Estava no carro com o Damon indo em direção a mansão, todos seguiam nosso carro tinha que admitir que eu estava realmente animada com isso, acho que todos estavam, pois seria um dia normal sem perigo apenas nós como uma família.

-Em que está pensando? – questionou Damon

-Em nada – sorri.

-Você está animada – disse ele.

-Como sabe?

-Conheço sua cara de animada – sorriu.

-Você também quer estar com todos eles amor – disse.

-Sim eu quero, eles são minha família – disse – Se disser isso para alguém eu lhe mato.

-Não teria tamanha audácia – disse.

-É melhor ficar quietinha Sra. Grey, porque eu e você naquela casa, o negocio vai ficar muito sério – disse malicioso.

-E o que você vai fazer comigo em?

-Te castigar por ser uma garota muito, muito malvada.

-Ser malvada foi conselho seu – disse mordendo meu lábio inferior.

-Não devia ter seguido – sorriu.

[…]

Damon havia pedido aos empregados pegarem nossas malas e subirem para o quarto que Damon insistia que eu chamasse de nosso, Alicia que me conhecia me cumprimentou enquanto Damon apresentava o restante da família.

Stefan era quem mais estava deslumbrado com a casa pelo fato de ele conhecer exatamente tudo que estava ali, ele quase chorava certamente aquela casa lhe trazia boas lembranças, até mesmo Lexi e Vincent tinham vindo, eu não tinha motivo para raiva eu amava o Damon.

-Nossa aqui é tudo muito bonito – disse Elena olhando a casa por inteiro.

-Eu sei que sou muito artístico – sorriu Damon.

Todos nós entramos enquanto caminhavam pela casa a conhecendo, todos notaram a mancha de laranja na parede branca da cozinha, apenas se perguntavam o que tinha acontecido ali.

-Quem pintou isso? – questionou Lexi.

-Seu irmão – disse rindo.

-Como fez isso? – questionou Caroline.

-Eu fui tentar fazer um suco de laranja, mas, ficou claro que não deu certo.

-É melhor deixar ele longe da cozinha – disse Elena rindo.

-Pobre Ally, terá um namorado que não sabe cozinhar vai morrer de fome ou engordar de tanto comer McDonalds – disse Klaus.

-Há, há, há – disse Damon me agarrando pela cintura – Não divirtam-se tanto na minha casa a ponto de destruí lá.

Nós subimos para o nosso quarto jogamo-nos na cama e Damon me agarrando safadamente como sempre, aquelas mãos famintas em desbravar o meu corpo, aquela fome que não podia ser saciada pelo simples ato de beijar.

-Sabe Damon – disse ofegante enquanto ele em cima de mim beijava meu pescoço – Você realmente quer me deixar louca.

-Sabe Ally, eu realmente tenho que fazer isso porque eu sou um cara mal entende? Tenho que manter a pose – disse sínico.

-Então faça-me sua – disse maliciosa.

Damon colocou-me embaixo do seu corpo e beijou meu pescoço e tirou minha blusa com destreza por cima da cabeça e continuou os beijos até meu abdômen.

Aquelas mãos ágeis passeavam pelo meu corpo me fazendo ter leves calafrios aos seus toques frios e mortos, aos poucos ele conseguia me levar à loucura física e mental.

Ele começava a me ter por completo e nós éramos apenas um movimentando-se em harmonia em um só corpo, dentre todos os erros da minha vida o melhor era o Damon se é que eu posso o chamar de erro.

[…]

Acordei o sol iluminava lá fora, Damon estava acordado e com a cabeça apoiada em seu braço ele me obervava e sorria, aquele velho sorriso torto e sarcástico que eu havia me apaixonado.

Seu sorriso era de interpretação, a quem vê e pensa ser apenas um deboche ou ironia, mas, quem realmente o conhece entende que é apenas um sorriso de um homem cheio de sonhos procurando ser o melhor que ele consegue para quem ama.

-O que está me olhando? – disse colocando o travesseiro na minha cabeça.

-Como você é linda – disse tirando o travesseiro e beijando minha bochecha – Muito, muito linda e o que te torna mais linda ainda é por ser exclusivamente minha.

-Damon não minta, por favor – sorri brincando.

Levantei e fui para o banheiro tomei um banho rápido me trocando ali mesmo colocando um shorts curto e uma blusa com as costas abertas, assim que voltei Damon estava cheirando perfume e com os cabelos molhados, como ele podia ser tão rápido?

-Eu não mentiria, eu sou sincero quando eu quero até de mais – sorriu voltando ao assunto que tínhamos parado.

-Minha beleza vem junto de uma idiotice sem tamanho – disse.

-Oh, vejamos a minha também – sorriu novamente.

-Eu tenho medo disso tudo acabar mal.

