barbie, então como uma boa matraquinha fofoqueira conte a eles eu vou ver se ela precisa de mim – disse irônico.

Damon subiu rapidamente as escadas e entrou no quarto, encontrou Ally encolhida na cama com as mãos na cabeça chorando furtivamente, ele fez aquela cara de piedade que poucas vezes mostrava, deitou-se ao lado e colocou-a em seus braços.

-Eu queria saber o que fazer Ally… Mas, eu não sei – disse ele calmo, mas, internamente estava desesperado.

-Não a nada para fazer – gemeu ela agarrando-se ao Damon – Eu não vou para o hospital.

-Você não está em condição de pensar por si e se ficar assim eu te amarro e levo para o hospital – disse.

-Você contou não é Damon? Para eles? – disse me olhando.

-Sua irmã não sabe, não cabe a Caroline dizer.

-Como dói – gemeu ela levando as mãos à cabeça novamente.

Damon beijou sua testa e com elas nos braços como uma criança fez carinho em sua cabeça até que ela caísse no sono


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam? Ficaram tristes?