-Mal como?

-Mal para mim, como sempre tem sido.

-Está sendo muito pessimista…

-Pensei comigo, você mesmo já disse que tinha coisas que tinha que me dizer envolvendo mentira, eu sinceramente nem quero saber de que porra se trata logo alguma coisa vai fazer com que tudo deixe de ser perfeito.

-Sobre as mentiras…

-Oh, céus é mais de uma? – disse escondendo novamente meu rosto no travesseiro.

-Eu mentir porque eu… eu… se sabe… eu amo você – disse.

-Mentir por amor é mesmo que roubar por ganância – disse.

-Não mentir por amor é para proteger quem se ama – disse sério.

-Sabe eu nem sei sobre o que é mais já estou irritada com você e eu não gosto de ficar irritada com você.

-Não fique Ally, sei que se soubesse iria me dar razão.

-Eu não ligo da mentira, eu ligo de quem contou – falei magoada.

-Era melhor nem ter tocado nesse assunto com você.

-E encobrir com outra mentira?

-Eu só queria te contar, porque eu quero que fique tudo bem entre a gente Ally, ultimamente eu não consigo pensar na possibilidade de te perder, eu não quero que você se vá.

-Eu lhe disse uma vez meu amor, eu não vou a lugar nenhum – sorri.

-Mesmo assim tenho medo que o que eu venho mentindo para você seja algo que a arraste para longe – disse sério.

-Eu vivi a minha vida inteira com mentiras, eu não quero encontrar um defeito em você e talvez isso seja um erro porque vivo ou morto você tem defeitos, mas, mentir e como me dar um tiro pelas costas.

-Eu menti por medo de não conseguir você para mim.

-Eu vou descer porque eu não quero brigar com você Damonzitos – disse saindo do quarto.

[…]

Depois de Alicia preparar meu almoço e para o Jeremy e a Esthela, todos nós estávamos sentados na enorme sala de estar da mansão, Damon estava ao meu lado e algo o incomodava e deviam ser as mentiras, eu tinha medo de lhe perguntar o que era e me magoar com ele.

- Sonhando Ally? – questionou Elena.

-Não, pensando apenas – disse e Damon segurou minha mão.

-Ela é avoada desde sempre – disse Esthela.

-Quieta irresponsável – disse brincando.

-A Ally só é responsável agora – disse ela sabendo que contaria histórias que deveriam ficar guardadas.

-Mesmo? – questionou Caroline – Tem cara de mandona desde cedo.

-Não, mandona ela sempre foi, mas, responsável? Não me lembro.

-Ally, irresponsável algo que gostaria de ver – disse Stefan.

-Ela era indomável, voraz, irresponsável, não pensava no dia de amanhã.

-Falando assim eu até pareço uma heroína, esqueceu-se da parte que a Ally indomável ia parar em um hospital psiquiátrico dopada de remédios.

-É tem essas partes idiotas…

-Idiotas porque não era você – disse tão baixo que apenas Damon pareceu escutar e por isso afagou as costas da minha mão.

-Eu estou cansada – bocejou Esthela.

-Vamos anjinho – disse Jeremy subindo com a Esthela, eles eram fofos juntos.

-Nunca mediu esforços para conseguir o que queria passava por cima de qualquer um – disse Klaus – Disso eu me lembro, ela mandava até em você Elena ou em mim, ela rasgou um vestido na noite em que foi ver o Salvatore e fez você levar a culpa.

Damon sorriu parecia se lembrar.

-Então é como o Damon não mede esforços – disse Stefan – Quando quer algo é um perigo.

-Um perigo não é irmão? – perguntou Lexi lhe provocando.

-Deve estar falando de outra pessoa – disse rebatendo – Somos parecidos esqueceu?

-Vejamos o que deu com Elisabeth, não deixe o amor do Damon matar você Ally – disse Lexi sínica – O Damon pode matar de muitas formas, mordendo, atirando, mentindo…

-Aonde quer chegar com isso? – rosnou Damon.

-Ally pergunte ao Damon sobre como o sangue de vampiro cura?

-Cura? – questionei olhado para ele.

-Cura sim – disse Lexi – Não acha estranho o Vincent ter se recuperado assim tão rápido?

-Lexi – disse Stefan.

-Oh me deixe continuar, Ally você se lembra o que realmente houve quando estava com o Damon quando soube que era um vampiro? Não achou estranho sangue no chão da sua sala?

-Eu… Não me lembro – disse confusa.

-Agora responde uma coisa Damon – disse Lexi furiosa – Até onde vai ao seu amor? A ponto de destruir um relacionamento só para o seu dar certo?

-O que ela quer dizer com isso Damon?

-Lembra-se das mentiras?

-Foi ele quem me hipnotizou para trair você – disse Vincent sereno.

-Claro que eu tenho minha culpa e não sinto ela claro, porque eu fui longe, mas, eu não menti ele sabe de tudo – disse Lexi.

-Você não faria isso, não é Damon? – perguntei um tanto desesperada esperando que a resposta fosse não.

-Ally…

Sem querer ouvir a frase terminando sai andando da sala indo para longe dele.

POV Damon

Agora sim estava tudo perdido, porque diabos Lexi tinha que contar isso para ela?

-Eu vou te matar – disse a Lexi, voei no pescoço dela prensando na parede.

-Damon, deixa ela – disse Stefan me puxando.

-Não se meta ou morre também – disse sufocando ela.

-Com raiva? – riu ela .

-Porque você fez isso? – rosnei.

-É melhor você ir embora Lexi – disse Stefan me arrancando de cima dela.

-Ir embora? Vocês é quem deveriam ir, essa casa é minha!Minha, e não era para nenhum de vocês estarem aqui.

-É por isso que está com raiva criança? Porque eu convidei o meu irmão pra vir na minha casa? – rosnei – Você está louca só pode.

-Damon, vai cuidar da Ally – disse Stefan.

[…]

A Ally estava sentada na biblioteca da casa mexia nos livros com aquela feição curiosa, ainda não havia notado minha presença e nem queria, porque eu não imaginava o que eu diria a ela, como eu iria contar o que tinha feito e fazer com que ela me perdoasse?

-Ally? – chamei fechando a porta atrás de mim, só então ela se virou e a sua feição era triste, a feição que eu menos gostava de ver estampada no seu rosto.

-Me deixa sozinha– pediu com a voz oscilante.

-Nós temos que conversar – disse sentando-me no sofá ao seu lado.

-Damon eu não queria saber sobre o que se tratava a mentira – disse – Eu só queria uma vez na vida fingir que tudo estava bem.

-Mas, Ally está tudo bem.

-Não Damon, não está – disse com os olhos brilhando – Eu amo você, mas, nunca chegou a pensar em como doeu? Eu sempre me pergunto o que há de errado comigo quando eu nem sou o problema, eu me perguntei milhares de vezes o que sua irmã tinha que eu não tinha.

Ouvi-la dizendo parecia uma história de uma garota triste, o que era verdade, eu me sentia mal por ter novamente, como em todos os dias da minha vida ser um idiota.

-Eu não queria que ele acordasse, só eu sei quantas vezes eu pensei em simplesmente mata ló só para eu ter você, então o Brian te hipnotizou a atirar contra si mesma, eu curei você só que fiz lhe esquecer da utilidade do meu sangue – sorri fraco – E você se esqueceu e sorriu, mas, então eu te vi no hospital se culpando e se lamentando por ele então decidi fazer o errado pra mim, curar ele, só que eu fiz você se esquecer.

-Porque fez isso? Só precisava me contar Damon, só isso eu tenho uma vida apagada e você fez eu me esquecer de mais coisas, sabe o que é o pior? Eu tenho medo de que não tenha sido só isso.

-Mas, foi Ally – disse.

-E sobre a compulsão no Vincent?

-Eu sabia que você não o deixaria tão fácil por mim, então eu soube que minha irmã estava apaixonada por ele, depois que eu sai do hospital eu fiz um trato com a Lexi, nós dois separaríamos vocês – disse – Então ele mesmo te traindo com a Lexi pelas costas continuava com você, então eu decidi fazer algo, que ele te traísse definitivamente e que você tinha que ver e então…

-Me faz lembrar, eu quero saber se é só isso – disse firme.

-Confia em mim Alyson, eu não menti sobre mais nada – disse sério.

-Confiar em você? Damon, você foi o único nessa cidade em que eu confie.

-Ally, eu sei que eu errei, mas, me desculpa.

-Você mentiu coisas sem verdadeira importância eu fiquei extremamente triste, mas, o que me corta é por você ter mentido pra mim, eu só precisava de alguém ao meu lado só isso é pedir de mais? Eu não precisava de você mentindo.

-Ally, me desculpa, por favor, eu errei e eu sou um idiota – disse.

-Eu te desculpei e fingi que não você não tentou acabar com a minha vida, fingi que não transou com a minha irmã uma criança isso só porque você queira me irritar, eu esqueci todas as suas ameaças, eu esqueci tudo Damon e você…

-Me desculpa? – perguntei pegando em sua mão.

Ela não me respondeu apenas me olhou.

-Não faz mais isso comigo, não me arrume motivos para brigar com você.

-Eu prometo.

-Não, nada de promessas – sorriu.

-Desculpa– disse pegando seu rosto e beijando sua boca.

-Não faça eu me arrepender – disse.